Saúde
Dr. Aryell Vitelbo revela detalhes sobre sua trajetória na Odontologia
Sua jornada na odontologia reflete a força de sua fé, valores familiares e o desejo de transformar vidas por meio de seu trabalho.
Desde cedo, Aryell foi incentivado a explorar sua paixão pela música. Entretanto, ao concluir o ensino médio, enfrentou o dilema comum a muitos jovens: não sabia qual caminho profissional seguir. Durante três anos, tentou ingressar na faculdade de medicina, mas enfrentou desafios que o levaram a repensar sua trajetória. Paralelamente, lidou com questões de saúde que o acompanharam desde o nascimento, como uma parada cardíaca, e que exigiram acompanhamento médico constante. Essas experiências moldaram sua resiliência e fortaleceram sua determinação em construir um futuro sólido.
O divisor de águas veio através do Projeto Nilson Braga, da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (UIECB). Durante uma edição do projeto em Paragominas, Aryell teve seu primeiro contato com a área de prótese dentária. Ele ficou profundamente impactado ao presenciar o brilho nos olhos dos pacientes ao receberem suas novas próteses. A transformação no sorriso e na autoestima dessas pessoas despertou nele um sentimento de propósito que transcendia a música.
Inicialmente, Aryell decidiu seguir a carreira de técnico em prótese dentária. Contudo, uma conversa com seu tio Elson Antunes (Maninho) trouxe uma nova perspectiva: “Por que ser técnico se você pode ser dentista e ajudar ainda mais pessoas?” Essas palavras o motivaram a prestar o ENEM e ingressar na faculdade de odontologia. Ele se inscreveu em cursos de odontologia e letras, prometendo a si mesmo que seguiria a odontologia caso fosse aprovado nessa área — e foi exatamente isso que aconteceu em 2018.
Durante a graduação, Aryell encontrou um propósito ainda maior. Inspirado pela experiência de seu pai, que sofreu um acidente e precisou de cuidados especializados que não estavam disponíveis no Pará, ele decidiu se especializar em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial. Estagiando no Hospital João de Barros Barreto, sob a orientação de profissionais renomados como a professora Andréa Joaquim, Anderson Kikuchi e Helder Pontes, Aryell aprofundou seu conhecimento e fortaleceu sua vocação.
Hoje, Aryell Vitelbo é um dentista reconhecido por sua dedicação, competência e por transformar vidas através da odontologia. Sua história é um testemunho de superação, fé e do poder de um sorriso — não apenas como resultado de um procedimento bem-sucedido, mas como uma metáfora para os desafios superados e os sonhos realizados.
Saúde
5 hábitos que podem aumentar o risco de câncer
Mudanças nos comportamentos e no ambiente têm grande influência no desenvolvimento do câncer. Oncologista do Hospital Santa Catarina Paulista alerta sobre os principais riscos e orienta sobre escolhas que podem melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco da doença
O câncer não tem uma única causa, mas é o resultado de uma interação complexa entre fatores externos e internos. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão relacionados a fatores externos, ou seja, mudanças no ambiente causadas pelo ser humano, hábitos de vida e comportamentos que podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
De acordo com o médico oncologista Dr. Yuri Bittencourt, do Hospital Santa Catarina – Paulista, “o ambiente de trabalho, consumo de alimentos e medicamentos, assim como comportamentos sociais e culturais podem influenciar na alteração da estrutura genética das células. Alguns fatores genéticos tornam determinadas pessoas mais vulneráveis aos agentes cancerígenos ambientais.” O médico destaca 5 hábitos que podem aumentar significativamente o risco de câncer e como preveni-los.
1. Tabagismo
O tabagismo é, sem dúvida, um dos principais fatores de risco para diversos tipos de câncer, especialmente os de pulmão, boca, esôfago, bexiga e pâncreas. “O cigarro contém mais de 7.000 substâncias químicas, muitas das quais são altamente cancerígenas. Essas substâncias danificam o DNA das células e alteram seu funcionamento, o que pode levar ao desenvolvimento de tumores”, alerta o Dr. Yuri Bittencourt. Além dos danos diretos às células, o fumo também enfraquece o sistema imunológico, tornando o organismo mais vulnerável a outras condições cancerígenas. “Estudos demonstram que os fumantes têm uma probabilidade muito maior de desenvolver cânceres associados ao tabaco em comparação aos não-fumantes”, completa o oncologista.
