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Economia

Drex: a inovação em pagamento para os brasileiros

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Drex: a inovação em pagamento para os brasileiros
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Moeda digital brasileira utiliza tecnologia blockchain e pode ser usada em grandes transações

O Banco Central segue em fase de teste do Drex, a plataforma na qual a moeda digital do Banco Central (CBDC) será utilizada para pagamentos de grandes transações financeiras de forma segura, através de ativos digitais e contratos inteligentes. Essa fase, que visa garantir a privacidade e segurança das transações, deve seguir até o primeiro semestre de 2025.

O Real Digital tem o mesmo valor nominal do Real tradicional e é emitido pelo Banco Central do Brasil. Ele pode ser transacionado em ambientes que utilizam a tecnologia de registro distribuído, conhecida em inglês como Distributed Ledger Technology (DLT).

Semelhante ao PIX, o método de pagamento amplamente utilizado no dia a dia dos brasileiros, o Drex inova ao permitir que o contrato inteligente seja adaptado conforme o que for mais conveniente para as partes envolvidas. Assim, a transferência de dinheiro só será realizada quando todas as condições forem atendidas.

Segue um exemplo: você comprou um carro de pessoa particular. Ao utilizar o Drex, o dinheiro só será pago ao vendedor quando o processo de documentação estiver resolvido, evitando fraudes. Ou seja, assim que o seu dinheiro for transferido, o sistema, de forma simultânea, passa a propriedade do veículo para você. Ou, caso o vendedor dê o primeiro passo e realize a transferência, no mesmo momento há o pagamento para ele. Se uma das partes falhar, o valor pago e o carro voltam para seus respectivos donos.

“Depois de passar pelos testes e houver a sua implementação, acredito que o Drex será bem visto por investidores e pessoas interessadas em iniciar nesse mundo. Isso porque, os custos serão menores em transações, o que pode ser mais atrativo. Há também várias possibilidades de negócios, o que pode ser bom para a economia. As Fintechs, por exemplo, poderão seguir o nicho em tokens de Direitos Creditórios, que por vir a ser uma modalidade de investimento com o Drex”, explica Matheus Medeiros, CEO da Futokens, que completa.

“No início, as pessoas podem ter algum receio, mas depois, vendo como tudo funciona com segurança, acredito no crescimento do uso do Drex, assim como foi com o PIX”, finaliza.

E qual a diferença para o Pix?

Os dois têm a mesma finalidade: pagamento rápido e de forma segura. O PIX, por exemplo, é muito utilizado nas transações simples e você pode programar os pagamentos. Ele está atrelado a uma chave escolhida pelo usuário e segue as normas estabelecidas pelo BC.

Já o Drex é voltado para grandes valores e sempre são atrelados a contratos inteligentes. Ele utiliza a tecnologia blockchain e todo o seu processo é rastreado. Pode ser utilizado para compra de veículo, envio de dinheiro para o exterior ou até um empréstimo bancário (quando você pode colocar como garantia parte de suas aplicações).

Com o Drex, as operações de crédito, que hoje têm um custo muito alto por conta da participação de intermediários, tendem a ter um valor mais baixo e isso abre um leque para que mais pessoas utilizem.

Para acessar a moeda e a plataforma Drex será necessário ter uma conta em um banco ou outra instituição financeira autorizada. Serão essas instituições que realizarão a transferência do Real para a carteira digital do Drex, garantindo assim toda a segurança necessária.

Por ser uma moeda digital emitida pelo Banco Central, o Real Digital se diferencia das criptomoedas, que são ativos digitais emitidos de forma privada e, portanto, não são fiscalizados pelo governo. Assim, as criptomoedas estão mais sujeitas a variações de valor no mercado, já que não têm uma autoridade reguladora central e são diretamente influenciadas por fatores de mercado, como especulações e demanda.

Para o investidor iniciante ou que quer se manter longe das instabilidades das criptos, as Stablecoin podem ser um caminho. Elas são ativos digitais criados para representarem moedas oficiais, como o Dólar, Real e Euro. A equiparação com a moeda fiduciária fica 1 pra 1. Utilizando o Drex como lastro se abre outra possibilidade de negócio, mas para isso é preciso desenvolvê-la.

