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Diversidade religiosa: o caminho é plural, mas o destino é o mesmo – com o Babalawo Sergio Ifatokun

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Em tempos de polarização e intolerância, falar sobre respeito religioso se torna não apenas necessário, mas urgente. Em uma sociedade marcada por diferentes crenças, doutrinas e manifestações de fé, compreender que a diversidade espiritual é uma riqueza — e não uma ameaça — é o primeiro passo para uma convivência mais harmoniosa e fraterna.
 
Quem reforça essa visão é o Babalawo Sergio Ifatokun, sacerdote de Ifá, Kimbanda e Candomblé, que há mais de 20 anos guia pessoas em seus caminhos espirituais. Para ele, o verdadeiro sentido da religião não está na forma do culto, mas na transformação do ser humano por meio da conexão com o divino.
 
> “As religiões são como rios. Cada um nasce em um lugar diferente, com águas e paisagens únicas. Mas todos correm em direção ao mesmo oceano: Deus, o sagrado, o equilíbrio, a evolução”, afirma Ifatokun.
 
Fé não se mede pela forma, mas pela intenção
 
É comum que pessoas que seguem caminhos religiosos distintos se sintam incompatíveis — e, infelizmente, muitas vezes se ataquem ou se julguem mutuamente. No entanto, quando se olha para o centro da espiritualidade, percebe-se que todas as religiões — do Ifá ao Cristianismo, do Budismo ao Islamismo — compartilham valores universais: amor, compaixão, respeito, justiça e fé.
 
> “Não importa se você dobra os joelhos diante de um orixá, de um altar cristão ou de uma vela acesa em silêncio. O que importa é a sua intenção, a pureza do seu coração e o quanto essa fé transforma você em uma pessoa melhor para o mundo”, explica o sacerdote.
 
Caminhos diferentes, propósitos semelhantes
 
Cada religião possui símbolos, linguagens, rituais e mitologias próprios. E isso não é um problema — é um reflexo da riqueza cultural da humanidade. O que é fundamental, segundo Ifatokun, é não permitir que essas diferenças se tornem muros, e sim pontes.
 
> “Quem conhece o Ifá entende que o destino de cada ser humano é único, mas que todos viemos da mesma fonte divina, chamada Olodumare. Em outras tradições, essa fonte pode ter outro nome — Deus, Jeová, Alá, Espírito. Mas o centro é o mesmo: luz, sabedoria e propósito de vida”, pontua ele.
 
Quando a fé se transforma em intolerância, ela deixa de ser fé
 
Um dos grandes desafios da atualidade é combater a intolerância religiosa. Sergio Ifatokun destaca que nenhuma fé verdadeira prega o ódio. Se uma crença marginaliza, persegue ou condena o outro apenas por ele crer de forma diferente, essa prática precisa ser revista com urgência.
 
> “Se sua fé não aceita que o outro também encontre Deus por um caminho diferente do seu, talvez o que você esteja seguindo seja orgulho disfarçado de espiritualidade. A verdadeira religião une, eleva, cura. Ela não segrega nem impõe medo”, diz com firmeza.
 
Religiões afro-brasileiras e o respeito ao pluralismo
 
As religiões de matriz africana, como o Candomblé, a Kimbanda e o culto de Ifá, são exemplos vivos de pluralismo espiritual. Nelas, convive-se com múltiplos orixás, entidades e formas de expressão do sagrado, ensinando desde cedo o respeito à diferença e à ancestralidade.
 
> “O terreiro é um espaço de acolhimento. Nele, cabem pessoas de todas as origens, cores e histórias. Não se pergunta de onde você veio, mas como podemos te ajudar a se reconectar com sua essência. É isso que toda religião deveria fazer: acolher e iluminar, não julgar e excluir”, afirma Ifatokun.
 
Como viver a espiritualidade de forma aberta e consciente?
 
O sacerdote compartilha algumas orientações para quem deseja seguir uma vida espiritual sem cair no fanatismo ou na intolerância:
 
Conheça antes de criticar
 
Estude outras tradições. Visite, escute, leia. O desconhecido deixa de ser ameaça quando vira conhecimento.
 
Respeite o caminho do outro
 
Você não precisa concordar com tudo. Mas precisa respeitar que cada um tem seu tempo, sua verdade e sua relação única com o sagrado.
 
Olhe para o que nos une
 
Todos buscamos cura, proteção, sentido, paz interior. Concentre-se no que é comum entre as crenças, e não nas diferenças superficiais.
 
