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Economia

Em 26 anos, inflação do país ficou acima da meta por oito vezes

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Em 26 anos, inflação do país ficou acima da meta por oito vezes
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Desde 1999, quando o Brasil passou a adotar o regime de metas de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ultrapassou oito vezes o limite máximo da meta. A última vez foi no ano passado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA, que leva em conta a variação do custo de vida de famílias com rendimento de até 40 salários mínimos, fechou o ano passado em 4,83%. A meta estipulada pelo governo era de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, isto é, um arco de 3% até 4,5%.

O órgão do governo que define a meta é o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e o presidente do Banco Central (BC).

A perseguição da meta é conduzida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Um dos principais recursos para o Copom fazer a política monetária, ou seja, controlar a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic – que serve de referência para qualquer operação de empréstimo.

Efeito dos juros

A Selic alta faz com que empréstimos fiquem mais caros – seja para pessoa física ou empresas – e é sinônimo de freio na atividade econômica, o que tem potencial de conter aumento de preços. Por outro lado, desestimula investimentos e a criação de emprego e renda.

Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano. O último aumento, de 1 ponto percentual, foi em 11 de dezembro. O Copom já indicou mais aumentos de 1 p.p. nas próximas duas reuniões – que ocorrem a cada 45 dias, com o objetivo de conter a pressão inflacionária dos próximos anos.

Eventos climáticos, desvalorização do real ante o dólar e o preço das carnes sãoque ajudam a explicar a inflação acima da meta em 2024. 

Por que meta?

De acordo com o BC, o regime de metas de inflação é o conjunto de procedimentos para garantir a estabilidade de preços nos país.

“A meta confere maior segurança sobre os rumos da política monetária, mostrando para a sociedade, de forma transparente, o compromisso do BC com a estabilidade de preços”, diz o BC.

Ainda de acordo com o Banco Central, a previsibilidade “melhora o planejamento das famílias, empresas e governo”.

Se por um lado a meta aponta um teto para a subida de preços, também determina que não seja muito baixa.

Pode parecer contraintuitivo, mas inflação muito baixa ou deflação (queda de preços) pode ser ruim para a economia, uma vez que, se constante, cria um círculo vicioso que afasta o consumo (as pessoas podem evitar fazer compras na expectativa de os preços caírem mais ainda) e impacta negativamente o crescimento da economia e a geração de emprego.

Carta aberta

Cada vez que o país estoura a meta de inflação, o presidente do BC tem de divulgar, por meio de carta aberta ao ministro da Fazenda (que responde como presidente do CMN) a descrição detalhada das causas do descumprimento da meta, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.

Em carta divulgada nesta sexta-feira (10), o Banco Central diz que a  explicam a maior parte da alta da inflação em 2024.

No site da autoridade monetária estão o histórico de cumprimento ou não da meta e as cartas abertas redigidas. 

Além de 2024, a inflação ficou fora do intervalo de tolerância nos seguintes anos: 2001, 2002, 2003, 2015, 2017, 2021 e 2022.

Dos oito anos de estouro, apenas 2017 ficou abaixo do piso. O IPCA terminou o ano em 2,95%. O piso determinado era 3%.

Em 2002, quando o teto da meta era 5,5%, o IPCA alcançou 12,53%, o maior desde a implantação do regime monetário. Em 2021, ano com efeitos da pandemia, chegou a 10,06%.

Meta contínua

Até 2024, a meta de inflação era fechada no fim do ano corrente. Uma resolução do CMN determina que, para 2025 em diante, a meta seja apurada ao longo dos últimos doze meses. Assim, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao mês de dezembro de cada ano.

Esse padrão segue exemplos internacionais e é conhecido como “meta contínua”. Por exemplo, em abril de 2025 será levado em conta o intervalo de maio de 2024 a abril de 2025 para se apurar se o IPCA está dentro do limite. O presidente do BC terá que explicar por carta aberta se deixar a inflação fora da meta por seis meses seguidos.

Segundo o BC, a utilização desse período evita a caracterização de descumprimento em situações de variações temporárias na inflação. Esse é o caso, por exemplo, de um choque em preços de alimentos que faça com que a inflação fique fora do intervalo de tolerância por apenas alguns meses. Para 2025, a meta segue em 3%, com tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos. 

