Outras
Espetáculo ‘Hanami suor à flor da pele’ explora diálogos entre Ocidente e Oriente no Teatro Cacilda Becker
No espetáculo “Hanami suor à flor da pele”, Aletheia Tatiane Nakamura explora a mistura de simbolismos orientais e ocidentais, unindo técnicas como shibari, ikebana, butoh e k-pop para representar os desafios e a beleza da diáspora nipônica. A peça aborda o hanami, tradicional contemplação das flores de cerejeira, e a ponkan, fruta que simboliza o processo de adaptação cultural e as cicatrizes dessa jornada no Brasil e no Japão. Essa performance imersiva leva o público a um profundo diálogo sobre identidade e integração cultural.
Técnicas como shibari, ikebana, butoh, k-pop, dança do leque e burlesco estão representadas no espetáculo. Nesta proposição, entra em cena o hanami, a contemplação das flores de cerejeira que ocorre no Japão, e se contrapõe à fruta ponkan. Esta, que carrega o mesmo nome e a mesma pronúncia no Japão e no Brasil, dialoga com o dolorido processo da diáspora nipônica, iniciado em 1908. Em sua máxima expressão, a obra traz o suor que transborda pelos poros da pele e se mistura às flores e frutas.
“Ponkan representa a possibilidade de frutificar e integrar, rompendo com a violenta adaptação à cultura ocidental, ao Estado-nação, ao patriarcado, à castração religiosa e aos estereótipos como os da minoria modelo”, ressalta Tatiane Nakamura, criadora do projeto. “A partir da contemplação desses dois símbolos opostos, a performance ainda mergulha em outras referências da cultura oriental para, então, abrir-se ao ‘devir’ – processo de mudanças e transformações efetivas pelas quais todo ser humano passa”, explica Tatiane.
Essa “transformação” acontece ao vivo com a participação da pianista e compositora Mariana Soares, e do violinista Luís Audi. Os músicos farão uma improvisação junto à artista durante a performance. A cada nova apresentação, o público será surpreendido com os diferentes caminhos que o espetáculo percorre. “Hanami suor à flor da pele” é fruto da dissertação da multiartista no Mestrado Profissional em Dança da Faculdade Angel Vianna, no Rio de Janeiro.
Reconhecida por suas performances instigantes e provocadoras, tanto no Brasil quanto no exterior, Tatiane Nakamura destaca que o seu projeto explora diálogos entre diásporas nipônicas, sexualidade, moralidade e práticas como butoh e burlesco. Com isso, ela cria um fascinante encontro entre o Oriente e o Ocidente, e afirma: “Meu desejo é que os espectadores deixem-se envolver pela arte e pela experiência”. A performance foi contemplada no Edital Programa Funarte Aberta 2023 – Ocupação dos Espaços Culturais da Funarte no Rio de Janeiro.
Além das apresentações do espetáculo, o projeto oferece duas oficinas para o público, sob o tema “Processo Criativo Hanami – Uma abertura para dialogar sobre orientalismos através da dança”. As atividades falam sobre as técnicas, histórias e exercícios práticos que influenciaram a criação da performance. A primeira oficina acontece no dia 2 de novembro (sábado) e apresenta os métodos shibari e butoh. Já no dia 3 de novembro (domingo), k-pop, leques e burlesco serão estudados. As atividades serão realizadas no próprio Teatro Cacilda Becker, das 15h às 17h (duas horas antes das apresentações do espetáculo). Cada oficina custa R$ 60,00 ou as duas, no pacote de R$ 100,00. Serão oferecidas 20 vagas para cada atividade.
Sobre Tatiane Nakamura
Multiartista, bailarina, coreógrafa e draglesca. Tem mais de 25 anos de experiência na área da dança. Formação em balé clássico, moderno, jazz, contemporâneo e hip hop. Pós-graduação em Arte Japonesa, pela Sophia University, no Japão.
