Cultura
Dia dos Povos Indígenas inspira programação especial do CCBB Educativo – Lugares de Culturas

No mês em que é comemorado o Dia dos Povos Indígenas, o CCBB Educativo – Lugares de Culturas organiza no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro diversas atividades que valorizam suas culturas. Uma delas será a apresentação do Coral da Aldeia Maracanã, no sábado, dia 20 de abril, às 12 horas.
O Coral da Aldeia Maracanã é formado por indígenas Guajajaras que se apresentam com o canto alto, as batidas dos maracás e as vozes que se somam. São ritos de proteção, força e comunhão com a natureza e com parentes de várias etnias que fortalecem a cultura, com política e resistência de força ancestral que se mantém viva em seu território sagrado em meio à cidade do Rio.
A entrada é gratuita e a apresentação acontecerá no Espaço Conceito, no térreo do CCBB Rio que fica na Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio.
Exposição
Exposições AFROENTES, de Giuliano Lucas e FRENTE FESTIVAL reabrem no Centro de Artes Calouste Gulbenkian

No próximo dia 14/03, a partir das 17h, o Centro de Artes Calouste Gulbenkian, no Centro do Rio, reabre a exposição “AFROENTES: Teias de Ancestralidade e Afetos”, do multiartista Giuliano Lucas, em cartaz até 26/04. O artista também é idealizador do Festival Carioca de Fotografia Popular Independente, o #FRENTE, que conta com a participação de 40 fotógrafos moradores de comunidades e periferias do Rio de Janeiro.
A exposição Afroentes: Teias de AncestralidadeeAfetos, tem curadoria do próprio artista e texto crítico de Erick Peres.
A mostra traz discussões, debates e o diálogos sobre a produção do artista, atravessada pela Arte, Cultura e Ancestralidade Negra.
“Esta exposição é uma celebração e agradecimento a Ancestralidade Negra e uma oportunidade vivenciar a potência transformadora do Afeto, onde o ponto de partida é homenagear a vida de minha avó.” convidou Giuliano Lucas.
Paralelo à exposição de Giuliano Lucas, acontece a mostra de fotografias, BRASILPOSSÍVEL do Festival Carioca de Fotografia Popular Independente, o #FRENTE. As imagens, clicadas por moradores de periferias e comunidades do Rio de Janeiro, tem curadoria de Giuliano.
O Centro Municipal de Cultura Calouste Gulbenkian fica na Rua Benedito Hipólito, n° 125, Praça Onze – Centro do Rio de Janeiro/RJ, em frente ao Terreirão do Samba. A mostra pode ser visitada de segunda a sábado, das 09h às 20h30min.
Serviço:
Exposição “AFROENTES: Teias de Ancestralidade e Afetos”
Onde: Centro Municipal de Cultura Calouste Gulbenkian fica na Rua Benedito Hipólito, n° 125, Praça Onze.
Entrada gratuita
Visitação: Até 26/04/2025
Cultura
Espetáculo “CAPIBA, pelas ruas eu vou” volta ao Teatro RioMar Recife em duas sessões

Assistido por mais de 25 mil espectadores, o musical “CAPIBA, pelas ruas eu vou”, do projeto Aria Social, apresenta-se nesta sexta-feira (14/03) e sábado (15/03), no Teatro RioMar Recife, às 20h. Com direção geral da bailarina Cecília Brennand, o espetáculo conta a história de Capiba – um dos maiores compositores brasileiros -, cuja grandiosidade criativa é representada por mais de 60 artistas, entre bailarinos-cantores e músicos, que arrebatam o público com um espetáculo multilinguagem.
Consagrados frevos-canção do artista pernambucano como “É de amargar”, “Linda Flor da Madrugada” e “Nos cabelos de Rosinha” estão no repertório do musical. Outro pout pourri, que leva a plateia ao delírio, traz melodias como “Oh Bela”, “De Chapéu de Sol Aberto”, “É Frevo, Meu Bem” e “Trombone de Prata”, na peça que mescla teatro, dança, música, canto, coral, cinema e fotografia.
