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Cultivo de cannabis medicinal pelo agronegócio é destaque em congresso

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© Pfüderi/ Pixabay

O módulo Agro Tech Cannabis, dirigido ao setor do agronegócio e às potencialidades do cultivo do cânhamo industrial, é um dos destaques do 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM), que começa nesta quinta-feira (22) no Expo Center Norte, em São Paulo.

Em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e realizado simultaneamente à Medical Cannabis Fair, o congresso ocorre após a Advocacia-Geral da União (AGU) ter protocolado na segunda-feira (19), na Justiça, o “plano de ação para regulação e fiscalização do acesso a tratamentos com fármacos a base de cannabis”.

Uma variedade da cannabis com baixo teor de THC, não psicoativa, o cânhamo pode ser considerada uma cultura agrícola estratégica, pois é regenerativa, de baixo impacto ambiental, com ampla aplicação industrial e alta rentabilidade por hectare.

Entre as possíveis aplicações do cânhamo estão a produção de papel, tecidos, fibras, materiais de construção civil sustentável, rações, cosméticos, alimentos, bioplásticos e biocombustíveis.

“A inclusão do cânhamo industrial no módulo Agro Tech Cannabis do Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal reflete a compreensão de que não é possível desenvolver plenamente o setor da cannabis – seja na medicina, na indústria ou em outros segmentos – sem discutir o cultivo”, explica Daniel Jordão, diretor da Sechat, promotora do evento.

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“Desenvolver medicamentos, cosméticos, alimentos ou qualquer outro produto derivado do cânhamo ou do canabidiol, é imprescindível falar do agro. Não faz sentido depender da importação de matéria-prima quando o Brasil possui todas as condições para se tornar um dos principais produtores mundiais de cânhamo industrial”, disse Jordão.

Para o presidente da Associação Nacional do Cânhamo Industrial, Rafael Arcuri, “o cânhamo é uma das grandes apostas para um agro mais sustentável”. 

“Ele usa pouca água e defensivos agrícolas, ajuda a recuperar o solo e forma uma barreira fitossanitária, pois ajuda a afastar pragas quando é cultivado na safrinha ou em conjunto com outros cultivares”.

No campo propriamente medicinal, as discussões no congresso serão em torno de quatro módulos temáticos: 

  • medCan – especialidades (uso clínico em diversas áreas da medicina);
  • MedCan – sistema endocanabinoide (formação básica e fisiologia);
  • Vet Cannabis (uso veterinário em animais de companhia, produção e atletas) e Odonto Cannabis (aplicações em dor, estética e inflamação bucal).

A exemplo do Agro Tech, o evento terá mais outro módulo além do tema medicinal, o business cannabis (dados, judicialização, investimentos e tendências de mercado).

A pesquisadora e presidente do Comitê Permanente de Assessoramento Estratégico da Cannabis da Embrapa, Beatriz Marti Emygdio, lembrou que “em 2025, além de celebrarmos 10 anos de regulamentação do uso da cannabis medicinal no Brasil, também estamos celebrando a regulamentação do cultivo da cannabis medicinal, o cânhamo com até 0,3% de THC, recentemente programada para ser publicada no final de setembro”.

“Considerando então, que de fato teremos o estabelecimento de cadeias produtivas nacionais de cannabis medicinal, se torna de extrema relevância discutir os diferentes aspectos que irão impactar essa cadeia produtiva”, defende a pesquisadora.

Medical Cannabis Fair

Além do Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal acontece em paralelo a Medical Cannabis Fair, com cerca de 60 estandes e 100 marcas expositoras de produtos, serviços e soluções tecnológicas derivados da cannabis.

Além do setor farmacêutico estão presentes também representantes das áreas de produção de cosméticos, agrícola, bioinsumos, biotêxteis e construção civil sustentável, bem como de instituições de pesquisa, investidores e associações de pacientes.

