Esporte
Elas desenham as curvas do automobilismo: O avanço feminino na NASCAR

“A presença feminina dentro e fora das pistas redefine o automobilismo e quebra velhos símbolos de poder”, diz Vanessa Abreu
Durante décadas, o automobilismo foi visto como um território exclusivamente masculino — uma arena onde força física, resistência emocional e frieza sob pressão eram associadas apenas aos homens. No entanto, essa imagem vem sendo desconstruída por mulheres que desafiaram estereótipos, enfrentaram resistência e conquistaram espaço em um dos esportes mais tradicionais do mundo.
Desde que Sara Christian alinhou seu carro na NASCAR em 1949, abrindo caminho para futuras gerações, o percurso das mulheres nas pistas foi marcado por obstáculos invisíveis — e vitórias concretas. Em 2013, Danica Patrick escreveu um novo capítulo ao se tornar a primeira mulher a conquistar a pole position na Daytona 500, mostrando que talento e estratégia não têm gênero.
Essa transformação não se limita ao cockpit. Nos bastidores, figuras como Brehanna Daniels — a primeira mulher negra a integrar uma equipe de pit crew — e executivas como Vanessa Abreu ampliam a presença feminina em áreas técnicas e de gestão esportiva, historicamente dominadas por homens. Esse movimento prova que a evolução é estrutural e não apenas simbólica.
Vanessa Abreu, produtora executiva e relações públicas internacional especializada em esporte e entretenimento, é um dos nomes que acompanham e impulsionam essa mudança. Além de atuar diretamente nos bastidores da modalidade, ela assumiu, em 2018, um papel de liderança na NASCAR Mexico Series como gerente da equipe do piloto Marco Marín. Sua atuação envolveu a gestão de estratégia, logística, patrocínios, branding e relações públicas.
No Autódromo de Monterrey, durante a estreia da equipe na Mikel’s Trucks Series, Vanessa liderou a estrutura organizacional que resultou no primeiro pódio de Marco Marín na categoria. “Foi um marco não apenas para o piloto, mas também para o reconhecimento de que mulheres podem coordenar e conduzir equipes ao sucesso em ambientes de alta performance”, afirma.
Vanessa também foi responsável por desenvolver toda a identidade visual da equipe, coordenando a imagem da escuderia em eventos, materiais promocionais e ativações de marca.
“O automobilismo sempre reforçou a imagem do piloto como símbolo máximo de masculinidade. Ver mulheres assumindo protagonismo dentro e fora das pistas é um passo importante para reequilibrar essa narrativa”, analisa Vanessa.
Hoje, nomes como Toni Breidinger, primeira árabe-americana na NASCAR, e Katherine Legge, que voltou a disputar a Cup Series em 2025, demonstram que o espaço feminino não é mais exceção, mas tendência. No Brasil e na Europa, pilotos como Arianna Casoli e Luciane Klai reforçam essa expansão global.
Na NASCAR México, esse movimento feminino ganha contornos ainda mais expressivos. Regina Sirvent, que chegou a integrar a escuderia de Marco Marín, tornou-se a primeira mulher a subir ao pódio da NASCAR Challenge. Já Mara Reyes, da equipe Arris, foi uma das pioneiras do automobilismo mexicano, servindo de inspiração desde os primeiros passos da categoria no país.
Nos bastidores, a presença feminina também se fortalece. Grande parte da equipe gestora principal da NASCAR México é formada por mulheres — um reflexo direto da visão inclusiva de Jimmy Morales, diretor da categoria, conhecido por abrir espaço e confiar no talento feminino em cargos estratégicos. “Aprendi muito com ele. Jimmy é um líder que acredita na capacidade das mulheres e impulsiona essa transformação com coragem e generosidade”, destaca Vanessa.
O impacto dessa presença vai além dos circuitos. Jovens garotas que hoje assistem às corridas têm, pela primeira vez, exemplos reais de que podem ser mais do que fãs: podem ser pilotos, engenheiras, estrategistas ou líderes de equipe. A quebra de paradigmas cria novas possibilidades para a cultura automobilística e pressiona as organizações esportivas a promover ambientes mais inclusivos.
“A velocidade continua sendo a mesma. O que muda é quem tem o direito de acelerar e de comandar nos bastidores”, finaliza Vanessa Abreu.
As curvas da pista continuam desafiadoras, mas ganham novo significado quando acompanhadas pelas curvas do poder feminino — elegantes, firmes e determinadas a transformar o futuro do automobilismo.
Esporte
Brasil vence 4 jogos no 1º dia do Campeonato das Américas de Goaball

O Brasil foi avassalador no primeiro dia do Campeonato das Américas de goalball, no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), na Vila Guarani, na zona sul da capital paulista. As seleções masculina e feminina somaram duas vitórias cada uma nesta terça-feira, pela fase de grupos. A estreia de ambas foi com goleada sobre o Peru: a masculina aplicou 11 a 1 e a feminina 7 a 0.
