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Tecnologia

Em estudo inédito, Zurich mapeia avanço da gestão de riscos cibernéticos no Brasil

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Créditos_AdobeStock _ Blue Room
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As análises abrangeram um total de 577 empresas ao longo de 4 anos, todas com faturamento superior a US$ 10 milhões e pertencentes a uma ampla variedade de setores da economia, como indústria de base, energia, tecnologia, saúde, ensino, transporte, varejo e serviços jurídicos. O número de empresas avaliadas variou ao longo dos anos, incluindo companhias seguradas e não seguradas.
Foram avaliados 23 fatores de riscos de segurança da informação, desde a gestão de ativos, governança, controle de acessos e monitoramento, até planos de resposta a incidentes e recuperação de desastres. O estudo foi construído com base em entrevistas técnicas estruturadas, conduzidas por profissionais do time de Engenharia de Riscos da Zurich, que também entregaram recomendações de melhoria personalizadas às empresas avaliadas.
“Em 2024, 45% das empresas foram avaliadas com uma gestão de risco boa ou excelente, em comparação a 7% em 2020. A evolução na maturidade de riscos das empresas brasileiras é evidente, impulsionada por fatores como o aumento da frequência e da sofisticação dos ataques, a adoção de regulamentações como a LGPD, que impuseram novas responsabilidades às organizações, e o crescimento da conscientização por parte da alta liderança sobre os impactos dos riscos cibernéticos nos negócios”, explica José Bailone, diretor executivo de Seguros Corporativos e Subscrição de Ramos Elementares da Zurich Seguros.
O executivo ainda pontua que, a partir de 2022, é possível observar uma curva ascendente contínua na melhoria da gestão de risco nas empresas. “Os anos anteriores foram marcados pelo pico da pandemia, que necessariamente acelerou a digitalização das empresas brasileiras, muitas vezes de forma desordenada. É natural que a ampliação da exposição e os aprendizados tenham levado, nos anos seguintes, a uma melhora da gestão do risco”, aponta Bailone.
No entanto, o executivo chama a atenção para o fato de que, apesar da melhora substancial, a maioria das empresas ainda está em um nível considerado insatisfatório ou ruim de maturidade. “Ainda há um grande caminho pela frente. Esse estudo nos permite compreender, com base em dados concretos, quais são os principais desafios de segurança da informação hoje para as grandes empresas no Brasil”, destaca.
Onde estão os principais gaps
Além de mapear os avanços, o estudo também identificou quais são os principais pontos de atenção que ainda comprometem a maturidade cibernética das empresas brasileiras.
Segundo Hellen Fernandes, gerente de Linhas Financeiras da Zurich Seguros, as deficiências observadas não estão necessariamente ligadas à ausência de grandes investimentos. “Existem, sim, riscos associados a deficiências tecnológicas, como equipamentos e sistemas, que demandam um investimento maior. Mas as principais lacunas podem ser corrigidas com governança, processos bem definidos e capacitação técnica”, pontua a executiva.
Abaixo, os principais aspectos mais recorrentes entre as organizações avaliadas:
  • Ausência de um plano estruturado para lidar com incidentes cibernéticos: ou, quando o têm, as empresas deixam de testá-lo regularmente ou de registrar os aprendizados obtidos. Isso compromete a capacidade de reagir de forma ágil e coordenada a um ataque digital, o que pode gerar prejuízos operacionais e reputacionais significativos.
  • Falta de preparo para a recuperação em caso de falhas ou ataques: muitas empresas não possuem um plano de recuperação de desastres, com estrutura adequada e testes periódicos, há maior risco de paralisação prolongada das operações e perda de dados críticos.
  • Dificuldade em identificar comportamentos suspeitos dentro do ambiente digital: inexistência de sistemas robustos de monitoramento contínuo, que permitem detectar rapidamente atividades anômalas — como acessos indevidos ou movimentações incomuns de dados — e agir antes que um ataque cause danos maiores.
  • Controles de acesso pouco eficazes: falta de autenticação de dois fatores (2FA), um recurso básico que adiciona uma camada extra de proteção além da senha. Isso aumenta o risco de acessos não autorizados a sistemas e informações sensíveis, especialmente em contextos de ataques por phishing ou engenharia social.
  • Uso limitado ou inadequado de ferramentas de proteção digital: mesmo soluções conhecidas, como firewall, segmentação de rede ou filtros de conteúdo e e-mail, muitas vezes estão ausentes ou mal configuradas. Essas ferramentas são fundamentais para bloquear ameaças, limitar movimentações maliciosas na rede e proteger dispositivos e dados contra vazamentos ou invasões.
 