A programação prevê ainda rodadas de negócios, apresentação de startups e painéis sobre políticas públicas.

O Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal e a Medical Cannabis Fair vão até sábado (24). 

Alguns eventos, além do formato presencial, terão transmissão online ao vivo. 

O Expo Center Norte fica na rua José Bernardo Pinto, 333, na vila Guilherme, em São Paulo.

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Copa do mundo de robótica reúne em Salvador participantes de 40 países

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© Arte RooCup/Divulgação

O Brasil sedia neste final de semana um dos maiores campeonatos de robótica e inteligência artificial do mundo. Representantes de 40 países estão reunidos em Salvador para a realização da RoboCup 2025.

A competição reúne profissionais e estudantes e está dividida em várias ligas, nas quais os competidores colocam à prova robôs construídos para atividades industriais, resgate de vítimas de acidentes, realização de tarefas domésticas, educação de crianças e adolescentes e drones que fazem tarefas autônomas.

Parte da equipe brasileira é representada por estudantes do Serviço Social da Indústria (Sesi). Seis equipes concorrem em quatro categorias.

Os alunos desenvolveram robôs que dançam e fazem performances artísticas, resgate simulado em um labirinto e uma partida de futebol. Com uma bola que emite um sinal infravermelho, os estudantes realizam as estratégias de jogo em tempo real por meio de inteligência artificial.

O evento termina nesta segunda-feira (21) e foi organizado em parceria com a Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e Centro Universitário FEI, de São Bernardo do Campo (SP).

A RoboCup foi criada em 1997 para promover o avanço da inteligência artificial.

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Em 10 anos, agências de checagem transformaram jornalismo e política

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© Agência Lupa/Divulgação

Uma notícia impressionante chega pelas redes sociais ou aplicativos de mensagens. De tão extraordinária, surge a desconfiança: será real? Uma busca rápida na internet retorna matérias com o selo verdadeiro ou falso. Esse processo passou a ser habitual para muitas pessoas nos últimos dez anos, desde que surgiram as primeiras agências de checagem no Brasil.

O site Aos Fatos foi o primeiro a ir ao ar em julho de 2015. Em novembro do mesmo ano, foi a vez de a Agência Lupa (imagem de destaque) estrear. Uol Confere (2017) e Estadão Verifica (2018) chegaram mais tarde. As quatros são membros da Aliança Internacional de Checagem de Fatos (IFCN).

Em entrevista para a Agência Brasil, as diretoras executivas de Aos Fatos, Tai Nalon, e da Agência Lupa, Natália Leal, defendem que o trabalho de checagem ajudou a transformar aspectos importantes do jornalismo e da política brasileira.

“Sobretudo na década de 2010, políticos e pessoas com influência no processo de formação de opinião pública passaram a não depender mais de grandes veículos de comunicação para publicar as suas versões dos fatos. As redes sociais passaram a distribuir de uma forma mais eficiente os conteúdos. Sem um processo de apuração jornalística, a desinformação se tornou mais prevalente nessas plataformas”, reflete Tai Nalon.

“A checagem de fatos surge para verificar o discurso de políticos que se aproveitavam dessa desmediação para falar com o eleitorado. A checagem veio para desbancar determinadas afirmações, alegações que poderiam ser falsas, enganosas, tiradas de contexto”, complementa a diretora executiva de Aos Fatos.

“O trabalho das agências ajudou a mudar a maneira como os políticos se relacionam com as próprias declarações. Não foi raro nas últimas eleições ouvir políticos dizendo que iriam conferir um dado antes de falar, porque a Lupa iria dizer que era falso depois”, diz Natália Leal.

“Outro impacto foi no próprio fazer jornalístico geral, principalmente a partir da pandemia. A gente tinha um jornalismo muito declaratório, em certo ponto por causa da precarização das redações nos últimos anos. Era uma prática comum apresentar a fala de uma autoridade e deixar a conclusão sobre a veracidade dela para o leitor. O jornalismo deu uma acordada e passou a ser mais assertivo. Um exemplo: Bolsonaro disse algo sobre a vacina, mas estudos desmentem o que ele falou”, explica a diretora da Lupa.

