Economia
Cresce o número de estagiários e aprendizes no mercado de trabalho

Segundo o Centro de Integração Empresa Escola do Rio de Janeiro, o CIEE Rio, já são mais de 17mil aprendizes e 33 mil estagiários contratados em todo o estado, alcançando mais de 50 mil jovens atendidos nos dois programas somente este ano, o que pode ser considerado por especialistas uma alavancagem no mercado de trabalho e desenvolvimento financeiro. As pessoas com mais de 50 anos também representam uma fatia importante nos números, o que vem chamando a atenção de especialistas. O tema entrou em pauta no Café Empresarial desta terça (05), na CDL Niterói, com a palestra ministrada pelo Superintendente Executivo do CIEE Rio, Luiz Gustavo Coppola, e da Gerente de Aprendizagem Luciane da Cruz.
O encontro abriu as portas para o anúncio da mais nova parceria selada entre a CDL e o CIEE Rio, e trouxe orientações detalhadas sobre os tipos de contratações com base nas leis para que as empresas evitem autuações do Ministério do Trabalho, no tocante ao cumprimento da Lei da Aprendizagem, além de dúvidas recorrentes dos empresários sobre a Lei de Estágio, que também foram esclarecidas. Coppola também aproveitou a oportunidade para desmistificar os riscos destes tipos de contratações.
“O nosso objetivo é ajudar as empresas a qualificarem a mão-de-obra de acordo com as legislações, diminuindo seus custos e aumentando as receitas. Com isso, fazemos com que mais pessoas possam ingressar mais cedo ao mercado de trabalho, como é o caso dos estagiários, e outras reingressarem, como é o caso dos +50”, disse Coppola ao registrar que a organização do terceiro setor se faz presente em 84 municípios do estado.
De olho na Aprendizagem Profissional
Dados recentes revelam que mais de 6 mil empresas receberam autuações do Ministério do Trabalho e terão de se adequar para as contratações no cumprimento de cotas, o que fez valer um aumento considerável de aprendizes inseridos no mercado de trabalho. Só no CIEE Rio, são 17 mil jovens com contrato ativo, segundo a própria instituição.
“Se todas as empresas aderissem ao que diz a legislação, teríamos hoje no estado um total de 82.830 contratados, com mais geração de renda local. Hoje o Rio tem uma média de 45 mil estudantes em cumprimento da cota de aprendizagem”, finalizou.
O CIEE Rio também se encarrega de orientar as empresas sobre a lei de licitações e as certidões de regularidade do MTE, e também orienta as empresas parceiras em caso de fiscalizações, além de cuidar de todas as etapas para a contratação do aprendiz, desde a criação dos convênios até abertura de vagas, recrutamento, seleção e inserção nas turmas de aprendizagem.
“Existem várias formas de contratação e com o CIEE Empregador, as empresas têm uma conformidade legal, eficiência operacional e administrativa, suporte nas fiscalizações, imunidade tributária e inúmeros benefícios”, esclareceu Luciane da Cruz, que também é Psicóloga e Especialista em Gestão de Pessoas.
Dentre os benefícios para os estudantes, estão os cursos preparatórios, o programa Jovem Alerta, que realiza uma espécie de pré-aprendizagem, preparando o jovem para sua primeira oportunidade, além de serviços de orientação psicológica, descontos em farmácias e convênio SESC através da parceria com a Fecomércio.
Para fechar a temática, o Economista e Professor de finanças, Enrico Rodrigues falou sobre a gestão financeira nas empresas e realizou o lançamento de seu novo livro, “Introdução a finanças: fundamentos e práticas” .
O encontro também contou com uma rodada de negócios e o apoio dos parceiros do Sebrae, que anunciaram a abertura das inscrições para mais uma edição do Empretec, previsto para abril de 2025 e do Sicoob, que anunciaram as taxas diferenciadas para empresários e associadas. O próximo Café Empresarial está marcado para a próxima terça dia 12, na Região Oceânica.
Economia
Super Pro Atacado desembarca em São Paulo com superloja de 1.000m² e promete agitar o mercado de ferramentas

