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EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia
O governo dos Estados Unidos anunciou na manhã deste domingo (17) a consolidação de um pacote de ajuda a iniciativas de conservação da Amazônia, como parte de seu programa nacional de combate às mudanças climáticas. O presidente americano Joe Biden visitou Manaus neste domingo. 

Foi a primeira visita de um presidente estadunidense à Amazônia no exercício do mandato, onde foram anunciados acordos bilaterais, marcando os 200 anos de relação mútua entre Brasil e Estados Unidos; ações em conjunto com ONGs e empresas, inclusive bancos brasileiros e atuação no apoio ao combate ao crime organizado, especialmente a ação ilegal em mineração e derrubada de árvores e o combate a incêndios florestais.
As ações, segundo o anúncio, são para “ajudar a acelerar os esforços globais para combater e reverter o desmatamento e implantar soluções baseadas na natureza que reduzam as emissões, aumentem a biodiversidade e construam resiliência a um clima em mudança”.
Simbólica, a ação amplia o leque de iniciativas para o que a Casa Branca coloca como financiamento climático internacional, e se opõe a algumas posições públicas do presidente eleito Donald Trump, notório negacionista do impacto da ação humana sobre o clima.
Na nota sobre o pacote, o governo americano lembra que “desde o primeiro dia do governo Biden-Harris, a luta contra as mudanças climáticas tem sido uma causa definidora da liderança e da presidência do presidente Biden”.
“Nos últimos quatro anos, o governo criou um novo manual que transformou o combate à crise climática em uma enorme oportunidade econômica – tanto em casa quanto no exterior. Depois de liderar a ação doméstica mais significativa sobre clima e conservação da história e liderar os esforços globais para enfrentar a crise climática, hoje o presidente Biden está viajando para Manaus, Brasil, onde se reunirá com líderes indígenas e outros”, diz a nota.
A ação anunciada comemora a marca de US$ 11 bilhões anuais garantidos para ações de conservação em todo o mundo, aumento alegado por Washington de seis vezes em relação ao orçamento para financiamento bilateral no começo do governo Biden, quando sucedeu o primeiro mandato de Trump.
Parte das ações virá por meio do escritório federal Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC) e do Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exin). O primeiro doará US$ 3,71 bilhões e o segundo US$ 1,6 bilhão ainda este ano.
Entre os anúncios formalizados em Manaus, os Estados Unidos doarão US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, dobrando a contribuição do país a esse instrumento internacional de financiamento; lançarão uma coalização de investidores, em parceria com o banco BTG Pactual, para restauração de terras e apoio à bioeconomia, que pretende conseguir US$ 10 bilhões até 2030, focados em projetos de remoção de emissões e apoio às comunidades locais; o apoio a iniciativas de geração de créditos de carbono com reflorestamento de áreas convertidas em pastagens, sob responsabilidade da empresa Mombak; a entrada do país no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (FFTS), proposto pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e em fase de modelamento e instalação, com uso de capital privado.
Estão previstos investimentos diretos, como o de US$ 180 milhões junto à Coalizão Redução de Emissões por meio do Avanço do Financiamento Florestal (Leaf), para ações de reflorestamento no Pará; a ampliação de um acordo de investimento e cofinanciamento entre o DFC e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ampliando acordo assinado mês passado; o financiamento para o Laboratório de Investimentos em Soluções Baseadas na Natureza (SbN), com US$ 2 milhões do fundo Usaid para a iniciativa, do Instituto Clima e Sociedade e de financeiras; o investimento de US$ 2,6 milhões no projeto Rainforest Wealth, do Imaflora e do Instituto Socioambiental (ISA), além de pouco mais de US$ 10 milhões em investimento a outros projetos em bioeconomia, cadeias de suprimentos de baixo carbono e outras modalidades de produção local, e outros cerca de US$ 14 milhões em financiamento direto à atuação de comunidades indígenas.
O anúncio do pacote também incluiu três pontos críticos na proteção do bioma: o combate à extração ilegal de madeira,o combate à mineração ilegal e a assistência para o combate ao fogo.
Contra a extração de madeira haverá treinamento em tecnologia para identificação de origem da madeira, a partir da técnica de Espectrometria de Massa (Dart-Tofms: Análise Direta em Espectrometria de Massa em Tempo Real de Voo), para identificar de onde partem as madeiras fiscalizadas com precisão.
