Educação
Curso gratuito prepara professores e gestores escolares para avaliar a qualidade na Educação Infantil
• A formação “Avaliação da Qualidade na Educação Infantil” foi desenvolvida pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e pelo Itaú Social
• O curso é gratuito, on-line, certificado, autoformativo e tem duração de 30 horas. É voltado para profissionais municipais da Educação de todo o país, com foco em gestores e técnicos das secretarias envolvidas com a Educação Infantil
• Participantes irão conhecer a Escala de Avaliação de Ambientes de Aprendizagens dedicados à Primeira Infância (EAPI), instrumento que analisa a qualidade dos insumos e processos pedagógicos envolvidos na interação entre professores(as) e crianças
Já estão abertas as inscrições para o curso “Avaliação da Qualidade na Educação Infantil”. A formação, desenvolvida pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e Itaú Social, apresenta a importância da avaliação e possibilita que os participantes conheçam e planejem uma avaliação de ambientes com base na Escala de Avaliação de Ambientes de Aprendizagens dedicados à Primeira Infância (EAPI), cujo foco é a Educação Infantil – creches e pré-escola.
Com duração de 30 horas, o curso contempla diversas ferramentas que possibilitam simulações de vivência e o planejamento de uma avaliação para a Educação Infantil nos municípios. A formação é gratuita, on-line, autoformativa e voltada a secretários de educação, gestores escolares, coordenadores e professores.
O curso é composto por quatro módulos:
- Compreender o propósito e o papel de uma avaliação da qualidade na Educação Infantil nas redes educacionais.
- Conhecer os princípios da Escala de Avaliação, sua forma de organização e seus instrumentos.
- Apropriar-se dos procedimentos de aplicação da Escala de Avaliação.
- Planejar as etapas que envolvem um processo avaliativo da qualidade da Educação Infantil na rede com base na Escala de Avaliação.
Ao final de cada módulo, o participante será convidado a realizar reflexões e práticas com foco no território em que atua.
“A oferta e o acesso à Educação Infantil no Brasil alcançaram saltos significativos nos últimos anos. Segundo o Censo Escolar, o número de matrículas nessa etapa aumentou em 8,9% na rede pública e em 29,9% na privada em 2022, comparado ao ano anterior. Mais que celebrar os avanços relacionados a essa ampliação, o momento sugere novas bases para mais um salto: o da qualidade. E esse é o princípio que orienta o novo curso. É uma busca para que a melhoria da qualidade acompanhe a expansão do acesso às vagas para nossas crianças”, destaca Claudia Petri, coordenadora de Soluções Educacionais do Itaú Social.
Para Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a qualidade da Educação Infantil no Brasil passa, inevitavelmente, por profissionais bem preparados. “Na Fundação, costumamos dizer que o que não se pode medir, não se pode melhorar. E esse curso dialoga diretamente com isso. Uma Educação Infantil de qualidade passa por pilares como materiais didáticos apropriados, estrutura física adequada, profissionais capacitados, entre outros. É importante que os professores e gestores estejam aptos a avaliar tudo isso. Toda a sociedade sai ganhando”, pondera Luz.
Inscrições
As inscrições para o curso: “Avaliação da Qualidade na Educação Infantil” estão disponíveis no Polo. Ambiente de formação do Itaú Social, a plataforma oferece conteúdos e cursos que respondam aos principais desafios de quem trabalha e se interessa por educação: polo.org.br
Educação
Enem 2025: dicas de estudos na reta final para ter bom desempenho
Arthur Chede Lukine, de 18 anos, aluno do terceiro ano do ensino médio no Colégio St. Georges (STG), no Rio de Janeiro, é um dos 1.811.524 alunos que concluirão o ensino médio em dezembro e participarão da edição 2025 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Este ano, o número total de inscritos confirmados chega a 4.811.338.

Arthur fará o Enem pela segunda vez. No ano passado, ele fez o exame como treineiro para autoavaliar seus conhecimentos. O teste foi útil para saber como funciona a prova e para administrar melhor o tempo de preenchimento das respostas.
Mas, a fase ficou para trás. Neste ano, Arthur quer usar a nota do Enem 2025 para ingressar na graduação de economia. “Sempre gostei desta área, consumo muito notícias sobre as situações de economia e da geopolítica”, revela a aptidão pessoal.
Na reta final, o jovem diz ter confiança no que aprendeu nos últimos meses. “O que eu tinha que estudar mesmo foi no decorrer do ano. A escola também realizou cinco simulados durante o ano. Ainda fiz outros dois. Agora, é só tentar ficar calmo, não deixar o nervosismo tomar conta.”
