Siga-nos nas Redes Sociais

Saúde

Especialistas recomendam “etiqueta respiratória” após carnaval

Publicado

em

© Tomaz Silva/Agência Brasil

Quem estiver com sintomas como tosse, coriza e dor de garganta deve manter isolamento social, recomendam especialistas. Se for indispensável sair de casa, a máscara deve ser uma fiel companheira. As regras de “etiqueta respiratória” valem para todos os momentos, mas é reforçada nesse período de pós-carnaval, já que a aglomeração da folia favorece a transmissão dos vírus respiratórios.

O infectologista Rodrigo Lins explica: “no mundo das doenças infecciosas, quanto mais você se expõe a outras pessoas, maior o risco de encontrar com alguma que esteja transmitindo algum patógeno. E muitas vezes, uma pessoa está doente e nem sabe, e encontra com outras que acabam ficando doentes”.

Por isso, também é interessante que os foliões esperem alguns dias antes de encontrar pessoas que têm maior risco de desenvolver formas graves de infecção, ou tomem precauções extras, mesmo quando estiverem sem sintomas.

“Nesta época também é importante evitar visitar crianças pequenas sem uso de máscara, já que esse grupo é mais vulnerável a vários tipos de vírus de transmissão respiratória. E, claro, é fundamental que todos estejam em dia com a vacinação contra a covid-19, especialmente os grupos mais vulneráveis, que precisam tomar doses de reforço periodicamente”, reforça a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella. Entre os mais vulneráveis também se encontram os idosos – especialmente aqueles com idade mais avançada e que já têm alguma comorbidade – e as pessoas com problemas imunológicos.

Apesar da pandemia ter terminado, a covid-19 ainda é maior causa de óbito entre os pacientes com síndrome respiratória aguda grave de origem viral, mas vírus como VSR e Influenza também podem evoluir para quadros graves e até levar à morte.

O médico Fernando Balsalobre, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial diz que sintomas como tosse e dor de garganta são comuns nos períodos pós-festa e geralmente indicam uma infecção viral com danos às vias superiores, como nariz e garganta. “As aglomerações fazem com que os vírus circulem mais, contaminando mais pessoas”, complementa.

O professor Léo Palma, que aproveitou as festas nas cidades do Recife e de Olinda sabe bem o que é isso:

“Na terça-feira de carnaval, eu nem fui. Já caí ali mesmo, nem consegui finalizar o carnaval. Começou com tosse, congestão nasal. Mas pra vir embora pra João Pessoa (capital da Paraíba, estado vizinho a Pernambuco) ainda teve todo o caminho pilotando na moto, peguei um pouco mais de chuva nessa volta. Aí no dia seguinte acordei com uma crise de sinusite mais pesadinha.”

Casos virais leves normalmente melhoram após alguns dias de reforço na hidratação e na alimentação, e uso de analgésicos para aliviar o desconforto, mas algumas pessoas podem evoluir para quadros mais graves. “O médico deverá ser procurado em caso de sintomas como muita prostração, falta de ar e febre persistente”, explica Balsalobre.

Mas não são só os vírus respiratórios que podem deixar lembranças amargas do carnaval: “Cometer grandes excessos gastronômicos ou comer comidas de origem muito suspeita, também pode causar alguns problemas de saúde, alguns quadros diarreicos, algumas gastroenterites virais ou bacterianas”, alerta o infectologista Rodrigo Lins.

Esses casos também exigem reforço na hidratação e no consumo de alimentos leves e saudáveis, mas o paciente deve procurar uma unidade de saúde se os sintomas – como vômito e diarreia – forem muitos fortes ou persistentes.

Para o próximo carnaval, os médicos dizem que alguns hábitos podem diminuir as chances de contaminação, ou deixar o organismo mais forte para enfrentar o “visitante” indesejado. As dicas são:

  •     Evitar compartilhar alimentos e bebidas
  •     Hidratar-se bastante
  •     Manter uma alimentação saudável e leve, com alimentos de origem confiável.

Léo Palma confessa que só cumpriu o mandamento de beber bastante água: “Acho que o piorzinho foi a questão da alimentação. Realmente ficou em segundo plano. Prato de comida mesmo, acho que eu só comi na segunda-feira, nem lembro direito”

Em comparação, seu amigo Sérgio Rodrigo Ferreira com quem Leó curtiu o carnaval, deu mais atenção ao próprio organismo: “A gente saía dia e noite. Muita gente, muita lotação, muito beijo na boca. E sol e chuva no lombo. Mas eu tentei fazer uma redução de danos, usei até aqueles sachês de hidratação nos blocos” conta o professor, que se diz até surpreso por não ter adoecido depois de tanta festa.

Como em algumas cidades ainda há eventos de pós-carnaval programados, o infectologista Rodrigo Lins também reforça que os foliões com sintomas só devem curtir o “bloco do sofá”: “‘Ah, tô com febre, tô com sintomas respiratório, mas poxa, eu vou perder? Acho que eu vou para o bloco’ Não, né? Vai passar para o bloco inteiro! Faz repouso, fica em casa que é melhor.” 

Fonte

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Jovens com síndrome de Down usam internet pra mostrar potência

Publicado

em

Em 2020, Laura Simões se tornou a primeira pessoa com síndrome de Down habilitada a dirigir no Brasil. Logo depois, ela resolveu partilhar essa e outras experiências de vida por meio do Instagram. A mensagem transmitida por suas historias não é de superação e, sim, de naturalidade:

“O meu processo de habilitação foi todo muito natural. Nas clínicas do Detran, eu não sofri capacitismo, preconceito e não teve facilitação. Tanto o psicólogo quanto o médico me deixaram muito tranquila, e o processo foi muito natural, como deve ser, porque direção é muito sério”, explicou a jovem de 24 anos, em um vídeo recentemente publicado por ocasião do Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado nesta sexta-feira, 21 de março.

A própria Laura afirma que o que mais limita a autonomia das pessoas com síndrome de Down não é a condição, mas “a falta de inclusão dentro da população padrão”. Felizmente, ela pôde estudar em escolas regulares, sempre teve muitos amigos ─ com e sem a síndrome ─ e contou com todo o apoio da família.

“Minha mãe é uma pessoa obstinada, disposta a qualquer coisa para o meu sucesso pessoal. Assim, nos habituamos aos desafios. Além disso, tem a coragem do meu pai em me incentivar nas novas experiências”.

 

 

 

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma publicação compartilhada por Laura Simões | Síndrome de Down | t21 (@lauraanormal)

 

Laura é apenas uma das muitas pessoas com síndrome de Down que têm usado a internet para mostrar que têm interesses e capacidades diversas. Não à toa, ela se apresenta nas redes sociais como Laura A Normal, ou @lauraanormal, subvertendo o termo preconceituoso usado para classificar pessoas com Down ou outras condições e deficiências.

“Nós temos muito conteúdo, mas nem sempre conseguimos nos expressar bem. Às vezes também não temos espaço. Quando juntamos os dois mundos, é maravilhoso”, destaca.

Hoje, ela estuda Publicidade e Propaganda e pensa em seguir com o trabalho de produção de conteúdo nas redes sociais, “de uma forma assertiva para as pessoas que precisam de informações e esperança de uma vida plena T21”. A sigla se refere à Trissomia do 21, alteração genética que leva à síndrome de Down, quando há três cromossomos 21 no código genético, ao invés de dois, o que é padrão. Isso provoca algumas alterações físicas e intelectuais, mas pessoas como Laura vêm mostrando que é possível construir autonomia e ter uma vida plena e saudável.

Zoë Avancini de Jong é mais um exemplo. A jovem de 18 anos gosta de mostrar sua rotina no Instagram e no YouTube, como a maioria das garotas e garotos dessa idade. Assim como Laura, ela também acha importante que as pessoas com a síndrome falem com naturalidade sobre a condição: “Algumas pessoas não gostam, mas, pra mim, não tem problema, porque eu amo ser assim”.

A mãe de Zoë, Marta Avancini, é jornalista e atualmente faz parte da coordenação da Fundação Síndrome de Down, em Campinas, São Paulo. Ela acredita que a família é essencial para construir a autonomia das pessoas com síndrome de Down, mas diz que esse é um trabalho delicado.

“Ao mesmo tempo que você tem que dar uma atenção para um monte de questões de saúde, do desenvolvimento cognitivo, você tem que ter um olhar positivo, trabalhando a autoestima. O segredo é olhar para a pessoa, não para a deficiência. Cada vez que você olhar para o seu filho, ou a sua filha, você tem que enxergar a pessoa que ela é. As necessidades de uma criança com deficiência intelectual não são diferentes, no fundo. Há especificidades, necessidades particulares, mas isso não é assim com toda criança, com todo ser humano?” complementa Marta.

Mas o preconceito da sociedade joga contra, e mesmo pessoas “bem-intencionadas” podem acabar infantilizando as pessoas com Down, e impedindo que elas vivam experiências positivas. “No fundo é capacitismo, ‘coitadismo’, uma visão quase assistencial de que a pessoa com síndrome de Down, antes de qualquer coisa, precisa de ajuda”, explica a mãe de Zoë

A jovem está terminando o ensino médio e planeja estudar publicidade e marketing, no ensino superior. Muitas vezes, essas atitudes normais acabam surpreendendo as outras pessoas, que não esperam que jovens com síndrome de Down possam viver as mesmas experiências dos jovens padrão. “Eu tenho um namorado que não tem a síndrome e eu amo muito”, conta Zoe.

Até mesmo Marta, que é engajada no movimento pelos direitos da população T21 confessa que “pirou” quando o namoro começou: “Eu fiquei com medo ─ simplesmente porque essa possibilidade nunca tinha passado pela minha cabeça. Isso é uma manifestação de capacitismo.”

Laura também diz que ainda é muito subestimada pelas pessoas, inclusive por quem a conhece, e que suas opiniões muitas vezes são invalidadas por causa do preconceito. Mas não se deixa abalar por isso.

“Penso em terminar a faculdade, fortalecer a minha independência, e principalmente a interação social, porque ninguém é feliz sozinho!”

Fonte

Continue Lendo

Saúde

STJ mantém multa contra casal que não vacinou filha contra a covid-19

Publicado

em

© Tomaz Silva/Agência Brasil

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a decisão da justiça do Paraná que multou em três salários mínimos um casal que se recusou a levar a filha de 11 anos para vacinar contra a covid-19 durante o período da pandemia. O julgamento foi realizado na terça-feira (18).

A Terceira Turma do STJ negou um recurso protocolado pela defesa dos pais da criança para derrubar a decisão que aplicou a multa com base no artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O dispositivo prevê a penalidade no caso de descumprimento de decisão judicial. Antes da decisão, a família foi orientada pelo conselho tutelar e pelo Ministério Público sobre a importância da vacinação.

Pais devem proteger os filhos

Por unanimidade, os ministros do colegiado seguiram voto proferido pela relatora, Nancy Andrighi. Para a ministra, a Constituição determina que os pais devem cuidar e proteger seus filhos.

“A vacinação não significa a proteção individual das crianças e adolescentes, mas representa um pacto coletivo pela saúde de todos, a fim de erradicar doenças ou minimizar suas sequelas, garantindo-se uma infância saudável e protegida”, afirmou a ministra. 

Em outra decisão recente sobre a questão, o STF considerou inconstitucional uma lei municipal de Uberlândia, em Minas Gerais, que impediu a vacinação compulsória da população e proibiu sanções contra quem não se vacinou em 2022.

 

Fonte

Continue Lendo

Saúde

Cristo Redentor será iluminado de roxo para alertas sobre obesidade

Publicado

em

© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

O Monumento ao Cristo Redentor será iluminado de roxo nesta quinta-feira (20), a partir das 20h, em uma ação da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). A iniciativa faz parte da campanha global Mudar o Mundo pela Nossa Saúde, que tem a finalidade de conscientizar a sociedade sobre os fatores ocultos que têm impulsionado o avanço da obesidade.

Entre os vilões ocultos, estão as mudanças climáticas, que afetam a qualidade e a disponibilidade dos alimentos in natura, a falta de planejamento urbano, que reduz as oportunidades de prática de atividade física; e os ambientes escolares, que por vezes oferecem opções alimentares ultraprocessadas, além de reduzirem o número de aulas de educação física. Dados do IBGE apontam que apenas 27% das escolas públicas municipais brasileiras têm instalações esportivas adequadas, como campos de futebol, ginásios, piscinas ou pistas de atletismo.

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2025, 31% da população adulta brasileira é obesa e 68% vive com excesso de peso. As projeções indicam que, sem medidas eficazes, o número de adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) elevado pode chegar a 119 milhões até 2030. Além disso, a obesidade está associada a mais de 60 mil mortes prematuras por ano no Brasil, relacionadas a enfermidades como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

De acordo com o presidente da Abeso, Fabio Trujilho, não se pode tratar a obesidade como uma responsabilidade apenas individual, já que, para ele, fatores sistêmicos e estruturais desempenham um papel crucial nesse cenário. Desta forma, iluminar o Cristo Redentor é uma forma de dar visibilidade a essas questões.

Escolas

A campanha reforça que o ambiente escolar é fundamental na formação de hábitos alimentares e de atividade física. Segundo o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a merenda escolar é projetada para fornecer entre 20% e 70% das necessidades diárias de energia e nutrientes das crianças, dependendo do número de refeições oferecidas na escola. Entretanto, a falta de uma lei federal específica que proíba a oferta de refrigerantes ou alimentos ultraprocessados nas cantinas escolares ainda compromete a qualidade nutricional das refeições dos estudantes.

Fonte

Continue Lendo