Educação
Educacional fortalece o protagonismo de programas de robótica no Nordeste com kits LEGO Education
Educacional Ecossistema de Tecnologia e Inovação é responsável pela formação de professores e pela distribuição dos materiais oficiais do projeto que é ponto de partida para expansão da robótica pelo país; com mais de 8.800 kits disponibilizados em João Pessoa, capital paraibana passa a contar com a maior iniciativa com LEGO® Education desenvolvida pelo Educacional no Brasil
Curitiba, 16 de janeiro de 2024 – As cidades de João Pessoa (PB) e de Recife (PE) têm se destacado pelos programas de robótica promovidos em suas escolas da rede municipal, e acabam de receber a visita de representantes da multinacional The LEGO Group, vindos da Dinamarca, para conhecer seus avanços nesse ramo da educação. A capital da Paraíba, inclusive, tem o maior projeto brasileiro da disciplina utilizando kits da LEGO® Education, todos fornecidos pelo Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, a área de negócios da Positivo Tecnologia que oferece serviços para o setor de educação.
A robótica educacional está fundamentada nos princípios da Educação Tecnológica, que fomenta a criatividade e a reflexão dos alunos por meio da prototipagem, análises e experimentações, valorizando o diálogo e a colaboração entre estudantes e professores. O objetivo do projeto com LEGO® Education e consequente distribuição desses kits nas duas capitais é promover a educação seguindo a metodologia STEAM (sigla em inglês que se refere às disciplinas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), a partir de materiais que estimulam experiências de aprendizagem e descobertas sem a necessidade de hardware de programação.
“Este projeto destaca-se por sua estratégia inovadora e eficaz para promover o aprendizado lúdico e criativo. Mais do que estimular o raciocínio lógico e a resolução de problemas, o LEGO® Education cultiva habilidades socioemocionais essenciais para trajetória dos alunos”, afirma Martin Oyanguren, CEO do Educacional do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação. “Os efeitos do uso de LEGO® Education em João Pessoa, onde foram distribuídos 8.800 kits, já estão à mostra. Equipes de robótica da rede pública da cidade conquistaram os primeiros lugares na Olimpíada Brasileira de Robótica e mostraram que a tecnologia da LEGO® Education impulsiona o potencial de seus estudantes”.
A presença do projeto em duas capitais do Nordeste é vista com grande entusiasmo pelo Educacional, que orgulha-se da contribuição para o avanço da educação nos dois estados. Nesses programas, a formação de professores ganhou destaque por sua estrutura sólida que garante sucesso na aplicação dos projetos de robótica desenvolvidos.
A certificação internacional da LEGO® Education teve um papel importante no sucesso dos projetos. Em João Pessoa, mais de 600 professores foram capacitados e certificados internacionalmente após participarem de treinamentos conduzidos por instrutores autorizados pela LEGO® Education. Todos foram treinados para desenvolver os seus planos de aula utilizando a metodologia 5Es, adaptada da BSCS (Biological Sciences Curriculum Study).
Em João Pessoa, houve uma notável abrangência do projeto, com a participação de todos os alunos da região, uma vez que o município possui conjuntos LEGO® Education em todos os segmentos educacionais. “O ano de 2023 foi muito importante para a Educação do município, já que conseguimos implementar diferentes projetos tecnológicos em nossas unidades escolares”, diz Luciana Dias, secretária executiva de Educação de João Pessoa. “Mais do que aplicar conceitos de robótica, investimos em todo o conjunto e sua infraestrutura, com salas interativas e com salas maker, que estimulam a construção e a criatividade.”
Já Recife, que se tornou pioneira na iniciativa em 2018, existem atualmente 13 centros de tecnologia com uso de LEGO® Education e outros projetos de grande impacto, como as mais de 800 Mesas Educacionais com foco na melhoria da alfabetização e letramento dos alunos da rede pública. Hoje, a capital pernambucana conta com mais de 90 mil estudantes matriculados em sua rede de ensino, o que trouxe um grande avanço para o município em termos de resultados do IDEB, independentemente da série do ensino fundamental. Além disso, em 2021 foi lançado o Educa Recife com objetivo de implementar o ensino híbrido e expandir a transformação digital na cidade, e mais de 60 mil equipamentos foram adquiridos no ano seguinte, de chromebooks a smart TVS.
“Acreditamos que a robótica educacional é um marco na nossa rede de ensino. Desde 2014, desenvolvemos um trabalho contínuo nas escolas e entendemos a importância de momentos como esse, pois colaboram com a disseminação e fortalecimento de uma política pública significativa para estudantes, professores e a comunidade escolar como um todo” afirma Priscilla Dutra, coordenadora de Programação e Robótica no projeto Robótica na Escola, presente nas escolas da Rede Municipal de Ensino do Recife.
