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Saúde

Entenda a hidrocefalia normobárica, causa da cirurgia de Chico Buarque

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© Arte InterFisio

O cantor Chico Buarque precisou passar por uma cirurgia neurológica, nessa terça-feira (3), para tratar uma hidrocefalia normobárica, ou de pressão normal. A condição ocorre quando há excesso de líquor – fluido que reveste o sistema nervoso central – acumulado no cérebro, mas sem provocar aumento da pressão intracraniana. Ainda assim, a hidrocefalia pode impactar os movimentos das pernas, a cognição e a capacidade de controle urinário.

A drenagem do líquido foi realizada por meio de uma derivação ventrículo peritoneal, procedimento que consiste na implantação de uma válvula, capaz de drenar o líquido produzido em excesso no cérebro para a cavidade abdominal. Buarque foi diagnosticado precocemente durante um check-up e já se recupera no quarto, “com seu habitual bom humor”, de acordo com a assessoria. A previsão é que ele tenha alta em 48 horas.

O neurocirurgião Fernando Gomes, professor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, explica que essa é uma cirurgia de complexidade intermediária, mas permite que o paciente recupere as funções prejudicadas assim que a drenagem se normaliza. Atualmente são utilizadas válvulas programadas, inclusive com tecnologia nacional, que permitem o ajuste da quantidade drenada mesmo após a implantação, caso necessário.

Se a condição não for diagnosticada a tempo e tratada, as consequências podem ser drásticas. “A pessoa pode ficar totalmente incapaz de andar, evoluir para um quadro demencial sério e de incontinência urinária e fecal. É uma condição bastante complicada. A pessoa não morre diretamente por hidrocefalia de pressão normal, mas tem a vida abreviada por questões que vêm em conjunto com essa piora das condições de saúde”, diz o especialista.

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Gomes também coordena o grupo de Hidrodinâmica Cerebral do Hospital das Clínicas e alerta que essa condição é mais comum em pessoas com mais de 60 anos, o que pode dificultar a identificação da doença. De acordo com ele, estima-se que 480 mil tenham hidrocefalia de pressão normal no Brasil.

“Muitas vezes, a gente faz o diagnóstico e quando olha para trás o paciente já tinha um quadro clínico. Porque no começo pode se confundir um pouquinho com o processo de envelhecimento, uma certa dificuldade para andar. Às vezes, a pessoa fez uma cirurgia de próstata e tem incontinência urinária ou outra doença associada, como Alzheimer, que impacta a cognição e aí demora para fazer a diagnóstico”, complementa o neurocirurgião.

Sintomas

O neurologista do Grupo Valsa Saúde Lucas Savelli, que também é membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, alerta que os sintomas da hidrocefalia passam muitas vezes despercebidos dentro do contexto do envelhecimento. Por isso, qualquer redução da capacidade cognitiva ou motora deve ser avaliada por uma especialista.

Ele destaca que um sintoma bastante característico da hidrocefalia de pressão normal é a chamada “marcha magnética”, quando o paciente “tem certa dificuldade, digamos assim, de tirar os pés do chão para caminhar”. Também são sintomas comuns a incontinência urinária e o declínio cognitivo, mas nem sempre essas três situações aparecem juntas.

“A principal suspeita é clínica, por meio dos sintomas. Mas a gente confirma com exames exames de imagem, preferencialmente a ressonância magnética do cérebro, que mostra essa região onde o liquor está presente com tamanho aumentado. Também é importante realizar um exame chamado de TAP test, em que se insere uma agulha em uma região próxima à medula para retirar uma quantidade de líquido. Depois disso, é avaliado se houve melhora em testes cognitivos, indicando que há um acúmulo causando esse declínio”, acrescenta Savelli.

O neurocirurgião Fernando Gomes complementa que muitos casos de hidrocefalia de pressão normal são idiopáticos, ou seja, sem uma origem conhecida, mas há situações secundárias, quando a hidrocefalia surge como consequência de outro problema: “O paciente teve, por exemplo, um trauma de crânio, com algum sangramento, esse sangue entra em contato com o líquor e atrapalha a drenagem. Ou também uma meningite, mesmo que seja viral, também pode atrapalhar a drenagem depois como sequela. Tem ainda pessoas submetidas a alguma outra neurocirurgia e, como resposta do órgão, há o acúmulo de líquido.”

Após alguma condição desse tipo, é ainda mais importante que os sintomas clássicos de hidrocefalia não sejam ignorados.