Em 2024, o acumulado de 12 meses do IPCA chegou a marcar 3,69% em abril, antes de sofrer inflexão e seguir tendência de alta, até alcançar a máxima de 4,87% em novembro. O índice de dezembro (0,52%) permitiu um recuo no fim do ano, que fechou em 4,83%. Se estivesse valendo o novo critério, o BC estaria somando três meses seguidos de taxa acima do teto, mas não precisaria ainda prestar informações via carta aberta ao CMN.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

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Economia

Vagas oferecem salário de R$ 7 mil para atuar com seguros e consórcios em municípios paulistas

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  • Pacote de remuneração oferece benefícios e bônus semestrais que podem superar R$ 85 mil; vagas estão distribuídas em 15 cidades do Estado

 

O Santander abre mais de 100 vagas para a posição de especialista patrimonial, função voltada às áreas de seguros e consórcios, com foco em fortalecer o relacionamento com clientes e ampliar sua proteção patrimonial. Parte das vagas são oferecidas em 15 municípios paulistas. O pacote de remuneração inclui salário fixo de R$ 2.613,50 acrescido de um bônus garantido de R$ 4.518,70 durante os oito primeiros meses, totalizando R$ 7 mil mensais. A partir do nono mês, o profissional mantém o salário fixo e passa a contar com remuneração variável semestral, cuja média chega a R$ 85 mil.

As vagas estão disponíveis em diferentes regiões do estado, nos municípios de Campinas, Valinhos, Sumaré, Americana, Limeira, Bragança Paulista, Ribeirão Preto, Jau, Barretos, Pirassununga, Itanhaém, São José dos Campos, Itapeva, Barueri e Guarulhos.

Para se candidatar, é necessário ter graduação completa ou estar no último ano de um curso universitário, além de conhecimento em pacote Office. O profissional será responsável pelo atendimento, consultoria personalizada e estratégias de longo prazo que assegurem a prosperidade dos clientes. O especialista realizará atendimentos com visitas presenciais em agências ou em locais escolhidos pelos clientes, apresentando soluções sob medida de proteção patrimonial.

Entre os benefícios estão: vale-alimentação de R$ 735,14; 13ª cesta alimentação no valor de R$ 712,14; vale-refeição de R$ 45,50 por dia (cerca de R$ 1.001,00 mensais); auxílio creche ou babá de até R$ 496,26; assistência médica; assistência odontológica; e seguro de vida.

As inscrições podem ser feitas no link https://santander.wd3.myworkdayjobs.com/pt-BR/SantanderCareers/job/Evergreen/Banco-de-Talentos—Especialista-Patrimonial—BRASIL_Req1487930

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Economia

Feira MADE PE começa nesta quarta e enaltece talentos dos pernambucanos no RioMar Recife

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Crédito: Luciana Morosini.
Crédito: Luciana Morosini.

O Riomar Recife será palco, mais uma vez, da Mostra de Arte e Design de Pernambuco (MADE Pernambuco). A feira começa nesta quarta-feira (17/09) e segue até o dia 30 de setembro, no Piso L1 do RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Gratuito, o evento conquistou o público de todas as idades ao unir tradição e inovação. Com o tema “Mãos de Pernambuco, talento que nasce aqui, arte que encanta em todo lugar”, a feira chega à sua 16ª edição, consolidada como uma das principais vitrines do artesanato e do design autoral pernambucano.

Reunindo mais de 60 expositores, a MADE Pernambuco apresenta peças sustentáveis, originais e cheias de identidade, que vão desde acessórios, moda e utilitários até cerâmica, objetos de decoração e arte. São criações únicas, produzidas manualmente, que traduzem a força cultural do estado, com preços acessíveis a diferentes perfis de público. Entre os trabalhos, será possível encontrar móveis em madeira e resina, cerâmica utilitária e decorativa, biojoias, esculturas, objetos religiosos, bolsas, luminárias, artigos infantis e muito mais. A proposta é estimular o consumo consciente e valorizar a criatividade e o talento dos artistas e artesãos locais.