“Há sempre uma empresa emissora responsável por trás para garantir que haverá reserva ou saldo para cobrir o total investido na moeda escolhida, o chamado lastro. O indicado é sempre conhecer todo o projeto e como vai funcionar”, observa Medeiros.

Mesmo com toda segurança, ainda é possível que essa paridade frente à moeda real (fiduciária) não ocorra, como aconteceu em 2022 devido à crise da FTX.

A segunda maior exchange do mercado decretou falência no final daquele ano após indicações de que os fundos dos investidores estavam sendo usados em negócios de alto risco. Isso afetou diretamente o token FTT, que apresentou falta de liquidez. Diante das notícias, os clientes tentaram sacar seus recursos, mas o processo foi congelado pela empresa, que não tinha como liberar os valores requisitados. A crise também impactou outros projetos.

Jornalista formada na Universidade Católica de Brasília, com passagem pela redação do Jornal da Comunidade, Correio Braziliense e Jornal Brasília. Além de trabalhar há 12 anos como assessora nas editoriais de Gastronomia, Saúde, Shopping Centers e Alimentos

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Economia

O que considerar antes de investir em uma ação

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Com o avanço da participação de investidores pessoa física na Bolsa, tomar boas decisões exige mais do que acompanhar a oscilação diária dos preços: é preciso entender o negócio, o setor e o cenário econômico

O universo de investimentos no Brasil mudou significativamente na última década. Segundo dados da B3, a Bolsa brasileira ultrapassou 5,3 milhões de investidores pessoa física em 2025, reflexo da digitalização do mercado e do maior acesso à informação financeira. A entrada desse novo público trouxe dinamismo, mas também reforçou a importância de compreender o que realmente significa comprar ações.

Afinal, investir na Bolsa não é apenas reagir aos movimentos do gráfico, é analisar empresas reais, afetadas por ciclos econômicos, concorrência, gestão e tendências de consumo. Quanto mais o investidor entende esse conjunto de fatores, maiores são suas chances de tomar decisões seguras e evitar armadilhas.

O fundamento essencial: conhecer a empresa

Investir em ações é assumir o papel de sócio. Por isso, a primeira etapa de uma análise é investigar como a empresa funciona. Elementos centrais incluem:

  • modelo de negócio e fontes de receita,

  • histórico de lucros e margens,

  • nível de endividamento,

  • qualidade da gestão,

  • governança e transparência.

Relatórios de resultados e demonstrações financeiras oferecem pistas valiosas sobre a capacidade de a companhia se manter competitiva ao longo do tempo. Empresas sólidas, com processos bem estruturados e crescimento consistente, tendem a oferecer menor risco, especialmente para quem mira o longo prazo.

O setor importa tanto quanto a empresa

Além da empresa, é preciso observar o movimento do setor. Cada segmento tem sua lógica própria e reage de formas distintas a mudanças no cenário econômico.

  • Setores cíclicos, como varejo, bens duráveis e construção, são altamente sensíveis a juros e renda.

  • Setores defensivos, como saúde, energia e saneamento, costumam ser mais estáveis.

  • Tecnologia tende a oscilar conforme inovação, escalabilidade e competição global.

Compreender o ciclo do setor ajuda o investidor a enxergar se a empresa está entrando em um momento de expansão ou enfrentando obstáculos conjunturais.

Perfil de risco e leitura macroeconômica

Antes de escolher qualquer ação, o investidor precisa alinhar sua decisão ao próprio perfil de risco. Quem tolera volatilidade pode buscar empresas de crescimento acelerado; já quem prioriza previsibilidade tende a preferir pagadoras de dividendos.

Ao mesmo tempo, o ambiente macroeconômico influencia intensamente o desempenho das ações.

  • Selic alta reduz o apetite por renda variável.

  • Selic em queda costuma atrair fluxo para a Bolsa.

  • Inflação, câmbio, política fiscal e cenário global podem beneficiar ou penalizar setores inteiros.

Investir sem observar essas variáveis é como navegar sem bússola: a direção existe, mas o caminho fica incerto.

Indicadores financeiros que auxiliam a decisão

Dados ajudam a transformar percepções em análises concretas. Entre os principais indicadores usados por investidores estão:

  • P/L (Preço/Lucro) – indica quanto se paga pelo lucro da empresa;

  • ROE (Retorno sobre Patrimônio) – mede eficiência na geração de valor;

  • Margem líquida e EBITDA – mostram a força operacional;

  • Endividamento – revela a estrutura de capital;

  • Dividend Yield – destaca a remuneração ao acionista.