O papel do mercado segurador
O levantamento teve como base a metodologia da Zurich, aplicada por engenheiros especializados em segurança da informação e baseada no framework internacional NIST — referência global em boas práticas de cibersegurança.
Além do nível de maturidade das empresas e dos principais gaps, o estudo também mostra que as empresas que contaram com o acompanhamento das recomendações pela equipe de engenheiros da Zurich melhoraram a qualificação do risco cibernético em 22%, em média.
“O trabalho de avaliação de risco e recomendações qualificadas da engenharia de riscos da Zurich foi fundamental para redução das fragilidades das empresas, mesmo que não tenham contratado o seguro”, pontua Tiago Santana, Superintendente de Engenharia de Riscos da Zurich. “Isso reforça o papel deste mercado, que vai muito além da oferta do seguro e valoriza a prevenção, com acompanhamento técnico contínuo e adoção de medidas estruturadas para a elevação do nível de proteção”, defende a executivo.
Segundo Tiago, ao consolidar essas análises, é possível orientar os clientes com mais assertividade na definição de prioridades e no fortalecimento de seus processos. “Proteger uma empresa contra riscos cibernéticos envolve, sobretudo, clareza sobre os próprios pontos frágeis e disposição para evoluir continuamente. Nosso papel é contribuir tecnicamente com esse processo, apoiando o mercado na construção de ambientes mais resilientes”, defende.
Segundo o executivo, a Zurich tem buscado ampliar seu apoio técnico às empresas, reforçando o papel do setor como aliado na construção de ambientes mais preparados. A empresa acaba de lançar uma novidade: o programa +Resiliência, um conjunto de serviços especializados em segurança da informação para clientes do produto Zurich Cyber Solutions.
Os serviços do +Resiliência foram cuidadosamente desenvolvidos com base nesse estudo, garantindo que as soluções atendam de forma direcionada às principais necessidades dos clientes. Ao contratar o seguro cibernético, a empresa recebe créditos que podem ser trocados por diferentes benefícios como treinamentos, avaliações e serviços técnicos, de forma flexível e personalizada.
“Os serviços que estamos disponibilizando se somam à proposta de valor do seguro. Como os clientes podem escolher quais serviços usar, estamos aliando proteção e prevenção de maneira personalizada, fazendo jus ao nosso produto, que, muito mais do que um seguro, se propõe a ser um conjunto de soluções de gestão de riscos cibernéticos para o cliente”, conclui Hellen Fernandes, gerente de Linhas Financeiras da Zurich Seguros

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Tecnologia

Evento consolida Rio de Janeiro como sede de um dos Centros de Excelência em Inteligência Artificial no mundo

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O presidente da Assespro-RJ e Deputy Chairman da WITSA (World Information Technology and Services Aliance), Robert Janssen, fez uma peregrinação por Brasília para chancelar apoio do Governo Federal ao WITSA Global AI Summit @ Rio, que será realizado entre 27 e 29 de abril de 2026. A agenda incluiu encontros com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Softex e ApexBrasil, instituições-chave para impulsionar o posicionamento do Brasil no cenário global da inovação.

“Trazer esse evento para o Rio de Janeiro foi uma vitória nacional. O Summit ajudará a consolidar o Brasil e o Rio como sedes de um dos Centros de Excelência em Inteligência Artificial da rede mundial da WITSA (GAIN – Global Artificial Intelligence Network)”, disse o empresário.

Atualmente, apenas cinco cidades no mundo foram escolhidas para abrigar esses centros de excelência: Taipei (Taiwan), Kuching (Malásia), Manama (Bahrein), Washington DC (EUA) e Rio de Janeiro (Brasil). Estar no seleto grupo de nações significa que a cidade e o país estarão na linha de frente das grandes transformações tecnológicas globais.

“O WITSA Global AI Summit @ Rio é mais do que um evento: é a consolidação de uma nova posição estratégica do Brasil no mapa mundial da inovação e da inteligência artificial”, conclui Robert.

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Tecnologia

Softcom leva tecnologia e oportunidades de franquia à Feira do Empreendedor no Ceará

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Marca paraibana apresenta soluções inovadoras e condições especiais para quem deseja abrir o próprio negócio

A Softcom participa da Feira do Empreendedor, que acontece de 8 a 10 de outubro no Ceará, com o propósito de conectar tecnologia e oportunidades reais de negócio a pequenos e médios varejistas. Com 26 anos de história, a empresa paraibana se consolidou como referência nacional em softwares de gestão e no modelo de franquias, oferecendo soluções que simplificam a rotina e potencializam o crescimento do empreendedor brasileiro.