O pacote anunciado destaca a participação dos Estados Unidos no financiamento do combate a atividades criminosas com atuação em mineração ilegal e tráfico de mercúrio, com doação de US$ 1,4 milhão.
Contra as queimadas, destacam-se a parceria de 15 anos com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), que atua com a rede de satélites de monitoramento dos Estados Unidos. Também haverá treinamento do Serviço Florestal dos EUA para “o manejo inclusivo do fogo, capacitando mulheres e comunidades indígenas, incluindo a primeira brigada de incêndio indígena só de mulheres no Tocantins e no Maranhão.
Repercussão
A Agência Brasil ouviu o movimento Amazônia de Pé, que congrega 20 mil ativistas e cerca de 300 organizações. Sua porta-voz e diretora, Daniela Orofino, declarou que recebeu “com muita alegria a notícia dada pelo presidente Biden hoje (17), de que os EUA irão apoiar o Fundo Floresta Tropical para Sempre, uma proposta encabeçada pelo governo brasileiro para financiamento multilateral da proteção das florestas tropicais. Essa é uma demanda que os povos tradicionais e a Amazônia de Pé estão levantando há algum tempo, para que o Fundo efetivamente saia do papel”.
“Um país como os EUA, que produz impactos que têm relação direta com as mudanças climáticas, têm também a responsabilidade de investir em ações globais de mitigação, e a Amazônia está no centro das políticas da mudança climática”, disse Orofino.
“A questão da terra é chave para o combate à crise climática. Demarcar territórios indígenas e de comunidades tradicionais na Amazônia e garantir recursos para a sua proteção é o caminho. Precisamos fazer o dinheiro chegar nos povos da floresta, que são guardiões desses espaços, e nas estruturas de proteção, como o Ibama e o ICMBio. Por isso, ficaremos atentas para que esse apoio seja implementado, ainda que com os desafios que virão com a mudança de governo norte-americano”, disse Daniela Orofino.
O secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, disse que o anúncio é positivo e pode consolidar políticas públicas que estão sendo estruturadas na região.
˜São anúncios extremamente importantes, e a maioria deles relacionados à proteção da Amazônia, à defesa da biodiversidade e combate ao desmatamento. O desmatamento é um dos principais fatores hoje de emissões de gás de efeito estufa no Brasil. Zerar o desmatamento é algo absolutamente possível. O atual governo, inclusive, vem diminuindo de forma bastante substancial as taxas de desmatamento, nos dois últimos anos, cerca de 45% de redução, e esses investimentos vão permitir que essas políticas de combate ao desmatamento continuem fortalecidas e também que uma economia de floresta seja colocada no local, nos lugares que hoje você tem o desenvolvimento de uma economia de destruição. Portanto, a preservação se torna uma forma de gerar renda, de gerar benefícios, para a população, e é isso que a gente precisa, combater o crime, gerar renda através da proteção da floresta. Esse tipo de anúncio que está sendo feito vai nessa direção e por isso da importância”.
O secretário executivo da organização não governamental dedicada à redução de emissões, ressaltou o “destaque bastante especial vai para a questão do Fundo Amazônia”.
“Os Estados Unidos chegaram a já depositar cerca de US$ 50 milhões no Fundo Amazônia nesse último período. Pelo anúncio parece que a gente vai ter mais um depósito de US$ 50 milhões e o Fundo Amazônia tem demonstrado ao longo do tempo que é um instrumento fundamental para o combate ao desmatamento e combate ao crime ambiental, uma vez que quase todos os desmatamentos da Amazônia acontecem na ilegalidade˜.
Ouça na Radioagência Nacional:
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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PF prende Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS
A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (13), o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto. A prisão se deu em nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Stefanutto foi exonerado do cargo em abril, logo após a Operação Sem Desconto revelar as fraudes contra aposentados e pensionistas.
A operação investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.
Policiais federais e auditores da CGU cumprem 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas da prisão em 15 unidades da federação.
Os cumprimentos atingem os estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
“Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial”, divulgou a Polícia Federal.
* Colaborou Camila Boehm
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Mega-Sena sorteia R$ 100 milhões nesta quinta-feira
As seis dezenas do concurso 2.940 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 21h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 100 milhões.
Por se tratar de um concurso com final zero, ele recebe um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.
O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.
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As apostas podem ser feitas até as 20h30 (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 6.