Além dos tipos de câncer já mencionados, o tabagismo também está relacionado a cânceres de fígado, estômago, pâncreas, rim e até colo do útero, especialmente em mulheres que fumam. Por isso, abandonar o hábito de fumar é uma das medidas mais eficazes para reduzir significativamente o risco de câncer e melhorar a saúde geral.
2. Consumo excessivo de álcool
O consumo excessivo de álcool está fortemente associado ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, incluindo os de fígado, mama, cólon, esôfago, boca, garganta e laringe. “O álcool pode interferir na metabolização de substâncias cancerígenas no organismo, prejudicando as células e favorecendo o desenvolvimento de tumores”, explica o oncologista. Além disso, de acordo com recentes diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe um nível seguro de consumo de álcool, o que reforça a importância de evitar ou limitar seu consumo para reduzir os riscos de câncer.
3. Sedentarismo
A falta de atividade física é reconhecida como um importante fator de risco no desenvolvimento de vários tipos de câncer, com destaque para os cânceres de cólon e mama. “A prática regular de exercícios ajuda a manter o peso corporal adequado, o que por si só já reduz o risco de muitos tipos de câncer, além de melhorar a função do sistema imunológico”, afirma o Dr. Yuri. A atividade física também tem um impacto direto sobre a circulação sanguínea e a eliminação de toxinas do organismo, fatores que contribuem para a diminuição do risco de desenvolvimento de células cancerígenas.
Estudos demonstram que indivíduos fisicamente ativos têm menores chances de desenvolver cânceres relacionados à obesidade, como o câncer de cólon, mama e endométrio. A recomendação de, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana pode ser uma estratégia eficaz na prevenção de muitos tipos de câncer e no bem-estar geral do corpo.
4. Exposição excessiva ao sol
A exposição solar sem proteção adequada é uma das principais causas do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil e em muitos outros países. “Os raios ultravioletas (UV) danificam as células da pele, causando lesões que, ao longo do tempo, podem levar ao desenvolvimento de cânceres, como o melanoma, o tipo mais agressivo”, alerta o Dr. Yuri. A exposição solar excessiva, especialmente entre as 10h e as 16h, horários em que os raios UV são mais intensos, aumenta significativamente o risco.
Para proteger a pele, é essencial usar protetor solar com FPS adequado, mesmo em dias nublados ou em ambientes externos, além de adotar outras medidas de precaução, como o uso de chapéus, roupas de proteção e óculos de sol, e evitar a exposição solar intensa. “A proteção solar é crucial não apenas para prevenir o câncer de pele, mas também para evitar o envelhecimento precoce e os danos à saúde”, complementa o especialista.
5. Alimentação inadequada
O padrão alimentar desempenha um papel significativo na prevenção ou no aumento do risco de câncer. Dietas ricas em alimentos processados, gorduras saturadas, carnes vermelhas e produtos ultraprocessados estão diretamente ligadas ao aumento do risco de câncer, especialmente o cólon, esôfago, fígado e pâncreas. “Alimentos industrializados, ricos em aditivos e conservantes, podem favorecer a inflamação crônica no organismo, o que, por sua vez, pode favorecer o desenvolvimento de células cancerígenas”, explica o Dr. Yuri. Por outro lado, uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, tem um efeito protetor.
Alimentos ricos em antioxidantes, como os encontrados em frutas e vegetais coloridos, ajudam a combater os radicais livres, prevenindo danos celulares que podem levar ao câncer. “Uma dieta balanceada e rica em fibras e nutrientes essenciais é uma das melhores formas de prevenção, fortalecendo o organismo e ajudando a proteger as células contra a ação de substâncias cancerígenas”, finaliza o oncologista.
Adotar hábitos mais saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regulares, evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco, além de tomar cuidados com a exposição solar, pode ser decisivo para a prevenção do câncer. O oncologista Dr. Yuri Bittencourt ressalta que, embora o câncer seja uma doença multifatorial, reduzir esses riscos comportamentais é um passo importante na busca por uma vida mais longa e saudável.
Saúde
A cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com câncer no mundo
No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta terça-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, a cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com a doença em todo o planeta – e embarcam em uma verdadeira jornada para vencer a enfermidade.
“Elas não conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coalisões globais, catalisar ações locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo câncer”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Em seu perfil na rede sociais X, Tedros destacou que a OMS atua em diversas áreas, desde o fornecimento de medicações para tratamentos oncológicos pediátricos até campanhas globais para a eliminação do câncer cervical. “Estamos trabalhando para melhorar a vida de milhões de pessoas”.
