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Educação

Cursos de licenciatura serão avaliados todos os anos a partir de 2024

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou, nesta terça-feira (31), que os cursos de licenciatura serão avaliados anualmente, a partir de 2024, pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Atualmente, os desempenhos dos alunos dos cursos de licenciatura são analisados a cada três anos, conforme o ciclo avaliativo. “A partir do ano que vem, as licenciaturas serão anualizadas, pela importância que temos de ter para a formação dos professores”, adiantou o ministro da Educação.

 A declaração do ministro foi dada durante a apresentação, em Brasília, dos resultados do Enade 2022, pelo Inep. O exame tem o objetivo de construir e aperfeiçoar políticas públicas educacionais e serve, também, como guia para que as próprias instituições de ensino superior melhorem os processos pedagógicos.

Enade 2022

Nos três anos do ciclo de avaliações do Enade, são avaliados cerca de 90 cursos. Em 2022, o Enade avaliou quase 10 mil cursos de 26 áreas, sendo 13 no nível de bacharelado: administração, administração pública, ciências contábeis, ciências econômicas, direito, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda, relações internacionais, secretariado executivo, serviço social, teologia e turismo.

Também foram avaliados cursos superiores de tecnologia de outras 13 áreas, ligados, principalmente, a questões de gestão: comércio exterior, design de interiores, design gráfico, design de moda, gastronomia, gestão comercial, gestão da qualidade, gestão pública, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais.

Ao todo, nas 26 áreas, foram 594.013 inscritos, sendo 447.494 (75%) no grau de bacharelado e o restante, 146.519 (25%), no tecnológico; de 1.448 municípios das 27 unidades da Federação.

O Enade 2022 revelou que a educação à distância (Ead) corresponde a 48,7% das matrículas dos cursos em 2022 e 40% dos estudantes concluíram os cursos e fizeram as provas do exame. Portanto, os demais estudantes são de cursos presenciais.

Entre as instituições avaliadas, 86% (1.749) são privadas e 14% públicas. Se consideradas as áreas com o maior número de inscritos, estão os cursos de direito, com 136.145 alunos inscritos; seguido por 119.053 dos cursos de administração. Em percentual de participação de estudantes no Enade, em primeiro lugar estão os cursos de psicologia, com 39.135 (87%) estudantes.

A taxa de conclusão dos cursos avaliados, entre 2017 e 2022, varia entre 11% e 16% (mais alta apenas no curso de teologia, que é 25,8%) nos bacharelados; e entre 23% e 30% nos cursos tecnológicos.

O diretor de Avaliação do Ensino Superior do Inep, Ulysses Tavares Teixeira, destacou que é importante considerar que a duração dos tecnológicos é menor (entre dois e três anos) do que a dos bacharelados. O ministro Camilo Santana disse que está preocupado com as vagas ociosas, devido ao baixo preenchimento nos cursos presenciais e à distância. E alertou para o baixo percentual de concluintes e o alto percentual de abandono dos cursos.

Resultados

O conceito Enade é formado por notas de 1 a 5. Apenas 5,5% dos cursos superiores do país atingiram o conceito 5, o que correspondem a 487 cursos com a nota máxima.

Em algumas áreas de avaliação, como ciências econômicas e relações internacionais, há grande concentração nos cursos EaD com conceitos 2 e 3.

As universidades públicas tiveram as maiores notas (4 e 5). Já as privadas se concentram nos índices 2 e 3.

“As públicas têm qualidade maior, apesar do seu percentual menor de alunos. Mas, isso mostra a qualidade melhor das instituições públicas federais e das públicas”, disse o ministro Camilo Santana.

Considerando uma expectativa de notas em torno de 60 pontos, no caso dos cursos de bacharelado, comunicação social – jornalismo (56,89), secretariado executivo (57,82) e turismo (54,03) têm médias nacionais próximas às esperadas. Já nos cursos tecnológicos, o destaque foi a área tecnológica de design de moda (60,04) que teve a maior média.

Perfil socioeconômico

De acordo com o Questionário do Estudante, que permite traçar o perfil socioeconômico dos avaliados, predomina mulheres (59,6), indivíduos brancos (52,9%), solteiros (67,9%), pais sem graduação (67,2%), pessoas com renda familiar entre 1,5 e 4,5 salários mínimos (69%) e pessoas que trabalham 40h semanais ou mais (51,4%).

Na educação presencial, a maioria dos concluintes é jovem, de até 24 anos, enquanto no ensino a distância (EaD), a faixa etária predominante é dos 31 aos 40 anos.

Os resultados apontam também que 31,6% dos concluintes são beneficiados por subsídios ou financiamentos públicos, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade Para Todos (Prouni).

