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Economia

Desenrola rural prevê descontos de até 96% em dívidas de agricultores

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Desenrola rural prevê descontos de até 96% em dívidas de agricultores
© Antônio Cruz/Agência Brasil

As condições para a quitação de dívidas de agricultores familiares pelo Desenrola Rural preveem descontos de até 96% no valor devido. Lançado esta semana em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa de renegociação e acesso a crédito está disponível para 1,35 milhão de agricultores que têm alguma pendência financeira. Esse volume representa 33% de um total de 5,43 milhões de agricultores familiares no país.

“Aqueles que têm dívidas menores, o desconto chega a 96%. Além disso, o nome fica limpo, porque retira os agricultores da chamada prisão perpétua, termo cunhado pelo presidente Lula a quem renegociava com o banco, mas ficava no escore negativo. Essa questão o decreto agora resolve”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante apresentação dos detalhes do programa, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (14), no Palácio do Planalto.

Segundo técnicos da pasta, após conversas com o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB), o Banco da Amazônia (Basa) e a Caixa Econômica Federal, o conjunto das dívidas desses agricultores familiares será incluída na negociação, e não apenas aquelas ligadas ao crédito rural. Na prática, isso vai permitir que eles possam regularizar a avaliação de crédito para acessar novas operações.

“O Pronaf é uma política pública que é implementada por algumas instituições financeiras específicas. Nós autorizamos, por lei, que os bancos possam voltar a executar operações de crédito mesmo que, no passado, esse agricultor familiar tenha ocasionado algum tipo de prejuízo a essa instituição”, esclareceu a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli.

Um levantamento do MDA constatou que, das famílias endividadas, 70% estão com restrições nos bancos e 30% com restrições nos serviços de proteção ao crédito, muitos por atrasos nas contas de água, luz e telefone. Em relação às instituições de crédito, 69% dos débitos dos agricultores familiares têm valor inferior a R$ 10 mil. Entre as pessoas com restrição de crédito, 47% têm dívidas de até R$ 1 mil.

O programa abrange tanto dívidas de crédito rural, como aquelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), quanto débitos inscritos na Dívida Ativa da União e créditos de instalação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Os maiores descontos, que chegam a 96% da dívida total, beneficiam justamente os assentados da reforma agrária e agricultores quilombolas que acessaram alguma modalidade do crédito de instalação, entre 27 de maio de 2014 e 29 de junho de 2022. Esse crédito, concedido pelo Incra, serve para a construção de moradia e investimentos iniciais de quem obtém terras pelo programa fundiário federal.  

Operações de crédito concedidas pelo Banco do Brasil, por exemplo, a instituição financeira que mais concede financiamentos do Pronaf, vão oferecer abatimentos que chegam a 86%. A meta do governo federal é conseguir que ao menos 250 mil agricultores consigam renegociar suas dívidas este ano, podendo se reinserir no mercado de crédito e contribuir com a ampliação da produção de alimentos.

Para dívidas do Pronaf ou dívidas bancárias de qualquer natureza, o produtor familiar deverá procurar a instituição financeira para regularizar a situação também a partir do dia 24, primeiro dia útil após o prazo de 10 dias da publicação do decreto. Se a dívida for de crédito de instalação de beneficiários da reforma agrária, o pequeno agricultor deve ir ao Incra para quitar os débitos com o desconto.

O MDA também orienta os agricultores familiares a procurar os sindicatos, as associações e as entidades representativas para receberem ajuda. A adesão vai até 31 de dezembro.

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Planos de saúde – Especialistas listam 5 dicas para fazer a melhor escolha

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Planos de saúde - Especialistas listam 5 dicas para fazer a melhor escolha
Divulgação EMP Corretora
Os planos de saúde são o terceiro bem ou serviço mais importante para os brasileiros, atrás apenas de imóveis e educação, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). E, na hora de escolher seu plano, muitos fatores são essenciais na decisão para evitar aquela dor de cabeça. Os especialistas no segmento Rodrigo Magalhães e Matheus Cezimbra, sócios da EMP Corretora, selecionaram 5 dicas que podem te guiar neste momento tão importante: 

1) A primeira coisa que as pessoas devem ter em mente é se a partir da contratação elas vão poder utilizar o plano para o tipo de atendimento ou tratamento que precisam. Tamanho da rede de atendimento, o modelo de participação, a carência…

2) Há planos de saúde que possuem suas próprias redes de hospitais e laboratórios. Quando a gestora do plano inclui instituições em que o atendimento é mais caro, o custo da mensalidade também tende a ser maior. O futuro beneficiário deve pensar nas suas próprias necessidades para escolher – analise se os hospitais, clínicas e médicos de sua preferência estão na rede credenciada do plano escolhido. 