Ficha técnica
Criação, direção e produção: Tatiane Nakamura | Rigger de Shibari: Edson Henrique da Silva | Criação de trilha sonora e pianista: Mariana Soares | Violinista: Luis Audi | Supervisão cênica: Patricia Bello | Orientação de pesquisa: Ana Vitoria Freire, Mauro Buhler e Marcelo Mattos | Operador de som: Diego da Silva Alves | Operador de Luz: Bruno da Silva Alves | Supervisão de segurança: Rubens Resende (Bombeiros) | Fotos, filmagem, edição dos ensaios e material para mídias sociais: Barbara Mendes | Assessoria de imprensa: Livia Gomes e OrBe Comunicação | Redes Sociais: Michele Bento | Design de banner e flyers: Tatiane Nakamura e Fernanda Barreto | Figurino: Miriam Reny | Maquiagem e cabelo: Ariel Cohen | Filmagem: Jonas Mattoso Câmara Braga | Assistente de produção: Camila Bittencourt (Referência Produções)
Serviço
“Hanami suor à flor da pele”, com Tatiane Nakamura
Dias: 1º, 2 e 3 de novembro (sexta-feira, sábado e domingo)
Horário: 19h
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
Oficinas “Processo Criativo Hanani – Uma abertura para dialogar sobre orientalismos através da dança”
Oficina 1 – Shibah e butoh
Dia 2 de novembro (sábado), das 15h às 17h
Oficina 2 – K-pop, leques e burlesco
Dia 3 de novembro (domingo), das 15h às 17h.
Ingressos: R$ 60 (cada oficina) | R$ 100 (duas oficinas)
Vagas: 20 (cada)
Ingressos antecipados para performance e oficinas na plataforma Sympla, neste link aqui
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338 – Catete, Rio de Janeiro – RJ
Acompanhe Tatiane Nakamura: @madame.ssushi (Instagram)
Outras
Estudante de medicina é morto por policial com tiro no peito em SP
Um estudante de medicina de 22 anos foi morto com um tiro à queima-roupa, por volta das 2h50 desta quarta-feira (20), na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. O tiro partiu de um policial que participava de uma abordagem ao estudante Marco Aurélio Cardenas Acosta. A ação foi registrada por uma câmera de segurança do hotel.
Segundo informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-SP), Acosta golpeou a viatura policial, tentou fugir e ao ser abordado “investiu” contra os policiais e foi ferido. O rapaz foi socorrido ao hospital Ipiranga, mas não resistiu ao ferimento.
As polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte do estudante. A SSP-SP divulgou que os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.
A arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia. “As imagens registradas pelas câmeras corporais (COPs) serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”, afirmou a SSP SP.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Outras
Casos de discriminação racial têm atendimento gratuito na OAB SP
Como resposta ao aumento da demanda por apoio jurídico para casos relacionados à discriminação racial, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB SP) e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo acrescentaram ao convênio já existente para atendimento jurídico gratuito, o atendimento para crimes raciais.
Com aditamento, um advogado acompanhará a vítima em audiências e todas as oitivas previstas no processo. O serviço já está disponível. Advogados conveniados com a OAB SP atua, em municípios onde a Defensoria Pública não possui representação, o que garante a assistência a locais de difícil acesso.
Segundo a secretária-geral adjunta da OAB SP, Dione Almeida, o aditamento do convênio é um grande presente da OAB SP, para a advocacia e para a cidadania. “Não só porque aumenta a possibilidade de trabalho dos advogados que passam a atuar em defesa das vítimas de racismo e que atuam em defesa das mulheres em situação de violência, mas também porque amplia o alcance do convênio, que é um instrumento de efetividade de direitos”, disse.
Convênio
Com base nos artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal e na Lei nº 7.716/1989 (Lei de Crimes Raciais), o convênio passa a incluir o atendimento a casos de racismo, abrangendo crimes de injúria e discriminação racial. “O atendimento especializado visa assegurar que as vítimas de discriminação racial recebam o acolhimento e o respaldo jurídico necessários para preservar seus direitos fundamentais”, enfatiza a OAB SP.
A maquiadora, designer e trancista Miriam (ela prefere omitir o sobrenome), 42 anos, sofreu discriminação e racismo no ambiente de trabalho durante o período em que atuou em uma grande seguradora. Ela conta que foi vítima de perseguição e atitudes racistas por parte de sua supervisora desde o momento em que passou a integrar a equipe.