Tenha humildade espiritual
 
Nenhuma religião é superior a outra. O que eleva alguém não é o altar, mas as atitudes diárias.
Essa compreensão do sagrado como algo universal e acessível a todos é o que pode transformar não apenas as relações espirituais, mas também as relações sociais. Quando reconhecemos que cada religião tem sua beleza, sua missão e sua maneira de dialogar com o divino, deixamos de competir e começamos a colaborar. A fé, quando bem vivida, não precisa de fronteiras. Pelo contrário — ela floresce no diálogo, no respeito mútuo e na convivência pacífica.
 
> “A missão das religiões, no fundo, é a mesma: ajudar o ser humano a evoluir, a vencer seus medos, a compreender seu papel no mundo e a viver com mais ética e amor. Não importa o nome da religião, mas o quanto ela desperta em você a sua melhor versão”, finaliza o Babalawo Sergio Ifatokun.
 
Em tempos de muros, que sejamos pontes. Que cada templo, terreiro, igreja, mesquita ou casa espiritual seja também um espaço de encontro e partilha, onde o sagrado se revele não apenas nos rituais, mas também na capacidade de acolher, ouvir e amar o outro — mesmo que ele creia diferente de você.
 
 
Conclusão
 
A diversidade religiosa não é um obstáculo — é um presente. Cada fé, cada culto, cada tradição carrega consigo fragmentos de uma verdade maior. Como diz o Babalawo Sergio Ifatokun, “não importa o nome que damos a Deus, importa o que fazemos com essa fé dentro de nós.”
 
Que a espiritualidade seja um caminho de união, não de separação. Porque, no fim, todos os rios — em sua beleza única — deságuam no mesmo oceano de luz.
Balawo Sergio Ifatokun
Formaçao e Iniciações
Iniciado no culto de Ifá, Ifatokun, pelo Oluwo Alabi, passou por rigorosos processos de aprendizado e consagração dentro da tradição, tornando-se um Babalawo – título concedido aos sacerdotes responsáveis pela consulta ao oráculo de Ifá e pela condução de rituais de destino, proteção e prosperidade. Seu treinamento envolveu anos de estudo dos versos do Odu Ifá, domínio da leitura dos ikins (sementes de dendê consagradas) e do opele (corrente divinatória), além da realização de eboris (rituais de assentamento da cabeça) e iniciações que conectam a pessoa ao seu orí destino.
https://www.instagram.com/ifatokun_atinukola/

Mini biografia, Assessor de Imprensa com mais de 20 anos de experiência em comunicação estratégica, consolidando sua trajetória como um dos principais nomes do mercado. CEO da Rta Comunicação, agência que dirige com excelência e visão inovadora, Rodrigo lidera projetos que vão além da assessoria de imprensa tradicional, integrando subnichos essenciais como marketing digital e tráfego pago. Sob sua gestão, a Rta Comunicação se destaca por oferecer soluções completas e personalizadas, unindo expertise em Relações Públicas com estratégias digitais de alta performance. Sua abordagem é pautada pela construção de marcas sólidas, ampliação de presença digital e geração de resultados tangíveis para clientes dos mais variados setores.

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6° Festival de Cenas Cômicas do Espaço Parlapatões tem cearense Luciano Lopes entre os finalistas

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O ator e humorista cearense Luciano Lopes foi selecionado para a final e poderá ser campeão nesta terça no Espaço Parlapatões

O humorista cearense Luciano Lopes está na final do 6º Festival de Cenas Cômicas, promovido pelo tradicional Espaço Parlapatões, em São Paulo. A apresentação acontece na próxima terça-feira, 22 de julho, e marca mais um passo importante na trajetória de mais de três décadas dedicadas ao riso, à crítica social e à valorização da cultura nordestina. Luciano conquistou a vaga com sua personagem mais icônica, Luana do Crato, que representa a força da mulher do interior com humor ácido, sotaque afiado e olhar popular.

Com um total de 45 cenas cômicas selecionadas de todas as regiões do Brasil, o festival permitiu apresentações em grupos ou solos. A cada eliminatória, cinco cenas eram escolhidas, totalizando 15 finalistas. “Participar de um festival desta magnitude artística valida a linguagem do humor cearense como linguagem artística”, afirma Luciano, reforçando a importância da presença nordestina em espaços de prestígio da cena teatral nacional.

A trajetória de Luciano Lopes começou em 1987, no Crato (CE), quando ainda adolescente já se apresentava em eventos estudantis e comunitários. Em 1993, nascia a personagem Luana do Crato, que, inicialmente encenada nas ruas, logo conquistaria os palcos de todo o estado e de outras regiões do Brasil. Formado em Comunicação Social – Jornalismo, Pedagogia e Direção Teatral, ele também possui duas pós-graduações: em Gestão de Talentos por Competência e Arte Educação e Cultura Popular. Atuou como professor, produtor cultural e diretor artístico, tendo coordenado projetos no SESC e em escolas particulares e públicas.