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Conferência internacional reúne familiares de desaparecidos
Cerca de 900 pessoas de 50 países discutem políticas de apoio às famílias de pessoas desaparecidas. O encontro, simultâneo para esses países, tem núcleo presencial em Genebra, na Suíça, e é promovido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e pelas sociedades nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Os debates começaram na última terça-feira (11) e terminam hoje (13).

A participação brasileira na 4ª Conferência Internacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas envolve uma delegação de pouco mais de 50 pessoas, que participam a partir da sede do CICV em São Paulo. Lá estão representantes de associações de familiares de nove estados, participando online e compartilhando experiências.
“No Brasil, a gente tem familiares de pessoas desaparecidas no regime militar e familiares de pessoas desaparecidas em outras situações de violência, desaparecidos civis, desaparecimentos da democracia, que têm se reunido anualmente para construir agendas e objetivos conjuntos de organização interna do movimento nacional, mas também de articulação de diálogo com autoridades”, explicou Fernanda Baldo, Oficial de Proteção do CICV e integrante da equipe que promove a conferência.
Esses núcleos se formam para aprimorar os mecanismos de busca, construir redes de apoio, atender a necessidades físicas, de saúde, jurídicas, de memória e de acesso a direitos dos familiares de pessoas desaparecidas, “serviços que consigam responder às necessidades que esse fenômeno traz para quem segue buscando”, segundo Baldo. Neste encontro, esses grupos locais, que já se articulam, passam a conhecer realidades diferentes e usá-las para aprimorar os trabalhos em seus contextos locais.
“Na conferência do ano passado foi criado o Movimento Nacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas. Um dos pontos que o Brasil está trazendo é essa experiência, de ter um movimento nacional de familiares de pessoas desaparecidas, que reúne várias instituições que são dispersas e realizam trabalhos dedicados a um território ou a um tema”, complementa a representante do CICV.
Participam da rede, lançada oficialmente em agosto de 2025, diversas associações locais, como Mães da Sé, Mães em Luta, Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, entre outras instituições.
“Uma evolução muito importante que a gente consegue perceber é que nessas primeiras experiências de conferências que a gente fazia, as famílias falavam muito sobre suas dores, sobre seus casos concretos, seus percalços. Já tivemos duas conferências nacionais, essa é a quarta internacional e o discurso hoje é muito mais voltado para objetivos estratégicos de interlocução, com demandas claras”, completa a interlocutora.
O Brasil, segundo Baldo, tem um desafio constante de integrar lutas diferentes, com dois contextos claros: o dos familiares de desaparecidos durante a ditadura e o daqueles que se separaram de seus entes em outros contextos.
“Também é interessante aprender estratégias, por exemplo, para que haja uma regularidade de reuniões com objetivos claros com os implementadores da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (dos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos e Cidadania), com o monitoramento da implementação dessas políticas”, aponta Fernanda, um desafio que as famílias ainda estão superando.
As associações no país também chegam neste momento com outras demandas, como a construção de um Banco Nacional de Amostras Genéticas e a consolidação do Cadastro Nacional de Desaparecidos, que ainda enfrenta desafios para integrar os bancos de dados dos estados.
Integração começou em São Paulo
A integração dos familiares em torno das conferências tem história – começa nos anos de chumbo da ditadura, mas se articula somente em 2015. Neste ano, a Cruz Vermelha conseguiu atuar junto com as famílias de desaparecidos no regime militar que estavam mobilizadas em torno da vala clandestina do cemitério de Perus, na zona norte de São Paulo.
Essa vala, usada por torturadores e executores ligados à ditadura militar até os estertores do regime de exceção, tinha centenas de corpos não identificados. A partir de esforços de universidades, como a Universidade Federal de São Paulo, e da luta dessas famílias, foi possível identificar parte das ossadas, que já era de conhecimento público desde a descoberta da vala, em 4 de setembro de 1990.
Dessa experiência nasceu o embrião da articulação atual, conta Hânya Pereira Rego, parente de pessoa desaparecida e representante do Movimento Nacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas. Seu pai está desaparecido desde 1975, e ela segue em busca de informações e direitos.
“A partir daí, foram feitas várias reuniões com os familiares de desaparecidos políticos, foi um trabalho intenso do CICV para que as pessoas se conhecessem, porque, por incrível que pareça, mesmo entre os desaparecidos políticos, existia certo conflito sobre o fato de a pessoa ter atuado em luta armada, ou não, ou se era apenas um estudante. Existem muitos conflitos sobre a atuação daqueles que buscamos, e foi um trabalho intenso para superar essas arestas e barreiras e nos tornamos uma única voz”, acrescentou Hânya.