Para mais informações sobre o Educacional e as soluções LEGO® Education, clique aqui.
Sobre a LEGO® Education – A metodologia LEGO® Education apresenta alguns pontos de convergência com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) com uma abordagem que contribui para a construção de conhecimento, o desenvolvimento de habilidades e a formação de atitudes e valores, em especial no que se refere a competências gerais: conhecimento, pensamento científico, repertório cultural, comunicação, cultura digital, argumentação, trabalho e projeto de vida, empatia e cooperação, autoconhecimento, responsabilidade e cidadania.
Sobre o Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação – reúne soluções de apoio à aprendizagem em modelo disruptivo de negócio, com soluções como a Suíte Educacional voltada para apoiar nos desafios de gestão, integração e pedagógicos. Área de negócios dedicada à educação da Positivo Tecnologia S.A., conecta pais, alunos, escolas, edtechs, editoras, empresas nacionais e internacionais em ecossistema único. Veja mais no site do Educacional
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Educação
Estudante de 91 anos abrilhanta formatura de Escola Estadual na UNG
Dona Yolanda é exemplo de que não existe idade para começar a estudar
A Universidade Guarulhos (UNG) recebeu, na última quarta-feira (11), a Escola Estadual Padre Conrado Sivila para o Juntos na Formatura, evento que integra o Projeto Educare. Entre os formandos, um destaque especial emocionou a todos: Dona Yolanda Ribeiro, de 91 anos. Ela concluiu com entusiasmo seus estudos na Educação de Jovens e Adultos (EJA), transformando um antigo sonho em realidade.
Com uma memória invejável e simpatia, a formanda recordou que os estudos não foram possíveis em sua infância por não existir, naquela época, escola em sua cidade, no sul de Minas Gerais. “Aos 11 anos, vim para São Paulo acompanhar uma amiga e já comecei a trabalhar, dando sequência na minha vida. Encontrei meu marido, me casei, tive filhos e formei todos eles. Agora, chegou a minha vez de estudar e realizar o sonho de escrever meu nome nos documentos”, contou.
Durante o período de estudos, Yolanda teve o apoio de sua família, especialmente de sua filha Vera Lúcia, que a acompanhou em algumas aulas. De acordo com Érica Borges Machado, professora de Matemática na modalidade EJA, a aluna era exemplo de dedicação. “Dona Yolanda foi uma discente querida por todos. Dificilmente faltava. Além de trabalhar a alfabetização, buscamos desenvolver as potencialidades apresentadas por ela durante o curso. E as aulas foram importantes também para a sua socialização”, destacou.
A solenidade contou com a presença do professor e diretor de Área da UNG, Marcelo Rosa. Ele fez questão de parabenizar Dona Yolanda. “É uma alegria para a UNG participar deste momento tão importante na vida dessa senhora. Ela é um exemplo de que não existe idade para estudar e realizar sonhos. Basta ter vontade e determinação”, afirmou.
Assim como a Escola Padre Conrado Sivila, mais de 30 instituições da rede de ensinos pública e privada passarão pela Universidade, entre dezembro e janeiro, para realizar a cerimônia de colação de grau dos estudantes do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Isso é possível graças ao programa Juntos na Formatura, do Projeto Educare.
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Educação
Quando a educação inclui, todos ganham
Com 33,8% dos estudantes enfrentando dificuldades de aprendizagem, especialista destaca a importância do preparo docente
À medida que o ano letivo de 2024 se aproxima do fim, a educação segue enfrentando um grande desafio: incluir estudantes com dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar. Contudo, a capacitação adequada dos professores tem se mostrado essencial para não apenas garantir a inclusão, mas também impulsionar resultados positivos tanto para os alunos quanto para os educadores.
Um estudo realizado este ano pela Equidade.info, iniciativa da Escola de Educação da Universidade de Stanford, em parceria com o Stanford Lemann Center e a Fundação Itaú, revelou que 12,8% dos estudantes brasileiros apresentam deficiências ou transtornos de aprendizagem. Esse número é semelhante ao dos Estados Unidos (12%) e está próximo da média internacional. Guilherme Lichand, um dos pesquisadores responsáveis, destaca que esses dados mostram a importância de uma abordagem mais estruturada na formação docente.
