Siga-nos nas Redes Sociais

Meio Ambiente

Descarbonização e investimento em áreas verdes podem prevenir superaquecimento do Brasil em 50 anos

Publicado

em

Carbono2
Marcin Jozwiak

Reduzir a emissão de carbono e investir em áreas de preservação natural pode ser o caminho para prevenir o superaquecimento no país em 50 anos, como informam dados da Nasa

Daqui a 50 anos, o Brasil poderá ser uma das regiões do planeta que terá superaquecimento, o que pode tornar o país quente demais para se sobreviver, devido às fortes ondas de calor, o levantamento é feito com o objetivo de mapear os efeitos do aquecimento global. A manchete, que vem estampando o noticiário desta semana, é a conclusão de um estudo feito pela Nasa, agência espacial norte-americana, em 2022, com o objetivo de alertar para fortes mudanças climáticas que alguns territórios poderão sofrer mais fortemente.

A informação foi levantada com base em dados de satélite e de acordo com o relatório outras regiões além do Brasil também podem ser afetadas, elas são: Sul da Ásia, Golfo Pérsico, China. No começo do ano, em fevereiro, a Nasa informou que a Terra está 1,5 graus mais quente do que o esperado. A descarbonização e o investimento em áreas verdes é uma das soluções urgentes que podem ser adotadas enquanto as sociedades ainda não conseguem se aproximar de emissões ideais de carbono. “Para as mudanças climáticas, não existem fronteiras. O Brasil é um dos países que mais podem contribuir para a compensação de carbono no mundo e tem uma infraestrutura precária que sofrerá muito com a intensificação das mudanças climáticas”, observou Luiz Henrique Terhorst, CEO do Carbon Free Brasil.

Nesta sexta-feira (26), São Paulo vai sediar um importante debate sobre redução de emissões de carbono, o evento Carbon Free Summit, será realizado no Cubo Itaú e contará com as presenças de empresas da iniciativa privada e da sociedade civil, entre muitos players importantes de diversos setores envolvendo o mundo sustentável.

“É preciso ampliar diálogos sobre a descarbonização e baixa emissão de carbono de forma urgente para toda sociedade. O compromisso com o meio-ambiente é de toda a sociedade e para ampliar a consciência sustentável é preciso a união de todos”, declara Terhorst.

O que é a descarbonização?

A descarbonização é o processo de redução de emissões de carbono na atmosfera, especialmente de dióxido de carbono (CO2). Seu objetivo é alcançar uma economia global com emissões reduzidas para conseguir a neutralidade climática através da transição energética.

Como a compensação de carbono pode salvar os países do superaquecimento

O mercado de compensação de carbono já movimenta mais de R$10 bilhões no mundo, somando empresas e pessoas físicas. E essa cifra só tende a crescer com a urgência em somar soluções que reduzam o aquecimento global.

Isso se deve ao fato de que toda atividade no planeta gera um volume de Gases de Efeito Estufa que, dependendo da quantidade, vai se acumulando na atmosfera. Esse volume, nos níveis atuais, vêm desencadeando a atual crise climática, engatilhada pelo aquecimento global. Em outras palavras, as atividades humanas, de maneira geral, estão produzindo mais gases do que o planeta está conseguindo suportar. Muito dessa emissão está associada com a atividade produtiva e econômica, o que vem sendo amplamente debatido desde os anos 70.

Hoje, a compensação de carbono já se consolidou como uma solução emergencial, enquanto a redução de emissões não alcança as metas ideais. Aliás, a compensação de carbono e descarbonização têm o propósito de diminuir os impactos causados pelos gases de efeito estufa. Elas servem para reduzir e neutralizar os gases poluentes emitidos pelas empresas e pelas pessoas ao longo dos anos.

Os investimentos nessas trocas podem se transformar em novas áreas de plantio florestal ou recuperação de áreas desmatadas. E é nesse ganho de mais áreas de florestas que o Brasil despontou como um grande mercado de créditos de carbono.

No Brasil o mercado de crédito de carbono ainda não foi regulamentado. Mas, em dezembro de 2023, o Projeto de Lei 148/2015 que busca estabelecer o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) foi aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal e seguiu para aprovação na Câmara dos Deputados.

