Saúde
Dor no quadril: impacto femoroacetabular é uma das principais causas diagnosticadas por ortopedistas

Condição cresceu entre idosos, devido à falta de atividade durante a pandemia, e entre praticantes de algumas modalidades esportivas. Ortopedista fala sobre os sinais de alerta e opções de tratamento
A articulação do quadril é uma das mais complexas do corpo humano. A dor na região pode ser causada por diversos fatores, desde lesões traumáticas até doenças crônicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor no quadril é uma das principais causas de incapacidade física e perda de qualidade de vida em todo o mundo.
Uma das principais causas de dores no quadril está relacionada a síndrome do impacto femoroacetabular (IFA), que ocorre quando existe um contato anormal entre a cabeça e o encaixe da articulação do quadril. “As dores costumam acometer a virilha, glúteos, a parte lateral da coxa e até mesmo o joelho”, relata o Dr. Luiz Henrique Batata, ortopedista do Hospital Santa Catarina – Paulista. Segundo o especialista, o paciente também apresenta rigidez no quadril durante ou após a atividade física, e pode limitar a capacidade de movimentação. “A fraqueza muscular acarretada juntamente pela dor e a rigidez podem piorar com determinados movimentos, como agachar, girar o quadril, subir e descer escadas, entrar ou sair de um carro, permanecer sentado por longos períodos”, explica.
O diagnóstico envolve exame físico específico com manobras ortopédicas para identificar o local exato do impacto. Para confirmação, exames radiológicos como radiografias específicas e ressonância nuclear magnética são solicitados, proporcionando uma visão clara das alterações envolvidas.
Síndrome pode causar artrose, se não tratada
“Essa condição pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo jovens, adultos e idosos. Nos últimos anos, especialmente após a pandemia, houve um aumento na incidência entre idosos devido aos períodos prolongados de inatividade, que resultaram em perda de massa muscular que podem agravar os sintomas. Nos últimos dois anos, jovens amadores e profissionais também passaram a apresentar a condição, em especial os praticantes de crossfit, tênis, dança e artes marciais”, explica o Dr. Luiz Henrique.
Embora não tenha uma relação direta com a artrose do quadril, o impacto femoroacetabular pode, ao longo do tempo, levar ao desgaste da cartilagem articular e, eventualmente, à artrose. “Isso ocorre se a condição não for tratada adequadamente, permitindo que o atrito contínuo degrade a cartilagem da articulação coxofemoral. Inicialmente, a dor pode simular sintomas de artrose, mas a origem é distinta e requer um tratamento específico para evitar a progressão para a artrose”, explica o ortopedista.
Tratamento e Cirurgia
A prevenção do impacto femoroacetabular depende do estágio em que é diagnosticado. “Nos estágios iniciais, intervenções como fortalecimento muscular, analgesia e fisioterapia direcionada podem ser eficazes. No entanto, em casos mais avançados, a intervenção cirúrgica é frequentemente necessária”, completa o ortopedista, que afirma essa ser uma solução definitiva para muitos pacientes, restaurando a função e aliviando a dor associada a essa condição.
A artroscopia do quadril corretiva é o tratamento cirúrgico mais comum para o impacto femoroacetabular. Esse procedimento é minimamente invasivo e permite ao cirurgião acessar a articulação, corrigir as deformidades ósseas e tratar as sequelas associadas. Outra vantagem videoartroscopia, é ser utilizada para remover sinovial inflamada ao redor do impacto, corrigindo as estruturas ósseas envolvidas e permitindo que o paciente retorne às suas atividades diárias com menor dor e maior funcionalidade.
“O tipo de cirurgia é determinado de acordo com o quadro de cada paciente. Em ambos não são realizados corte em ossos, somente o desgaste. Os procedimentos são minimamente invasivos com duas pequenas incisões de 10 cm, onde o cirurgião insere uma pequena câmera e trabalha em tempo real em um monitor de vídeo, com os instrumentos cirúrgicos em miniatura”, explica Dr. Luiz Henrique. Ele destaca também que essas cirurgias apresentam menos danos no quadril operado. “As vantagens dessas cirurgias são que a reabilitação mais rápida, com menos sangramento, menos dor no pós-operatório e, na grande maioria dos casos, o paciente sai andando no mesmo dia do procedimento”, relata o ortopedista.
Para o pós-operatório, é recomendável auxílio de muletas durante as primeiras semanas, além da fisioterapia, que irá ajudar no fortalecimento muscular e ganho de mobilidade no quadril operado. Os pontos da cirurgia de quadril são retirados em até duas semanas após o procedimento. Já o retorno às práticas esportivas pode acontecer dentro de alguns meses”, conclui Dr. Luiz Henrique Batata.