“Ela fazia constantemente comentários depreciativos sobre meu tom de pele, estilo de vestir e de me apresentar, utilizando essas características pessoais como forma de subjugar-me. Esses ataques racistas, que se tornaram cada vez mais frequentes, me afetaram emocionalmente, tornando insustentável minha permanência na empresa”, disse.
Após sua saída da empresa, Miriam iniciou a busca por assistência jurídica e teve dificuldades, incluindo financeiras, conseguindo apoio só depois de seis meses, com a Justiça gratuita. O processo ainda está em andamento.
“Se a Defensoria Pública aceitar esses casos de injuria racial, racismo, será uma nova solução para os nossos problemas, porque todos os dias passamos por alguma coisa. Por isso temos que ter pessoas preparadas para esses casos. É muito importante para nós, porque é uma forma de nos colocar novamente dentro da sociedade”.
Outros benefícios
O novo termo prevê também ampliação do atendimento extrajudicial para mulheres em situação de violência, com os advogados conveniados podendo atuar em locais de acolhimento como as Casas a Mulher Paulista, oferecendo apoio jurídico direto em regime de plantão, para que a intervenção seja mais ágil e acessível.
Para os advogados conveniados o aditamento permitirá que eles recebam honorários em novas situações, como execuções extrajudiciais e fiscais, desde que haja acordos de parcelamento ou ausência de bens penhoráveis. “Esses ajustes do convênio ampliam as oportunidades de remuneração para os profissionais, valorizando seu trabalho em casos complexos ou de maior sensibilidade social”, ressalta a OAB SP.
A medida garante ainda novas possibilidades de atuação e remuneração, especialmente em processos extrajudiciais e em fases de execução fiscal, e a abertura de novas vagas para advogados interessados.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Outras
Associação Brasileira de Imprensa pede punição a golpistas
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em nota intitulada “Em defesa da democracia: ABI exige prisão de todos os golpistas”, defendeu a rigorosa punição de todos os militares das Forças Armadas, envolvidos na tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelada ontem durante execução de mandatos de prisão de quatro militares e um policial federal pela Polícia Federal.
Conforme o comunicado da ABI, “diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou o cargo”.
O documento cita as revelações descobertas de mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, vazamentos de vídeos com declarações “inequívocas” dos generais e almirantes “acólitos” o então chefe de governo, Jair Bolsonaro, assim como afirmar que o episódio do 8 de janeiro de 2023 “foi apenas a parte visível de um projeto de se perpetuar no poder a qualquer custo”.
A nota também critica e contradita a postura do senador Flávio Bolsonaro, “de que não há crime quando o plano de assassinato não se concretiza, esquecendo que, sim, é crime planificar assassinatos e golpes de Estado contra instituições republicanas”.
Assinada pelo presidente da ABI, Octávio Costa, a nota finaliza: “É neste contexto que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade que teve marcante participação na resistência ao regime ditatorial surgido do golpe de 1964 contra o governo João Goulart, vem se somar às manifestações pelo fim da leniência com que vem sendo tratada essa facção criminosa das Forças Armadas, de seus financiadores e apoiadores na sociedade civil. As punições já aplicadas aos que participaram dos atos de vandalismo no 8 de janeiro têm que ser estendidas aos verdadeiros mandantes desses atos. Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou cargo. Sem anistia para golpistas! Democracia sempre!”.
Redes Sociais
A ABI, em nota conjunta com o Instituto dos Advogados Brasileiros, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Federação Nacional dos Jornalistas, o Instituto Vladimir Hezog e a Comissão Arns, divulgou anteontem (18) um manifesto pela regulamentação das plataformas digitais no país. O documento foi encaminhado ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e aos líderes dos partidos na Câmara e no Senado.
Conforme o documento, o objetivo com a regulamentação é “proteger a democracia, combater o discurso de ódio e a desinformação e, ainda, proteger crianças e adolescentes”. A nota aponta que a recente campanha eleitoral presenciou uma intensificação de Fake News, comprometendo o debate democrático.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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