 

Década de checagem

Primeira a completar dez anos, a agência Aos Fatos divulgou os principais números alcançados durante a década. Foram mais de 19 mil checagens: 15 mil delas atestaram a veracidade das declarações de 167 figuras públicas e quase 4 mil desmentiram boatos nas redes sociais.

Os temas predominantes foram desinformação política e eleitoral, presentes em 2.105 das checagens. Outro tema de destaque foi saúde, foco de 594 checagens. O ano de 2020, quando foi declarada a pandemia de covid-19, teve o maior número de declarações checadas, 718, com destaque para a questão das vacinas.

Outra cobertura importante foi a de 1.459 dias de governo Jair Bolsonaro. A plataforma checou 1.610 declarações do ex-presidente, que continham 6.685 afirmações falsas ou distorcidas. Em média, Bolsonaro mentiu ao menos quatro vezes por dia, segundo a Aos Fatos.

A diretora executiva Tai Nalon entende que, apesar dos avanços alcançados no combate à desinformação, novos desafios têm surgido.

“Existe um movimento de algumas plataformas digitais de retirar mecanismos de moderação e checagem de fatos. Elas automatizam tantos processos que eles acabam se tornando ineficientes. Não vai ser uma inteligência artificial sozinha que vai conseguir combater desinformação em escala. A gente deveria estar investindo mais em checagem e moderação de conteúdo, porque há uma sobrecarga de informação e menor capacidade de discernir o que é falso”, avalia.

As próprias organizações que fazem checagem de fatos têm sido alvos de campanha de desinformação.

“Há essa retórica de alguns grupos políticos, especialmente da extrema direita, de que checagem de fatos é parte de um projeto autoritário. E isso é uma grande teoria da conspiração também. Organizações que foram criadas para verificar informações são elas próprias atacadas com desinformação. E é claro que nosso trabalho não se trata de censura, se trata de jornalismo, se trata de trabalhar o contraditório, de liberdade de imprensa e de expressão”, defende.

Reinvenção

Para comemorar os dez anos, a Agência Lupa prepara até dezembro uma mudança no site, com ferramentas e projetos novos. Um dos destaques da cobertura deste ano vai ser a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém: um selo Lupa no Clima para verificar notícias falsas e negacionismo climático.

A diretora Natália Leal defende que é preciso atualizar e criar novos elementos para lidar com os desafios de desenvolvimento das plataformas de checagem e alcançar novos públicos.

“A gente tem uma crise de financiamento do jornalismo. Checagem é jornalismo e essa crise também nos atinge. Então, a gente está sempre diversificando o trabalho para manter o nosso negócio relevante, mas também para atender um público que está cada vez mais exposto a essa desinformação”, diz Natália.

“As principais plataformas de checagem chegam aos dez anos no Brasil muito voltadas para uma reinvenção constante. Estamos conseguindo evoluir no que a gente faz e na forma como a gente se conecta com as pessoas. Esse é um ativo muito importante e é o que vai nos levar adiante. Espero que por mais dez anos aí pela frente”, complementa.

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Incêndio atinge galpões comerciais em Barueri, na Grande São Paulo

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© Frame Defesa Civil-SP

Um incêndio de grandes proporções, de origem ainda desconhecida, atinge cinco galpões comerciais instalados na Avenida Piracema, em um centro empresarial de Barueri, na Grande São Paulo. Não há informações sobre feridos.

Os galpões armazenavam materiais combustíveis como equipamentos elétricos e materiais gráficos.

Segundo os bombeiros, o incêndio teve início por volta das 6h30 de hoje (20) e ainda não foi controlado. O órgão está no local com 15 viaturas.

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