Ao longo de sua carreira, Luciano atuou e dirigiu em mais de 150 espetáculos teatrais, lançou o livro “Mariquinha Maricota” (Editora Giostri SP) e estrelou o documentário “Ele é Ela – Com Muito Humor”, lançado em 2024 em comemoração aos seus 30 anos de carreira. Também é fundador da Marmota Produções e do grupo Bilu Bila e Cia, que atua com teatro de rua, palhaçaria e ações culturais em comunidades e escolas. Além disso, foi homenageado com o título de Cidadão Juazeirense e o Diploma de Mérito Legislativo pela Prefeitura do Crato, em reconhecimento à sua contribuição à cultura popular. Além disso, Luciano também é sócio proprietário da loja Mundo das Maquiagens (única loja no Nordeste especializada em maquiagens artísticas)

“Ter sido selecionado já foi uma grande vitória. Sabemos que os Parlapatões é um grupo de grande vanguarda do teatro brasileiro, com trabalhos reconhecidos no mundo todo”, pontua Luciano. E de fato, o grupo Parlapatões, fundado em 1991 por artistas como Hugo Possolo e Alexandre Roit, revolucionou o teatro cômico no Brasil ao unir palhaçaria, teatro épico e crítica política em espetáculos irreverentes e populares. Iniciando com apresentações nas ruas e em festivais alternativos, o grupo ganhou projeção nacional com espetáculos clássicos como “Os Mequetrefe”, onde quatro palhaços vivem um dia nonsense, inspirado na obra de Edward Lear. Outro espetáculo marcante é “Clássicos do Circo”, que resgata números tradicionais da palhaçaria, com Tililingo, um palhaço em busca de um coração de pano, e o antagonista Branco.

Em 2006, os Parlapatões inauguraram seu próprio espaço cênico, o Espaço Parlapatões, no coração da Praça Roosevelt, em São Paulo. O local se tornou uma das principais casas dedicadas ao humor e ao teatro independente no país, recebendo espetáculos autorais, mostras de dramaturgia, festivais de palhaçaria e programas de formação artística. Com uma estética baseada no clown, na comicidade física e no engajamento político, o grupo consolidou sua importância como um dos pilares da vanguarda teatral brasileira.

“O humor cearense precisa abrir novas possibilidades. E os festivais de teatro são uma delas”, afirma Luciano, destacando a importância de ampliar os horizontes da comédia como expressão artística. Sua presença na final do festival, ao lado de outros 14 selecionados de diferentes estilos e regiões, é também um ato de resistência e representatividade. Em tempos em que a comédia ainda busca seu devido reconhecimento no circuito das artes, artistas como Luciano lembram que o riso é também voz, arte e identidade.

A final do Festival de Cenas Cômicas promete ser uma celebração da diversidade cômica brasileira, reunindo stand-ups, palhaçarias, esquetes e performances autorais. No palco da Praça Roosevelt, Luciano Lopes — com sua Luana do Crato — promete emocionar, provocar e arrancar gargalhadas, levando consigo o sotaque, a força e a criatividade do Cariri cearense para o centro cultural mais efervescente de São Paulo.

SERVIÇO:
Grande Final do 6º Festival de Cenas Cômicas
Espaço Parlapatões – Praça Roosevelt, São Paulo (SP)
📅 Terça-feira, 22 de julho de 2025
⏰ A partir das 20h:30
🎟️  Ingressos no Sympla.
Link: https://bileto.sympla.com.br/event/107940?share_id=1-copiarlink

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São Paulo

Caio Fernando Abreu é redescoberto em montagem voltada ao público infantil

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Após passar por Belo Horizonte e Rio de Janeiro, espetáculo estreia no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo com Bianca Byington Raquel Karro, Tiago Herz, Lucas Oradovschi, Lucas Popeta, André Celant, Renato Reston, Patricia de Farias e participação especial em vídeo de Malu Mader

Depois de temporadas de sucesso em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o público paulistano terá, a partir de 19 de julho, a rara oportunidade de conhecer o lado lúdico e poético de Caio Fernando Abreu, com a estreia do espetáculo A Comunidade do Arco-Íris, único texto do autor voltado ao público infantil. A montagem acontece no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo, com sessões aos sábados e domingos às 15h, e extras às 11h durante o mês de julho.