“O procedimento cirúrgico tem bom prognóstico e as funções podem ser restabelecidas. Mas essa evolução acaba sendo ineficiente se você não fizer nada a tempo”, destaca o médico.

Fonte

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Saúde

18 de Outubro – Dia mundial da Menopausa: Fase que pede cuidado, informação e acolhimento

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Especialistas da Afya  explicam a menopausa de várias perspectivas e fornecem dicas para mulheres neste período de transformações físicas e emocionais.

 

Outubro, 2025 – Ondas de calor, alterações no sono, irritabilidade e ganho de peso estão entre os sintomas mais comuns da menopausa, uma fase natural da vida da mulher marcada pela interrupção definitiva da menstruação e pela redução da produção hormonal. Embora ainda cercada por tabus, a menopausa não deve ser vista como o fim da vitalidade, mas como o início de uma nova etapa que pode ser vivida com saúde e bem-estar. No Brasil, a dimensão desse ciclo é significativa: segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 30 milhões de mulheres estão em climatério e menopausa, sendo aproximadamente 9,2 milhões na menopausa propriamente dita , faixa que abrange mulheres entre 50 e 65 anos.

Segundo Karoline Fiorotti, professora de geriatria da Afya Educação Médica Vitória, “ela não é uma doença, mas uma transição fisiológica que marca o fim do período reprodutivo e o começo de uma fase que pode ser muito produtiva e prazerosa, desde que a mulher conte com acompanhamento adequado e mantenha hábitos saudáveis”.

A especialista reforça que esse momento deve ser encarado como um ponto de virada na saúde feminina e uma oportunidade para revisar hábitos, prevenir doenças crônicas e cuidar da saúde óssea, cardiovascular e mental. “Antes, a proteção hormonal natural oferecia uma certa ‘vantagem’ cardiovascular e óssea, e agora é o momento de agir de forma consciente para manter essa proteção. O próprio processo de envelhecimento aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes, dislipidemia e síndrome metabólica. Investir ativamente no cuidado da saúde física, mental e emocional é a melhor estratégia para viver a menopausa com bem-estar e qualidade de vida”, explica Karoline, ressaltando a importância de envelhecer com autonomia, equilíbrio físico e emocional.

Como saber se estou na menopausa?

De acordo com a professora de ginecologia da Afya Educação Médica Goiânia, Tatiana Chaves, o acompanhamento ginecológico é essencial durante toda a vida da mulher, especialmente no climatério, fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. “É nesse momento que ocorre a queda dos níveis hormonais, o que justifica o surgimento dos sintomas climatéricos”, explica. Esses sintomas costumam aparecer antes mesmo de alterações no ciclo menstrual. “O ressecamento vaginal leva à falta de lubrificação no ato sexual, o que causa desconforto e diminuição da libido”, exemplifica. Outro sintoma comum é o fogacho, caracterizado por ondas de calor seguidas de frio, que podem causar insônia, irritabilidade e indisposição.

Tatiana reforça que, quando não há contraindicações, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada, pois alivia os sintomas e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e osteoporose. A via de administração  oral, adesiva ou local, deve ser escolhida junto à paciente, garantindo conforto e adesão ao tratamento.

A coordenadora de endocrinologia da Afya Ribeirão Preto, Dra. Renata Maksoud, lembra que as mudanças hormonais da menopausa vão muito além do sistema reprodutor. “A queda de estrogênio, progesterona e até de testosterona afeta todo o organismo. É comum notar ondas de calor, suores noturnos, distúrbios do sono, ganho de peso e alterações de humor”, afirma. Segundo ela, essa transição sistêmica impacta o cérebro, o metabolismo, os ossos e o sistema cardiovascular, além de aumentar o risco de osteoporose, doenças cardíacas e resistência à insulina.

Para amenizar esses efeitos, Dra. Renata destaca que o tratamento deve ser individualizado, levando em conta idade, sintomas e preferências da paciente. “Além da reposição hormonal, quando indicada, é fundamental adotar hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse. O estilo de vida é uma ferramenta poderosa na saúde hormonal feminina”, ressalta.

A especialista complementa que o estilo de vida é um pilar terapêutico, pois exercícios de força, dieta mediterrânea, sono de qualidade e manejo do estresse ajudam a melhorar sintomas e proteger ossos, metabolismo e coração.

A nutrição como aliada

Para a professora de nutrologia da Afya Brasília, Dra Marcela Reges, a alimentação tem papel direto no controle dos sintomas. “Alimentos ricos em cálcio, magnésio e vitamina D ajudam na saúde óssea, enquanto o consumo de soja, linhaça e outras fontes de fitoestrógenos naturais pode amenizar as ondas de calor e melhorar o equilíbrio hormonal”, orienta. Ela ressalta, no entanto, que esses alimentos não fazem milagres, mas ajudam muito quando associados a bons hábitos e ao acompanhamento médico adequado.

Dra Marcela também comenta a importância de evitar álcool, cafeína e cigarro, que agravam os fogachos e interferem no sono. “O álcool e o café aumentam a temperatura corporal e podem intensificar as ondas de calor, além de prejudicarem o descanso noturno.  Já o cigarro afeta diretamente a produção hormonal e acelera o envelhecimento celular, o seja, quanto menos desses três, melhor para o seu corpo, para o sono e para o equilíbrio hormonal”, completa a médica.

Cuidar da mente é cuidar do corpo

Os impactos emocionais da menopausa merecem atenção, pois as alterações hormonais afetam diretamente o humor, o sono e a autoestima. Mariana Ramos, professora de Psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna, destaca que a queda nos níveis de estrogênio e progesterona influencia neurotransmissores essenciais para a regulação emocional e do sono, tornando comuns irritabilidade, ansiedade, melancolia e flutuações de humor.

Para Mariana, esse período é também um momento de ressignificação. “Mais do que o fim da fertilidade, é uma fase de maturidade emocional, sabedoria e reconexão com a própria história e valores, um convite para novas formas de expressão da feminilidade e da potência.”

A psicóloga enfatiza o papel da psicoterapia, especialmente abordagens como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), que estimulam a aceitação das emoções e o foco em ações guiadas por valores pessoais, como autocuidado, espiritualidade e propósito. 

De acordo com a especialista, com informação, acompanhamento médico, suporte psicoterapêutico e práticas de autocuidado, como atividade física, meditação, socialização e alimentação equilibrada,  a menopausa pode ser vivida com energia, equilíbrio e plenitude. “Quando a mulher compreende os processos neurobiológicos e psicológicos envolvidos, fortalece sua autonomia emocional e transforma o envelhecimento em um novo começo, repleto de significado e poder pessoal”, conclui.

 

. Sobre a Afya   

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br  e ir.afya.com.br.

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Saúde

O que todo médico quer que você saiba: 10 informações essenciais para sua saúde

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Divulgação AmorSaúde
Divulgação AmorSaúde

No Dia do Médico, descubra hábitos e recomendações que ajudam a manter seu corpo e mente em equilíbrio

 

Ir ao médico apenas quando surge um problema ainda é um hábito comum entre os brasileiros. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que mais da metade da população (53%) só procura atendimento quando sente algum incômodo ou apresenta um quadro de saúde mais grave. O comportamento é ainda mais preocupante entre os homens, visto que 6 em cada 10 só vão ao médico diante de sintomas significativos e apenas 43% dos entrevistados disseram realizar consultas preventivas com regularidade.

Os dados mostram como o Brasil ainda tem um longo caminho a ser percorrido para conseguir fazer da cultura da prevenção uma realidade no país. De acordo com Alexandre Pimenta, médico e Responsável Técnico Nacional do AmorSaúde, “a prevenção ainda é o caminho mais eficaz para manter a saúde em dia e evitar complicações”. Neste sábado (18) é  comemorado o Dia do Médico e o profissional lista 10 informações que todos deveriam saber, e que podem transformar a forma como cuidamos do corpo e da mente.

 

1) Não vá ao médico somente quando estiver doente: faça consultas preventivas

“Se eu tivesse que escolher apenas uma orientação, diria: mantenha consultas preventivas regulares. A medicina não é apenas para tratar doenças, mas para evitar que elas surjam. O cuidado preventivo salva vidas, tempo e evita o sofrimento , destaca o médico.

 

2️) Evite hábitos que parecem inofensivos, mas comprometem a saúde

Pequenos descuidos do dia a dia podem causar grandes impactos ao longo do tempo. Segundo o Pimenta, é importante estar atento a:

 

  • Sedentarismo disfarçado de “rotina corrida”;

  • Sono insuficiente e mal priorizado;

  • Automedicação frequente;

  • Sintomas “pequenos” que são ignorados e podem esconder doenças graves.

