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Dia Internacional da Saúde Mental: Youtuber conta como esporte mudou sua vida: “ Chorava escondido e acordava sem rumo”

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Dia Internacional da Saúde Mental: Youtuber conta como esporte mudou sua vida: “ Chorava escondido e acordava sem rumo”
Foto: Divulgação

Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Saúde Mental (10 de outubro), convidamos você a conhecer a história de Fernando Vilela. Ciclista e administrador do canal “Café na Trilha” no YouTube (o maior em audiência sobre bikes no Brasil), ele é uma inspiração de como o esporte transforma vidas. Fernando, carioca de 41 anos, mostra como é possível conciliar uma vida de excelência no esporte com a de executivo.

Primeiros anos

Fernando nasceu no Rio de Janeiro e se mudou para Brasília ainda criança, onde viveu até os 9 anos. Depois, foi para o Espírito Santo, onde sua jornada realmente começou. Como muitos da sua geração, Fernando teve dificuldades para escolher uma profissão e decidiu cursar Farmácia.

Embora tivesse aptidão para as matérias, isso não foi suficiente para mantê-lo motivado. Sua paixão por esportes quase o levou a mudar para Educação Física, mas ele optou por concluir o curso de Farmácia devido às melhores perspectivas de mercado. Foi nesse curso que conheceu sua esposa, Thalita.

Em 2005, ao concluir sua graduação, mudou-se para os Estados Unidos para um programa de intercâmbio, onde aprimorou seu inglês e espanhol e adquiriu valiosa experiência corporativa. De volta ao Brasil, deixou a Farmácia e começou uma carreira como corretor de imóveis.

“Em casa, sempre brincamos que eu só estudei Farmácia para me casar (risos)! Estamos juntos há quase 20 anos e temos uma filha de 7 anos.”

Aos 30 anos, Fernando já havia acumulado experiência com sua própria imobiliária e se destacado no mercado imobiliário do Espírito Santo. No entanto, o sucesso trouxe seus próprios desafios: a alta demanda o forçou a trabalhar de domingo a domingo, afastando-o de sua vida social e familiar e impactando sua saúde, uma realidade comum a muitos brasileiros.

“Lembro que fui ao médico e ele disse que eu não poderia mais me estressar, como se fosse fácil não ficar estressado. Foi então que o ciclismo entrou na minha vida”, conta Fernando, rindo.

Incentivado por amigos, Fernando começou a pedalar e, das experiências — boas e ruins — nasceu o “Café na Trilha”. “O slogan do Café na Trilha é ‘Conectando e Transformando Pessoas com a Bike’, e vem precisamente dessa experiência vivida.”

A História do Café na Trilha

O ciclismo se tornou sua maior paixão. Em 2016, Fernando decidiu aplicar sua experiência empresarial no mundo do ciclismo.

“Acredito que, com minha experiência, vi o potencial do YouTube e o crescimento das redes sociais para alcançar um público mais amplo”, explica Fernando.

Apesar do potencial claro, ele enfrentou a concorrência de nomes já estabelecidos no setor.

“Se eu quisesse ficar na minha zona de conforto, ainda estaria trabalhando em farmácia ou na construção civil. Sou movido por desafios, tanto no mundo corporativo quanto na bicicleta. Meus ‘concorrentes’ são meus amigos. A troca de experiências, o crescimento mútuo e o aprendizado com o público são essenciais. Descobri que era possível combinar minhas duas grandes paixões: ciclismo e empreendedorismo. Hoje, faço o mesmo no Grupo Westhon. Lidero o Café na Trilha e também trabalho como CMO (Chief Marketing Officer) na WSB Advisors, uma empresa na área de Oil & Gas e energia.”

Café na Trilha: Transformando Vidas

O Café na Trilha está presente nas principais plataformas de mídia social, onde Fernando compartilha sua vida sobre duas rodas. O canal oferece coberturas de corridas, dicas de nutrição e treinamento, destaca lançamentos importantes do setor e, mais importante, se envolve diretamente com o público, respondendo às suas perguntas.

“Meu objetivo é manter uma troca harmoniosa com os seguidores. Gosto de aprender com eles e de compartilhar um pouco do conhecimento que adquiri ao longo da minha jornada. Sempre enfatizo a importância da rotina, da nutrição equilibrada e do treinamento diário, que não precisa ser necessariamente na bicicleta. A mente é nosso guia, e as crises de burnout do passado me ensinaram a equilibrar mente e corpo. Acredito que essa é a principal lição que um atleta de qualquer esporte pode levar para a vida profissional ou pessoal.”

O Café na Trilha é o principal canal de ciclismo no Brasil e uma referência global. Este ano, a Terra, um dos maiores portais do país, destacou a história de Vilela. Fernando foi capa do Racer Guide para La Leyenda del Dorado na Colômbia em 2023, e sua foto também apareceu na página de inscrição do evento, que possui a maior audiência na cobertura dessa ultramaratona.

Esse reconhecimento coloca o Café na Trilha entre os canais de mídia social mais relevantes do setor, alinhando-o a gigantes do mercado esportivo como Shimano, Specialized e DJI.