No final da tarde, as equipes brasileiras voltaram à quadra para mais duas partidas. No clássico sul-americano, o Brasil derrotou a Argentina por 12 a 5, enquanto a seleção feminina superou a dos Estados Unidos por 8 a 2.
Atual campeão mundial e bronze paralímpico nos Jogos de Paris, o time masculino encara o Panamá nesta quarta (30), a partir das 13h40 (horário de Brasília), pela terceira rodada do Grupo C (Chile e Porto Rico completam a chave). A competição é aberta ao público e também tem transmissão ao vivo online (on streaming) no canal YouTube da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes (CBDV).
Fim de jogo antecipado! Com o placar de 🇧🇷 11 x 1 🇵🇪, por conta dos 10 pontos de diferença, o jogo encerrou com 7 minutos para o fim do 2º tempo! 🎉
Agora é a vez da seleção feminina entrar em quadra contra o Peru 🇵🇪, à 10h10.#BrasilParalímpico @Caixa @CAIXAEsportes… pic.twitter.com/FjD4Vazptj
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) July 29, 2025
“Este é o início do ciclo [paralimpico]. A gente sabe que é uma competição um pouquinho mais difícil por ser a primeira do ano. E estrear ganhando é a melhor coisa; é saber que estamos no caminho certo”, analisou o jogador Paulo Saturnino, da classe B1 (cegos totais), que marcou seis dos 11 gols da vitória contra o Peru.
Já a equipe feminina só volta a competir às 9h de quinta (31), contra o Chile, pelo Grupo B (o Panamá completa a chave). Autora de dois dos sete gols da vitória da amarelinha sobre o Peru, Jéssica Vitorino saiu satisfeita da quadra.
“Toda estreia tem aquele frio na barriga, isso é normal, mas mantivemos a nossa defesa, que é muito potente. Todas puderam entrar em quadra e dar o seu melhor, e foi aí que conseguimos superar o nosso primeiro desafio”, analisou a atleta da classe B3 (consegue definir imagens).
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O Campeonato das Américas reúne 11 seleções femininas e 12 masculinas. Os campeões asseguram vaga no Mundial de goalball de 2026, em Hangzhou (China). A seleção brasileira masculina já tem vaga garantida por ter conquistado o título mundial na última edição (2022), em Portugal, quando tornou-se a única seleção tricampeã do mundo no goalball. Abaixo da amarelinha, estão Lituânia e Alemanha, ambas bicampeãs.
Esporte
Cross Urbano CAIXA tem etapa no Estádio Moisés Lucarelli em comemoração aos 125 anos da Ponte Preta

A quarta prova de 2025 será uma edição especial do circuito de corridas de rua em Campinas (SP), no dia 10 de agosto, com largada a partir das 7 horas, para as distâncias de 5k e 10k. Inscrições estão abertas
Julho, 2025 – O Cross Urbano CAIXA chega à quarta etapa da temporada 2025 com uma edição especial do circuito de corridas de rua, no próximo dia 10 de agosto, em Campinas, no interior de São Paulo. A prova Cross Urbano CAIXA / Corrida da Ponte será disputada em comemoração aos 125 anos de fundação da Ponte Preta. Depois de duas etapas noturnas na região norte do País, será diurna e com muitas atrações. Uma delas, inédita, é o local: o tradicional Estádio Moisés Lucarelli, inaugurado em 1948. Inscrições estão abertas.
Os competidores podem se inscrever para a distância de 5k ou para os 10k. A largada está marcada para as 7 horas, em frente ao estádio, onde também será a chegada. Ao final do percurso, os atletas entrarão no Moisés Lucarelli, darão a volta olímpica e sairão para cruzar a linha de chegada na parte externa.
“Faremos em Campinas uma edição especial do Cross Urbano, em parceria com a Ponte Preta, para comemorar os 125 anos de sua fundação. Tenho certeza que essa união de forças entregará um excelente evento”, afirma Freddy Carvalho, idealizador do Cross Urbano.
A Associação Atlética Ponte Preta foi o segundo clube de futebol fundado no Brasil, em 11 de agosto de 1900, menos de um mês depois do Sport Clube Rio Grande, de 19 de julho de 1900. O Estádio Moisés Lucarelli, também conhecido como Majestoso, leva o nome de seu idealizador e patrono, responsável pela compra do terreno onde foi construído.
Inscrições abertas – Quem quiser se inscrever na etapa de Campinas é só entrar no Instagram do Cross Urbano CAIXA, na página @crossurbanocaixa. Ou no link https://www.ticketsports.com.br/e/corrida-ponte-10k-cross-urbano-caixa-2025-72701. A inscrição dá direito ao Kit Cross – camisa dry fit, viseira, sacola e pochete 3 em 1 (celular, squeeze e chave).