Nos últimos dias desta semana, o secundarista vai focar em revisar conteúdos, sem destinar tempo ao aprendizado de novos conteúdos às pressas.
“Como está muito perto da prova, não vou focar no que não sei, porque não terei tempo de sintetizar esse conteúdo”.
A tática dele é se garantir com o conhecimento em que acredita estar afiado. “Vou pegar os pontos principais das matérias que tenho mais aptidão para não errar na hora da prova. Se eu deixar isso de lado e concentrar naquilo que não sou bom, talvez, não aprenda e não vá bem o suficiente na prova, com o que eu mais me garanto”.
Na cronologia, o último compromisso do jovem será o aulão de revisão para o Enem, em uma sala de cinema, dentro de um shopping do Rio. Juntos, os inscritos no Enem e os docentes do chamado “Terceirão”, vão recapitular, de modo descontraído, as áreas de conhecimento que vão ser cobradas no primeiro dia do Enem.
Os planos do Arthur Chede Lukine para o sábado (8), reta final, são de descanso. “Tentarei relaxar e não estudar, porque isso pode me cansar. Vou fazer o que gosto: provavelmente, ver um filme, ficar em casa e dormir até tarde, no sábado.”
>>Conheça as regras para a prova de redação do Enem 2025 no domingo
Dicas
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Brasília (DF) 05/11/2025 – Arthur Chede Lukine, 18 anos – aluno do terceiro ano, já fez uma vez o Enem como treineiro. Ele deseja estudar economia Foto: Arthur Chede Lukine/Arquivo pessoal – Arthur Chede Lukine/Arquivo pessoal
A confiança de Arthur diante dos desafios de um Enem não é a realidade de muitos inscritos no exame. É comum que estudantes se sintam inseguros e questionem o que fazer e o que evitar nos dias que antecedem as provas objetivas e de redação do próximo domingo (9).
A Agência Brasil conversou com especialistas na preparação para o Enem que deram dicas aos candidatos que farão o Enem 2025. Sugestões que vão desde o estudo estratégico com revisões, momento de descanso, saúde mental e organização na hora de responder às questões.
Últimos estudos
O professor de literatura e redação do ensino médio da Escola Bilíngue Carolina Patrício, no Rio de Janeiro, Fábio Guimarães, acredita que ainda não é a hora de se desligar por completo. Segundo ele, o plano para a reta final deve ser o de “relaxar estudando”, até os dois últimos dias antes da prova.
“Um pouquinho de adrenalina no último momento pode não ser tão ruim. Porque o desligamento total não permite que a mente desenvolva essa parte de linguagens, aquilo que o cérebro precisa exercitar, como o pensamento crítico”, defende Fábio Guimarães.
Ele entende que o aluno pode fazer essas últimas revisões consumindo conteúdo apenas para que a mente ainda esteja deserta e produtiva. E que o descanso total deve ser somente para os candidatos que tenham resposta física ou mental de nervosismo diante do cenário da prova.
“Àqueles que já têm consciência de ter síndrome do pânico ou alguma outra resposta emocional deste tipo, o descanso total da mente é necessário. É quase como um remédio para esse aluno”, orientou.
Revisão dos conteúdos
A elaboração de mapas mentais, leitura de resumos próprios e rever questões comentadas são ferramentas que podem ser eficazes para esta fase final.
Para Fábio Guimarães, a revisão mais eficaz dos conteúdos deve ser feita por tópicos ao invés de textual. “O conteúdo topicalizado é um pouco mais estruturado e não vai cansar, como se fosse uma leitura muito extensa. Neste momento, a leitura deve ser para o prazer, para decodificar e interpretar.”
Fábio Guimarães entende que é preciso ler. “Não importa o texto, quanto mais o candidato ler, mais exercita a mente para que as simbologias e as decodificações de texto que o Enem tanto pede.”
Aulas presenciais e online
Glauco Pinheiro, pedagogo e professor de história do Colégio St. Georges, onde Arthur Chede Lukin estuda, explica que a estratégia bem humorada dos aulões de revisão, adotada Brasil afora, serve para passar tranquilidade aos alunos, em um grande encerramento.
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Brasília (DF) 05/11/2025 – Glauco Pinheiro – Pedagogo e Professor de História dos colégios Start Anglo Bilingual School e STG, do Rio de Janeiro Foto: Cintia Etsuko Yamashita/Arquivo pessoal – Glauco Pinheiro /Arquivo pessoal
“A ideia é ter uma aula revisional para o Enem, onde esses alunos estarão conosco resolvendo questões antigas de edições anteriores do exame, com o intuito de deixá-los tranquilos. Esse é o ponto principal”, resumiu.