Com mais de 25 mil itens no catálogo e preços de atacado mesmo na compra por unidade, a Super Pro Atacado, a loja do profissional, inaugura sua primeira unidade paulista nesta quinta-feira, dia 31, com brindes, café da manhã e atrações especiais
São Paulo acaba de ganhar um novo destino obrigatório para quem vive o dia a dia da construção civil, pintura, elétrica, hidráulica, jardinagem e outras áreas profissionais. A Super Pro Atacado, rede que já é referência em ferramentas no Sul do país, inaugura nesta quinta-feira, 31 de julho, sua primeira loja na capital paulista, na Av. Condessa Elizabeth de Robiano, Marginal Tietê, 5500, no Jardim América da Penha. E não chega em silêncio: a abertura da unidade contará com ações especiais para os clientes, incluindo pipoca, café da manhã, brindes exclusivos, participação de influenciadores e ativações com grandes marcas parceiras.
A nova loja ocupa um espaço de mil metros quadrados e traz o mesmo conceito que consolidou a Super Pro Atacado no Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais: oferecer preços de atacado, mesmo na compra por unidade. Com um portfólio que ultrapassa os 25 mil itens, a unidade reúne máquinas elétricas, ferramentas manuais, ferragens, acessórios, equipamentos de proteção individual e soluções para obras de todos os portes. Profissionais autônomos, empresas, prestadores de serviço e até consumidores finais encontram ali variedade, agilidade no atendimento e preços altamente competitivos.
Atacarejo inteligente: preço baixo, variedade e pronta-entrega
A principal força da Super Pro Atacado é o modelo de “atacarejo inteligente”, onde o cliente encontra o mix completo das grandes distribuidoras com o atendimento direto da loja física. Isso permite comprar exatamente a quantidade necessária, sem depender de compras em grandes volumes. A estratégia já conquistou profissionais que buscam performance sem pesar no bolso, e agora está pronta para fidelizar também o público paulista.
A loja funcionará de segunda a sábado das 8h às 22h e aos domingos das 9h às 20h, oferecendo conveniência também no horário. E quem quiser acompanhar as novidades, promoções e campanhas pode seguir o perfil oficial da rede no Instagram @superpro.atacado ou acessar o site www.superproatacado.com.br, onde é possível conferir o catálogo completo.
A chegada à maior capital do país marca um novo capítulo para a Super Pro Atacado, que segue em ritmo acelerado de crescimento, apostando em inovação, relacionamento com o cliente e soluções que facilitam a vida de quem constrói, instala, reforma e cuida de espaços. Um verdadeiro centro de suprimentos para quem não pode perder tempo e quer resultado.
Economia
“Tensão com os EUA é artificial e vai se dissipar”, afirma Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (30), que a tensão gerada em torno do anúncio do tarifaço dos Estados Unidos (EUA) aos produtos brasileiros é artificial e vai se dissipar. Segundo o ministro, as conversas com as autoridades norte-americanas estão evoluindo e, mesmo com a entrada em vigor das tarifas, prometida para 1º de agosto, as negociações continuarão.
“Se depender do Brasil, essa tensão desaparece, porque é artificial. E produzida por pessoas do próprio país. Quer dizer, não faz sentido brasileiros alimentarem essa tensão. Essa tensão vai se dissipar e, quando se dissipar, a racionalidade vai presidir os trabalhos, e nós vamos chegar a um denominador”, disse Haddad, em conversa com jornalistas no Ministério da Fazenda, em Brasília.
Ele fez referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em março, se licenciou do mandato na Câmara, foi para os Estados Unidos e articula ações junto ao governo estadunidense contra a Justiça e a economia brasileiras na tentativa de livrar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do julgamento por tentativa de golpe de Estado. Eduardo Bolsonaro é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão dessa atuação.
No último dia 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou carta a Lula anunciando a imposição da tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir do dia 1º de agosto. No documento, entre outras razões, Trump justifica a medida citando Bolsonaro e pedindo anistia para o ex-presidente.
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Haddad lembrou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, está liderando as negociações e mantém conversas com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. O ministro da Fazenda reafirmou que é preciso esperar o dia 1º de agosto para entender o que, de fato, entrará em vigor, já que o governo dos EUA não respondeu oficialmente às propostas do governo brasileiro.
“Nós precisamos saber qual é a decisão do governo dos EUA. Antes disso, fica muito difícil”, disse Alckmin, destacando que a comunicação com a sua contraparte está evoluindo. Ele informou que pode viajar aos Estados Unidos acompanhando o vice-presidente. “Assim que tiver uma agenda estruturada, sim. Já estive na Califórnia com o secretário [do Tesouro dos Estados Unidos, Scott] Bessent, tenho tentado contato com ele, que está na Europa fechando acordos. Mas a assessoria dele disse que tem possibilidade de uma conversa quando ele regressar aos Estados Unidos”, acrescentou Haddad.
Economia
Tarifaço pode abrir caminho para operadoras de logística emergencial, diz CCO da Prestex

O redirecionamento de exportações do Brasil para outros países e o reposicionamento de mercadorias internamente exigirão uma logística rápida para que as empresas minimizem seus prejuízos
Marcelo Zeferino: O setor precisa acompanhar não só os desdobramentos políticos, mas também os movimentos das grandes indústrias brasileiras com laços internacionais. Os EUA são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, então qualquer empresa com alguma correlação pode ser impactada. Quando grandes empresas brasileiras do setor de bens de capital, que dependem fortemente do mercado americano, começam a revisar suas estratégias, é um sinal de realinhamento na cadeia de suprimentos. Obviamente, tudo isso respinga na indústria local, afetando praticamente todos os setores, o que é um desafio. Mas é possível enxergar oportunidades também.
Marcelo Zeferino: A aeronáutica, agroindústria, equipamentos industriais e bens de capital certamente precisarão readequar seus canais de abastecimento. E no meio desta conexão estão as operadoras logísticas que transportam as cargas para essas indústrias, como componentes, peças, maquinários, grãos, além de bens de consumo. E, claro, as operadoras que trabalham com estratégias personalizadas e alta performance em logística podem ganhar relevância neste contexto.
Marcelo Zeferino: Com certeza. Ainda que não estejam no epicentro da crise, esses mercados aproveitam momentos como esse para otimizar suas operações. O Brasil tem potencial de redirecionar essa produção e, nesse ajuste, há necessidade de agilidade logística, especialmente em demandas urgentes ou fora do padrão.
Marcelo Zeferino: O que geralmente acontece nestes casos é uma redistribuição forçada. Empresas que antes dependiam de insumos internacionais começam a buscar soluções locais. Isso muda não só o fluxo de transporte, mas também a lógica dos estoques e centros de distribuição. E essa reconfiguração exige respostas rápidas, exatamente o que a logística emergencial entrega.