Durante o evento, a marca atuará com três frentes estratégicas: expansão da rede de franquias, prospecção de novos clientes e fortalecimento da imagem institucional como referência em tecnologia para o varejo. Entre as novidades apresentadas estão a DRIKA IA, inteligência artificial que realiza análises e previsões de desempenho em tempo real, e o Softcom Smart, ferramenta que transforma o celular em um ponto de venda completo, com Pix integrado e emissão de notas fiscais eletrônicas.

O estande promete ser um dos pontos de destaque da feira. Além de conhecer e testar as soluções na prática, os visitantes poderão conversar com especialistas, conferir histórias inspiradoras de empreendedores que cresceram com o apoio da rede e descobrir como se tornar franqueado. Durante o evento, a empresa também oferecerá condições exclusivas, tanto para aquisição do software, quanto para novos interessados em integrar o sistema de franquias.

Para Renato Rodrigues, CEO da Softcom, a participação reforça o propósito da marca de democratizar o acesso à tecnologia. “Nosso objetivo é apoiar comerciantes em cada etapa da jornada, oferecendo ferramentas que descomplicam a gestão e aceleram o crescimento de forma sustentável”, afirma.

Com mais de 70 unidades distribuídas entre o Nordeste e o Sudeste, a Softcom aposta na expansão por meio de franqueados que atuam como agentes de impacto local, ajudando comerciantes e pequenos empreendedores a conquistar eficiência e competitividade em mercados cada vez mais digitais.

 

Sobre a Softcom

Fundada em 1999, em João Pessoa (PB), a Softcom é hoje uma rede de franquias de tecnologia e referência nacional em softwares de gestão voltados para micro e pequenas empresas. Sua plataforma reúne soluções completas para vendas, financeiro, estoque e fiscal, oferecendo ainda integração com aplicativos de delivery e segurança em nuvem. Entre os diferenciais, destacam-se a inteligência artificial própria DRIKA IA, que auxilia empreendedores em decisões estratégicas, e o aplicativo que coloca o controle do negócio na palma da mão. Reconhecida como Super Integradora iFood, a franquia já impacta milhares de empreendedores em diversas regiões do Brasil, levando inovação e simplicidade para o dia a dia do pequeno varejo.

 

Mais informações: https://www.softcomtecnologia.com.br/

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Avaliação antidumping sobre cabos de fibra óptica preocupa provedores de internet

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Legenda: Rodrigo Oliveira, presidente da ASPRO, alerta para os impactos da investigação antidumping nos cabos de fibra óptica e os riscos para a conectividade no Distrito Federal.l.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) publicou, no Diário Oficial da União de 25 de setembro de 2025, a Circular nº 72, que determina o início, de ofício, da avaliação de interesse público na investigação antidumping sobre as importações de cabos de fibra óptica originários da China (NCM 8544.70.10).

A medida preocupa a Associação dos Provedores de Internet do Distrito Federal (ASPRO), que alerta para o risco de aumento no preço da fibra óptica — insumo essencial para instalação e manutenção de redes de internet. Caso seja aplicado o direito antidumping, o custo poderá ser repassado ao consumidor final, elevando o valor da banda larga e comprometendo a expansão digital, especialmente em regiões menos favorecidas.

“Esse tema exige mobilização. Um aumento artificial nos preços da fibra óptica compromete a expansão da conectividade e penaliza os usuários de internet em todo o país”, afirma Rodrigo Oliveira, presidente da ASPRO.

A Circular estabelece o início imediato da avaliação, com prazo de 20 dias para a fase probatória, que deve ser concluída até 20 de outubro de 2025. O processo decorre de uma série de recursos administrativos e reuniões realizadas por representantes do setor junto às autoridades competentes, que reconheceram a relevância dos argumentos apresentados pelos importadores.

Diante do curto prazo para manifestação, a ASPRO defende que as entidades representativas atuem de forma conjunta e organizem uma carta contrária à aplicação do antidumping, destacando seus potenciais impactos econômicos e sociais.

“Quanto maior a participação dos importadores e das associações na avaliação de interesse público, mais robusta será a defesa de todo o ecossistema de conectividade”, reforça nota técnica da entidade.

Mais informações: www.asprodf.org.br | @aspro.df

ASPRO – Associação dos Provedores de Internet do Distrito Federal
A ASPRO é uma sociedade civil sem fins lucrativos dedicada à representação dos provedores de internet regionais do Distrito Federal. É a voz ativa de mais de 80 pequenos provedores, que juntos atendem mais da metade da população local — especialmente em áreas negligenciadas pelas grandes operadoras. Seu compromisso é assegurar regulamentação justa, segurança jurídica e desenvolvimento sustentável do setor, atuando frente a órgãos governamentais e reguladores. Sob a liderança de Rodrigo Oliveira, reforça a equidade, promove conexão de qualidade e fortalece o pleno exercício da cidadania digital.
Site: www.aspro.org.br
Instagram: @aspro.df

 

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