Fonte: Agência Brasil

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Educação

Celebrating Literacy & Arts: leitura como ferramenta de formação acadêmica

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Legenda: Durante o Buddy Reading, alunos mais velhos leem para os mais novos, fortalecendo vínculos e despertando o prazer pela leitura. Um encontro de gerações em que cada página compartilhada se transforma em afeto, inspiração e legado.

Na Escola Canadense de Brasília, a literatura não é apenas um recurso de apoio, mas um eixo estruturante da formação acadêmica. O evento Celebrating Literacy & Arts, realizado ao longo de três semanas, tem como propósito consolidar o papel da leitura, da escrita e das artes como pilares do aprendizado.

Entre as atividades, destaca-se o Buddy Reading, no qual alunos mais velhos leem para os mais novos em encontros programados e mediados pedagogicamente. A iniciativa vai além do estímulo ao hábito de ler: ela promove competências linguísticas, estimula a escuta ativa e cria oportunidades de interação que favorecem o desenvolvimento cognitivo e social.

Do ponto de vista educacional, o Buddy Reading é uma prática estratégica porque conecta diferentes etapas do percurso escolar. Os alunos mais velhos consolidam sua fluência e segurança na leitura ao assumir o papel de mediadores, enquanto os mais novos expandem seu vocabulário e compreensão textual ao vivenciar a experiência de leitura compartilhada.

“É um momento que integra conteúdos e valores acadêmicos, fortalecendo tanto a autonomia do leitor quanto a construção coletiva de conhecimento”, explica a equipe pedagógica da escola.

O Buddy Reading é apenas uma das iniciativas que integram o Celebrating Literacy & Arts, projeto que também traz encontros com autores e artistas convidados, workshops e apresentações culturais. A proposta é ampliar repertórios, oferecer novas referências e inserir os alunos em experiências práticas que reforçam a importância da leitura e das artes na formação de cidadãos globais.

Na semana seguinte, o evento se abre para encontros inspiradores com escritores e artistas convidados, que compartilham sua trajetória criativa, aproximando os alunos do universo da produção cultural. Essas trocas, carregadas de autenticidade, elevam o livro à condição de obra viva, que pulsa além das estantes e se renova em cada leitor.

Cada espaço da escola se transforma em galeria: corredores, bibliotecas e salas tornam-se vitrines de narrativas e expressões artísticas. Ao final, uma exposição aberta às famílias e à comunidade convida todos a caminhar por esse ateliê coletivo, onde desenhos, textos e performances revelam a multiplicidade de vozes e talentos

Com iniciativas como essa, a Escola Canadense reafirma seu compromisso com uma educação bilíngue de excelência, que combina rigor acadêmico, práticas inovadoras e um olhar atento ao desenvolvimento integral dos alunos.

📍 Período: 15 de setembro a 10 de outubro de 2025
🌐 Mais informações: www.escolacanadensedebrasilia.com.br
📸 Instagram: @escolacanadensedebrasilia

Sobre a Escola Canadense de Brasília:

A Escola Canadense de Brasília é uma instituição educacional que oferece um currículo bilíngue, que utiliza uma metodologia internacional de excelência, com uma mentalidade global e uma abordagem pedagógica voltada para a formação integral dos alunos. Com foco no desenvolvimento acadêmico e sócio emocional, a escola prepara seus alunos para serem cidadãos globais. https://www.escolacanadensedebrasilia.com.br/.

 

Unidade SIG

SIG Quadra 8, Lote 2225, Parte F • Brasília – DF

Celular / WhatsApp: +55 (61) 9276-4957

 

Unidade Águas Claras

QS 05 Av. Areal, Lote 04 • Águas Claras – DF

Celular / WhatsApp: +55 (61) 9276-4957

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Educação

UFF lança projeto “GINGAS Capoeira” com oficinas gratuitas abertas ao público

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O projeto de extensão “GINGAS Capoeira: gesto, ritmo e ritual” já começou, resultado da parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inclusão (PGCTIN/UFF), o Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS/UFF), o Espaço UFF de Ciências, o Instituto GINGAS e o SOMA_LAB. As oficinas presenciais serão realizadas duas vezes por semana, às 18h, na Sala Corpo e Som do novo prédio do Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS – J6 – térreo), em Niterói.

A iniciativa é coordenada pela professora Gerlinde Teixeira Platais, que integra o PGCTIN/UFF e coordena o Espaço UFF de Ciências, e contará com atividades abertas ao público em geral, gratuitas e voltadas também para a comunidade do entorno, combinando prática e pesquisa.

