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Saúde

Entenda a relação entre a infecção por VSR e a bronquiolite

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Entenda a relação entre a infecção por VSR e a bronquiolite
© Tomaz Silva/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou esta semana que vai incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma vacina recombinante contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo os temidos quadros de bronquiolite.

Trata-se da vacina Abrysvo, produzida pela farmacêutica Pfizer. Segundo o ministério, a dose será aplicada em gestantes visando proteger o bebê ao longo dos primeiros meses de vida. A portaria oficializando a incorporação e detalhando o esquema vacinal deve ser publicada nos próximos dias.

VSR e bronquiolite

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o VSR figura como um dos principais vírus associados à bronquiolite, quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos – pequenas e finas ramificações dos brônquios que transportam o oxigênio até o tecido pulmonar.

Segundo a SBIm, o vírus circula com maior intensidade no inverno e no início da primavera, períodos em que pode causar epidemias. No Brasil, a sazonalidade do VSR varia conforme as diferentes regiões do país. Surtos em outras estações do ano, entretanto, não são incomuns, sobretudo em países de clima tropical.

“Quase todas as crianças são infectadas com VSR pelo menos uma vez até os dois anos de idade. Recorrências em outros momentos da vida são comuns, uma vez que a infecção não proporciona imunidade completa, mas, em geral, são menos graves”, destaca a SBIm.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o VSR é responsável por mais de 50 mil hospitalizações entre menores de cinco anos. Já no Brasil, dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde indicam que o vírus é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos quadros de pneumonia em crianças menores de 2 anos.

De acordo com a SBIm, algumas condições crônicas aumentam o risco de infecção grave por VSR: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a asma; doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial coronariana; imunocomprometimento moderado ou grave; diabetes mellitus; distúrbios renais e hepáticos; e distúrbios hematológicos.

Sintomas

A maioria das crianças infectadas pelo VSR apresenta sintomas leves, geralmente semelhantes aos de um resfriado comum. Em menores de dois anos, entretanto, a infecção pode evoluir para sintomas mais graves e associados à bronquiolite.

Inicialmente, há coriza, tosse leve e, em alguns casos, febre. Em um a dois dias, pode haver piora da tosse, dificuldade para respirar, aumento da frequência respiratória – com chiado a cada expiração – e dificuldade para mamar e deglutir. Como sinal da menor oxigenação, pode haver azulamento de dedos e lábios.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico, de acordo com a SBIm, é clínico, mas a identificação e a confirmação de infecção por VSR são feitas somente por meio de exames laboratoriais, incluindo testes rápidos e ensaios moleculares, como PCR-RT, que detectam o antígeno viral.

“Não há tratamento específico para o VSR. Diante de um quadro grave, é imprescindível a hospitalização para oxigenoterapia e outras medidas de suporte. Pode ser necessário o uso de respiradores mecânicos, em ambiente de UTI [unidade de terapia intensiva], destacou a entidade.

“A maioria dos pacientes inicia a recuperação em cerca de sete dias e se restabelece totalmente. Entretanto, crianças podem desenvolver alterações respiratórias crônicas e tornam-se mais propensas à asma no futuro”, completou a SBIm.

Transmissão

O VSR é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca da pessoa infectada, por contato direto ou por gotículas. A transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada. O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção.

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Saúde

Campanha vai estimular vacinação de adolescentes contra o HPV

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Campanha vai estimular vacinação de adolescentes contra o HPV
© Rovena Rosa/Agência Brasil

No Brasil há pelo menos 7 milhões de adolescentes entre 15 a 19 anos que não estão vacinados contra o HPV, apesar de já terem saído da faixa etária adequada para receber o imunizante, que é de 9 a 14 anos. Por isso, o Ministério da Saúde vai realizar ao longo deste ano uma campanha de resgate, para identificar e vacinar esses adolescentes.

O HPV é o vírus responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras. Ele também pode causar câncer no ânus, pênis, vagina e garganta. A vacina disponível atualmente no Sistema Único de Saúde protege contra os quatro subtipos que mais provocam câncer e também verrugas e feridas nos órgãos genitais.

A vacina tem maior eficácia se for aplicada antes do início da vida sexual, porque isso diminui muito as chances de uma infecção prévia, já que a via sexual é a principal forma de transmissão do HPV. Por isso, a faixa etária da vacinação de rotina vai de 9 a 14 anos. 