Nenhum dado funciona sozinho: o ideal é comparar indicadores entre empresas do mesmo setor e ao longo do histórico da própria companhia.

Exemplo prático: como observar a MGLU3

A trajetória da MGLU3, ação da Magazine Luiza, evidencia como o comportamento do setor e do cenário macroeconômico pode transformar a performance de um papel. A empresa viveu um ciclo de forte valorização durante a expansão do e-commerce, mas enfrentou períodos de queda quando o consumo desacelerou e os juros subiram.

Esse caso reforça alguns pontos:

  • ações de varejo tendem a ser mais voláteis,

  • resultados trimestrais devem ser analisados em conjunto com o ciclo econômico,

  • inovação e execução estratégica são determinantes para o crescimento futuro.

E, principalmente, demonstra que nenhuma ação deve concentrar toda a carteira. Diversificação protege o investidor e equilibra riscos.

Construindo estratégia e visão de longo prazo

Investir em ações exige maturidade e constância. Oscilações diárias fazem parte da dinâmica do mercado, mas o crescimento real vem de acompanhamento contínuo, disciplina para manter aportes recorrentes e foco no longo prazo.

O investidor que estuda, entende o contexto e controla as emoções tende a transformar conhecimento em resultado. No fim, o mercado acionário recompensa quem pensa como dono: olha menos para o preço do dia e mais para a capacidade da empresa de prosperar ao longo dos anos.

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Economia

BRB diz que recuperou R$ 10 bilhões das carteiras com Master

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© Joédson Alves/Agência Brasil

Após a repercussão das investigações ligadas às supostas fraudes envolvendo o Banco Master, o Banco de Brasília (BRB) afirmou, em nota, nesta sexta-feira (21), que a instituição permanece com solidez.

Nas investigações da Polícia Federal, o BRB aparece com um das principais instituições que teriam comprado créditos falsos do Master. 

“As carteiras atuais seguem padrão adequado, e o Banco permanece sólido e colaborando com as autoridades”, garantiu a instituição.

Em relação aos negócios com o Banco Master, o BRB ponderou que todo o processo de substituição de carteiras e adição de garantias, que é previsto em contrato, foi reportado e acompanhado pelo Banco Central.

A fraude

O BRB adquiriu, segundo as investigações, um total de R$ 12,7 bilhões em carteiras de crédito inexistentes do Master. A Operação Compliance Zero, deflagrada nesta semana pela Polícia Federal (PF), apontou que a fraude consistia em simular empréstimos em meio a negociações de carteiras de crédito com outros bancos. Entre eles, o BRB.

Na nota, o banco afirmou que dos R$ 12,76 bilhões negociados, mais de R$ 10 bilhões já foram “liquidados ou substituídos”. “E o restante não constitui exposição direta ao Banco Master”. O Banco de Brasília acrescentou que atua como credor nessa liquidação extrajudicial e que passou a reforçar controles internos.  

Para reafirmar a ideia de solidez, o BRB divulgou que conta com mais de R$ 80 bilhões em ativos, mais de R$ 60 bilhões em carteira de crédito e registrou lucro líquido de R$ 518 milhões no 1º semestre”. A instituição teria contabilizado margem financeira superior a R$ 2,3 bilhões.

A instituição acrescentou que atende em 97% do território nacional e conta com 988 pontos físicos e liderança no crédito imobiliário no Distrito Federal.

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Economia

Governo reduz para R$ 7,7 bi congelamento de despesas no Orçamento

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© Antônio Cruz/ Agência Brasil/Arquivo

A equipe econômica reduziu de R$ 12,1 bilhões para R$ 7,7 bilhões o volume de recursos congelados no Orçamento de 2025.

Os dados constam do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre, divulgado nesta sexta-feira (21) pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. Do total, R$ 4,4 bilhões estão bloqueados e R$ 3,3 bilhões foram contingenciados.

A queda no bloqueio decorre, principalmente, do cancelamento de R$ 3,8 bilhões em despesas discricionárias (não obrigatórias) para cobrir gastos obrigatórios.

Já o contingenciamento passou de zero para R$ 3,3 bilhões por causa da piora na projeção para o resultado fiscal deste ano.