Conhecido como Corrida dos Estádios, o Cross Urbano CAIXA 2025 já passou por Brasília (DF), em prova diurna, e Belém (PA) e Teresina (PI), noturnas. Depois de Campinas, chegará também a Fortaleza (CE), Maceió (AL) e Rio de Janeiro (RJ), todas à noite, totalizando sete etapas na temporada.
Lançado em 2014, ano da Copa do Mundo no País, veio para fomentar o multiuso das arenas. A ideia do evento é não usar as vias públicas, em um circuito de corridas conceito.
O Cross Urbano CAIXA / Corrida da Ponte é organizado pela Bravus, com patrocínio da CAIXA, Governo Federal e Associação Atlética Ponte Preta.
Calendário 2025
25/05 – Guará – Brasília (DF) – diurna – realizada
12/07 – Estádio Mangueirão – Belém (PA) – noturna – realizada
19/07 – Estádio Albertão – Teresina (PI) – noturna – realizada
10/08 – Estádio Moisés Lucarelli – Campinas (SP) – diurna
06/09 – Arena Castelão – Fortaleza (CE) – noturna
04/10 – Estádio Rei Pelé – Maceió (AL) – noturna
01/11 – Parque Olímpico da Barra – Rio de Janeiro (RJ) – noturna
Mais informações:
Instagram: @crossurbanocaixa
E-mail: crossurbano2025@gmail.com
Foto: Cross Urbano CAIXA / Divulgação
Esporte
Justino Pedro e Mirela Saturnino, da APA Petrolina, são vice-campeões pan-americanos de maratona

Os dois atletas chegaram em segundo lugar na SP City Marathon 2025, válida como Campeonato Pan-Americano
Julho, 2025 – Os atletas da Associação Petrolinense de Atletismo (APA), Justino Pedro e Mirela Saturnino, foram vice-campeões da SP City Marathon 2025, realizada neste domingo (27), em São Paulo. A edição deste ano também valeu como Campeonato Pan-Americano de Maratona, e os dois atletas pernambucanos conquistaram a medalha de prata nas duas classificações: geral e pan-americana.
Na disputa feminina, Mirela Saturnino completou os 42,195 km em 2h50min22s. A atleta celebrou a oportunidade de representar novamente o Brasil e garantir um lugar no pódio. “Estou muito feliz com esse resultado. Ser vice-campeã numa prova tão grande e exigente é motivo de muito orgulho para mim. Agradeço a Deus por essa conquista. Estou feliz por ter sido convocada para representar o Brasil e por ficar entre os primeiros colocados. Obrigada a todos pela torcida.”
Justino completou a prova com o tempo de 2h23min22s. O atleta valorizou bastante o resultado, após revelar que precisou fazer duas paradas durante o percurso. “Foi uma prova muito difícil, com muitas subidas, e ainda precisei parar duas vezes por problemas estomacais. Mas, graças a Deus, consegui me recuperar no final e garantir essa segunda colocação, que é muito importante. Agradeço a Deus por estar em mais um pódio.”
A maratona teve largada na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, e chegada no Jockey Club de São Paulo. O percurso passou por 18 bairros da capital paulista, reunindo mais de 24 mil atletas.
Os vencedores da prova foram Amanda Aparecida de Oliveira, com o tempo de 2h40min56s, e Éderson Vilela Pereira, com 2h15min58s. Ambos também ficaram com o título pan-americano.
A APA – Localizada em Petrolina (PE), no coração do Vale do São Francisco, a APA é reconhecida como um case de sucesso e referência de impacto social e esportivo no Nordeste. O clube de atletismo do Sertão de Pernambuco é considerado nacionalmente como modelo de inclusão social e alto rendimento.
Com 22 anos de atuação, já impactou mais de 2.500 pessoas, promovendo o atletismo desde a formação de base até o alto rendimento. A associação vem transformando o cenário esportivo e social da região, revelando grandes talentos, o que fez o nome da instituição ser colocado no hall das principais equipes do atletismo olímpico e paralímpico brasileiro.
Único clube de atletismo no Nordeste certificado pela Lei Pelé, a APA também se destaca na implementação de projetos financiados pela Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) do Governo Federal. Atualmente, a associação lidera quatro projetos: as Escolinhas de Atletismo Inclusivo e Escolinhas Sem Fronteiras, Canoagem Paralímpica e o Projeto Olímpico e Paralímpico do Sertão.
Mais informações:
Site: https://apapetrolina.com.br/
Instagram: @apapetrolina
Assessoria de Imprensa:
Ascom APA Petrolina – comunicacao@apapetrolina.com.br
Foto: Tião Moreira / Divulgação