 

3️) Faça os exames certos em cada fase da vida

O médico explica que cada faixa etária exige cuidados específicos e que “a prevenção deve ser individualizada e guiada pelo médico conforme o histórico familiar”. De acordo com Pimenta, a prevenção deve ser personalizada conforme o histórico familiar e o momento de vida:

 

  • Jovens adultos: check-up anual, sorologias, exames laboratoriais simples, papanicolau (mulheres a partir de 25 anos ou do início da vida sexual);

  • A partir dos 40 anos: controle mais próximo de pressão arterial, colesterol, glicemia, mamografia, PSA ou toque prostático (homens);

  • A partir dos 50 anos: colonoscopia, e avaliação cardiológica.

 

4️) Invista nos pilares da longevidade: sono, alimentação e movimento

“Hoje já é consenso que sono reparador, alimentação equilibrada e atividade física regular são tão importantes quanto qualquer tratamento”, explica o médico. Esses três pilares reduzem riscos de doenças crônicas, melhoram o humor e garantem mais autonomia ao envelhecer.

 

5️) Cuidar da mente é cuidar do corpo

A saúde mental e física estão profundamente conectadas. “A ansiedade pode gerar gastrite, o estresse aumenta o risco cardiovascular e a depressão compromete o sistema imunológico. Cuidar da saúde mental é cuidar do corpo e vice-versa”, alerta Pimenta.

 

6️) Cuidado com fake news: nem tudo o que está na internet é verdade

O excesso de informações sobre saúde nas redes sociais pode confundir e colocar vidas em risco. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por exemplo, afirma que a desinformação é o principal risco global para 2025. “Fake news já fizeram pessoas abandonarem vacinas e tratamentos eficazes. Por isso, sempre cheque a fonte e confie em médicos, sociedades médicas e órgãos oficiais de saúde”, orienta.

 

7️) Vacinação é importante também na vida adulta

De acordo com Pimenta, muitos acreditam que vacinar-se é algo que só deve ser feito na infância, mas isso é um erro. “A vacinação em adultos previne gripes graves, pneumonia, tétano, hepatites e até alguns cânceres, como o de colo uterino pelo HPV. Ela é proteção para toda a vida”, reforça o médico.

 

8️) Seja protagonista da sua própria saúde

O cuidado com o corpo e a mente não deve ser passivo. É fundamental participar das decisões médicas e adotar uma postura ativa no dia a dia. “Mantenha a carteira vacinal em dia, faça exames de rotina, pratique hábitos saudáveis e tire dúvidas nas consultas preventivas. O paciente que participa das decisões é mais saudável e vive melhor”, afirma.

 

9️) Fique atento aos sinais silenciosos do corpo

Alguns sintomas passam despercebidos, mas merecem atenção imediata, pois podem evidenciar sinais que indicam o início de doenças graves e devem ser avaliados por um médico. Entre eles, Pimenta destaca:

 

  • Perda de peso sem explicação;

  • Falta de ar em atividades simples;

  • Mudanças repentinas no hábito intestinal;

  • Dores de cabeça novas e intensas;

  • Cansaço persistente.

10) Pequenas mudanças fazem grande diferença

“Pequenos passos consistentes valem mais que grandes mudanças temporárias. A saúde é construída todos os dias, e o melhor presente que você pode dar a si mesmo é cuidar de você antes que a doença apareça”, ressalta o médico. Entre as atitudes que podem transformar o dia a dia estão:

 

  • Beber mais água;

  • Dormir cedo e melhor;

  • Movimentar-se diariamente;

  • Cultivar boas relações e momentos de lazer;

  • Reduzir o tempo de tela e o estresse digital.

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O que todo médico quer que você saiba: 10 informações essenciais para sua saúde

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No Dia do Médico, descubra hábitos e recomendações que ajudam a manter seu corpo e mente em equilíbrio

 

Ir ao médico apenas quando surge um problema ainda é um hábito comum entre os brasileiros. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que mais da metade da população (53%) só procura atendimento quando sente algum incômodo ou apresenta um quadro de saúde mais grave. O comportamento é ainda mais preocupante entre os homens, visto que 6 em cada 10 só vão ao médico diante de sintomas significativos e apenas 43% dos entrevistados disseram realizar consultas preventivas com regularidade.

Os dados mostram como o Brasil ainda tem um longo caminho a ser percorrido para conseguir fazer da cultura da prevenção uma realidade no país. De acordo com Alexandre Pimenta, médico e Responsável Técnico Nacional do AmorSaúde, “a prevenção ainda é o caminho mais eficaz para manter a saúde em dia e evitar complicações”. Neste sábado (18) é  comemorado o Dia do Médico e o profissional lista 10 informações que todos deveriam saber, e que podem transformar a forma como cuidamos do corpo e da mente.

