Estilo de Vida
Enem 2023: como a alimentação pode ajudar na hora da prova

Milhares de estudantes em todo o país se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que pode definir seus destinos acadêmicos, profissionais e sociais. Além de manter os estudos em dia, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas que é fundamental para o desempenho dos candidatos é a alimentação. A professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Paloma Popov, destaca que a alimentação balanceada pode influenciar positivamente o desempenho na prova, agendada para este domingo (05).
De acordo com Paloma Popov, a escolha dos alimentos para o dia da prova não envolve segredos, mas sim a consciência de ter uma alimentação saudável e equilibrada. Isso significa consumir alimentos de todos os grupos alimentares, incluindo carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais. Os grupos de alimentos como carnes, cereais, frutas, hortaliças e leguminosas, formam a base para uma alimentação equilibrada, contribuindo para a saúde física e mental: “O preparo do corpo e da mente deve ser constante, não apenas na véspera de provas importantes. A escolha de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e sódio deve ser evitada, pois podem resultar em desidratação, inchaço e desconcentração”.
A nutricionista do CEUB explica que o estudante deve manter uma alimentação frequente com horários regulares, hábito fundamental para manter a concentração. Sobre o jejum, Paloma adverte que passar um período prolongado sem se alimentar pode levar o candidato à sonolência e até mesmo à hipoglicemia, o que é prejudicial durante a prova. “Durante longos períodos de estudo, é importante que os estudantes observem sinais de fome e, se necessário, façam pequenas refeições leves para manter os níveis de energia”, destaca.
Café: vilão ou mocinho do estudo?
Estimulante natural, o café é muito consumido para dar energia em atividades que envolvam foco e concentração. A docente do CEUB, no entanto, recomenda que os candidatos devem ter cautela, pois a cafeína em excesso pode levar à ansiedade, aconselhando a evitar a ingestão de café nos dias que antecedem a prova. Paloma frisa que para se sair bem na prova, a hidratação é fundamental, sendo a água a melhor opção para manter o corpo bem suprido de líquidos.
Para lidar com a ansiedade e garantir uma noite de sono tranquila antes do Enem, Paloma afirma que a fitoterapia pode ser uma aliada. Ela destaca o consumo de chás como camomila e capim cidreira, conhecidos por suas propriedades calmantes. “Óleos essenciais e outras opções da fitoterapia podem ser úteis para promover o relaxamento e a concentração”, frisa.
No dia da prova, a nutricionista do CEUB recomenda tomar um café da manhã reforçado para fornecer energia ao cérebro, mas consumindo com moderação alimentos gordurosos, pois eles podem causar plenitude e fadiga. “Neste caso, o consumo de carboidratos é essencial, incluindo opções como pães integrais e frutas. Uma fonte de proteína magra, como queijo branco, é uma escolha inteligente”.
Se der fome durante a prova, os estudantes podem se beneficiar de lanches, desde que sejam leves e balanceados, adverte Paloma Popov. Segundo ela, deve-se evitar alimentos muito açucarados, como chocolates e balas, que podem resultar em picos de energia seguidos de sonolência. “O consumo de muito açúcar durante a prova pode trazer uma falsa impressão de agitação, mas depois isso passa rápido e aí pode até trazer uma fome que atrapalhe a concentração”.
Saúde
Vai viajar no feriadão? Conheça os aeroportos que contam com salas multissensoriais para crianças com TEA