O objetivo é limitar as emissões de gases poluentes e gerar um incentivo econômico para que empresas reduzam suas emissões. Com a regulamentação será possível cumprir as previsões da política nacional sobre as mudanças climáticas e os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção das Nações Unidas sobre mudança do clima e no Acordo de Paris.

Como funcionam os créditos de carbono?

Um crédito de carbono corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2). A diminuição desse gás é convertida em créditos de carbono, a cada tonelada de CO2 não emitida à atmosfera ou reduzida gera um crédito de carbono.

Assim os créditos representam a “não emissão” de gases que causam o efeito estufa na atmosfera ou uma redução na quantidade de emissões.

Para saber a influência das empresas nas mudanças climáticas, é necessário converter todos os gases que ela pode emitir em suas atividades com base em seu potencial de geração de efeito estufa em comparação ao dióxido de carbono (CO2), calculando-os finalmente em CO2 equivalente.

Quando uma empresa realiza o cálculo de quanto CO2 ela emite e realiza a compensação do número de créditos equivalentes, ela se torna neutra em carbono.

Onde são investidos os créditos de carbono?

Com os créditos de carbono é possível proteger áreas de preservação natural, investir em projetos de geração de energia a partir do uso de biomassa, geração de energia renovável, reflorestamento (projetos ARR) e é possível evitar o desmatamento através dos chamados REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal).

Empresas certificadoras como a Carbon Free Brasil ajudam empresas a colaborarem com a descarbonização. “Ajudamos as empresas a saberem quanto carbono elas emitem, para que possam assumir a responsabilidade de seu impacto no meio ambiente. Outro aspecto relevante do nosso trabalho é selecionar projetos de crédito de carbono que realmente tenham um impacto positivo comprovado no meio ambiente e na sociedade”, revela Terhorst.

A compensação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) desempenha um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas. “É importante porque permite que empresas assumam responsabilidade por suas emissões e ajam para neutralizá-las. Ao compensar as emissões, estamos contribuindo para a redução do impacto ambiental, buscando equilibrar as emissões liberadas na atmosfera”, analisa.

A Carbon Free Brasil já ajudou empresas como a Jeep, John Deere, Lufthansa, MCDonald’s, RedBull, Heineken e Renault a neutralizar carbono e gerarem impactos positivos ao meio-ambiente.

Meta de carbono neutro até 2050

A meta estabelecida pelo Acordo de Paris, assinado por 195 países, é limitar o aquecimento global até 2ºC, com foco em manter o 1,5ºC e atingir a neutralidade de carbono até 2050. Além disso, para limitar o aquecimento global em 1,5°C – o limite considerado seguro pelo Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) – é necessário atingir a neutralidade.

Jornalista formada na Universidade Católica de Brasília, com passagem pela redação do Jornal da Comunidade, Correio Braziliense e Jornal Brasília. Além de trabalhar há 12 anos como assessora nas editoriais de Gastronomia, Saúde, Shopping Centers e Alimentos

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Meio Ambiente

Construção Sustentável: O Pilar do Futuro com o Grupo JCR – Helicebras

Publicado

em

Foto Divulgação
Foto Divulgação

 

Em um cenário global cada vez mais atento às questões ambientais, a construção civil emerge como um setor-chave na busca por soluções sustentáveis. Temos o privilégio de acompanhar de perto a atuação de empresas que não apenas abraçam essa causa, mas a elevam a um novo patamar. É o caso do Grupo JCR – Helicebras, uma referência em fundações e engenharia que tem demonstrado um compromisso inabalável com a sustentabilidade em todos os seus processos.

O setor da construção civil, historicamente associado a um alto consumo de recursos e geração de resíduos, está em constante transformação. A crescente preocupação com o meio ambiente exige práticas que minimizem o impacto ambiental e promovam o uso eficiente dos recursos. E é exatamente nesse ponto que a abordagem do Grupo JCR – Helicebras se destaca, ao integrar a sustentabilidade como um dos seus pilares fundamentais.

Os Benefícios da Construção Sustentável

A adoção de práticas de construção sustentável oferece uma gama de benefícios que vão muito além da preservação ambiental:

• Minimização do Impacto Ambiental: A escolha de materiais e técnicas que reduzem a poluição e a degradação do solo e da água é crucial. Empresas como a Helicebras buscam otimizar o uso de materiais, energia e água em todas as etapas da obra, minimizando o desperdício e a pegada ecológica.