O detalhamento dos valores por ministério será apresentado no Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, previsto para 30 de novembro.

Bloqueio e contingenciamento

O bloqueio é adotado quando os gastos previstos superam o limite imposto pelo arcabouço fiscal. Já o contingenciamento é aplicado quando há frustração de receitas e risco de descumprimento da meta fiscal.

A meta de 2025 é déficit zero, com tolerância para um resultado negativo de até R$ 31 bilhões.

Segundo o Ministério do Planejamento, a redução do bloqueio também reflete queda de R$ 4 bilhões na estimativa de despesas obrigatórias, influenciada por recuos em benefícios previdenciários e subsídios.

O contingenciamento tornou-se necessário porque o déficit primário projetado (R$ 34,3 bilhões) superou o limite permitido pela meta (R$ 31 bilhões). O aumento decorre, principalmente, do déficit das estatais e da revisão para baixo da receita líquida.

O déficit primário representa a diferença entre as despesas e as receitas, desconsiderando os juros da dívida pública.

Ao considerar que, desde setembro, o governo havia cancelado R$ 3,8 bilhões em despesas discricionárias para cobrir o crescimento de gastos obrigatórios, o volume total de recursos congelados (bloqueados e contingenciados) caiu de R$ 8,3 bilhões para R$ 7,7 bilhões, alívio de R$ 644 milhões.

O relatório diminuiu em R$ 501 milhões a contenção no Poder Executivo, de R$ 5,514 bilhões para R$ 5,013 bilhões. O total a parcela de emendas parlamentares congeladas passou de R$ 2,794 bilhões para R$ 2,645 bilhões, liberação de R$ 149 milhões.

Projeções de receitas e despesas

O relatório atualizou as estimativas para receitas e gastos ao longo de 2025.

>> Veja os principais números:

Receitas primárias da União

  • Projeção anterior: R$ 2,924 trilhões
  • Projeção atual: R$ 2,922 trilhões

Despesas primárias totais

  • Projeção anterior: R$ 2,417 trilhões
  • Projeção atual: R$ 2,418 trilhões

Gastos obrigatórios

  • Projeção anterior: R$ 2,207 trilhões
  • Projeção atual: R$ 2,204 trilhões

Despesas discricionárias (não obrigatórias)

  • Projeção anterior: R$ 219,056 bilhões
  • Projeção atual: R$ 215,425 bilhões

Projeções específicas de despesas

  • Benefícios previdenciários: de R$ 1,029 trilhão para R$ 1,028 trilhão (-R$ 263,7 milhões)
  • Pessoal e encargos sociais: de R$ 408,976 bilhões para R$ 408,592 bilhões (-R$ 384 milhões)
  • Precatórios e sentenças judiciais: de R$ 42,824 bilhões para R$ 43,356 bilhões (+R$ 532,4 milhões)
  • Subvenções econômicas: de R$ 24,769 bilhões para R$ 21,677 bilhões (-R$ 3,092 bilhões)

Arrecadação

  • Dividendos de estatais: de R$ 48,808 bilhões para R$ 52,422 bilhões (+R$ 3,614 bilhões)
  • Concessões: de R$ 7,743 bilhões para R$ 7,831 bilhões (+R$ 88,2 milhões)
  • Royalties: de R$ 145,903 bilhões para R$ 144,081 bilhões (-R$ 1,822 bilhão)

Meta fiscal e decisões recentes

A meta fiscal de 2025 permite déficit de até R$ 31 bilhões. Segundo o governo, a projeção menor do resultado está ligada ao déficit de estatais e à queda de R$ 1 bilhão na receita líquida estimada.

O governo também destaca impactos positivos da aprovação no Congresso de medidas ligadas à compensação tributária indevida, ao Atestmed (sistema de atestado médico digital do Instituto Nacional do Seguro Social) e ao seguro-defeso, que devem gerar alívio fiscal de cerca de R$ 15 bilhões neste ano.

Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou o governo a contingenciar recursos para perseguir o piso da meta – déficit primário de R$ 31 bilhões –em 2025, o que amplia a flexibilidade na execução orçamentária. No entanto, a decisão do ministro Benjamin Zymler ainda será julgada pelo plenário do órgão.

O detalhamento das áreas que terão liberação parcial dos recursos bloqueados será divulgado até o fim de novembro.

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