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Saúde

Dra. Patricia Baptista explica o que é doença periodontal e como se prevenir

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Foto: Divulgação

A doença periodontal, frequentemente conhecida como doença das gengivas, é um problema de saúde bucal que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Dra. Patricia Baptista, enfatiza as causas, sintomas e tratamentos dessa condição, chamando a atenção para a importância da prevenção.

O que é a doença periodontal?

A doença periodontal é uma condição inflamatória crônica que afeta os tecidos que circundam os dentes. Isso inclui as gengivas, o osso alveolar e o ligamento periodontal. A doença pode se manifestar de diversas maneiras, sendo a gengivite uma forma leve e reversível, e a periodontite, a forma mais avançada, que pode resultar na perda de dentes.

Causas da doença periodontal:

Acúmulo de Placa Bacteriana: O principal desencadeador da doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nos dentes. A placa não removida adequadamente por meio da escovação e do uso de fio dental permite que as bactérias se proliferem, inflamando as gengivas.

Fatores de Risco: Vários fatores aumentam o risco de desenvolver doença periodontal, incluindo tabagismo, diabetes não controlada, predisposição genética e uso de medicamentos que afetam a saúde bucal.

Higiene Bucal Insuficiente: A negligência na higiene bucal é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento da doença periodontal.

Tratamento da doença periodontal:

Melhoria na Higiene Bucal: O primeiro passo no tratamento é aprimorar a rotina de higiene bucal, incluindo a escovação regular, o uso do fio dental e enxaguantes bucais.

Limpeza Profissional: Em estágios iniciais, como a gengivite, uma limpeza profissional realizada pelo dentista ou higienista dental pode ser suficiente para reverter a condição, essa limpeza pode incluir a raspagem dos dentes.

Tratamento Periodontal: Casos mais avançados podem requerer tratamento periodontal, que envolve a remoção do tártaro e placa bacteriana abaixo da linha da gengiva, além do alisamento e aplainamento radicular para suavizar as superfícies das raízes dos dentes.

Cirurgia Periodontal: Em situações severas, a cirurgia periodontal pode ser necessária para restaurar a saúde bucal e evitar a perda de dentes.

Acompanhamento Contínuo: É fundamental manter visitas regulares ao dentista após o tratamento, a fim de monitorar a saúde bucal e prevenir recorrências.

Dra. Patricia Baptista explica que é importante destacar as doenças que estão relacionadas com a doença periodontal, pois essa condição pode afetar não apenas a saúde bucal, mas também a saúde geral. Aqui estão algumas das doenças e condições que têm sido associadas à doença periodontal:

Diabetes: A relação entre diabetes e doença periodontal é bidirecional. Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver doença periodontal, e a presença da doença periodontal pode dificultar o controle do diabetes.

Doenças Cardiovasculares: Estudos sugerem que a inflamação crônica causada pela doença periodontal pode estar ligada a um maior risco de doenças cardíacas, como aterosclerose e infarto do miocárdio.

Pneumonia: A aspiração de bactérias da cavidade oral devido à doença periodontal pode aumentar o risco de pneumonia, especialmente em idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.

Artrite Reumatoide: Existe uma relação entre a doença periodontal e a artrite reumatoide, uma doença autoimune que afeta as articulações.

Complicações na Gravidez: A doença periodontal tem sido associada a partos prematuros e a bebês com baixo peso ao nascer, tornando o controle da saúde bucal fundamental durante a gravidez.

Doença Respiratória Crônica: A presença de bactérias periodontais no trato respiratório pode agravar doenças respiratórias crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Doença Renal Crônica: Embora a relação seja complexa, estudos sugerem que a doença periodontal pode estar relacionada a um maior risco de doença renal crônica.

Demência: Alguns estudos exploraram a conexão entre doença periodontal e declínio cognitivo, incluindo doenças como o Alzheimer.

É importante notar que a relação entre a doença periodontal e essas condições é complexa e ainda está sendo investigada em muitos casos. No entanto, os cuidados com a saúde bucal desempenham um papel fundamental na prevenção dessas complicações. Manter a boca saudável não é apenas um benefício estético, mas também uma parte crucial da manutenção da saúde geral do corpo. Consultar regularmente um dentista, adotar uma rotina de higiene bucal adequada e tratar a doença periodontal quando diagnosticada são medidas essenciais para prevenir complicações relacionadas à saúde.

Sobre a dentista: Dra. Patrícia Baptista, se apaixonou pela carreira ainda na adolescência. Iniciou o curso de odontologia aos 18 anos, e se especializou em cuidado bucal da melhor idade, com foco em próteses dentárias, reabilitação oral e prótese sobre implante. A Dra. faz um trabalho de conscientização de seus pacientes sobre os cuidados bucais através das redes sociais.
@drapatriciabaptista

Imagem: consultório da fama

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Saúde

Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol

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© Agência SP/Divulgação

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.

As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.

Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.

Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.

Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2),  em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).

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Saúde

Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP

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O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.

Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.

A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.

“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..

Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30 

Modernização

Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.

“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.

O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.

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Saúde

OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência

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© Joédson Alves/Agência Brasil

Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.

Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.

“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.

“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.

Riscos

A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.

O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.

“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis ​​às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.

A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.

Apelo à ação

Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.

Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:

  • Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
  • Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
  • Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
  • Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.

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