“A MADE se destaca pela qualidade, criatividade e diversidade dos artesãos, que trazem a força da identidade pernambucana em cada detalhe das peças apresentadas. Nesta edição, estamos homenageando quem faz o artesanato pernambucano, estamos destacando as mãos talentosas de nosso estado tão rico”, destacou Tacy Pontual, designer e artesã, que também é organizadora da Made. Ainda segundo ela, além de valorizar o talento dos participantes, a feira deve movimentar cerca de R$ 1 milhão em todo período.

Um levantamento recente do IBGE mostrou que produções artesanais, como o segmento de Tacy Pontual e de outros 60 expositores que estão na Made, movimentam cerca de R$100 bilhões por ano no Brasil, o que representa 3% do PIB nacional. O setor do artesanato é fonte de renda e sustento para cerca de 8,5 milhões de pessoas, a maioria delas, mulheres.

Confira os expositores que estão na 16ª edição da Made Pernambuco: Acessórios Ramifica, Adrianne Barros Design, AJ Dengo da Mamãe, Aline Cerâmica Criativa, Anas Acessórios, Arnaldo Lopes, Arterial, AS Home, Ateliana, Ateliê Marize França, Ateliê Wood PE, Atelier Fernanda Pinto, Atelier Marcelo Tavares, Baudoin Design, Bolsas B Up, Brinqueco, Cabrera, Cláudia Couto, Cláudia Pontual Arte Design, Cotidianas, Cristine de Holanda, Dona Chica, D’Unir, Essa Sujeita, Fadamadrinha, FAG Bolsas, Fátima Nunes, Graça Falcão, Grão de Argila, Honorato Ateliê, Jailson Marcos, JP Design, Kefi, Lauz, Lavandalma, Leandro Loureiro, Léo Pinheiro Atelier, Lú Pontual, Luz de Girassol, Mestre Nena/Cerâmica do Cabo, Monan Pots Claudio Neves, Oficina de Formas, Omaia, Palmeiral, Panos e Cores, Pau & Corda, Paulette Maranhão, Petit Poá, Praiana, Retalhos de Ana, Ronaldo Fonseca, Simone Andrade, Simone Maior Arte, Tacy Pontual, TCCouros, Tramandoarte Atelier, Umbucajá, Vile Decor, Xô Preguiça, Xodó Ateliê Arthur Lemos e Zezinho Neto.

SERVIÇO:

MADE Pernambuco – 16ª edição

Local:  Riomar Recife – Av. República do Líbano, 251, Pina – Recife/PE

Quando: 17 a 30 de setembro de 2025

Horário: segunda a sábado: 9h às 22h, aos domingos: 12h às 21h

Entrada gratuita

Informações: www.madepernambuco.com.br

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Economia

5 apps com cartão de crédito com anuidade grátis: aprovados sem análise! 

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Atualmente, os 5 aplicativos mais bem avaliados para cartão de crédito sem anuidade são:

  1. RecargaPay
  2. Neon
  3. PicPay
  4. Nubank
  5. Will Bank

Os cartões sem anuidade oferecem diferentes benefícios, como cashback e programas de pontos, variando conforme cada aplicativo.

Neste artigo, vamos destacar os principais diferenciais de cada opção, incluindo vantagens como cashback, facilidade de aprovação e outros benefícios. Para aprofundar o tema de cashback e rendimentos, o Hwsinet disponibiliza diversos conteúdos relacionados.

1. RecargaPay

O RecargaPay oferece um cartão de crédito sem anuidade que garante 1,5% de cashback em todas as compras, com o valor retornando diretamente para a conta digital.

No cartão RecargaPay, o limite é pré-estabelecido pelo próprio usuário, o que facilita a aprovação mesmo para quem não possui histórico de crédito ou tem restrições.

O aplicativo ainda disponibiliza versões Platinum e Black, que oferecem até R$ 30.000 de limite. 