De Volta ao Mundo Corporativo

Além da empresa Café na Trilha, no final do ano passado, o talento e o trabalho árduo de Fernando foram reconhecidos com um convite para se tornar sócio e CMO da WSB. Sua experiência no mercado imobiliário e no Café na Trilha, sempre envolvendo amplo estudo sobre pessoas, comportamento e marketing, faz de Fernando uma figura de destaque no marketing digital.

“É imensamente satisfatório olhar para trás e ver tudo que passei, desde crises de burnout e ansiedade até desafios empresariais. As pessoas acham que isso é frescura, mas quando nos desvinculamos de uma profissão de forma repentina, é como se tivessem arrancado nossa identidade. Eu era o Fernando da Empresa X; de repente, não tinha mais essa referência, tomei raiva do setor, não queria mais ver pela frente. No início, o Café na Trilha foi uma válvula de escape, mas também uma mudança de vida e de valores brutais. Lembro de chorar escondido por diversas noites, acordar sem rumo, sem identidade. Hoje, retorno ao mundo corporativo com uma nova perspectiva e maturidade para liderar pessoas e projetos novamente. O esporte me deu a resiliência para enfrentar os desafios do mundo corporativo e posso afirmar, com muito mais resultados do que antes”, conclui Fernando.

Katarine Monteiro é jornalista especializada em esportes olímpicos e em saúde. Com cobertura de grandes eventos internacionais, como Jogos Pan-Americanos em Lima 2019, Qatar Total Open 2020, Qatar ExxonMobil Open 2019 - tênis em Doha (QT), Semana de Vela de Ilhabela, Transat Jacques Vabre 2019 (França-Brasil), L'Étape Brasil by Tour de France, também já fez coberturas de natação, maratona aquática, vôlei, polo aquático, Fórmula E, vela, skate e boxe, além de eventos esportivos como assessora de imprensa, relações públicas e social media. 

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Inverno começa nesta sexta-feira no Hemisfério Sul

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© Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil

O inverno no Hemisfério Sul começa às 23h42 (horário de Brasília) desta sexta-feira (20) e termina em 22 de setembro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste.

“Além de uma menor incidência de radiação solar, a estação caracteriza-se pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam queda na temperatura do ar, resultando em valores médios inferiores a 22 graus Celsius (°C) sobre a parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil”, diz o instituto.

Ainda segundo o Inmet, a diminuição de temperatura pode ocasionar a formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado de Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul; e episódios de friagem nos estados do Mato Grosso, de Rondônia, do Acre e no sul do Amazonas.

“Durante a estação, em função das inversões térmicas no período da manhã, são comuns as formações de nevoeiro e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas, áreas serranas e aeroportos”, alertou o instituto.

Norte

Em grande parte da Região Norte, a previsão climática indica condições favoráveis para ocorrência de chuvas próximas ou abaixo da média. Apenas no norte de Roraima e no noroeste do Pará e do Amapá, a previsão indica condições favoráveis para chuvas acima da média.

“A temperatura do ar nos próximos meses é prevista com predominância de condições acima da média em grande parte da região. Ressalta-se que a falta de chuvas no sul da Amazônia é comum entre os meses de julho a setembro e, aliadas à alta temperatura e baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais.”

“Por outro lado, isto não descarta a ocorrência de eventuais episódios de friagens nesta região, devido à incursão de massas continentais de ar frio”, completou o Inmet.

Nordeste

A previsão indica predominância de chuvas perto da média no interior da Região Nordeste, que a região já está no período seco. Nas demais áreas, são previstas chuvas abaixo da média. No entanto, a presença de águas mais quentes que o normal no Oceano Atlântico tropical pode favorecer a ocorrência de chuvas na costa leste do Nordeste.

Quanto à temperatura, o Inmet prevê, para este inverno, o predomínio de temperaturas acima da média em toda a região, principalmente no sul do Maranhão, onde podem ocorrer temperaturas médias de até 2°C acima da média.

Centro-Oeste

No Centro-Oeste, o período seco começou no mês de maio, e a previsão, para o inverno, é de chuvas abaixo da média climatológica em toda a região, com tendência de queda da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20%.

As temperaturas, segundo o Inmet, tendem a apresentar-se acima da média, devido à permanência de massas de ar seco e quente, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

Sudeste

A previsão para o inverno na Região Sudeste indica predomínio de chuvas abaixo da média, porém, não estão descartadas chuvas em áreas pontuais do litoral da região, devido à passagem de frentes frias.

De acordo com o instituto, as temperaturas tendem a permanecer acima da média em grande parte da região. E não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio em alguns dias, podendo ocorrer formação de geadas em pontos isolados de áreas com altitude elevada.

Sul

O prognóstico para os meses de inverno indica condições favoráveis para chuvas próximas e acima da média em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Já as condições de chuvas abaixo da média são previstas apenas para o Paraná.

Para a Região Sul, o Inmet prevê temperaturas acima da média durante a maior parte do inverno, com os maiores valores concentrados no Paraná. No entanto, a atuação de massas de ar de origem polar poderá ocasionar quedas pontuais de temperatura ao longo da estação, favorecendo a ocorrência de geadas em algumas áreas, sobretudo nas regiões de maior altitude.