A consultora médica da Fundação do Câncer Flavia Correa ressalta que é fundamental resgatar quem não foi vacinado, para que o Brasil avance rumo à meta de eliminar o câncer de colo do útero. Segundo ela, quando o país começou a vacinação contra o HPV, em 2014, houve uma cobertura excelente na primeira dose, chegando a quase 100%. Já na segunda dose, teve uma queda muito grande, porque houve muito terrorismo contra a vacina. 

“Depois disso, a gente teve a pandemia de covid-19, quando despencou a cobertura de todas as vacinas e agora a gente está num momento de recuperar essas coberturas vacinais. E a vacina protege contra quatro tipos de vírus. Então, mesmo que a pessoa tenha tido contato com um desses tipos, pode não ter tido contato com os outros. Então, ainda existe um benefício”, explica a médica.

Estratégias

Inicialmente, a ação é voltada para 121 municípios com as piores coberturas vacinais. Neles, vivem quase 3 milhões de adolescentes de ambos os gêneros não vacinados contra o HPV. A meta é que pelo menos 90% deles receba o imunizante. Quem não tiver certeza se tomou a vacina também deverá ser imunizado por precaução.  

Para garantir a campanha de resgate, todos os estados contemplados devem solicitar doses extras da vacina contra o HPV ao Ministério da Saúde, que vai se encarregar da compra e distribuição. Em uma cartilha lançada essa semana com orientações aos municípios, a pasta recomenda que também seja feita a vacinação fora das unidades de saúde, em locais como escolas e shoppings.

A cartilha destaca que a vacinação de rotina, para meninas e meninos de 9 a 14 anos, deve continuar normalmente. Desde abril do ano passado, o esquema vacinal é de apenas uma dose. A vacina contra o HPV é contraindicada apenas para gestantes e pessoas com hipersensibilidade grave ou alergia a levedura.  

A consultora médica  Flávia Correa lembra ainda que o imunizante é bastante seguro: “Já foram mais de 500 milhões de doses aplicadas no mundo todo. Ela tem um perfil de segurança ótimo. Os países que introduziram a vacinação há mais tempo já tiveram uma diminuição na prevalência de infecção de HPV e até na incidência de câncer de colo do útero. Ela é muito eficaz. Sempre que você tem prevenção primária, essa é a melhor maneira de evitar as doenças”, alerta a especialista. 

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Saúde

Preparação Vocal de Alto Desempenho para o Carnaval: A Arte de Cuidar das Vozes dos Famosos

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Preparação Vocal de Alto Desempenho para o Carnaval: A Arte de Cuidar das Vozes dos Famosos
Foto Divulgação

A fonoaudióloga Valéria Leal é pioneira e maior autoridade nas técnicas de resistência e maleabilidade vocais para quem se apresenta horas seguidas
 
O Carnaval é a festa da alegria, mas para os artistas que sobem no trio elétrico é também um grande desafio vocal. São horas de canto, dança e interação com o público em condições adversas como calor intenso, poeira e ruídos. Para garantir o desempenho máximo sem prejudicar a saúde vocal, o trabalho de preparação é essencial, e quem tem se destacado neste processo é a fonoaudióloga Valéria Leal, especialista no cuidado das vozes de grandes nomes da música brasileira.
Com 28 anos de experiência, Valéria Leal teve a responsabilidade de cuidar da preparação vocal de artistas como Margareth Menezes, Anitta, Léo Santana, Simone Mendes, Tomate, Alinne Rosa, Márcia Freire, Carla Cristina, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Valesca Popozuda, Pedro Sampaio e muitos outros. Durante o último Carnaval, sua equipe VL Fonoaudiologia acompanhou e monitorou as vozes de 10 artistas, assegurando que seus desempenhos acontecessem sem comprometimentos.
MARATONISTAS VOCAIS: A PREPARAÇÃO PARA O CARNAVAL
Cantar no Carnaval é muito mais do que soltar a voz. Os cantores de trio elétrico, são verdadeiros maratonistas vocais, na definição de Valéria Leal.,. Na época da folia, as apresentações podem durar até seis horas consecutivas, exigindo grande resistência vocal, comparável à performance de atletas profissionais. A voz é a principal ferramenta de trabalho e, sem o cuidado necessário, podem surgir problemas como edema, colapso vocal, rouquidão, afonia (perda total da voz) e até hemorragias nas cordas vocais.
– O uso constante da voz em grande intensidade, somado ao calor e à desidratação, torna essencial um processo de preparação vocal adequado – explica Valéria. – E não só apenas resistir. A voz precisa ter qualidades como corpo, brilho, volume, resistência e projeção. 
As técnicas da especialista vão desde hidratação, nutrição e repouso até o monitoramento high-tech da qualidade vocal, utilizando softwares de análise perceptiva, usando fones de ouvido conectados à mesa de som para identificar falhas de vibração e evitar colapsos vocais.
MONITORAMENTO HIGH-TECH: A CIÊNCIA A SERVIÇO DA VOZ
O avanço das tecnologias de monitoramento vocal faz o trabalho de Valéria Leal cada vez mais preciso e eficiente. Identificando a possibilidade de algum problema, usam-se técnicas como laserterapia, crioterapia, vapor terapia e massagem drenante na laringe, garantindo que o cantor esteja em perfeitas condições para enfrentar mais uma noite de folia.
Mas Valéria Leal desenvolveu um protocolo exclusivo para o canto de longa duração e alta performance, pensando especialmente para o Carnaval e em grandes turnês. Esse método combina teoria e prática e proporciona não apenas resistência vocal, mas também a segurança, sem excessos ou riscos desnecessários.
– O Carnaval é um grande espetáculo e também uma verdadeira ópera elevada à milésima potência – compara a fono. – Os artistas precisam se preparar como atletas, buscando o equilíbrio entre o esforço físico e a preservação da voz. Este trabalho de preparação vocal é fundamental para garantir que todos possam cantar e se divertir com saúde durante a festa.
SOBRE VALÉRIA LEAL
Valéria Leal é uma das fonoaudiólogas mais renomadas do Brasil, graduada pela PUC de São Paulo em 1987, especializada em voz e preparadora vocal de artistas consagrados e novos talentos. Com mais de 28 anos de experiência, ela é autora de livros e artigos acadêmicos sobre o comportamento vocal e atuou como professora de Música e Canto aplicados à Fonoaudiologia. Além disso, tem certificação internacional pelos métodos LSVT e LMRVT, e desenvolveu um protocolo exclusivo de preparação vocal para cantores de alta performance, especialmente para o Carnaval.
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Saúde

Com 300 casos por 100 mil habitantes, SP entra em epidemia de dengue

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Com 300 casos por 100 mil habitantes, SP entra em epidemia de dengue
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O estado de São Paulo atingiu nesta sexta-feira (21) o marco de 300 casos de dengue para cada 100 mil habitantes, nível considerado de situação de epidemia.

Foram contabilizados 134 mil casos e 126 mortes este ano. Outras 252 mortes estão sob investigação. O governo estadual decretou emergência sanitária no estado na última quarta-feira (19). 

Em 2024, na comparação com o mesmo período deste ano (8ª semana epidemiológica), foram registrados 198 mil casos e 159 óbitos, com incidência de 446,3 casos para 100 mil habitantes. 

Força-tarefa 

A secretaria estadual de Saúde realiza uma força-tarefa nas cidades com maior incidência, e passará pelas regiões de Bauru, Araçatuba, Marília e São José do Rio Preto. As equipes estiveram hoje na cidade de Conchas, que está entre os municípios com o maior número de casos do estado, equivalente a 9,9 mil casos para 100 mil habitantes.

“Trouxemos nossa equipe de vigilância em saúde e epidemiológica para apoiar os serviços municipais. Alinhamos com a atenção básica local o apoio necessário para as tendas de hidratação e regulação de casos mais graves de pacientes”, declarou a secretária-executiva da pasta, Priscilla Perdicaris.

As ações são voltadas para o combate ao mosquito transmissor e alerta para a população sobre situações de risco.

Na última quinta-feira (20), representantes do Ministério da Saúde foram a São José do Rio Preto, onde a Força Nacional do SUS atua há duas semanas com 27 profissionais.

Outros dez médicos, 22 enfermeiros, 18 técnicos de enfermagem e quatro farmacêuticos se unirão ao grupo nos próximos 15 dias e irão apoiar a rede de atendimento do município.

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