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Saúde

Estudo vai avaliar integração do Hospital da Lagoa ao IFF/Fiocruz

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© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira, assinaram nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, um acordo de cooperação técnica para a realização de um estudo preliminar de viabilidade para possível integração entre o Hospital Federal da Lagoa (HFL) e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). A integração faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro.

O estudo terá a duração de 60 dias, e a primeira reunião está agendada para o dia 4 de abril. O documento trará diagnóstico dos dois hospitais, com uma análise dos perfis assistenciais e das perspectivas de ampliação da oferta de ações e serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS), além do dimensionamento das necessidades de estrutura física e governança para uma possível integração.

O estudo preliminar será realizado por um grupo de trabalho com representantes do Ministério da Saúde, da Fiocruz e do HFL.

A assinatura ocorreu em cerimônia no IFF, localizado no Flamengo, na zona sul do Rio. O ministro comprometeu-se a acompanhar de perto a condução do estudo e implementar as melhorias que forem apontadas no diagnóstico.

“Vamos acompanhar de perto esses 60 dias. Vamos estar juntos nesse diagnóstico. Aquilo que a inteligência e a experiência dos dois institutos [apontarem], tanto o Instituto Fernandes Figueira quanto o Hospital da Lagoa, num diálogo profundo com os trabalhadores, vamos construir como ações. Nós vamos ter total compromisso do Ministério em implementar”, garantiu.

Na assinatura, o ministro reforçou que não haverá demissões. “É um acordo que não vai significar retirada de ninguém da Fundação Oswaldo Cruz, de nenhum trabalhador ou trabalhadora da Fundação Oswaldo Cruz. É um acordo para fortalecer ainda mais a Fiocruz, a missão do instituto e o Sistema Único de Saúde aqui no Rio de Janeiro e no Brasil como um todo”, afirmou.

Moreira aproveitou a presença do ministro para falar das dificuldades encontradas pelo IFF e apontou a cooperação com o HFL como um passo importante para que o Instituto supere os atuais obstáculos: “Temos uma força de trabalho exuberante, mas encontramos hoje uma dificuldade muito grande de infraestrutura. O hospital já foi até onde deu, do ponto de vista da sua capacidade de infraestrutura. Já fizemos todas as interações possíveis. Mas, cientes da nossa responsabilidade no Sistema Único de Saúde, como instituto de referência nacional, precisa de melhores condições”, disse.

Reestruturação dos hospitais federais

A iniciativa anunciada nesta sexta faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, que foi elaborado pelo Ministério da Saúde e começou a ser implementado em 2024.

O plano prevê que o governo federal deixe de administrar diretamente esses hospitais. Eles seguirão fazendo parte do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação: os hospitais federais de Bonsucesso, do Andaraí (HFA), Cardoso Fontes (HFCF) e dos Servidores do Estado (HFSE). 

A unidade de Bonsucesso é administrada pelo Grupo Hospitalar Conceição desde outubro de 2024. O HFA e o HFCF tiveram a gestão municipalizada em dezembro, para a prefeitura do Rio de Janeiro. O HFSE iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

O Plano de Reestruturação prevê também repasse de recursos federais e o estabelecimento de metas para melhorar e ampliar o atendimento desses hospitais, como a criação de leitos e outras.

Ao todo, a capital fluminense contava com seis hospitais federais, especializados em tratamentos de alta complexidade para pacientes de todo o país dentro do SUS. A grande concentração de unidades federais, incomum na demais cidades do país, se deve ao fato de o Rio de Janeiro ter sido capital do Brasil de 1763 a 1960. Esses hospitais continuaram sob a gestão do Ministério da Saúde mesmo após a construção de Brasília. 

Ao longo dos anos, as unidades enfrentaram problemas variados, que incluem desabastecimento de insumos, alagamentos em períodos de chuva e falta de equipamentos. Em 2020, um incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso causou a morte de três pacientes que estavam internados e paralisou serviços de referência como o de transplantes de córnea e o de transplantes renais.

O Plano de Reestruturação, segundo o Ministério da Saúde, foi elaborado para fortalecer os hospitais como unidades de referência no SUS. As medidas enfrentaram resistência por parte dos servidores, que chegaram a fazer greve e manifestações. 

Hospital Federal da Lagoa – Ministério da Saúde/Hospital Federal da Lagoa

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Saúde

Risco de morte em pessoas com obesidade sarcopênica aumenta em 80%

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

O acúmulo de gordura abdominal, associado à perda de massa muscular, condição conhecida como obesidade sarcopênica, aumenta em mais de 80% o risco de morte, se comparado a pessoas que não apresentam essas duas condições combinadas. A conclusão é de um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista, em parceria com a University College London, no Reino Unido.

Segundo os pesquisadores, pode-se definir como obesidade abdominal a circunferência do abdômen maior que 102 centímetros para homens e 88 centímetros para mulheres. Já a condição muscular é verificada a partir de um índice de massa muscular esquelética.

Uma das pesquisadoras do estudo, a professora do Departamento de Gerontologia da UFSCar, Valdete Regina Guandalini, explica que a obesidade sarcopênica está relacionada também com a terceira idade, ligada a fatores como perda de autonomia da pessoa idosa e a piora na qualidade de vida nessa faixa etária.