“No Dia Mundial do Câncer, honramos a coragem daqueles afetados pela doença, celebramos o progresso científico e reafirmamos nosso compromisso de promover saúde para todos”, concluiu o diretor-geral.
Dentre as orientações publicadas pela OMS para reduzir o risco de câncer estão:
– não fumar;
– praticar atividade física regularmente;
– comer frutas e verduras;
– manter um peso corporal saudável;
– limitar o consumo de álcool.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
Cientistas do Inca alertam para desinformação sobre câncer
No Dia Mundial do Câncer, celebrado nesta terça-feira (4), pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (Inca) alertam para o grande fluxo de desinformações sobre a doença que circulam em redes sociais. Um artigo publicado na edição mais recente da Revista Brasileira de Cancerologia mostra os riscos de uma infodemia do câncer, ou seja, a circulação rápida e ampla de informações falsas sobre a enfermidade.
“Infodemia é um conceito criado por especialistas internacionalmente, validado pela OMS [Organização Mundial da Saúde], que ganhou muita força durante a pandemia de Covid-19. Infodemia é um olhar sobre os momentos em que informações sobre saúde ganham uma grande relevância e começam a aumentar de uma forma muito abrupta essas informações, sejam verdadeiras, ou não”, explicou o pesquisador Fernando Lima, um dos autores do artigo.
Desinformação sobre o câncer gera grande risco para a sociedade, diz o pesquisador do Inca Fernando Lima – Tomaz Silva/Agência Brasil
De acordo com o pesquisador, as redes sociais não facilitam a distinção entre informação, baseadas em evidências científicas, e desinformação. “Isso pode atrapalhar as tomadas de decisão do indivíduo sobre o seu próprio cuidado e acabar, ou atrasando tratamentos ou atrasando diagnósticos, e complicando os próprios casos”.
O artigo destaca que a infodemia do câncer abrange desde mitos sobre as causas da doença até a promoção de medidas preventivas e tratamentos não comprovados. Essas informações podem incentivar ações sem base em evidências.
“Uma informação falsa que tem sido muito propagada em redes sociais tem relação com vacina contra HPV, que tem como objetivo a prevenção do câncer de colo de útero. Existe inclusive a desinformação de que isso [a vacinação] poderia estar associado a um aumento dos casos do câncer de colo de útero”, afirmou Lima.
“Há também desinformação sobre a segurança do uso de cigarros eletrônicos. Eles não são seguros. Não há comprovação nenhuma de sua segurança. E há também notícias de substituição de tratamentos convencionais por tratamentos alternativos. Isso gera um grande risco para a sociedade”.
Outra autora do artigo, Telma de Almeida Souza, lembra o caso recente da circulação de desinformações acerca do uso da graviola como uma suposta forma de matar células cancerígenas. “O tempo para o paciente com câncer é primordial. Isso faz com que ele perca tempo no seu tratamento. Esse combate à desinformação é importantíssimo para salvar vidas.”
Segundo o artigo, a disseminação e amplificação das desinformações são potencializadas, de forma intencional, pelas redes sociais, por meio oo chamado “capitalismo de vigilância”. Por esse conceito, as empresas de tecnologia ganham dinheiro mantendo as pessoas conectadas, coletando seus dados e moldando seus comportamentos.
Os algoritmos usados por tais redes sociais amplificam narrativas, que “criam câmaras de eco e privilegiam conteúdos sensacionalistas com o objetivo de aumentar o engajamento dos usuários, impulsionando a todos para a era da infodemia”, diz o artigo.
“O aumento abrupto [da circulação dessas informações] dificulta muito para o cidadão comum compreender entender ali, diferenciar o que seria informação ou desinformação. A informação em saúde, hoje em dia, na internet, pode ter picos, o que se chama de viralização, e esse pico pode ser um momento que pode gerar muitas dúvidas na sociedade”, ressaltou Fernando Lima.
De acordo com Lima, é preciso haver monitoramento permanente dessas informações e dar uma resposta rápida e eficiente, para que a sociedade saiba diferenciar informação e desinformação. Ações como regulamentar e responsabilizar as empresas que controlam as redes sociais e fortalecer respostas institucionais às informações falsas são medidas sugeridas pelos pesquisadores.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc