Esporte
Embalado, Brasil faz 3 a 0 na invicta Eslovênia na Liga das Nações

Em processo de renovação, a seleção brasileira masculina de vôlei, número 7 do mundo, cravou neste domingo (15) uma sólida vitória (3 sets a 0) sobre a Eslovênia, terceira no ranking mundial e até então invicta na Liga das Nações. Com uma atuação impecável no último confronto no Ginásio do Maracanãzino, no Rio de Janeiro, o Brasil encerra a primeira semana do torneio na terceira posição.
O país tem agora nove pontos na classificação geral – três vitórias (Irã, Ucrânia e Eslovênia) e uma derrota (Cuba) -, mesmo total do Japão (2º), à frente da seleção na tabela pelo critério de desempate por saldo de sets. Número 1 do mundo e ainda invicta no torneio, a Polônia lidera com 12 pontos. A seleção brasileira descansa a próxima semana e volta a competir de 25 a 29 de junho, em Chicago (Estados Unidos) contra mais quatro adversários: Canadá, China, Itália e Polônia.
Maracanazinho madness 🇧🇷🔥 Brazil denies Slovenia 3 set points and grabs the second set!
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— Volleyball World (@volleyballworld) June 15, 2025
Diferentemente da sofrida vitória de virada contra a Ucrânia no sábado (14) no tie-break, a equipe brasileira esbanjou concentração em quadra desde o início da partida. O time escalado pelo técnico Bernardinho foi o mesmo que virou o placar contra os ucranianos no sábado (14). Confiantes, Maique (líbero), Alan (oposto), Lucas Bergmann e Honorato (ambos ponteiros), Judson e Flávio/capitão (centrais) e Cachopa (levantador) – debutando como titular da amarelinha em competição internacional – ganharam com tranquilidade o primeiro set por 25/19.
A segunda parcial foi a mais equilibrada. Mesmo com maior volume de jogo, boa recepção de Maique e variedade na distribuição de Cachopa, a Eslovênia esboçou uma reação, sacando mais forte e reforçando o bloqueio. Abriram vantagem no meio do set, em 17/16 e tiveram a chance do empate liderando o placar por 24/21. Quando o set parecia definido a favor dos europeus, a resiliência da amarelinha fez a diferença. Honorato diminuiu a desvantagem para 24 a 22 e, na sequência, Darlan entrou em quadra para acertar um ace de saque, deixando o Brasil a um ponto do empate. Honorato anotou mais um e igualou o placar e daí em diante os times se revezaram na dianteira, até o bloqueio monstruoso de Judson que encerrou o embate por 29/27 a favor dos brasileiros.
Com moral alto, a seleção sobrou em quadra na terceira parcial, principalmente nos contra-ataques. Um dos destaques foi Lukas Bergmann,com uma sequência de acertos no bloqueio , ataque e no saque, com direito a ace que colocou o Brasil em vantagem de 16/10. Diante de uma torcida da torcida brasileira estasiada, a seleção fechou a última parcial em 25/1, selando a vitória com autoridade por 3 sets a 0
Nas mãos dele! 👐
Categoria e vibração é o combo do levantador Cachopa em quadra!
Além dos levantamentos precisos, ele chegou a sair rouco de jogos!
Tudo isso pra ajudar a seleção masculina a chegar a três vitórias na primeira semana da Liga das Nações, no Rio de Janeiro pic.twitter.com/9yrKpRiNW9
— Vôlei Brasil (@volei) June 15, 2025
Pelo segundo jogo consecutivo, o maior Alan foi o maior pontuador, com 13 pontos (12 de ataque e um de bloqueio), mas hoje dividiu o protagonismo com Honorato (11 de ataque e dois de bloqueio) e Lukas Bergmann (8 de aquaque, 3 de bloqueio e 2 aces), que também anotaram 13 pontos para o Brasil.
Após a vitória, Alan avaliou o desempenho da seleção contra os eslovenos.
“Depois de fazer dois tie-breaks de 3 sets a 2 [contra Cuba e Ucrânia] e conseguir 3 a 0 contra a Eslovênia, que é uma equipe muito forte, isso dá mais confiança ainda para o time. Hoje a gente entrou, conseguiu imprimir nosso ritmo, no segundo set a gente estava perdendo, mexemos ali, Darlan entrou e fez um bom saque, a gente conseguiu recuperar e ganhar. Isto mostra total força da nossa equipe. É só daí para mais, a gente vai evoluir bastante na Liga, e eu espero que a gente lá no pódio, conseguindo levantar a medalhinha”, projetou o oposto, em entrevista à SporTV, emissora oficial da competição.
Formato da competição
A competição reúne as 18 melhores seleções do mundo na fase preliminar, com 15 rodadas. As equipes constam do ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Além de atuar em casa, a seleção jogará nos Estados Unidos e no Japão.
Apenas as oito primeiras colocadas na fase preliminar, avançarão às quartas de final (eliminatória). Vale destacar que a China tem vaga assegurada no mata-mata da LNV, por sediar a fase final da competição, entre 30 de julho e 3 de agosto.