O longo processo de amadurecimento e diálogo permitiu, após dez anos, a atuação como um grande grupo articulado, que atua em rede para estabelecer o diálogo com o Estado. Hânya participou do grupo que estruturou a conferência deste ano.
Ela destaca que este momento de troca é muito importante, até para entender o tipo de avanço que se dá no contexto brasileiro.
“Essa partilha, este momento, é sempre muito importante porque sempre se obtém alguma nova colaboração, um novo insight, um momento em que se descobre nova ferramenta que outros países estão usando ou que podemos partilhar e passar para outros países”, disse a moradora do Rio Grande do Norte.
Em relação à situação no Brasil, ela destaca que há avanços institucionais importantes, como melhor qualificação dos agentes públicos no atendimento às famílias, inclusive por parte das forças de segurança e saúde. Acrescenta que, “infelizmente, não sabem tratar corretamente esse familiar, acolher a demanda e orientar como ele deve agir”.
Experiência latinas
“Meu nome é José Benjamim Gamboa Lizarazo, atualmente sou o coordenador da Seccional Cúcuta de Asfaddes, que é a Asociación de Familiares de Detenidos – Desaparecidos”, relata o representante de uma das primeiras associações colombianas sobre o tema. Ele busca por seu pai, Alberto, que quando desapareceu, em 2002, era coordenador de uma escola na cidade de Bucaramanga, na região de Calcutá, de onde conversou com a Agência Brasil.
A Asfaddes, criada em 1982, representa desde então famílias tolhidas no intenso e extenso conflito entre rebeldes, narcotráfico e o Exército colombiano, e trabalha atualmente em torno de ferramentas que apoiam políticas de identificação e buscas de desaparecidos, além da definição do desaparecimento forçado como crime na legislação nacional. A experiência de nossos vizinhos viu nascer, ainda nos anos 2000, um arcabouço legal importante na criação do mecanismo de busca urgente, que direciona equipes locais para investigar sítios forenses, com o intuito de identificar rapidamente as vítimas neles presentes.
“Apesar de avanços nos últimos sete anos, ainda desejamos medidas mais efetivas na resolução dos casos”, afirma Gamboa. Ele conta que a militância desses familiares foi central para que a busca pelos desaparecidos figurasse nos processos de paz entre os grupos guerrilheiros e o governo central, nos acordos de paz firmados na década passada. Entre as medidas que pleiteiam está a criação de um instituto dos desaparecidos, capaz de orientar o trabalho de diferentes atores sociais e equipamentos públicos.
José denuncia ainda a dificuldade em ter eficácia nas medidas de busca, seja por falta de atuação de instituições, como a Justiça, seja pela permanência, em diversas áreas do país, de situações de confronto armado. Em parte dos territórios conflagrados, alerta, tanto guerrilheiros quanto paramilitares impedem que equipes forenses investiguem valas comuns e procedam à identificação dos restos mortais.
“Nessa conferência vemos as experiências em outros países, onde estão organizados, e sua relação com governos, nos Estados, para exigir a busca de todos os desaparecidos, assim como suas estratégias, pois nos toca fazer pressão, marchas, plantões, exigindo a busca dessas pessoas. E também honrar a sua memória com vigílias e ações, para dignificar e visibilizar”, explica o representante colombiano. Também é possível, reflete, perceber que há elementos comuns na luta em países diferentes, tocados por situações ímpares de violência nas últimas décadas.
Como participar da mobilização
A maior parte da conferência foi fechada a observadores externos, garantindo a segurança dos participantes e de informações que possam ser sensíveis. Os momentos públicos, como a divulgação de uma carta das famílias, no encerramento desta quinta-feira, ficarão registrados nos canais da Cruz Vermelha e poderão ser acessados por todos.
Familiares de pessoas desaparecidas que se interessem em participar de mobilizações e da luta em torno dessa pauta encontram em conferências como a desta semana um espaço seguro para a troca. O melhor caminho é procurar os grupos de articulação locais, por meio de redes de assistência social, de entidades que já participam do movimento e de fontes de divulgação, como os ministérios e a Cruz Vermelha.