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Chuvas continuam no Rio Grande do Sul, mas perdem força

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© Frame bahgossip/Intagram

As chuvas que desde o início da semana vêm atingindo parte do Rio Grande do Sul começaram a perder força nesta quinta-feira (19), mas as condições climáticas seguem instáveis em grande parte do estado.

Segundo a Climatempo, as chuvas devem persistir por mais alguns dias em determinadas regiões, como a Serra Gaúcha, Missões e Campanha, porém a tendência é que continuem perdendo intensidade ao longo desta sexta-feira (20) e do sábado (21).

“Já há indicação de enfraquecimento das precipitações a partir de hoje, quando as pancadas devem perder força primeiro onde os acumulados [nos últimos dias] foram mais expressivos”, informou a empresa em um boletim divulgado às 15h51.

Devido à instabilidade e à persistência da chuva, a Defesa Civil estadual manteve o alerta para que quem mora ou esteja passando pelas regiões norte e nordeste do estado se mantenham atentos às eventuais consequências das chuvas e evitem áreas de risco, pois há risco moderado de alagamentos.

O balanço divulgado no fim da tarde de hoje aponta que as chuvas dos últimos dias desalojaram ao menos 2.993 pessoas em todo o estado e deixaram outras 1.583 desabrigadas.

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É considerado desalojado quem teve que deixar o local onde mora devido às consequências das chuvas e se alojou temporariamente na casa de parentes ou amigos, hotéis ou pousadas. Já os desabrigados são aqueles que precisaram ir para abrigos públicos ou de instituições assistenciais.

As chuvas também já causaram ao menos duas mortes e deixaram uma pessoa desaparecida.

De acordo com o governo gaúcho, as equipes do Corpo de Bombeiros, da Brigada Militar, da Polícia Civil e do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estão mobilizadas em todo o estado, sobretudo nas cidades ribeirinhas, onde os níveis dos rios estão sendo monitorados.

Uma destas cidades ribeirinhas é Lajeado, localizada no Vale do Taquari, a cerca de 110 quilômetros da capital gaúcha, Porto Alegre.

Ali, o nível do Rio Taquari atingiu a cota de inundação, de 19 metros, na manhã desta quarta-feira (18), obrigando a prefeitura a, preventivamente, remover as famílias de áreas abaixo da cota dos 21 metros, acionar o plano de contingência municipal e decretar estado de alerta.

O nível do rio continuou subindo até chegar a 22,63 metros por volta das 13h de hoje, mas, a partir daí, começou a baixar lentamente. Às 16h45, o nível estava em 22,29 metros, conforme medição do Serviço Geológico do Brasil.

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Marcha para Jesus mantém tom político com milhares de pessoas em SP

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

A edição de 2025 da Marcha Para Jesus, em seu 33º ano, foi marcada novamente por participação de políticos ligados a congregações evangélicas, entre eles o governador de São Paulo e o prefeito da cidade.

Estevam Hernandes, presidente da Marcha para Jesus, teve Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes ao seu lado desde o começo do evento, pela manhã, na região da Luz, centro de São Paulo.

Em entrevista à Agência Brasil, Hernandes afirmou ter a expectativa de uma marcha muito especial e de um evento com orações pela paz e pela nação. “Temos basicamente dois públicos, as famílias, principalmente na caminhada, e jovens na faixa dos 20 anos para os shows”, explicou.

Os políticos desfilaram ao lado do líder religioso. Freitas colocou aos ombros uma bandeira de Israel, uma entre as diversas levadas pelos participantes.

 Governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes participam da Marcha para Jesus. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A solidariedade aos judeus sionistas esteve presente em diversas falas durante o evento, principalmente das lideranças religiosas, que algumas vezes fizeram menções mais belicosas, usando termos como “benção para a vitória” e “vitória divina”. Ao mesmo tempo, houve cautela em relação a posicionamentos mais diretos sobre os povos islâmicos. Nos discursos mais importantes também não houve referência aos bombardeios e ações de assassinato de lideranças iranianas durante os confrontos entre os dois países.

Liderança da comunidade judaica brasileira, o empresário Claudio Lottemberg também participou da marcha, destacando a proximidade entre judeus e cristãos.

Segundo a organização do evento, 2 milhões de pessoas, em mais de 20 mil caravanas, fizeram parte da caminhada até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próxima ao Campo de Marte, na Zona Norte da cidade, e aos shows que começaram por volta das 12h e continuam até o começo da noite.

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Jovens durante a Marcha para Jesus. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Lula

O presidente Lula enviou uma carta para os participantes da marcha através do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, que representou o presidente no evento. Na mensagem, Lula lembrou da sanção da lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009, durante seu segundo governo.

“Como cristão, me emociono com a alegria que brota da fé do nosso povo. E como presidente da República, reafirmo, em cada gesto de governo, meu compromisso com a liberdade religiosa e com o respeito à diversidade de crenças, porque a pluralidade religiosa é uma das maiores riquezas da nossa democracia”, escreveu o presidente.

* Colaborou a repórter Flávia Albuquerque

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