Um destaque à parte é a Missa Armorial – expressão única da fé do artista. “Nossa leitura dessa obra busca manter as peculiaridades e emoções de Capiba, trazendo também ao palco a riqueza do Movimento Armorial de Ariano Suassuna”, explica a diretora musical, maestrina, violonista e pianista, Rosemary Oliveira, que fica também à cargo da regência e arranjos do espetáculo.
LINGUAGENS – O musical traz projeções de cinema e fotografias, construindo um retrato da obra de Capiba e da própria cultura pernambucana. Já a orquestra de câmara, ao vivo, é pura emoção e sinergia com outros elementos, dentre eles, a coreografia sob o comando de Ana Emília Freire. “Nessa trama, o mais importante é que cada gesto e movimento carreguem uma intenção e um significado profundos. A ideia é compor os passos com emoção e propósito, comunicando através dos movimentos a essência de cada cena e de cada música de Capiba”, destaca Ana Emília, que também é diretora artística do espetáculo.
Outro ponto alto é o figurino assinado por Beth Gaudêncio, que traz cor e alegria ao cenário com peças marcadas pela criatividade e simplicidade. “CAPIBA, pelas ruas eu vou” tem direção audiovisual e videografia de Max Levay e Ana Emília Freire, design de luz e operação de Cleison Ramos, design de som e operação de Isabel Brito e direção teatral de Tuca Andrada.
TURNÊ – O aclamado musical vai percorrer o interior de Pernambuco, onde promete encantar o público de todas as idades em cidades como Garanhuns, onde se apresenta no Teatro Reinaldo de Oliveira, nos dias 05 e 06 de abril. Na sequência, chega ao Teatro Rui Lima Rosal, do Sesc Caruaru, nos dias 12 e 13 de abril. Depois segue para Petrolina, onde sobe ao palco do Sesc Petrolina, nos dias 30 de abril e 01 de maio. A turnê tem patrocínio do Teatro Sesc – PE.
Serviço:
CAPIBA, pelas ruas eu vou
Datas: Sexta-feira (14) e sábado (15) de março de 2025
Onde: Teatro RioMar Recife
Horário: 20h
Ingressos: a partir de R$ 35,00
https://uhuu.com/evento/pe/recife/musical-capiba-pelas-ruas-eu-vou-14206?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwm7q-BhDRARIsACD6-fXP52-uTZZqjTbxJnXzxUgceMBnNTtXnF1F36oh3seXhmDMRvOjmBIaAgmBEALw_wcB
Sobre o Aria Social – O projeto Aria Social é uma instituição sem fins lucrativos cuja missão é promover a transformação humana através da arte-educação, oferecendo a crianças e jovens formação e profissionalização na música e na dança. Hoje atende cerca de 600 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, na Região Metropolitana de Recife, além de apoiar as mães desses alunos, oferecendo capacitação em técnicas de artesanato e fomentando o empreendedorismo social, por meio do projeto Casa de Maria.
Cultura
Projeto leva jovens de comunidades para a produção cinematográfica e tem filme selecionado em festival

Sediado no Alto da Boa Vista, “Estudos, Câmera e Ação” transforma realidades por meio da educação tendo o cinema como ferramenta
O projeto “Estudos, Câmera e Ação”, parceria da Asbrinc (Associação Brincar e Crescer) com a Sociedade Brasileira das Religiosas do Sagrado Coração de Jesus, surge com o propósito de continuar o legado pedagógico e social da instituição no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Com foco na justiça social, igualdade e no bem comum, a iniciativa atua com um olhar integral sobre as necessidades dos adolescentes da região, superando barreiras educacionais e sociais, e oferecendo apoio essencial para a formação cidadã e o fortalecimento dos direitos humanos.