O outro professor, Fábio Guimarães, endossa a técnica dos aulões de revisão, mas somente se misturados ao entretenimento. “Os professores dinâmicos e bem humorados podem até ser muito positivos, porque vão provocar o relaxamento que o aluno precisa e ao mesmo tempo podem dar aquela última dica e despertar aquela última epifania de conhecimento que o aluno tanto precisa”.
O educador considera o perfil atual mais digital dos estudantes que concluem o ensino médio no país, por isso, recomenda assistir a vídeos informativos na internet. “Procure bons canais do YouTube que façam vídeos dinâmicos, com últimos conteúdos, do tipo resumitivos.”
Inteligência artificial
O especialista Fábio Guimarães considera, ainda, o uso de inteligência artificial ideal para aprimorar os estudos para o Enem. A ferramenta pode organizar o conteúdo de forma rápida. “Usar a inteligência artificial pode ajudar a fazer glossários de estudos para determinados conteúdos. A veracidade dessas informações deve ser verificada, evidentemente. A I.A. pode organizar para ter construções mentais positivas dos conteúdos de última hora.”
Excessos de estudo
Na contramão, o aulão profundamente formal e de produção de exercícios em massa pode representar um problema para o candidato e deve ser evitado, alerta Fábio. “A quantidade não pode falar mais do que a qualidade [do estudo]. Neste tipo de aulão, é melhor não participar e ficar com as últimas anotações para participar da prova com mais calma.”
Decoreba no Enem
O professor Fábio explica que decorar conteúdos e fórmulas ou usar modelos prontos e generalistas para escrever a redação do Enem não constituem uma metodologia eficaz de estudo para o Enem.
“O Enem tem por natureza a questão da formulação do pensamento, da decodificação dos enunciados para chegar à resposta certa. Decorar elementos não faz parte do dia-a-dia da construção de questões do Enem. O melhor é praticar a leitura, interpretá-las.”
Redação argumentativa
A redação do Enem corresponde a até 1 mil pontos e tem um peso importante na nota final do participante.
O professor Fábio destaca que a chave para ir bem na redação dissertativo-argumentativa está no desenvolvimento do pensamento crítico e no uso estratégico do repertório sociocultural.
“Use filmes e músicas não apenas para relaxar, mas como forma de levantar argumentos e fazer ligações com possíveis temas da redação. Isso permite que o candidato esteja conectado aos argumentos, enquanto relaxa”.
O professor Fábio compara a ligação entre repertório e argumento a “aumentar o sarrafo” do corretor de provas do Enem. “O Enem não quer mais ‘repertórios de bolso’ [generalistas]. O edital reforça que o repertório deve estar diretamente ligado ao tema e ao argumento apresentado no texto dissertativo-argumentativo.”
Preparação e autoconhecimento
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Brasília (DF) 06/11/2025 – Fábio Guimarães, professor de Literatura e Redação do Ensino Médio da Escola Bilingue Carolina Patrício (RJ). Foto: Fábio Guimarães/Arquivo pessoal – Fábio Guimarães/Arquivo pessoal
O professor Fábio Guimarães orienta seus alunos a focar no autocuidado e no equilíbrio na reta final, adaptando a preparação à sua realidade individual.
Para quem já está bem preparado, após anos de estudos e bons simulados, basta fazer uma revisão simples e leve para manter a mente ativa.
“Se o candidato sabe que se preparou o ano inteiro e que já está fazendo uma boa redação, lê bons textos nas ciências humanas, na matemática, nas ciências da natureza, se está conseguindo se desenvolver bem, depois de tantos simulados durante o ano, com equilíbrio, basta uma revisão simples somente para deixar a sua mente trabalhando.”
Mas para quem sente necessidade de descanso, é crucial tirar um tempo maior de intervalo para garantir que chegue à prova com calma e consiga desenvolver todas as questões de forma equilibrada. “É necessário ter autonomia para ele próprio ter um tempo e, depois, conseguir fazer todas as questões com calma”, diz Fábio Guimarães.
Tempo de prova
A prova do Enem é conhecida por entre os participantes e professores do ensino médio e de cursinhos preparatórios do Enem por ser longa e cansativa.
No primeiro dia de aplicação do exame, a prova tem uma duração total de 5 horas e 30 minutos, com término previsto para 19h, no horário de Brasília.
