Dezembrite corporativa: como líderes podem manter equipes engajadas sem sobrecarregá-las, segundo Juliana D’ Andrade

Dezembrite corporativa: como líderes podem manter equipes engajadas sem sobrecarregá-las, segundo Juliana D’ Andrade

Amanda Carvalho
2 min de leitura 4.3k
Foto: Divulgação

Dados recentes da International Stress Management Association apontam que cerca de 65% dos profissionais relatam aumento significativo de estresse e desalinhamento emocional entre novembro e dezembro, período que concentra fechamento de metas, balanços anuais e pressão por resultados. Esse fenômeno já ganhou até um nome popular: “dezembrite corporativa”. A observação confirma que, nesta fase do ano, a forma como uma empresa gerencia demandas e lidera pessoas pesa tanto quanto os resultados esperados.

Para Juliana D’andrades, especialista em gestão empresarial e comunicação estratégica em grandes empresas e no mercado de leilões, a dezembrite exige da liderança mais do que metas, exige sensibilidade e estratégia. “Quando ignoramos sinais de cansaço emocional e tentamos empurrar produtividade, topamos um risco alto: perda de conexão, desmotivação e queda de performance”, afirma.
Juliana, que ocupa o cargo de COO do Rogério Menezes Nunes – Leiloeiro Público Oficial, e conhece bem a pressão de operações intensas e ciclos apertados, sugere que dezembro não seja encarado como mês de cobrança intensificada, mas como momento de ajuste estratégico. “Não se trata de trabalhar menos, mas de trabalhar com clareza. Quando o líder organiza prioridades, diminui ruídos e humaniza o diálogo, a equipe pode entregar mais, mesmo com menor energia”, explica.

Para ela, o papel da liderança vai além da gestão de tarefas; envolve a criação de ambientes de segurança psicológica. Neste período, especialmente sensível, pequenas falhas de comunicação ou conflitos ganham proporções maiores. “Cabe ao líder mediar com maturidade, reduzir tensões e cultivar acolhimento”, reforça Juliana D’andrades.

Outro ponto crítico apontado pela executiva é o planejamento. Quando tudo é deixado para a última hora, cria-se uma cultura de urgência constante, combustível para o burnout corporativo. Processos bem estruturados, com cronogramas antecipados, divisão clara de responsabilidades e fluxos organizados, tornam o final do ano mais leve e seguro.

Valorizar e reconhecer o esforço também faz parte da equação. Reconhecer entregas individuais e coletivas, dar devolutivas honestas e celebrar conquistas ajudam a manter o senso de pertencimento e mostrar que o trabalho vai além de metas numéricas.

Para Juliana D’andrades, a solução da dezembrite não está nas ações pontuais e motivacionais, está na consistência da liderança durante todo o ano. “Quando a equipe sente que a empresa se importa de verdade, com planejamento, empatia e organização, dezembro deixa de ser sinônimo de caos e se torna apenas mais um mês de trabalho bem conduzido”, conclui.

O que você achou?

Amei 32
Kkkk 29
Triste 0
Raiva 1
↓ LEIA A PRÓXIMA MATÉRIA ABAIXO ↓

Espere! Não perca isso...

Antes de ir, veja o que acabou de acontecer na Bahia:

Não, obrigado. Prefiro ficar desinformado.