Saúde
Escova interdental deixa os dentes até 60% mais limpos
Especialista desmistifica o uso dessa ferramenta tão simples e, ao mesmo tempo, poderosa contra bactérias
Já é de conhecimento amplo que uma boa higiene bucal vai além da escovação tradicional. Complementos a estes cuidados estão em todos os supermercados e farmácias, como o fio dental e o enxaguante bucal. Já a escova interdental não compartilha da mesma popularidade. Mas finalmente essa ferramenta simples, porém altamente eficaz, tem ganhado destaque na rotina de cuidados dentários.
Não faltam motivos para isto, afinal. Um estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology demonstrou que o uso da escova interdental reduz o biofilme dental – ou a placa bacteriana, como era conhecido anteriormente – em até 60% em comparação apenas com a escovação tradicional. Além disso, outra pesquisa do Journal of Periodontology observou que o uso regular dessa escova diminui o risco de gengivite em 35%.

Para o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP e membro de várias associações odontológicas renomadas, estes são motivos mais que suficientes para priorizar seu uso . “A escova interdental é uma ferramenta essencial para a higiene bucal. Ela alcança áreas que a escova de dente tradicional não consegue, removendo resíduos alimentares e biofilme entre os dentes”, explica o especialista.
Além do básico
Os méritos da escovação tradicional não podem ser diminuídos. Ela é mais que eficaz na limpeza da superfície dos dentes, porém pode deixar a desejar quando o assunto é a remoção da biofilme dental. Ele se acumula entre os dentes e abaixo da linha da gengiva, áreas de difícil alcance para a maioria das escovas comumente utilizadas no dia-a-dia.

Por isso, o design e a ergonomia fazem toda a diferença em sua aplicação. “A escova interdental é desenhada especificamente para essas áreas difíceis de alcançar”, explica Todescan. “Seu uso regular pode prevenir problemas como cáries, gengivite e periodontite.”
Isso porque o biofilme é o principal causador desses males. Ao removê-lo, a saúde bucal passa por uma exponencial melhora. “Mas, por outro lado, quando o biofilme não é removido, pode endurecer e se transformar em tártaro, que só pode ser retirado profissionalmente”, alerta.
A escolha certa
As escovas interdentais vêm em diferentes tamanhos para se adequar aos variados espaçamentos entre os dentes. Antes de iniciar seu uso, o recomendado é consultar um dentista. Dessa forma, é possível determinar o tamanho ideal e ainda receber instruções para uma utilização adequada.
Enquanto uma escova muito pequena pode não ser eficaz, uma muito grande pode causar desconforto. Para obter os melhores resultados, é importante usar a escova interdental corretamente. “Insira suavemente entre os dentes e mova-a para frente e para trás algumas vezes em cada espaço. Não force a escova, pois isso pode causar danos às gengivas. Use a escova interdental uma vez ao dia, de preferência antes de dormir”, orienta o Dr. Todescan.
A utilização dessa pequena ferramenta mostra como a dedicação de poucos minutos no cotidiano pode fazer grande diferença para a saúde e a auto-estima de crianças e adultos. E nunca é tarde para começar.
Sobre José Todescan Júnior
Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry), membro da no Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital). Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.
Sobre a Clínica Todescan
Fundada pelo Dr. José Hildebrando Todescan, referência na área de odontologia no Brasil, há mais de 70 anos a Clínica Todescan atende pacientes com toda dedicação e excelência. O trabalho abrange praticamente todas as áreas da Odontologia, seja estética, curativa ou preventiva, sendo oferecidos tratamentos de alto nível científico, técnico e ético. Para mais informações, acesse clinicatodescan.com.br ou instagram.com/todescanjrodontologia.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Anvisa pode aprovar vacina do Butantan contra a dengue em novembro
A vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan pode ser aprovada a partir do final da semana que vem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O anúncio foi feito nesta sexta (7), em coletiva de imprensa que tratou sobre a necessidade de acelerar as filas para aprovação de medicamentos sintéticos e produtos biológicos.

“A vacina de dengue do Butantan é um processo prioritário para a agência”, afirmou o diretor da Anvisa Daniel Pereira. Ele explicou que, na semana passada, houve uma reunião com o comitê de especialistas para suprir dúvidas que ficaram em relação à vacina.
“A nossa expectativa é que, na primeira quinzena de novembro ainda, ou alguns dias a mais, a gente já tenha uma conclusão por parte da Anvisa, para a gente autorizar o registro”, explicou.
Pereira acrescentou que essa análise demandou “muitas horas” de discussão técnica com especialistas externos que apoiaram a decisão. Segundo a Anvisa, não houve solicitações de registro de outros imunizantes por parte dos demais laboratórios.
Inteligência artificial
Na reunião com a imprensa desta sexta, diretores da Anvisa ainda explicaram que a agência pretende utilizar ferramentas de inteligência artificial para acelerar em pelo menos 50% o tempo de análise de medicamentos.
O presidente da Anvisa, Leandro Safatle, contextualizou que há um aumento constante, de aproximadamente de 10%, de petições de novos registros junto à agência. Isso faz com que análises cheguem a demorar até três anos.
“Trata-se de um conjunto de ações que estão sendo pensadas que, em conjunto, tende a reduzir os prazos de análise que estão tendo na Anvisa”, afirmou Safatle.
Segundo o presidente da Anvisa, as ferramentas de inteligência artificial estão sendo muito utilizadas em todas as agências reguladoras. “É um instrimento que pode ajudar muito no processo de otimização de análise e no processo de aumento da produtividade”, disse Safatle.
O diretor da Anvisa Daniel Pereira informou que a agência tem hoje na fila aproximadamente 1,1 mil medicamentos sintéticos e cerca de 100 produtos biológicos para a análise.
Com as propostas para acelerar as avaliações, a ideia é que, até dezembro do ano que vem, a Anvisa consiga atender aos prazos legais de um ano de fila para análise em todas as áreas.
“A gente já tem uma série de instrumentos sendo desenvolvidos na parte de inteligência artificial dentro da Anvisa. Tem uma área específica que está cuidando muito desse tema aqui dentro”, afirmou Safatle.
Aporte de recursos
O ministro da saúde, Alexandre Padilha, que está na África do Sul com autoridades da saúde dos 20 países mais ricos do mundo, anunciou, por vídeo, durante a reunião, o investimento de R$ 25 milhões para que a Anvisa possa ampliar ferramentas de inteligência artificial e, assim, reduzir o prazo de análise dos pedidos.
Padilha defendeu, na gravação, que uma das questões principais para liderar a atração de investimentos para a inovação e produção de medicamentos no Brasil é acelerar os registros, que dão acesso o mercado brasileiro.
“Acreditamos que isso vai reduzir, dar mais qualidade à análise, reduzir o tempo para os projetos de inovação e, com isso, fazer com que medicamentos novos cheguem mais rápido à nossa população”, disse o ministro.
Outra iniciativa é a criação de um comitê de acompanhamento do plano envolvendo o setor. Na reunião com ministros da saúde do G20, ele divulgou que foram feitas parcerias com empresas da África do Sul e Indonésia para acelerar a produção de vacina para tuberculose no nosso país.
Saúde
Médico brasileiro inova com terapia combinada que eleva em até 15% a eficácia dos tratamentos contra a obesidade
A obesidade, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma das maiores epidemias globais do século XXI, vem ganhando novas frentes de tratamento com o avanço de terapias que unem ciência e tecnologia médica. Um protocolo criado pelo Dr. Flavio Ramos está demonstrando resultados promissores no tratamento da obesidade. A chamada terapia combinada associa procedimentos endoscópicos minimamente invasivos com as mais recentes medicações injetáveis para o controle da obesidade.
“A combinação de tratamentos é o futuro da Endoscopia Bariátrica. Estamos alcançando resultados que superam em 10% a 15% a perda de peso total esperada com os métodos individuais — e, o mais importante, com doses significativamente menores das medicações, minimizando efeitos colaterais e oferecendo mais conforto ao paciente”, explica o médico.
A abordagem vem sendo aplicada em pacientes com sobrepeso e obesidade grau 1 e 2, que muitas vezes não apresentam indicação para cirurgia bariátrica.
Segundo o especialista, essa combinação não apenas impulsiona a perda de peso, mas também é crucial para resgatar pacientes que atingiram o efeito platô, superando a resistência do organismo e evitando o desânimo em um processo de tratamento que exige persistência.
Os resultados dessa otimização clínica estão sendo preparados para publicação científica em 2026.
Nos últimos anos, Dr. Flavio vem se destacando na implementação e difusão de técnicas de ponta no país, como o Balão Gástrico e a Sutura Gástrica Endoscópica (SGE/OverStitch), incluindo a experiência com seu precursor, o Stomafix (procedimento minimamente invasivo que realizava suturas no estômago já operado).
Sobre Dr. Flavio Ramos
Entre os pioneiros dessa evolução no Brasil, Dr. Flavio Ramos, é endoscopista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Com mais de 20 anos de experiência, o médico é professor renomado do Instituto de Pesquisa e Treinamento em Cirurgia Minimamente Invasiva (IRCAD), onde leciona há mais de sete anos também e diretor da Endocare (nova fase da tradicional Endodiagnostic) ao lado do Dr. Felipe Matz.