• Qualidade e Segurança: A busca por um futuro mais responsável e consciente em relação ao meio ambiente não compromete a excelência. Pelo contrário, empresas que investem em práticas sustentáveis muitas vezes se beneficiam de processos mais eficientes e de maior qualidade.

Helicebras: Compromisso com o Futuro

O Grupo JCR – Helicebras tem demonstrado seu compromisso com a sustentabilidade ao integrar práticas ambientalmente conscientes em todas as suas operações. Como destacado em seu próprio portal, segundo o Presidente João Carolino “Nossos processos são pensados para minimizar impactos ambientais e promover a sustentabilidade”, e “Integramos práticas sustentáveis em todos os nossos processos, reduzindo impactos ambientais e promovendo um futuro mais verde.”

Essa postura não se limita apenas às técnicas de construção, mas se estende a uma cultura organizacional que valoriza a responsabilidade socioambiental. A empresa investe continuamente em tecnologia e inovação para oferecer as melhores soluções do mercado, sempre com foco em um desenvolvimento harmonioso com o planeta.

Para saber mais sobre os projetos e o compromisso com a sustentabilidade do Grupo JCR – Helicebras, visite o site oficial: Helicebras: Projetos e Serviços.

 

 

 

 

 

 

 

Continue Lendo

Meio Ambiente

Santander registra alta de 89% nos pedidos de financiamento solar no Maranhão

Publicado

em

santander/divulgação
santander/divulgação

O Maranhão registrou um crescimento de 89% nos pedidos de financiamento de placas fotovoltaicas em 2024, segundo dados da Financeira do Santander, referência nacional em crédito para projetos de energia solar.

No Nordeste, região estratégica para o segmento, a expansão foi ainda mais expressiva: alta de 150% no volume de financiamentos. Já as simulações realizadas por parceiros e clientes no primeiro trimestre de 2025 cresceram 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

A região concentra 7,23 GW de geração solar distribuída — 19,7% do total nacional — e 9,17 GW de geração centralizada, mais da metade da produção do país. A expectativa é que a capacidade de exportação de energia do Nordeste aumente 30% até 2029, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. “O aumento na busca por financiamento mostra que o brasileiro está atento às vantagens da energia limpa. Nosso papel é facilitar esse acesso com agilidade e segurança”, afirma Cezar Janikian, diretor da Financeira do Santander.

A Financeira do Santander financia toda a estrutura necessária para projetos solares, incluindo placas, baterias de armazenamento, sistemas de monitoramento e estruturas de montagem. A contratação é simples, digital e pode ser feita pelo site https://www.santander.com.br/hotsite/santanderfinanciamentos/

Por meio de milhares de parceiros comerciais, o Santander oferece crédito facilitado para residências e empresas que querem investir em energia limpa e economia na conta de luz.

 
 

Continue Lendo

Meio Ambiente

Financiamento solar apresenta alta de 169% em Pernambuco, segundo dados do Santander

Publicado

em

kaue diniz/Santander
kaue diniz/Santander

Pernambuco registrou um crescimento de 169% nos pedidos de financiamento de placas fotovoltaicas em 2024, segundo dados da Financeira do Santander, referência nacional em crédito para projetos de energia solar.

No Nordeste, região estratégica para o segmento, a expansão foi de 150% no volume de financiamentos. Já as simulações realizadas por parceiros e clientes no primeiro trimestre de 2025 cresceram 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

A região concentra 7,23 GW de geração solar distribuída — 19,7% do total nacional — e 9,17 GW de geração centralizada, mais da metade da produção do país. A expectativa é que a capacidade de exportação de energia do Nordeste aumente 30% até 2029, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. “O aumento na busca por financiamento mostra que o brasileiro está atento às vantagens da energia limpa. Nosso papel é facilitar esse acesso com agilidade e segurança”, afirma Cezar Janikian, diretor da Financeira do Santander.

A Financeira do Santander financia toda a estrutura necessária para projetos solares, incluindo placas, baterias de armazenamento, sistemas de monitoramento e estruturas de montagem. A contratação é simples, digital e pode ser feita pelo site https://www.santander.com.br/hotsite/santanderfinanciamentos/

Por meio de milhares de parceiros comerciais, o Santander oferece crédito facilitado para residências e empresas que querem investir em energia limpa e economia na conta de luz.

 
 

Continue Lendo