Próximos jogos do Brasil na Ligas das Nações
25 de junho (quarta) – Canadá x Brasil – 18h – Chicago, Estados Unidos
26 de junho (quinta) – Brasil x República Popular da China – 18h – Chicago, Estados Unidos
28 de junho (sábado) – Brasil x Itália – 18h – Chicago, EUA
29 de junho (domingo) – Brasil x Polônia – 18h – Chicago, EUA
16 de julho (quarta) – Argentina x Brasil – 00h – Chiba, Japão
18 de julho (sexta) – Brasil x Japão – 7h20 – Chiba, Japão
19 de julho (sábado) – Turquia x Brasil – 3h30 – Chiba, Japão
20 de julho (domingo) – Alemanha x Brasil – 2h30 – Chiba, Japão
Esporte
Brasil fatura prata e bronze no 3º dia do Mundial de Judô na Hungria

O Brasil subiu duas vezes ao pódio neste domingo (15), terceiro dia do Campeonato Mundial de Judô em Budapeste (Hungria), primeira grande competição do ciclo olímpico dos Jogos de Los Angeles (2028). Duas vezes medalhista olímpico, o gaúcho Daniel Cargnin foi vice-campeão na categoria dos 73 quilos, e a paranaense Shirlen Nascimento, estreante na competição, levou a medalha de bronze nos 57 kg. A competição, que vai até a próxima sexta-feira (20), reúne ao todo 556 judocas de 93 países, entre eles 18 atletas brasileiros, entre eles judocas experientes em torneios internacionais como Beatriz Souza (78 kg), Rafaela Silva (63 kg), Rafael Macedo (90 kg) e Leonardo Gonçalves (100 kg).
A prata conquistada neste domingo (15) por Cargnin teve um significado especial: ele quebrou um jejum de oito anos sem finalistas brasileiros na disputa masculina do Mundial. Além disso, o judoca gaúcho de 27 anos, duas vezes bronze olímpico – por equipes em Paris 2024 e no individual dos 66 quilos (kg) em Tóquio 2020 – voltou a competir recentemente, após oito meses longe dos tatames, logo depois dos dos Jogos de Paris. Durante o período, ele tratou de lesões no tornozelo e no ombro. Ele retornou às competições em abril, no Campeonato Pan-Americano e Oceania em Santiago (Chile), já arrematando prata no individual e ouro na disputa por equipes.
É PRATAAAAAAAAAAAA! 🥈
Daniel Cargnin (73kg) tem campanha espetacular em Budapeste, vencendo cinco lutas, e é VICE-CAMPEÃO MUNDIAL DE JUDÔ!
QUE ORGULHO, DANI!!!!! Você merece MUITO estar nesse pódio!
Parabéns, time CBJ e Sogipa! pic.twitter.com/TfJngMP66F
— CBJ (@JudoCBJ) June 15, 2025
Hoje (15), Cargnin ficou com a prata ao ser superado pelo francês Joan-Benjamin Gaba, atual vice-campeão olímpico. O adversário desferiu um waza-ari que projetou o brasileiro no golden score (tempo extra).
“A gente costuma dizer que o Mundial, às vezes, é até mais difícil que a própria Olimpíada, porque pode dobrar algumas categorias. Eu acho que, em relação a Los Angeles, agora é manter o pé no chão. No ciclo passado, quando eu medalhei no Mundial, eu já pensei em medalhar na Olimpíada também. Eu estava pensando só no futuro e não aproveitava os momentos do presente, sabe? Então eu acho que agora é aproveitar essa medalha de prata. Eu acabei de perder a disputa ali, a final, mas é muita felicidade pela postura que eu tive dentro do tatame. Eu acho que tenho que me manter resiliente, porque as derrotas não podem ser o fim do mundo e a vitória também não pode ser o motivo de parar de treinar. Agora é colocar a cabeça no lugar para tentar ajudar a equipe o máximo possível na competição por equipes”, disse Cargnin, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Embora debutante em Mundiais, Shirlen Nascimento, de 25 anos, vem se destacando no cenário internacional desde o fim de 2024, quando faturou o bronze no Grand Slam de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). O pódio em Abu Dhabi serviu de trampolim para que Shirlen se classificasse à Seletiva Nacional, que lhe deu vaga no Pan-Americano em Santiago, em abril. A paranaense voltou a brilhar, desta vez subindo ao topo do pódio. Daí em diante, Shirlen competiu no Grand Slam de Astana (Casaquistão), onde conquistou mais um bronze, o último antes de ser convocada para o Mundial de Budapeste.
MEDALHISTA MUNDIAL! 🥉
Shirlen Nascimento estreou no Mundial de Judô de forma inesquecível: subindo ao pódio e colocando seu nome em uma seleta lista do judô brasileiro!