Além da redação, com a produção de texto dissertativo-argumentativo, o candidato deverá responder a 90 questões das seguintes áreas de conhecimento: como língua portuguesa, história, geografia, filosofia e sociologia, sem deixar de lado a opção de língua estrangeira (inglês ou espanhol), escolhida no momento da inscrição no exame.
No segundo dia de provas, em 16 de novembro, serão mais 90 questões objetivas.
Enem
Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem ser usados para diversas finalidades para acesso a universidades públicas, para concorrer a bolsas de estudo integrais e parciais em universidades privadas, para pleitear o crédito estudantil para o pagamento das mensalidades de faculdades privadas, para ingresso sem vestibular em faculdades, para estudar em Portugal, para autoavaliação e certificação de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência nessa etapa do ensino básico.
Para saber mais sobre o exame, acesse o link criado pelo Inep com respostas às perguntas mais frequentes.
Educação
Entenda como é calculada a nota das provas objetivas do Enem 2025
No próximo domingo (9), mais de 4,81 milhões de candidatos farão as primeiras provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2025. Dia de encarar a prova de redação e mais 90 questões de múltipla escolha.

Para se sair bem no exame, será preciso muito mais do que interpretação de textos, gramática e análise de trechos de obras literárias. Além de responderem questões de história, geografia, filosofia e sociologia, sem deixar de lado a língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no momento da inscrição no Enem, os candidatos deverão, sobretudo, gerenciar bem o tempo de duração das provas: 5 horas e 30 minutos.
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O pedagogo e professor de história dos colégios Start Anglo Bilingual School e STG da cidade do Rio de Janeiro Glauco Pinheiro recomenda ler o tema da redação no primeiro momento da prova e não deixar a transcrição do texto para a folha de redação para última hora.
“O estudante deve separar de uma hora a uma hora e meia para montar sua redação e deixar para ir para a prova depois desta parte”.
Outra recomendação do professor é não chutar as questões por falta de tempo. Tudo para não atrapalhar o cálculo na nota do candidato, a partir da metodologia chamada Teoria de Resposta ao Item (T.R.I.), adotada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para calcular a nota no exame.
“A prova do Enem exige muito a coerência pedagógica para se sair bem. A Teoria de Resposta ao Item, que chamamos de TRI, não vai adotar a quantidade de acertos que o candidato vai conseguir. E sim, sua coerência no Cartão-Resposta”, diz o pedagogo Glauco Pinheiro.
A recomendação vale também para o segundo dia de provas, em 16 de novembro, quando os candidatos terão testados os conhecimentos nas seguintes áreas: matemática, biologia, química e física, com foco total em raciocínio lógico e aplicação de fórmulas.
Teoria de Resposta ao Item
No Enem, não são utilizados pesos para cada questão para o cálculo das notas. O Inep adota a Teoria de Resposta ao Item (TRI) que considera para o cálculo da nota a coerência das respostas corretas do participante.
Este modelo matemático identifica a consistência da resposta, segundo o grau de dificuldade de cada questão.
“Espera-se que participantes que acertaram as questões difíceis devam também acertar as questões fáceis, pois, entende-se que a aquisição do conhecimento ocorre de forma cumulativa, de modo que habilidades mais complexas requerem o domínio de habilidades mais simples”, explica o Inep em seu site.
A metodologia da TRI ainda pontua os acertos dos candidatos considerando a particularidade de cada questão, conforme suas características (parâmetros).
Cada item leva em conta três variáveis, chamadas parâmetros, no cálculo total da nota:
- parâmetro de discriminação: poder que cada questão possui de diferenciar participantes que dominam a habilidade avaliada daqueles que não dominam.
- .parâmetro de dificuldade: quanto mais difícil a questão, maior seu valor.
- .parâmetro de acerto casual: probabilidade de um participante acertar a questão no “chute”, sem necessariamente ter domínio do tema.
Enfim, este conjunto de modelos matemáticos busca representar a relação entre a probabilidade de o participante responder corretamente a uma questão; seu conhecimento na área em que está sendo avaliado; e as características dos itens.
Quantidade de acertos
Na atribuição de pontos na prova do Enem, a nota não leva em consideração apenas a quantidade bruta de erros e de acertos.
Isto significa que duas pessoas com a mesma quantidade de acertos e de erros podem ter notas diferentes, pois tudo depende de quais foram as questões acertadas ou erradas.