Saúde
Brasil inaugura maior biofábrica do mundo de mosquitos “do bem”

O Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP) inauguraram neste sábado (19) a Wolbito do Brasil, maior biofábrica do mundo especializada na criação do mosquito Aedes aegypti inoculado com a bactéria Wolbachia, que impede o desenvolvimento dos vírus de doenças como dengue, chikungunya e zika.
Com 70 funcionários, a biofábrica diz ser capaz de produzir 100 milhões de ovos de mosquito por semana. Inicialmente, a unidade atenderá unicamente o Ministério da Saúde, que seleciona os municípios para a implementação do método Wolbachia, tendo como base os mapas de incidência das arboviroses transmitidas pelo Aedes.
O método, que promete reduzir drasticamente a transmissão e os gastos com os tratamentos dessas doenças, é testado no Brasil desde 2014, quando foram feitas liberações em Tubiacanga e Jurujuba, bairros das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói (RJ), respectivamente.
O Wolbachia foi expandido para mais seis cidades: Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Joinville, em Santa Catarina; Petrolina, em Pernambuco; e em Belo Horizonte e Campo Grande, capitais de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, respectivamente. O método está em fase de implantação nos municípios de Presidente Prudente, em São Paulo, Uberlândia, em Minas Gerais, e Natal, capital do Rio Grande do Noere.
Os próximos a receberem o método são Balneário Camboriú e Blumenau, em Santa Catarina, além de novas áreas em Joinville, em Santa Catarina; Valparaíso de Goiás e Luziânia, em Goiás; e na capital federal, Brasília.
Segundo a Wolbito do Brasil, a implantação do método nessas cidades encontra-se na fase de comunicação e engajamento da população. A liberação dos mosquitos nessas regiões está prevista para o segundo semestre.
A biofábrica frisa que o método não usa mosquitos transgênicos e é complementar a outros métodos e aos cuidados básicos que a população deve manter para eliminar os criadouros de insetos.
O Instituto de Biologia Molecular do Paraná, sócio na biofábrica, foi criado em uma parceria entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ligado ao governo estadual, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fioruz), ligada ao Ministério da Saúde.
“A inauguração dessa fábrica coloca o Brasil, por meio dessa associação da Fiocruz com o Tecpar, aqui no Paraná, na linha de frente dessa tecnologia para todo mundo”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou da inauguração.
Como funciona
Presente em 14 países, o método consiste em liberar no ambiente mosquitos inoculados com a Wolbachia, para que se reproduzam com a população local de Aedes aegypti e gerem descendentes também portadores da bactéria e, portanto, com menores chances de transmitir dengue, chikungunya ou zika para humanos.
As wolbachias são um gênero de bactérias presente em mais da metade dos insetos do mundo, estima a ciência. Em estudos desenvolvidos desde o início dos 2010, cientistas conseguiram reproduzir com segurança Aedes aegypti infectados com espécies de wolbachias que não ocorreriam naturalmente no mosquito.
No Aedes, tais bactérias demonstraram ser capazes de impedir a multiplicação de diferentes arbovírus transmissíveis aos humanos, sendo ao mesmo tempo capazes de favorecer que mosquitos com a bactéria tenham uma vantagem reprodutiva sobre populações não infectadas.
Segundo a Fiocruz, a expectativa é que para cada R$ 1 investido, a economia do governo em medicamentos, internações e tratamentos em geral gire entre R$ 43,45 e R$ 549,13.
Saúde
Ceará registra foco de gripe aviária em criação doméstica

O Ceará registrou o primeiro caso de gripe aviária do tipo H5N1 em aves domésticas. O registro ocorreu numa criação de subsistência, em que as aves são produzidas para consumo próprio, em Quixeramobim, no sertão central do estado.
Por meio de nota, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) informou que a propriedade foi isolada e que as aves foram mortas na manhã desta sexta-feira (18). A criação passará pelo protocolo de saneamento previsto pelo Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Embora o caso só tenha sido divulgado neste sábado (19), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuário (LFDA), em Campinas (SP), confirmou a ocorrência de H5N1 após analisar amostras encaminhadas no último dia 8. A Adagri também investiga as propriedades num raio de 10 quilômetros do foco para verificar o possível vínculo com outras criações.
A agência reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, porque a doença não é transmitida por meio do consumo. O órgão reitera que há nenhuma restrição quanto ao consumo.