 

1) Não vá ao médico somente quando estiver doente: faça consultas preventivas

“Se eu tivesse que escolher apenas uma orientação, diria: mantenha consultas preventivas regulares. A medicina não é apenas para tratar doenças, mas para evitar que elas surjam. O cuidado preventivo salva vidas, tempo e evita o sofrimento , destaca o médico.

 

2️) Evite hábitos que parecem inofensivos, mas comprometem a saúde

Pequenos descuidos do dia a dia podem causar grandes impactos ao longo do tempo. Segundo o Pimenta, é importante estar atento a:

 

  • Sedentarismo disfarçado de “rotina corrida”;

  • Sono insuficiente e mal priorizado;

  • Automedicação frequente;

  • Sintomas “pequenos” que são ignorados e podem esconder doenças graves.

 

3️) Faça os exames certos em cada fase da vida

O médico explica que cada faixa etária exige cuidados específicos e que “a prevenção deve ser individualizada e guiada pelo médico conforme o histórico familiar”. De acordo com Pimenta, a prevenção deve ser personalizada conforme o histórico familiar e o momento de vida:

 

  • Jovens adultos: check-up anual, sorologias, exames laboratoriais simples, papanicolau (mulheres a partir de 25 anos ou do início da vida sexual);

  • A partir dos 40 anos: controle mais próximo de pressão arterial, colesterol, glicemia, mamografia, PSA ou toque prostático (homens);

  • A partir dos 50 anos: colonoscopia, e avaliação cardiológica.

 

4️) Invista nos pilares da longevidade: sono, alimentação e movimento

“Hoje já é consenso que sono reparador, alimentação equilibrada e atividade física regular são tão importantes quanto qualquer tratamento”, explica o médico. Esses três pilares reduzem riscos de doenças crônicas, melhoram o humor e garantem mais autonomia ao envelhecer.

 

5️) Cuidar da mente é cuidar do corpo

A saúde mental e física estão profundamente conectadas. “A ansiedade pode gerar gastrite, o estresse aumenta o risco cardiovascular e a depressão compromete o sistema imunológico. Cuidar da saúde mental é cuidar do corpo e vice-versa”, alerta Pimenta.

 

6️) Cuidado com fake news: nem tudo o que está na internet é verdade

O excesso de informações sobre saúde nas redes sociais pode confundir e colocar vidas em risco. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por exemplo, afirma que a desinformação é o principal risco global para 2025. “Fake news já fizeram pessoas abandonarem vacinas e tratamentos eficazes. Por isso, sempre cheque a fonte e confie em médicos, sociedades médicas e órgãos oficiais de saúde”, orienta.

 

7️) Vacinação é importante também na vida adulta

De acordo com Pimenta, muitos acreditam que vacinar-se é algo que só deve ser feito na infância, mas isso é um erro. “A vacinação em adultos previne gripes graves, pneumonia, tétano, hepatites e até alguns cânceres, como o de colo uterino pelo HPV. Ela é proteção para toda a vida”, reforça o médico.

 

8️) Seja protagonista da sua própria saúde

O cuidado com o corpo e a mente não deve ser passivo. É fundamental participar das decisões médicas e adotar uma postura ativa no dia a dia. “Mantenha a carteira vacinal em dia, faça exames de rotina, pratique hábitos saudáveis e tire dúvidas nas consultas preventivas. O paciente que participa das decisões é mais saudável e vive melhor”, afirma.

 

9️) Fique atento aos sinais silenciosos do corpo

Alguns sintomas passam despercebidos, mas merecem atenção imediata, pois podem evidenciar sinais que indicam o início de doenças graves e devem ser avaliados por um médico. Entre eles, Pimenta destaca:

 

  • Perda de peso sem explicação;

  • Falta de ar em atividades simples;

  • Mudanças repentinas no hábito intestinal;

  • Dores de cabeça novas e intensas;

  • Cansaço persistente.

10) Pequenas mudanças fazem grande diferença

“Pequenos passos consistentes valem mais que grandes mudanças temporárias. A saúde é construída todos os dias, e o melhor presente que você pode dar a si mesmo é cuidar de você antes que a doença apareça”, ressalta o médico. Entre as atitudes que podem transformar o dia a dia estão:

 

  • Beber mais água;

  • Dormir cedo e melhor;

  • Movimentar-se diariamente;

  • Cultivar boas relações e momentos de lazer;

  • Reduzir o tempo de tela e o estresse digital.

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