App da Biomob lista locais que contam com espaço especial para atender neurodiversos e tornar a viagem mais agradável às famílias
Viajar de avião pode ser uma experiência desafiadora para qualquer família, mas para pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), essa jornada pode ser especialmente estressante. “Aeroportos são ambientes ruidosos, com estímulos visuais intensos, filas longas e mudanças inesperadas de rotina – fatores que podem desencadear crises sensoriais em crianças neurodiversas”, destaca o CEO da Biomob, Valmir de Souza.
Diante desse cenário, a implementação de salas multissensoriais nos aeroportos brasileiros representa um avanço significativo na promoção da acessibilidade e do conforto para essas famílias. Segundo o App da Biomob dos 31 aeroportos internacionais e 36 domésticos, apenas cinco contam com esses espaços: Aeroporto Internacional de Florianópolis (SC), Aeroporto Internacional de Vitória (ES), Aeroporto Internacional de Natal (RN), Aeroporto Santos Dumont (RJ) e Aeroporto de São Paulo/Congonhas (SP).
“As salas multissensoriais são projetadas para proporcionar um ambiente tranquilo, reduzindo estímulos externos que podem sobrecarregar crianças com TEA. Elas contam com iluminação ajustável, isolamento acústico e materiais táteis que ajudam a acalmar e preparar a criança para o embarque. Além disso, essas áreas também oferecem suporte para os responsáveis, proporcionando um momento de respiro antes da viagem”, explica Souza.
Estima-se que quase 200 mil pessoas com TEA circulam pelos aeroportos do Brasil mensalmente, o que levou o Ministério de Portos e Aeroportos a lançar o Programa de Acolhimento ao Passageiro com Transtorno do Espectro Autista que tem como objetivo a instalação de 20 salas multissensoriais em aeroportos brasileiros até 2026.
Segundo Souza, a urgência da expansão desses espaços é reforçada pelo aumento da conscientização sobre acessibilidade e inclusão em diversos setores da sociedade. “Iniciativas como essas garantem que aeroportos sejam ambientes mais acolhedores para todos os passageiros, independentemente de suas necessidades específicas”, observa.
Um espaço de transição sensorial, pode transformar a experiência de viagem para milhares de famílias. Além das salas multissensoriais, capacitar as equipes aeroportuárias para lidar com passageiros neurodiversos e disponibilizar materiais informativos sobre trajetórias acessíveis são passos fundamentais para tornar o transporte aéreo mais inclusivo.
Foi o caso da mãe de Cadu, Pérola de Almeida Camargo. Ao fazer a ponte aérea Rio-SP, ela usou a sala sensorial do aeroporto de Congonhas, localizada entre os portões 4 e 5 do saguão de embarque. “Vimos uma portinha colorida, quase que invisível e, ao abrir, nos deparamos com um ambiente de extremo bom gosto, um espaço predominantemente analógico onde um telão e diversas luzes de led e alguns poucos sons se destacam pela calmaria e simplicidade nas cores e recursos. É incrível imaginar como um ambiente conseguiu reunir as diversas necessidades de uma criança neurodiversa. Homogeneidade nas cores, acústica perfeita (não se ouve um ruído externo sequer), sofás confortáveis, projeções que parecem reproduzir um mundo em câmera lenta e luzes e texturas convidativas”, descreve.
Pérola recomenda que as famílias utilizem esse espaço para relaxar e entreter as crianças que ingressam no voo mais tranquilas e preparadas. “Torço para que essa iniciativa seja replicada em outros ambientes como: shoppings, supermercados e até parques de diversões”, afirma.
Para Souza, com o crescimento do número de passageiros que necessitam de atenção especial, investir na acessibilidade aeroportuária não é apenas uma questão de conforto, mas um compromisso essencial com a equidade e o direito de todos à mobilidade. “Quando mapeamos lugares voltados para o público neurodiverso, vemos que ainda são poucos. As famílias acabam ficando reclusas em seus lares por medo de sair com seus filhos e passarem por situações constrangedoras”, lembra Souza.
Totalmente gratuito, o app da Biomob permite que os usuários classifiquem publicamente a acessibilidade dos estabelecimentos que frequentam, considerando diferentes necessidades, como deficiência visual, auditiva, física, intelectual, mobilidade reduzida, além de recursos voltados para autistas, gestantes e idosos. “O aplicativo é 100% colaborativo, permitindo que os usuários avaliem locais, adicionem informações e compartilhem experiências, promovendo um banco de dados sempre atualizado e alinhado às necessidades reais da comunidade. Ele foi desenvolvido com o objetivo de atender a toda a sociedade, com um foco especial na inclusão de pessoas com deficiência, grupos historicamente minorizados e qualquer pessoa interessada em contribuir para um mundo mais acessível”, diz.
Sobre a Biomob
A Biomob – Soluções Inovadoras para Acessibilidade é uma startup especializada em consultoria para acessibilidade arquitetônica, digital e atitudinal; criação e adaptação de sites e aplicativos às normas de acessibilidade; além de atuar na capacitação de pessoas com deficiência para o mercado de trabalho. A empresa também é responsável pelo Instituto Biomob, que produz estudos, pesquisas e fóruns sobre o tema e promove doações e ações sociais em conjunto com ONGs e projetos parceiros.
Saiba mais em: https://biomob.org/
Saúde
Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.
A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.
>>Saúde anuncia 80 municípios prioritários para ações contra dengue
Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).
São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).
Saúde
Rio amplia vacinação da gripe para os maiores de 6 meses de idade

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro ampliou o público-alvo da vacinação contra a influenza para toda a população a partir dos 6 meses de idade. A medida começa a valer nesta quarta-feira (16) e visa proteger mais pessoas contra a doença. Este ano, 400 mil cidadãos já se imunizaram contra a gripe e a meta é proteger cerca de 3 milhões de cariocas.
Para se imunizar, é preciso comparecer a uma unidade de saúde com documento de identidade e, se disponível, a caderneta de vacinação. A dose é anual, e quem se vacinou no ano passado precisa tomar uma nova dose este ano. Para quem já tomou o imunizante, o esquema vacinal é de dose única. Só este ano, o município do Rio de Janeiro registrou sete óbitos e 85 internações para a doença.
“Vale ressaltar que a vacina contra gripe é segura e contém as cepas atualizadas para imunização em 2025. As únicas exceções para precaução são pessoas com histórico de alergia grave em dose anterior do imunizante. Não há indicação para crianças menores de 6 meses de idade. Em caso de dúvidas, os serviços municipais de saúde poderão avaliar e dar as devidas orientações”, orienta a secretaria.
A vacinação está disponível nas 240 salas de vacinação em unidades de saúde e no Super Centro Carioca de Vacinação, unidades Botafogo, funcionamento de domingo a domingo, das 8h às 22h, e Campo Grande, no Parkshopping Campo Grande, funcionamento de domingo a domingo, de acordo com o horário do centro comercial.
O Rio de Janeiro começou a campanha de vacinação contra a gripe no dia 29 de março. O primeiro grupo imunizado foi o de profissionais da área de saúde. A vacina protege contra três tipos de influenza: H1N1 (Victoria), H3N2 (Tailândia) e B (Áustria).