A proposta abrange o reforço escolar, a formação sociocultural e o apoio em aspectos psicológicos, físicos e nutricionais, sempre com a missão de melhorar a qualidade de vida e as condições de aprendizagem de jovens da comunidade. As atividades do projeto não apenas buscam reverter a defasagem escolar, mas também oferecer uma formação de base que capacite os participantes a transformar sua realidade e atuar como agentes de mudança.
As dinâmicas incluem aulas de reforço escolar em Matemática e Português de maneira prática e interativa para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II, integradas a Oficinas de Audiovisual e Novas Tecnologias, realizadas com foco no desenvolvimento da comunicação, compreensão crítica e na criação de narrativas sociais.
A Oficina de Audiovisual e Novas Tecnologias tem como objetivo capacitar os jovens a criar suas próprias narrativas audiovisuais, utilizando ferramentas simples como celulares e softwares de edição. Os alunos abordam temas sociais como desigualdade, homofobia e violência infantil, e desenvolvem campanhas de conscientização sobre o aquecimento global e o combate à exploração sexual infantil. Além da produção de vídeos e campanhas, as oficinas promovem debates sobre o uso responsável das redes sociais, a saúde mental e a importância da comunicação na sociedade contemporânea.
Já as Oficinas Culturais oferecem módulos de fotografia e cinema, permitindo aos alunos explorarem a história da fotografia e sua relação com o mundo moderno, e entenderem o audiovisual como uma ferramenta para a expressão cultural e a reflexão crítica. O trabalho prático inclui atividades no território local e tem como base a metodologia freiriana, promovendo o pensamento crítico e a construção coletiva de saberes.
Desafios
O Alto da Boa Vista enfrenta carências históricas em áreas essenciais, como educação, lazer, cultura e segurança pública, com instituições de ensino em condições precárias. Além disso, o aumento da violência social, o agravamento da fome e a ascensão do crime organizado são desafios que afetam diretamente as crianças e adolescentes da região.
No entanto, o “Estudos, Câmera e Ação” atua para transformar esse cenário, utilizando a educação e a cultura como ferramentas de empoderamento e inclusão social. O projeto oferece suporte a adolescentes das escolas municipais para que eles possam superar as dificuldades de aprendizagem e adquirir novas habilidades.
– O objetivo central do “Estudos, Câmera e Ação” é a formação integral de jovens cidadãos, capacitados não apenas academicamente, mas também em aspectos sociais e culturais, estimulando a reflexão crítica e a compreensão do seu papel na sociedade – explica Daniel Paes, presidente da Asbrinc e um dos responsáveis pelo projeto.
Reconhecimento
“Pátria Amada”, filme desenvolvido pela turma do projeto, foi selecionado para a 18ª edição do Festival Visões Periféricas, que acontecerá de forma online entre os dias 12 e 18 de março no Rio de Janeiro. O curta-metragem aborda a fome e a desigualdade social no Brasil e foi realizada na oficina de Audiovisual e Novas Tecnologias, ministrada pela professora Paula Marques, que dirige o filme com João Gabriel Prado. A produção contou com suporte e parceria da Asbrinc com o Ponto de Cultura Cine Floresta Nossa.
O filme será exibido na “Mostra Visorama” do festival, entre os dias 14 e 16 de março.
– O projeto se revela como um agente de transformação social, proporcionando ferramentas para a construção de um futuro mais justo e igualitário. Por meio de uma abordagem integral que combina reforço escolar, cultura, tecnologia e direitos humanos, seguimos empenhados em proporcionar uma educação transformadora, comprometida com a cidadania e com o desenvolvimento integral dos jovens, como protagonistas do futuro que desejam construir para si mesmos e para sua comunidade – destaca Paula Marques, que também é coordenadora de projetos e educadora da Asbrinc.
Para mais informações: https://www.asbrinc.org/