Saúde
Dr. Dalvo Neto fala mais sobre Lipoenxertia que aumenta o bumbum e elimina gordura de determinada área do corpo
O Brasil é o segundo país do mundo onde mais se realiza cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos em termos de quantidade (chegou a ser o primeiro em 2021) e a cirurgia plástica que mais é realizada no mundo na atualidade é a Lipoaspiração. O viés dessa afirmação é que, dentre a cirurgia mais realizada no mundo, na maioria absoluta das oportunidades a intervenção é combinada com o procedimento conhecido como lipoenxertia, que consiste em, após retirada da gordura de um determinado local que está atrapalhando a apresentação de um corpo bonito, como na região da cintura, nos flancos, culotes e reposicionando essa gordura em um local que deixará o corpo mais bonito como é o caso do bumbum.
O procedimento de lipoaspiração com lipoenxertia é conhecido nos Estados Unidos como Brazilian Butt Lift, uma alusão à silhueta corporal das brasileiras, como pondera o Dr. Dalvo Neto, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da ISAPS (The International Society of Aesthetic Plastic Surgery).
“O procedimento de lipoaspiração com o uso de tecnologias para emulsificação de gorduras (VASER) e aspiração com vibrolipoaspirador de tecnologia helicoidal (Microaire) torna a cirurgia mais segura em termos de espoliação (trauma e sangramento para o paciente) e de melhor qualidade, tendo em vista se consegue extrair maior volume de gordura indesejável com maior precisão e menos risco de intercorrências”, comenta.
O médico diz que o procedimento é conhecido de forma errônea nos EUA, pois não se trata de um “lifting” que seria uma elevação do bumbum. “É um procedimento que se conhece muito mais a eficácia nos dias atuais com processamento da gordura aspirada, lavagem com substâncias que estimulam a melhora da qualidade do tecido adiposo (sculptra- acido polilático ou Radiesse – Hidroxiapatita de cálcio) tudo em meio estéril, fechado e descartável que potencializam a “pega” ou seja a fixação da gordura enxertada (injetada) e com os adventos mais modernos de aumento da eficácia e segurança, guiados por ultrassonografia realizada durante a cirurgia”.
Trata-se do sonho de consumo de muitas mulheres no Brasil e no mundo, retirar gordura de locais indesejáveis e aplicar em locais que se deseja um volume maior, inclusive bumbum e pernas, como ressalta Dr. Dalvo. Mas o cirurgião também fala sobre os detalhes que devem ser observados e cumpridos para a segurança e eficácia da cirurgia.
“A paciente não deve entender como um procedimento para perder peso ou emagrecer, mas para tratamento da gordura localizada em um canto e transpor para outro. Devemos sempre pesquisar se existe alguma comorbidade ou contra-indicação da paciente em relação ao procedimento, em especial se trata-se de uma pessoa saudável. Imagine que submeter-se a uma cirurgia é semelhante a uma maratona, ou seja o corpo da paciente necessitará de um “preparo físico” ou capacidade de resistência muito grande para se recompor após o procedimento” quanto aos riscos, já que tivemos episódio de uma modelo famosa e influencer que foi a óbito devido a uma lipoaspiração de joelho”, diz.
O médico relata que toda cirurgia tem seus riscos e o papel do médico é esclarecer os riscos e minimizar. “É de boa conduta médica realizar cirurgias em ambiente hospitalar, devidamente equipados e monitorizados por profissional anestesiologista. Todas as medidas preventivas para evitar o tromboembolismo são mandatórias; como pesquisar histórico de doenças trombogênicas, história familiar de problemas com cirurgias e anestesias, se paciente realizou cirurgias anteriores sem problemas algum; porém o organismo humano é único e, tal qual gosto de comparar uma viagem de avião, considerado o transporte mais seguro do mundo, mesmo com todos os cuidados possíveis podemos ter acidentes, quando na mídia pode reverberar e causar pânico nas pessoas como algo perigoso (viajar de avião) tal qual na cirurgia plástica. A modernidade avançou e cada vez menos temos problemas com cirurgias plásticas. Cada vez mais se faz e menos temos problemas, mas quando temos, vale a pena frisar que não me julgo apto para ponderar sobre o recente ocorrido, mas acredito ter sido uma fatalidade. Não acho válido fazer propagandas sobre cirurgia plástica ser algo desnecessário e arriscado.”
Dr. Dalvo ainda acrescenta: “Eu acho que a cirurgia plástica devolve muito a autoestima das pessoas, faz com que se sintam melhores consigo próprias e por que não dizer com a forma que se apresentam na sociedade? Inúmeras vezes nos deparamos o quão bem estar, mudança da perspectiva de vida a cirurgia plástica traz as pessoas, investir em si próprios, na sua qualidade de vida”.
Por isso a lipoaspiração com a lipoenxertia vem aumentando de maneira exponencial e sem sinais de que esses números aumentem ainda mais ao longo dos próximos anos.
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Saúde
Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.
As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.
Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.
Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.
Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2), em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).
Saúde
Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP
O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.
Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.
A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.
“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..
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Modernização
Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.
“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.
O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.
Saúde
OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência
Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.
Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.
“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.
“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.
Riscos
A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.
O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.
“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.
A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.
Apelo à ação
Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:
- Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
- Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
- Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
- Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.