Às quintas-feiras, acontecem as aulas de capoeira com o Mestre Bujão, realizadas pelo Instituto GINGAS, com foco em tradição, ludicidade e inclusão. Já às terças-feiras, no mesmo horário, o destaque será para as experimentações e pesquisas estéticas conduzidas em parceria com o SOMA_LAB, coordenadas pelo professor Giuliano Obici, explorando diálogos entre capoeira, cultura popular e arte contemporânea. As inscrições poderão ser feitas diretamente no local ou pelo WhatsApp (21 96772-4310).

O projeto estimula a presença ativa de estudantes universitários, artistas, educadores, pesquisadores e pessoas com e sem deficiência. Conta ainda com a participação do Instituto GINGAS, organização da sociedade civil reconhecida e premiada por sua atuação em acessibilidade cultural e inclusão, especialmente no campo das artes e da capoeira. A iniciativa também valoriza a oralidade e a tradição griô na educação, a inclusão de PCDs com respeito à diversidade de formas de aprender, a interdisciplinaridade como base para o ensino da capoeira, além do enfrentamento ao racismo estrutural e da promoção da diversidade cultural.

Com caráter interdisciplinar, o projeto articula cultura popular, arte contemporânea, educação e pesquisa, tendo a capoeira como expressão afro-brasileira e como campo de investigação poética, crítica e pedagógica. Propõe a valorização da oralidade e da tradição griô na educação, a inclusão de PCDs com respeito à diversidade de formas de aprender, a interdisciplinaridade como base para o ensino da capoeira e a luta contra o racismo estrutural e a promoção da diversidade cultural.

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Educação

CurtaENEM usa a magia do cinema para turbinar a preparação dos estudantes

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Foto Christian Felipe Monteiro Souza

Estudar para o Enem ficou mais acessível e envolvente com o CurtaENEM (www.curtaenem.org.br), iniciativa 100% gratuita do CurtaEducação, patrocinada pela Claro via Lei de Incentivo à Cultura, que une audiovisual, educação e tecnologia para apoiar professores e preparar estudantes do ensino médio.

Em apenas um ano de funcionamento, a plataforma já reúne mais de 400 filmes e episódios de séries, organizados por áreas de conhecimento, e se consolidou como um dos projetos mais relevantes no encontro entre cinema e educação no Brasil. Mais de dois mil alunos já utilizaram o conteúdo de forma direta, e nas redes sociais o alcance cresce rapidamente: somente no primeiro semestre de 2025, os vídeos curtos do projeto ultrapassaram 1,1 milhão de visualizações no Instagram, mostrando o interesse dos jovens por novas formas de aprender.

O estudante Christian Felipe Monteiro Souza, 21 anos, hoje cursando Administração Pública na UNIRIO, foi um dos beneficiados. Ele conheceu a plataforma em 2024 e usou os filmes como apoio para história, sociologia e atualidades durante a preparação para o vestibular.

“Muitas vezes eu lembrava dos filmes na hora de responder e isso facilitava bastante. Estudar em conjunto com vídeos e filmes torna a prática menos tediosa, além disso, os filmes acrescentam uma nova perspectiva, novas ideias, vocabulário”, conta.

Para Katia Montinelli, coordenadora pedagógica do CurtaENEM, o audiovisual amplia a capacidade de argumentação e interpretação:

“O cinema dentro do projeto não é apenas ilustrativo, mas uma ferramenta de pensamento. Esse é o salto que já observamos nas escolas: alunos mais confiantes e professores mais bem preparados”.
O CurtaENEM também se destaca por integrar cinema a debates urgentes. Em 2024, por exemplo, promoveu formações de professores sobre a valorização da herança africana no Brasil, tema que acabou sendo escolhido para a redação do Enem naquele ano.

Além do acervo, a plataforma oferece coleções temáticas, concursos, formações pedagógicas conduzidas por nomes como Helena Theodoro, Luiz Antonio Simas e Elisa Lucinda, além de parcerias com festivais de cinema e encontros educacionais.

“Vemos as escolas como as salas de cinema mais importantes do país — e é com esse espírito que buscamos novos parceiros para fortalecer e expandir esse movimento. Nosso foco é ampliar esse alcance, lado a lado com professores e gestores, para transformar curiosidade em aprendizado”, afirma a produtora Vanessa de Araújo Souza.

O catálogo inclui obras como Ilha das Flores, Rio, Negro, Leopoldina – A Imperatriz do Brasil, Dopamina – Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro, Favela é Moda e Carolina Maria de Jesus. A diversidade de títulos garante que os alunos se aproximem de temas cobrados no exame e ampliem seu repertório cultural.

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