Apesar de a nota do Enem não ser calculada diretamente pelo número de acertos, o Inep explica que existe uma relação entre o número de acertos e a nota calculada pela TRI. Isso quer dizer que um participante que teve um número de acertos alto terá nota alta no Enem, e um participante que teve poucos acertos, necessariamente, terá nota baixa.
Chutar ou deixar em branco?
Apesar de não recomendado, o Inep explica que participante que acertou uma questão “no chute”, não significa que sua nota irá diminuir, mas ela não tem tanto valor como se o participante tivesse acertado os itens com a coerência pedagógica esperada.
Mas, ao deixar em branco, a questão será considerada necessariamente como errada. Então, “sempre é melhor responder à questão do que deixá-la em branco, pois uma questão certa sempre aumenta a nota, e uma questão deixada em branco é corrigida como errada”, assegura o Inep.
Mínimas e máximas
As notas mínimas e máximas variam e dependem das questões da prova. Como as questões das provas não são as mesmas, em cada ano, há notas mínima e máxima diferentes.
Na divulgação dos resultados, em janeiro de 2026, o Inep disponibilizará as notas mínima e máxima das provas objetivas por área de conhecimento.
Saiba mais
Os critérios adotados pela banca examinadora do Inep no TRI podem ser conferidos no canal do Inep no Youtube. O portal do instituto também disponibiliza um guia que detalha ao participante a metodologia adotada.
Educação
Enem 2025: quase triplica número de participantes com 60 anos ou mais
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não tem restrição de idade para participação na prova. Os dados do Painel Enem 2025, criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), constam participantes de diversas faixas etárias entre os mais de 4,81 milhões de inscritos confirmados nesta edição, desde aqueles candidatos com menos de 16 anos de idade até os com 60 anos ou mais.

Apesar de representarem o menor grupo etário (0,35% do total) entre os inscritos, os candidatos com 60 anos ou mais aumentaram 191,38%, entre 2022 e 2025. Na atual edição do Enem, este público soma 17.192 inscritos. Enquanto que em 2022, foram 5,9 mil.
O Inep disse, em nota, que “os números traduzem o avanço educacional de uma parcela da sociedade em busca do desenvolvimento individual e coletivo”.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais na população brasileira era de 15,6%. Em números absolutos, o país tinha 33 milhões de pessoas idosas, em 2023.
Seguem os quantitativos de inscritos por faixa etária:
- menor/igual a 16 anos: 678.122;
- igual a 17 anos: 1.113.718;
- igual a 18 anos: 1.039.558;
- igual a 19 anos: 445.701;
- igual a 20 anos: 257.063;
- de 21 a 30 anos: 811.081;
- de 31 a 59 anos: 448.903;
- maior que 60 anos: 17.192.
Perfil dos idosos
Este ano, entre os candidatos do Enem 2025 com 60 anos de idade ou mais, as mulheres são a maioria (54,35%). E 45,65% são do sexo masculino.
Em relação à escolaridade, o maior número dos inscritos com 60 anos ou mais já concluiu o ensino médio (14.810).
Outros 1.141 inscritos não estão cursando ou não concluíram o ensino médio. Na terceira posição, 1.069 pessoas idosas inscritas estão com os estudos ativos e cursam a última série do ensino médio.
Por fim, 172 cursam o ensino médio, mas não o concluirão no ano letivo de 2025.
Vale lembrar que este ano 2025, o Enem voltará a permitir que as notas das provas sejam usadas para a certificação de conclusão do ensino médio e para declaração parcial de proficiência na etapa de ensino.
Os estados que registraram maior número de inscritos confirmados acima de 60 anos foram Rio de Janeiro (3.087), São Paulo (2.367) e Minas Gerais (1.997).
Provas
As provas objetivas e a redação do Enem 2025 serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro, em 1.804 municípios.
As exceções são as cidades de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará. Devido à realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, de 10 a 21 de novembro, nessas localidades as provas ocorrerão em 30 de novembro e 7 de dezembro.
Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias que, ao todo, somam 180 questões objetivas.
Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo, a partir de um problema.
Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998.
Os resultados podem ser usados para diversas finalidades para acesso a universidades públicas, para concorrer a bolsas de estudo integrais e parciais em universidades privadas, para pleitear o crédito estudantil para o pagamento das mensalidades de faculdades privadas, para ingresso sem vestibular em faculdades, para estudar em Portugal, para autoavaliação e certificação de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência nessa etapa do ensino básico.
Para saber mais sobre o exame, acesse o link criado pelo Inep com respostas às perguntas mais frequentes.