Realizado pela BFV Cultura e Esporte, com direção de Suzana Saldanha e supervisão de Gilberto Gawronski, o espetáculo transforma um texto visionário dos anos 1970 em uma experiência sensorial, poética e política que emociona crianças e adultos. A produção propõe uma reflexão sobre convivência, respeito às diferenças, sustentabilidade e utopias possíveis — temas que Caio antecipou com sensibilidade, mesmo em tempos de censura e repressão.

“Em tempos de COP30, o espetáculo fala de meio ambiente, cidades sustentáveis, diversidade e democracia — temas que, para nós da BFV, devem ser plantados desde a infância, com afeto, arte e diálogo”, afirma Flávio Helder, CEO da BFV Cultura e Esporte.

Com apoio do Banco do Brasil, o espetáculo integra a programação oficial do Centro Cultural Banco do Brasil – SP e é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), reforçando o compromisso da instituição com projetos culturais que inspiram transformação social e promovem a diversidade desde a infância.

O elenco é formado por Bianca Byington, Raquel Karro, Tiago Herz, Lucas Oradovschi, Lucas Popeta, André Celant, Renato Reston e Patricia de Farias, com participação especial em vídeo de Malu Mader. A trilha sonora é assinada por Tony Bellotto (Titãs) e João Mader, com direção musical de João Pedro Bonfá, trazendo uma atmosfera de rock’n’roll que embala a jornada da “comunidade do arco-íris”.

Uma utopia na floresta
A história se passa numa floresta encantada, onde brinquedos e seres mágicos decidem viver em harmonia, longe do mundo humano, da poluição e do consumo. A chegada de três gatos — Simão, Tião e Bastiana — provoca discussões sobre amizade, confiança, pertencimento e democracia, colocando em cena valores que ressoam com o público de todas as idades. “É um texto ecológico, amoroso e político. Em 1971, Caio já falava sobre outro modo de viver”, diz a diretora Suzana Saldanha. “É comovente ver crianças e adultos se emocionando com esse chamado para sonhar juntos.”

No elenco, Bianca Byington interpreta uma bruxa de pano esquecida, ao lado de uma sereia cansada da poluição, um soldadinho que prefere jardinar a guerrear, um mágico que deseja fazer sua arte em paz e um roqueiro que só quer tocar cercado pela natureza. O cenário interativo criado por Sérgio Marimba, os figurinos de Danielly Ramos e a iluminação de Aurélio de Simoni transformam o palco em um ambiente lúdico e imersivo — com estruturas móveis, cores vivas e espaços que estimulam o faz de conta.

De cidade em cidade, o Brasil se vê no arco-íris
A Comunidade do Arco-Íris teve sua primeira montagem em 2024 e passou por Belo Horizonte e Rio de Janeiro, conquistando elogios pela sensibilidade da abordagem e pela qualidade estética da produção. Em cada cidade, o espetáculo dialoga com temas urgentes da infância contemporânea, como consumo consciente, diversidade, empatia e ecologia.
Segundo o supervisor Gilberto Gawronski, “o Arco-Íris de Caio é uma ode à diferença. Não é um texto sobre empoderamento, racismo ou gênero isoladamente — é sobre tudo isso junto. Uma utopia onde todos convivem em harmonia.”
A montagem também inclui uma sessão com intérprete de LIBRAS no dia 03 de agosto, reforçando o compromisso com a acessibilidade e inclusão.

SERVIÇO
Espetáculo: A Comunidade do Arco-Íris
Texto: Caio Fernando Abreu
Direção: Suzana Saldanha
Supervisão de Direção: Gilberto Gawronski
Realização: BFV Cultura e Esporte

Estreia: 19 de julho de 2025
Temporada: Até 31 de agosto de 2025
Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Horários:

Sábados e domingos às 15h

Sessões extras às 11h durante julho

Sessão com LIBRAS: 03 de agosto
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia)
Vendas: www.ccbb.com.br ou na bilheteria do CCBB-SP

Ficha Técnica
Elenco: Bianca Byington (Bruxa de Pano), Raquel Karro (Sereia), Tiago Herz (Roque), Lucas Oradovschi (Mágico), Lucas Popeta (Gato Simão), André Celant (Soldadinho), Renato Reston (Gato Tião), Patricia de Farias (Gata Bastiana)

Stand-ins: Aisha Jambo (Bruxa de Pano), Maksin Oliveira (Mágico)