3) Os planos de saúde têm uma cobertura de procedimentos similar, uma vez que todos devem seguir o rol da ANS, com uma lista de consultas, exames e tratamentos obrigatórios. No entanto, quando se trata da cobertura regional, as variações podem ser grandes — bem como o custo para o cliente. O preço de planos de abrangência nacional pode ser até 35% superior ao praticado nos de abrangência por grupo de municípios.

4) Entenda os reajustes por mudança de faixa etária no plano que você deseja contratar e questione quais foram os índices dos últimos anos. 

5) Consulte a comercialização do plano pelo site da ANS: no site, é possível avaliar se o plano que você deseja contratar já foi suspenso pela agência que fiscaliza a Saúde Suplementar no país. Assim você evita a contratação de um produto mal avaliado. 
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Olimpíada do Tesouro Direto distribui prêmios para 54 escolas públicas

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Olimpíada do Tesouro Direto distribui prêmios para 54 escolas públicas

A Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef) de 2024 vai premiar os participantes, com a distribuição de recursos diretos para escolas sorteadas entre as instituições presentes nas demais fases. As unidades, duas por estado, escolheram premiações no valor de R$ 100 mil cada.

Foram 32 unidades contempladas com  laboratórios de informática, enquanto 14 escolas receberam kits de robótica, cinco optaram por conjuntos de ciências, além de dois kits de materiais de construção e um de equipamentos para quadra e materiais esportivos. Serão sorteados nesta quarta-feira (19) os professores que receberão prêmios individuais por sua participação, a última atividade da edição de 2024.

Nas fases anteriores participaram 6.560 escolas, todas públicas. Entre os sorteados, 33 são instituições estaduais, 18 municipais e 3 são institutos federais. Entre os estudantes, 61.689 receberam medalhas. A competição capacitou 17 mil professores com formação em educação financeira.

A iniciativa juntou unidades de educação e outras ligadas ao sistema financeiro nacional, como o Banco Central e a a Secretaria do Tesouro Nacional , e tinha entre seus objetivos o de ampliar os conhecimentos da população sobre os mecanismos de investimento em títulos públicos. Os participantes, estudantes do ensino fundamental e médio, tiveram conteúdos específicos de finanças pessoais, matemática financeira básica e investimentos. Nesta edição, a primeira, houve participação de mais de 546 mil alunos de 2.234 cidades.

Para 2025, a organização da Olitef anunciou sua prova para 9 de setembro. Podem participar alunos do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, após o cadastro pelas escolas na plataforma da olimpíada. As outras datas do calendário deste ano ainda não foram divulgadas.

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Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 3

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Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 3
© Lyon Santos/ MDS

A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (19) a parcela de fevereiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 3.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,81. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,55 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,81 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Os beneficiários de 623 cidades receberam o pagamento na segunda (17), independentemente do NIS. A medida beneficiou moradores do Rio Grande do Sul, afetados por enchentes de abril a junho, e de mais seis estados, afetados por chuvas ou por estiagens. Além de todos os 497 municípios gaúchos e 62 do Amazonas, o pagamento unificado ocorreu em 16 cidades do Paraná, 14 do Sergipe, dez do Mato Grosso, nove de São Paulo, sete de Minas Gerais, seis da Bahia e duas do Piauí.

Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Regra de proteção

Cerca de 2,92 milhões de famílias estão na regra de proteção em fevereiro. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 367,63.

Cadastro

Desde julho de 2023, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 31 mil de famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 101 mil de famílias foram incluídas no programa em fevereiro. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Calendário Bolsa Família – fevereiro – Arte EBC

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta quarta-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 3. O valor subiu para R$ 106 neste mês.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,42 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

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