Que campanha, que orgulho! 👏🫶#TimeBrasil #Judô pic.twitter.com/UmZOSucpUS
— Time Brasil (@timebrasil) June 15, 2025
Na luta final pela medalha de bronze no Mundial, a brasileira levou a melhor no golden score, ao finalizar o combate contra a Maysa Pardayeva (Turcomenistão) com um waza-ari.
“Eu peguei uma chave dura, logo no começo. Só que todo mundo me deu as dicas do que fazer, então pareceu até que foi um pouco fácil. Mas eu acho que eu sempre venho me esforçando muito, e uma hora o resultado vem. Eu acho que eu estou num momento muito bom, eu venho melhorando a cada dia. Estou tendo muita ajuda também, o pessoal vem me ajudando bastante”, revelou a judoca paranaense.
Disputas de brasileiros no Mundial nesta segunda (16)*
Nauana Silva (63 kg)
Rafaela Silva (63 kg)
Gabriel Falcão (81 kg)
Luan Almeida (81 kg)
* Lutas preliminares a partir das 6h e finais às 13h (horários de Brasília)
Esporte
Yago Dora é campeão em Trestles, palco do surfe em Los Angeles 2028

O catarinense Yago Dora, de 29 anos, assumiu a vice-liderança do circuito mundial de surfe neste sábado (14) ao conquistar o título da etapa de Treslles, no estado da Califórnia (Estados Unidos), praia que será palco das disputas da modalidade na Olimpíada de Los Angeles 2028. É o segundo título do brasileiro nesta temporada – o primeiro foi conquistado em Peniche (Portugal), em março. Hoje (14) Dora levantou o troféu após dominar a final contra o japonês Kanoa Igarashi: alcançou nota final 17.90 contra 15.07 do asiático.
É SUA MAS É NOSSA TAMBÉM! 🔥
É DO BRASIL 🇧🇷🏆#WSLBrasil pic.twitter.com/Q3x0ZxP7mT
— WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) June 14, 2025
Com o título em Trestles, o catarinense totalizou 38.885 e ficou a apenas 565 pontos de alcançar o líder da temporada, o sul-africanno Jordy Smith (39.450). Já Igarashi segue na terceira posição com 36.390 pontos. Outro brasileiro no top 5 é Ítalo Ferreira: o potiguar caiu da segunda para quarta posição na tabela após ser eliminado nas oitavas de final em Trestles.
Na disputa feminina, a campeã foi a a havaiana Bettylou Sakura Johnson, que superou na final a a australiana Molly Picklum, terceira colocada na classificação geral. Com o título de hoje (14), a havaina subiu três posições e assumiu o quarto lugar.
A próxima etapa da Liga Mundial de Surfe (World Surfe League-WSL) será o Rio Pro, na Praia de Itaúna, a partir do próximo sábado (21).
Esporte
Brasil encerra GP de boxe na Europa com 6 ouros, 1 prata e 1 bronze

O boxe brasileiro viveu um sábado (14) repleto de pódios no Grand Prix da República Tcheca, etapa do circuito mundial, disputada na cidade Ústí nad Labem. O país arrematou 10 medalhas no geral, sete deles de ouro, conquistadas hoje (14) no último dia de competições. Entre as mulheres, subiram ao topo de pódio as pugilistas Rebeca Santos (categoria dos 60 kg), Bárbara dos Santos (70 kg) e Viviane Pereira (75 kg). Já na disputa masculina, os campeões foram Luiz ‘Bolinha” Oliveira (60 kg), Kaian Reis (70 kg) e Isaias Filho (90 kg). Já Michael Douglas Trindade ficou com a única prata o dia, após ser superado por 4 a 1 pelo japonês Yamaguchi Rui na final dos 55 kg.
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Neto Servílio de Oliveira, primeiro pugilista brasileiro medalhista olímpico em 1968 (Cidade do México), Luiz Oliveira, mais conhecido pelo apelido de Bolinha, atropelou o japonês Kitamoto Shunsuke na final masculina dos 60kg. Este é o segundo ouro de Bolinha nesta temporada: em maio, o paulista de São Caetano do Sul, que representou o país em Paris 2024, foi campeão brasileiro nos 60 kg.
Também por decisão unânime do juízes, Isaias Filho conquistou o ouro nos 90 kg, ao vencer com tranquilidade o norte-americano Malachi Georges. Já Kaian Reis assegurou o ouro nos 70 kg com vitória por 4 a 1 sobre o britânico Callum Makin.
Na disputa feminina, quem sobrou no ringue foi Rebeca Santos – vitória incontestável sobre a canadense Marif Al Ahmadieit, na final dos 60 kg – e Bárbara dos Santos, que golpeou a norte-americana Marie-Angelis Rosendo. Já Viviane Pereira travou combate parelho com a italiana Melissa Geminy, antes de selar a vitória por 4 a 1 e se sagrar campeã nos 75kg.
Na última sexta (14), o Brasil já conquistara três bronzes com Beatriz Soares (65 kg), Jucieln Romeu (57 kg) e Joel da Silva (90 kg).