Economia
Economia do Piauí deve crescer 2,5% em 2024, acima do Brasil, estima Santander

Julho de 2024 – Seguindo o bom desempenho mostrado no período pós-pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí deve aumentar 2,5% neste ano, estima o Santander. Se confirmada a expectativa, o Estado terá crescimento acima do previsto para o PIB brasileiro, de 2% em 2024, e da região Nordeste, 2,3%.
Em 2025, enquanto a economia brasileira deve se expandir em 1,8% e o Nordeste, 1,7%, a alta prevista para o PIB piauiense se mantém no patamar de 2,5%. Essa trajetória positiva, no entanto, está em um patamar inferior ao incremento previsto para o Piauí em 2023: 7,5%, um dos maiores do país no período. Os números estão em estudo especial que apresenta estimativas do banco por estados e regiões para o horizonte de 2022 a 2025. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2021.
Nas projeções da instituição para o estado piauiense, o PIB dos serviços vai avançar 2,5% neste ano e 2% no próximo, após a projeção de atingir o maior patamar percentual do Brasil em 2023 no setor: 6%. Segundo as informações mais recentes do IBGE, os serviços são o segmento mais importante na economia do Piauí, com peso de 79,7% na economia local.
“Os serviços indicam tendência consistente de expansão, apesar de alguma desaceleração recente. O Piauí é um destaques positivos dos últimos anos, e as previsões de 2022 a 2025 mostram sempre uma trajetória de crescimento do estado neste setor, sempre entre os melhores patamares do Nordeste”, afirma Gabriel Couto, economista responsável pelo levantamento ao lado dos economistas Henrique Danyi e Rodolfo Pavan.
Para a indústria, que representa 12,3% da economia piauiense, a expectativa do Santander também é de alta de 8,9%, em 2023; 5,5%, em 2024; e 5%, em 2025. Neste ano, de acordo com as projeções da instituição, a indústria nordestina deve avançar 2,3%, e a brasileira, 1,4%. “O desempenho do Piauí neste período 2021-2025 o coloca sempre puxando os melhores patamares de crescimento percentual da indústria no Nordeste e com protagonismo nacional”, comenta Couto. Em 2023, a perspectiva é de ficar abaixo apenas do Espírito Santo (13,5%), enquanto que, em 2024, dividirá o posto mais alto com Tocantins (5,5%) e voltará ao segundo lugar em 2025, atrás de Tocantins (6%).
Por fim, para a agropecuária, o banco espera um recuo de 2% em 2024, após uma alta prevista de 15% em 2023. No Nordeste, o PIB agro deve subir 2,4% este ano, contrastando com a queda de 1% esperada para o setor no Brasil. O agro responde por 6,5% do PIB nordestino, e por 8% da economia piauiense.
Economia
Cesta básica tem custo menor em 11 capitais, mostra Dieese

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o custo da cesta básica diminuiu em 11 localidades e aumentou em seis capitais. O levantamento foi feito entre os meses de maio e junho.
O estudo do Dieese apontou que as maiores baixas foram nas capitais Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%), São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%).
Apesar de ter caído o custo, a cesta básica em São Paulo continua sendo a mais cara do país, com o valor de R$ 831,37. Na sequência estão Florianópolis (R$ 867,83), Rio de Janeiro (R$ 843,27) e Porto Alegre (R$ 831,37).
As capitais com os valores da cesta básica mais baixos, porém com a composição diferente de produtos e com menores valores médios, foram Aracaju (557,28), Salvador (R$ 623,85), Joao Pessoa (R$ 636,16) e Natal (R$ 636,95).
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Aumento
Na comparação dos valores da cesta entre junho do ano passado e junho de 2025, quase todas as capitais tiveram aumentos de preço. Nesse caso, as variações foram de 1,73% em Salvador e 9,39% no Recife. A redução ocorreu em Aracaju, com -0,83%.
No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as capitais incluídas na pesquisa mostraram alta nos preços da cesta, com índices que oscilaram, por exemplo, em mais 0,58% em Aracaju e 9,10% em Fortaleza.
Produtos
Entre os produtos que tiveram baixas está a batata, que diminuiu nas capitais do centro-sul nos meses de maio e junho. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, por exemplo, as quedas ficaram em em -12,62% e -0,51%, respectivamente.
O açúcar, por sua vez, diminuiu em 12 cidades no período, ficando estável no Recife e aumentando em quatro capitais, sendo o mais alto em Campo Grande (1,75%). As maiores reduções no preço do açúcar ocorreram em Brasília (-5,43%), Vitória (-3,61%), Goiânia (-3,27%) e Belém (-3,15%).
No mesmo período aferido pela pesquisa, o preço do leite integral diminuiu em 11 capitais, casos de Brasília (-2,31%) e Curitiba (-0,65%). Já em cinco cidades, os valores se elevaram, como aconteceu em Aracaju (2,11%). A maior alta foi no Recife (8,93%), sendo que em outras 12 houve retração no preço médio do produto, com variações, por exemplo, em Campo Grande (-7,99%) e São Paulo (-0,71%).
O tomate aumentou em dez capitais entre maio e junho, sendo registradas variações no Rio de Janeiro (0,29%) e Porto Alegre (16,90%). Em outras sete, o preço caiu, com a maior variação em Aracaju (-21,43%).
No período de 12 meses, o tomate baixou de preço em 16 capitais, sendo que o valor médio diminuiu, por exemplo, em Aracaju (-25,29%), Salvador (-19,72%) e no Rio de Janeiro (-14,48).
Economia
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Economia
Combustível: governo prevê queda de preço se petróleo mantiver cotação

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “há uma real possibilidade” de queda no preço da gasolina e do diesel nas próximas semanas, caso o valor do petróleo no mercado internacional se mantenha. Ele participou, nesta segunda-feira (7), da reunião de cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.
“Nós estávamos muito apreensivos, naturalmente, com essa guerra entre Israel e Irã. A tensão diminuiu. Esperamos que termine”, disse o ministro, em entrevista.
Afirmou, ainda, que o governo tem se mobilizado para evitar cobranças abusivas nos preços dos combustíveis.
“O presidente Lula vem cobrando isso de forma reiterada para que, na bomba de combustível, cheguem as reduções feitas pela Petrobras. E nós estamos trabalhando de forma fiscalizatória. Esse é o papel do governo para que a gente tenha realmente o resultado desse esforço que é feito nas políticas públicas para poder construir justiça tarifária no país”, acrescentou.
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Cúpula do Brics
Silveira afirmou que o Brics discutiu, nesta cúpula, a questão da sustentabilidade, de forma “muito vigorosa”. “[O Brics] é um fórum internacional fundamental, inclusive para poder articular financiamento para a transição energética através do Banco do Brics”, disse.
O ministro citou ainda que a extração de minerais críticos, dos quais o Brasil e outros países do Brics têm reservas importantes, é fundamental para a transição energética.
Mas, segundo ele, é preciso buscar um equilíbrio entre as atividades econômicas e a legislação.