Participação em vídeo: Malu Mader

Cenário: Sérgio Marimba

Iluminação: Aurélio de Simoni

Figurinos: Danielly Ramos

Visagismo: Joana Seibel

Movimento/ Coreografia: Sueli Guerra

Assistência de movimento: Edney d’Conti

Trilha e Supervisão Musical: Tony Bellotto e João Mader

Direção Musical: João Pedro Bonfá

Programação Visual: Juliana Della Costa

Operação de Luz: Marcelo de Simoni

Operação de Som: João Paulo Pereira

Diretor de Palco: Ney Silveira

Produção Executiva: Jenny Mezencio

Coordenação Geral e Realização: Flávio Helder | BFV Cultura e Esporte

Coprodução: Byor Filmes, No Problem Produções, DaGaveta Produções, Agojie Filmes

Patrocínio: Banco do Brasil

Incentivo: Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet)

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São Paulo

6º Festival Cenas Cômicas recebe o humor cearense de Luana do Crato

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Show de Luciano Lopes acontecerá dia 8 de julho no Espaço Parlapatões

Com mais de três décadas dedicadas à arte do riso, o cearense Luciano Lopes segue reafirmando sua relevância na cena cultural nacional. No próximo dia 8 de julho, ele se apresenta no 6º Festival Cenas Cômicas, promovido pelo tradicional Espaço Parlapatões, em São Paulo, com sua personagem mais icônica: Luana do Crato. A participação marca um momento especial na carreira do artista, que celebrou 30 anos de humor em 2024 com o lançamento do documentário “Ele é Ela com Muito Humor”.

O Festival teve início no último 1º de julho e movimenta a capital paulista reunindo artistas de todas as regiões do país em apresentações de stand up, palhaçaria, esquetes e cenas autorais. O evento é reconhecido como uma das maiores vitrines da comicidade nacional, e a presença de Luciano Lopes reforça o papel do Nordeste como fonte de criatividade e humor autêntico.

Nascido no Crato (CE), Luciano iniciou sua trajetória artística ainda na infância, em 1987. De lá para cá, construiu um currículo respeitado, com mais de 100 espetáculos teatrais como ator e diretor, seis filmes, participações em programas de televisão, projetos educativos e ações culturais de impacto. Seu trabalho é reconhecido por unir arte popular, crítica social e valorização da identidade nordestina.

Um dos pontos altos de sua trajetória literária foi o lançamento do livro “Maricota Mariquinha”, publicado pela editora Giostri de São Paulo e distribuído para as bibliotecas públicas do Ceará. A obra destaca sua faceta de dramaturgo e educador, áreas em que também tem formação: Luciano é graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, Pedagogia, Direção Teatral e possui duas pós-graduações — em Gestão de Talentos por Competência e Arte Educação e Cultura Popular.

Além da atuação nos palcos, Luciano se destacou na gestão de projetos culturais. É fundador das Marmotas Produções, responsável por lançar diversos novos nomes do humor cearense, e do grupo Bilu Bila e Cia, que atua com teatro de rua e palhaçaria, promovendo arte acessível em comunidades, escolas e eventos culturais. A sua atuação extrapola os limites do entretenimento, atingindo o campo da formação artística, da inclusão e da cidadania cultural.

Em reconhecimento a sua contribuição para a cultura, Luciano recebeu diversas homenagens, incluindo o título de Cidadão Juazeirense e o Diploma de Mérito Legislativo pela Prefeitura do Crato. Essas condecorações simbolizam o impacto de sua obra não só no meio artístico, mas também na construção de identidade e pertencimento das comunidades onde atua.

A personagem Luana do Crato, que será apresentada no Festival de Cenas Cômicas, é fruto dessa trajetória múltipla. Luana representa a força da mulher nordestina, com humor ácido, olhar popular e sotaque afiado. No palco do Espaço Parlapatões, a personagem promete arrancar gargalhadas e emocionar o público com sua crítica bem-humorada sobre o Brasil profundo.

O Parlapatões, onde acontece o festival, é um dos espaços mais consagrados da arte cômica brasileira. Fundado em 2006, no coração da Praça Roosevelt, o grupo já realizou montagens premiadas, estreias de sucesso, festivais de humor e mostras de dramaturgia, sendo um marco na revitalização cultural do centro paulistano. O Festival de Cenas Cômicas é uma das ações que consagra essa trajetória de estímulo ao riso como linguagem estética e política.

A participação de Luciano Lopes neste contexto não é apenas uma conquista individual, mas um símbolo da força do humor cearense no cenário artístico nacional. Em tempos em que a comédia muitas vezes é subestimada, a presença de um artista com tamanha bagagem é um lembrete: o riso é arte, é voz, é resistência — e tem sotaque do Cariri.

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