Desafios crescentes na sala de aula
O cenário educacional brasileiro enfrenta um desafio significativo. Segundo o Instituto NeuroSaber, entre 15% e 20% das crianças podem apresentar dificuldades de aprendizagem nos primeiros anos escolares, com esse número podendo chegar a 30% ou até 50% dependendo do contexto. Paralelamente, o Inep reporta que o percentual de alunos com dificuldade para ler e escrever saltou de 15,5% em 2019 para 33,8% em 2022.
Diante desse panorama, a preparação específica dos professores se torna essencial. “A formação docente deve ir além do conteúdo acadêmico, abrangendo estratégias de ensino diferenciadas e uma compreensão mais profunda das necessidades individuais dos alunos”, afirma Roberta Cassará Scalzaretto -especialista na formação de professores voltada para a primeira infância.
Como a capacitação transforma o aprendizado
Maximiliano João dos Santos, pai de Emilly dos Santos, aluna do 6º ano, compartilha sua vivência com uma criança com transtorno de déficit de atenção. “Minha filha enfrentava grandes dificuldades para compreender o que os professores ensinavam, o que causava nela muita frustração e ansiedade. Entretanto, quando uma professora decidiu realmente ajudar minha filha, oferecendo a atenção que ela precisava, a situação mudou. Ela começou a entender melhor as disciplinas e isso se refletiu em uma melhora significativa em suas notas”, conta.
A capacitação de professores voltada à inclusão não apenas auxilia os alunos com dificuldades de aprendizagem, mas também beneficia toda a comunidade escolar. Métodos adaptativos, como o ensino colaborativo e o uso de TA (tecnologias assistivas), tornam o aprendizado mais acessível e dinâmico para todos.
Roberta ressalta: “Quando o professor está capacitado, ele consegue identificar precocemente as dificuldades de aprendizagem, implementar intervenções eficazes e criar um ambiente onde todos os alunos se sintam valorizados”.
Além disso, o impacto positivo vai além da sala de aula. “Um professor bem preparado não apenas transforma o desempenho dos estudantes, mas também contribui para diminuir as taxas de abandono escolar e ampliar as perspectivas de futuro dos alunos”, complementa o especialista.
Um futuro inclusivo na educação
Investir na formação de professores é investir no futuro. Ao capacitar educadores para lidar com as diversidades e desafios da sala de aula, a escola se torna um espaço verdadeiramente inclusivo, onde cada estudante tem a oportunidade de desenvolver seu potencial. “Não se trata apenas de ensinar, mas de transformar vidas. E isso começa com um professor preparado e comprometido”, conclui o especialista.
A construção de um sistema educacional inclusivo depende de esforços coletivos e do entendimento de que cada aluno, independentemente de suas dificuldades e até mesmo de suas habilidades extras, merece um ensino de qualidade e adaptado às suas necessidades.
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Educação
Uma a cada 3 famílias diz que filhos não aprendem o esperado na escola
Pais, mães e responsáveis estão preocupados com a permanência e com o aprendizado dos filhos na escola. Pelo menos um a cada três responsáveis acredita que os filhos não estão aprendendo o esperado para a idade. Diante dessa situação, 91% acreditam que é preciso fortalecer o ensino de matemática e mais de 80% apoiam a ampliação de atividades artísticas, esportivas e culturais, além da inclusão de temas sobre diversidade étnico-racial.
As informações fazem parte da pesquisa Opinião das Famílias: Percepções e Contribuições para a Educação Municipal, realizada pelo Instituto Datafolha com 4.969 pais e/ou responsáveis por crianças e adolescentes de 6 a 18 anos que estudam em escolas públicas de redes municipais de ensino. A pesquisa foi encomendada pela Fundação Itaú e pelo Todos Pela Educação.
“Acho que esses dados mostram um cenário, de fato, de preocupação. Os pais desses estudantes veem que existem diversos desafios olhando para o contexto da escola, que têm estudantes que estão abandonando, que esses estudantes não estão muito motivados para ir para a escola, que eles não estão aprendendo”, diz a coordenadora de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Natália Fregonesi.
Para ela, isso é uma sinalização importante para os governantes: “É uma percepção da sociedade de que a educação precisa melhorar. Então, acho que é uma sinalização muito importante para os governadores, para os prefeitos, para todos os governantes, de que é preciso investir e dar prioridade política para a educação”, diz.
A pesquisa mostra uma preocupação com a permanência escolar: metade (51%) dos responsáveis concordam que “muitos estudantes estão abandonando a escola”. Entre as famílias com menor rendimento, de até um salário mínimo, esse percentual é maior, 53%. Entre aquelas com maior rendimento, de mais de cinco salários mínimos, esse percentual cai para 37%.