Valdete Guandalini ressalta que, embora a perda muscular seja normal a partir dos 40 anos de idade, alguns fatores podem acentuar ou retardar o processo.

“A prática de atividade física, o consumo alimentar, o não consumo de bebida alcoólica, o uso de cigarro e o sono irão influenciar nesse declínio, tornando-o mais rápido ou não”.

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A pesquisadora salienta que hábitos saudáveis reduzem a incidência de obesidade sarcopênica. Ela aponta outros dados do estudo, como a redução em 40% do risco de morte entre aqueles com baixa massa muscular, mas sem obesidade abdominal. O que também se observa em indivíduos com obesidade abdominal, mas massa muscular adequada.

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Saúde

CFM proíbe anestesia para a realização de tatuagens

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© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Conselho Federal de Medicina proibiu a utilização de anestesia para a realização de tatuagens, “independentemente da extensão ou localização” do desenho. Os médicos estão vedados de fazer tanto anestesia geral como local, e também sedação.

A resolução foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (28) e libera o uso de anestesias apenas em “procedimentos anestésicos destinados a viabilizar a tatuagem com indicação médica para reconstrução”, como a pigmentação da aréola mamária após cirurgia de retirada das mamas, em mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama.

Mesmo nessas situações, o CFM determina que o procedimento deve ocorrer em ambiente de saúde “com infraestrutura adequada, incluindo avaliação pré-anestésica, monitoramento contínuo, equipamentos de suporte à vida e equipe treinada para intercorrências.

A resolução considera o crescimento recente da participação de médicos, em especial anestesiologistas, na administração de agentes anestésicos para facilitar a realização de tatuagens extensas ou em áreas sensíveis, de acordo com o conselheiro Diogo Sampaio, relator da medida.

“A participação médica nesses contextos, especialmente envolvendo sedação profunda ou anestesia geral para a realização de tatuagens, configura um cenário preocupante, pois não existe evidência clara de segurança dos pacientes e à saúde pública. Ao viabilizar a execução de tatuagens de grande extensão corporal, que seriam intoleráveis sem suporte anestésico, a prática eleva demasiadamente o risco de absorção sistêmica dos pigmentos, metais pesados (cádmio, níquel, chumbo e cromo) e outros componentes das tintas”, explica.

Sampaio também argumenta que “a execução de qualquer ato anestésico envolve riscos intrínsecos ao paciente” e que o uso de anestesia para a realização de tatuagens, sem finalidade terapêutica “colide frontalmente” com a avaliação criteriosa da relação risco benefício. Além disso, diz que os estúdios de tatuagem não cumprem os requisitos mínimos para a prática anestésica segura.

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A decisão do CFM recebeu o apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Em nota, a entidade destacou que “o uso de técnicas anestésicas, mesmo em situações consideradas simples ou estéticas, envolve riscos que exigem preparo, ambiente apropriado e protocolos rigorosos de segurança.”

Para isso, de acordo com a SBA, é preciso que o paciente passe por avaliação pré-anestésica detalhada e seu consentimento seja livre e esclarecido, após receber informações claras sobre os riscos e benefícios do procedimento. O procedimento também deve ser feito em “ambiente com estrutura adequada, monitorização, equipamentos de suporte à vida e equipe preparada para eventuais complicações.”

 

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Saúde

Dormir bem é viver melhor: o papel essencial do sono no equilíbrio emocional

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Por Roberto Roni, psicólogo especialista em neurociência e comportamento

Em meio à correria do dia a dia, o sono costuma ser a primeira necessidade a ser negligenciada. No entanto, ele é um dos pilares mais importantes da saúde mental e emocional. Dormir bem não é um luxo — é uma necessidade fisiológica que impacta diretamente nosso equilíbrio psicológico, nossa produtividade e até mesmo nossas relações.

“Quando dormimos mal ou pouco, nosso cérebro entra em estado de alerta constante. Isso afeta a regulação emocional, a capacidade de tomar decisões e o controle da ansiedade. A privação de sono, por mais sutil que pareça, pode desencadear ou agravar sintomas de depressão, irritabilidade e esgotamento mental”, explica o psicólogo Roberto Roni, especialista em neurociência e comportamento.

Durante o sono, o cérebro realiza uma verdadeira faxina neurológica. É nesse momento que processamos memórias, equilibramos hormônios e restauramos as funções cognitivas. É também no sono profundo que a mente consegue organizar as experiências do dia e reduzir os impactos do estresse acumulado.

Muitas vezes, a insônia ou o sono de má qualidade são vistos como problemas isolados, mas na verdade são sinais de desequilíbrios mais profundos. “O sono é um termômetro da saúde emocional. Quando algo está em conflito dentro de nós — mesmo inconscientemente — o corpo responde, e o sono é um dos primeiros afetados”, diz Roni.

Mais do que contar horas na cama, é preciso cuidar da qualidade desse repouso. Criar uma rotina noturna, evitar estímulos digitais antes de dormir, desacelerar o corpo e a mente, e entender a origem do estresse são passos importantes para quem busca mais equilíbrio na vida.

Por isso, cuidar da saúde mental também passa por cuidar do sono. Dormir bem é uma forma silenciosa — mas extremamente poderosa — de fortalecer a mente, prevenir transtornos psicológicos e viver com mais clareza, energia e bem-estar.

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