Estatísticas
Desde 2023, o Brasil registra focos de gripe aviária em criações domésticas. De lá para cá, foram detectados 181 casos de influenza aviária, sendo 172 casos em aves silvestres, oito em aves de subsistência e um em aves comerciais, todos controlados.
O único caso em granja comercial foi registrado em Montenegro (RS) em maio. Após a desinfecção do local e o cumprimento de 28 dias sem novos registros em criações comerciais, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou o Brasil livre da gripe aviária em 18 de junho, o que permitiu a retomada das exportações de frango.
No mês passado, o país registrou focos domésticos de H5N1 em Goiás e no Mato Grosso do Sul. Também houve um foco de gripe aviária silvestre no zoológico de Brasília.
Saúde
Saúde Digestiva em Alerta: doenças silenciosas crescem no Brasil e exigem atenção médica especializada

Distúrbios como refluxo, disbiose, gastrite e SIBO estão se tornando cada vez mais comuns e, muitas vezes, ignorados. Conversamos com o especialista Dr. Mahmoud Zafer Merhi para entender por que esses problemas exigem diagnóstico preciso e abordagem individualizada.
Comportamentos modernos como alimentação industrializada, estresse constante, uso excessivo de antibióticos e sono irregular têm cobrado um preço silencioso: a crescente deterioração da saúde digestiva. Refluxo, gastrite, disbiose intestinal, SIBO (supercrescimento bacteriano) e outros distúrbios do trato gastrointestinal estão se tornando cada vez mais prevalentes no Brasil e muitas vezes ignorados, confundidos com “coisas normais do dia a dia”.
Segundo a Sociedade Brasileira de Gastroenterologia, mais da metade da população convive com algum sintoma digestivo frequente, mas apenas uma minoria busca ajuda médica qualificada. Para entender melhor esse cenário, conversamos com o médico gastrocirurgião Dr. Mahmoud Zafer Merhi, especialista em saúde digestiva com atuação nacional e formação internacional.
Com mais de 6.500 pacientes acompanhados e mais de 9.000 cirurgias realizadas, entre elas, procedimentos de alta complexidade como cirurgias de vesícula, hérnias abdominais, intestinais e bariátricas o médico defende que o caminho para tratar essas doenças começa com investigação profunda, escuta ativa e estratégias personalizadas.
“Os sintomas digestivos são sinais de alerta do corpo. Quando ignoramos por muito tempo, abrimos espaço para que pequenos distúrbios evoluam para doenças crônicas e até quadros cirúrgicos complexos”, explica o especialista.
Graduado pela Faculdade Americana de Medicina do Líbano, uma das mais respeitadas do Oriente Médio e com residência médica em Cirurgia Geral no Brasil pelo SUS-SP, Dr. Mahmoud também se especializou em Cirurgia do Aparelho Digestivo na Beneficência Portuguesa de São Paulo, centro de referência em cirurgia de alta complexidade na América Latina.
Sua atuação combina a precisão da medicina cirúrgica com a profundidade da análise clínica, trazendo um olhar integrativo para o cuidado com distúrbios como gastrite, disbiose, SIBO, SIFO, refluxo e outros desequilíbrios digestivos.
“Muitas pessoas chegam ao consultório após anos de frustrações com tratamentos genéricos. O segredo está na personalização. Cada paciente tem um histórico único, um corpo único e uma causa diferente para o mesmo sintoma”, ressalta.
Entre as queixas mais comuns estão inchaço abdominal, má digestão, queimação no estômago, constipação, azia e gases, sintomas que, embora pareçam simples, podem esconder desequilíbrios mais profundos, como intolerâncias alimentares, infecções ou disfunções metabólicas.
Segundo o especialista, o aumento da procura por cirurgias digestivas também é um reflexo da negligência inicial com sintomas que se agravam ao longo do tempo.
A boa notícia é que, com o avanço das investigações clínicas, exames modernos e um olhar atento ao paciente, é possível retomar o equilíbrio intestinal, prevenir doenças e transformar a qualidade de vida.
Todas as doenças começam no intestino.” E é ouvindo esse princípio, com ciência e compaixão, que Dr. Mahmoud transforma sintomas soltos em diagnósticos precisos. E pacientes esgotados em histórias de reconexão.
Para quem busca excelência no cuidado digestivo, Dr. Mahmoud representa uma referência nacional, unindo conhecimento, experiência e uma abordagem centrada no paciente.
Para saber mais ou agendar uma consulta:
Instagram: @doctor.mahmoud
Doctoralia: https://doctoralia.com.br/mahmoud-zafer-merhi