Considerando apenas os responsáveis por estudantes dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o abandono escolar é uma preocupação mencionada pela maioria (57%) das famílias dos estudantes.
A qualidade da aprendizagem também é preocupação dos pais. Entre os responsáveis por estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, 36% não acreditam que seus filhos estão adquirindo o conhecimento esperado para a idade. Já nos anos finais, essa porcentagem é ainda maior, 41%.
Mais aulas
Os responsáveis acreditam que os estudantes precisam de mais reforço nas escolas. Nove em cada dez (91%) acreditam que é imprescindível fortalecer o ensino de matemática nos currículos escolares. Além disso, mais de 80% apoiam a ampliação de atividades artísticas, esportivas e culturais, além da inclusão de temas sobre diversidade étnico-racial.
“Esse ponto de melhoria do ensino da matemática é um ponto que apareceu muito forte na pesquisa. Acho que é algo bastante perceptível para os pais que acompanham esses estudantes em casa, que veem as dificuldades. É um ponto que de fato precisa ser priorizado e isso está na percepção dos pais, mas está também nos resultados educacionais. Então, quando a gente olha para os índices educacionais do Brasil, a gente vê que existe uma lacuna muito grande, especialmente em matemática, em que o país não consegue avançar”, diz Fregonesi.
Essa lacuna ficou evidente em pesquisa internacional divulgada recentemente que mostrou que mais da metade dos estudantes brasileiros do ensino fundamental não domina conhecimentos básicos de matemática. De acordo com os resultados do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (Timss), divulgado este mês, esses
Isso significa, por exemplo, que a maior parte dos estudantes do Brasil do 4º ano do ensino fundamental não foi capaz de resolver questões de soma de números em matemática ou mesmo, em ciências, identificar que plantas precisam de luz para sobreviver.
Escolas em tempo integral
Quando perguntados sobre a ação prioritária para as próximas gestões municipais na educação, a expansão do número de escolas em tempo integral aparece em primeiro lugar, apontada por 30% dos entrevistados.
“Nas escolas de tempo integral, para além das atividades curriculares que já tem na escola regular, se abre uma possibilidade de oferecer outras atividades e outras disciplinas para esses estudantes. Então, é possível ter mais momentos, por exemplo, de reforço de matemática, é possível ter mais momentos de aulas voltadas para habilidades artísticas”, diz a coordenadora.
Em 2023, o governo federal lançou o . O programa prevê o aumento das vagas em tempo integral, ou seja, com uma jornada igual ou superior a 7 horas diárias ou 35 horas semanais. Para isso, a União irá repassar recursos e oferecer assistência técnica a estados, municípios e Distrito Federal. A meta é alcançar, até 2026, cerca de 3,2 milhões de matrículas.
Outras prioridades elencadas para os novos gestores incluem a necessidade de aprimorar a infraestrutura escolar (20%) e as condições de trabalho dos professores (17%), bem como realizar investimentos na alfabetização dos estudantes (17%).
As melhorias de infraestrutura são demandas mais presentes principalmente entre famílias das regiões Norte (23%) e Nordeste (26%). Na região Sudeste, apenas 12% consideram esse tipo de melhoria como prioritária.
Valorização dos professores
A pesquisa mostra também que as famílias reconhecem que os professores são o elemento mais importante para a garantia da aprendizagem de crianças e adolescentes. Os resultados mostram que 70% dos pais e responsáveis relataram que os filhos se sentem acolhidos pelos professores. Além disso, itens como maior acompanhamento do desenvolvimento dos alunos e melhor formação e qualificação dos docentes receberam 86% de concordância entre os entrevistados como centrais para a melhoria da aprendizagem dos estudantes.
“Isso é muito interessante para mostrar o quanto que os professores, de fato, são reconhecidos como tendo essa importância na vida dos estudantes”, diz Fregonesi. “É mais um sinal para os nossos governantes de que, de fato, esses são os profissionais mais importantes para garantir a aprendizagem dos estudantes. Então, é preciso investir nesses profissionais, dar boas condições de trabalho, valorização, garantir sua formação, sua qualificação”, defende.
A pesquisa foi realizada entre julho e agosto de 2024. Foram feitas tanto entrevistas pessoais com abordagem dos entrevistados em pontos de fluxo populacional, distribuídos geograficamente nas áreas pesquisadas, nas cinco regiões do país, quanto abordagens telefônica a partir de sorteio aleatório de números de telefones celulares distribuídos de acordo com o código DDD.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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