Outro ponto positivo é o rendimento de 110% do CDI sobre o valor reservado no limite

Para solicitar o cartão, siga este passo a passo:

  • Baixe o aplicativo RecargaPay
  • No menu principal, toque em “Peça o seu cartão”
  • Escolha a opção “Pedir Cartão”
  • Informe o limite desejado e conclua a solicitação

2. Neon

O Banco Neon oferece cartão de crédito sem anuidade com cashback que varia conforme a categoria escolhida. No plano Gold, o cliente recebe 0,25% de volta sobre a fatura. 

Já na versão Platinum, o cashback é de 0,50%. Para quem opta pelo Black, o retorno é de 1,00%, enquanto no Win o percentual chega a 1,25%.

Além disso, o banco conta com o programa Neon Loop, que gera 1 ponto a cada R$ 2,50 gastos. Os pontos não expiram e podem ser trocados por produtos, serviços ou descontos.

Para limites mais altos, o CDB Mais Limite transforma cada R$ 1 investido em R$ 1 de limite, com rendimento de 100% do CDI e garantia do FGC.

Para solicitar o cartão, siga este passo a passo:

  • Instale o app do Banco Neon
  • Crie sua conta digital sem custo
  • No menu principal, selecione “Cartões”
  • Faça o pedido do cartão de crédito e aguarde a análise
  • Com a aprovação, o cartão será encaminhado para o seu endereço

3. PicPay

O PicPay disponibiliza um cartão de crédito sem anuidade e com aprovação simplificada, sendo uma alternativa prática com bandeira Visa, aceito tanto no Brasil quanto no exterior.

O limite inicial começa em R$ 300 e pode variar de acordo com o perfil do cliente. O cashback é proporcional ao valor da fatura: para gastos de até R$ 3.000, o retorno é de 0,5%, enquanto faturas acima desse valor garantem 1% de volta.

Para aumentar o limite, o cliente pode utilizar a modalidade de limite garantido, reservando saldo da conta ou investindo em CDBs que rendem até 130% do CDI, com cobertura do FGC.

Para solicitar o cartão PicPay, siga este passo a passo:

  • Instale o aplicativo PicPay
  • Crie sua conta digital sem custos
  • No menu, vá até a opção “Cartões”
  • Solicite o cartão de crédito e aguarde a análise
  • Após a aprovação, o cartão será enviado para o seu endereço

4. Nubank

O Nubank Ultravioleta é a versão premium do banco digital e garante 1% de cashback em todas as compras. Esse valor rende 200% do CDI enquanto permanece acumulado e pode ser resgatado a qualquer momento.

Além do retorno em dinheiro, o cartão inclui benefícios da bandeira Mastercard Black, como acesso a salas VIP, seguro viagem, proteção de compras e garantia estendida.

A anuidade é gratuita para clientes que gastam R$ 5.000 por mês no crédito ou mantêm pelo menos R$ 100.000 aplicados no Nubank. Fora dessas condições, é cobrada uma taxa mensal de R$ 49.

Para pedir o Nubank Ultravioleta, siga este passo a passo:

  • Instale o aplicativo Nubank
  • Complete seu cadastro
  • Vá até a seção “Cartões” e selecione “Ultravioleta”
  • Solicite o cartão e aguarde a análise de crédito
  • Após a aprovação, o cartão será enviado para o endereço informado

5. Will Bank

O Will Bank disponibiliza um cartão de crédito sem anuidade e conta com o programa de pontos Will Átomos, em que os pontos não expiram. 

No plano gratuito, cada real gasto gera 0,05 ponto, que pode ser trocado por produtos, passagens, cashback ou até para abater o valor da fatura.

Para quem busca limites mais altos, existe a opção do CDB Limite Garantido, que transforma cada R$ 1 investido em R$ 1 de limite, rendendo 100% do CDI e com cobertura do FGC. O valor aplicado pode ser resgatado em até dois dias úteis.

Outro diferencial do cartão é a possibilidade de parcelar compras à vista em até 24 vezes, mesmo quando o estabelecimento não oferece essa condição.

Para solicitar o cartão Will Bank, siga este passo a passo:

  • Instale o aplicativo Will Bank
  • Crie sua conta digital gratuitamente
  • No menu, selecione a opção “Cartões”
  • Solicite o cartão de crédito e aguarde a análise
  • Após a aprovação, o cartão será enviado para o seu endereço

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