Economia
Expectativa das Vendas na Black Friday 2024: Otimismo Entre os Lojistas

A Black Friday 2024 chega com expectativas elevadas no mercado varejista brasileiro. De acordo com a pesquisa “Expectativa para a Black Friday 2024”, realizada pela Rede Milionária, 83% dos lojistas estão otimistas em relação às vendas deste ano. Para muitos empresários, este período representa uma oportunidade de reverter o cenário econômico desafiador e fechar o ano com um crescimento significativo. O otimismo é visível nos números: 37% dos entrevistados têm uma expectativa “ótima” para as vendas, enquanto 46% acreditam que as vendas serão boas. Apenas 1% dos empresários avalia o cenário com pessimismo extremo, o que reforça a confiança geral no impacto da data.
Mesmo com desafios como a queda no poder de compra e a forte concorrência com o e-commerce, os lojistas estão se preparando de forma estratégica, e o aumento médio esperado nas vendas é de 27%. Esta matéria explora as razões por trás desse otimismo, os fatores que podem influenciar o sucesso das vendas e como os lojistas podem se destacar da concorrência.
O otimismo dos lojistas: Expectativa de crescimento
A Black Friday se consolidou como a principal data de vendas no calendário do varejo, e não apenas por suas promoções agressivas. Para os empresários, é a chance de aumentar o volume de vendas, atrair novos clientes e se posicionar de maneira mais competitiva no mercado. Segundo a pesquisa, a expectativa de aumento de 27% nas vendas em relação ao ano anterior mostra que, apesar do cenário econômico desafiador, há um clima de confiança.
Esse otimismo é impulsionado, em parte, pelo comportamento dos consumidores, que aguardam a Black Friday para realizar compras de maior valor ou para adiantar as compras de fim de ano. Com isso, os lojistas estão apostando em uma combinação de descontos atraentes, estratégias de marketing inteligentes e um planejamento robusto de estoque para atender à demanda.
Desafios econômicos: Queda no poder de compra e concorrência com o e-commerce
Apesar do otimismo, os lojistas enfrentam alguns obstáculos importantes. O principal deles, mencionado por 26,6% dos entrevistados, é a queda no poder de compra dos consumidores. Com a inflação em alta e o endividamento das famílias, muitos brasileiros estão mais cautelosos em suas decisões de compra. No entanto, isso não desanima os lojistas, que estão confiantes de que as ofertas agressivas e a atração dos descontos da Black Friday vão superar essa barreira.
Outro desafio significativo é a concorrência com o e-commerce, que continua crescendo. 23,1% dos lojistas indicaram que competir com grandes plataformas de vendas online é uma de suas principais preocupações. O aumento das vendas online, facilitado pela conveniência e pela rapidez nas entregas, força os lojistas a se adaptarem e investirem em canais digitais para não perderem participação de mercado.
O Cenário da Black Friday 2024
Além da preparação dos estoques, a pesquisa da Rede Milionária em parceria com a Central CM, também revelou outros dados importantes sobre as expectativas e os desafios para a Black Friday deste ano, são eles:
Preparação de Estoques
A decisão de reforçar o estoque antes da Black Friday não é por acaso. Durante esse período, as vendas podem atingir picos impressionantes, e a falta de produtos pode significar perdas significativas. 71,7% dos lojistas afirmaram que planejam reabastecer seus estoques para atender à demanda crescente durante o evento.
Isso demonstra que a preparação dos empresários não está sendo feita de forma improvisada, mas baseada em estratégias de suprimento e negociações com fornecedores, com o objetivo de garantir que suas prateleiras estejam cheias quando os consumidores chegarem.
Além disso, a falta de produtos foi apontada por 10,9% dos entrevistados como um dos principais desafios para a Black Friday deste ano, reforçando a importância de uma gestão de estoque eficiente e bem planejada.
Ticket Médio e Percentual de Desconto
A pesquisa também destacou que o ticket médio esperado para 2024 será de R$589,00, uma leve queda em relação a 2023, quando o ticket médio foi de R$590,92.
Já o percentual médio de desconto que os lojistas pretendem aplicar é de 42%, com 42% dos empresários oferecendo descontos entre 30% e 40%, e 17% oferecendo descontos acima de 40%. Esses números indicam que as promoções continuam sendo o maior atrativo da Black Friday.
Estratégias para a Black Friday
A pesquisa também revelou que a maioria dos lojistas pretende estender suas promoções por mais de um dia. 56% dos empresários planejam fazer ofertas por uma semana, enquanto 19% optam por promoções durante quinze dias. Essa tendência de prolongar o período de promoções reflete a percepção de que os consumidores estão atentos ao longo de todo o mês de novembro, buscando as melhores oportunidades de compra.
Agora que você já sabe quais são as principais projeções para a Black Friday de 2024, que tal pegar algumas dicas abaixo, para vender ainda mais e se preparar melhor para este grande momento?!
Como vender antes dos concorrentes na Black Friday
A Black Friday não é apenas uma disputa de descontos. Ela também envolve uma competição feroz para conquistar o cliente primeiro. Com tantas lojas oferecendo promoções, os consumidores estão mais exigentes e criteriosos, o que faz com que os lojistas precisem pensar em maneiras de se destacar antes do evento principal.
Aqui estão algumas dicas práticas de como os lojistas podem vender antes de seus concorrentes:
- Crie um Grupo VIP no WhatsApp: Convide seus clientes mais fieis para esse grupo e ofereça a eles acesso exclusivo a ofertas antecipadas da Black Friday. Com essa estratégia, você cria um senso de urgência e privilégio, fazendo com que esses clientes comprem antes mesmo da data oficial e garantindo que sua loja seja a primeira opção.
- Realize Lives de Vendas Antecipadas: Durante essas transmissões, você pode apresentar os produtos que estarão com desconto, oferecer cupons exclusivos e atrair ainda mais a atenção do público. Essa ação cria um “esquenta” para a Black Friday, permitindo que seus clientes se sintam motivados a comprar antes que os estoques acabem ou que a concorrência apareça com ofertas similares.
- Utilize Teasers e Mensagens de Envolvimento: Frases como “Vem aí!”, “Aguarde!” ou “Não compre agora, nossa Black Friday será imperdível!” ajudam a criar curiosidade e preparar o terreno para quando as promoções começarem de fato. Ao planejar essas ações no seu calendário de marketing, você garante que seus clientes estarão ansiosos por suas ofertas.
- Planeje Tudo no seu Calendário de Marketing: É essencial planejar cada passo das suas ações promocionais ao longo de novembro para garantir que seu público seja engajado no momento certo. Comece a ativar seus clientes com antecedência, utilize todas as plataformas disponíveis (e-mail, redes sociais, WhatsApp) e organize suas promoções de maneira que as vendas fluam progressivamente.
Planejamento: A chave para o sucesso na Black Friday
A Black Friday exige muito mais do que descontos. O planejamento é a chave para garantir que as promoções sejam bem-sucedidas e que os clientes escolham sua loja antes de qualquer outra. Um bom estoque, ações de marketing bem alinhadas e um calendário estratégico podem fazer toda a diferença.
Lojistas que planejam suas ações com antecedência, focam no relacionamento com seus clientes e oferecem uma experiência de compra única têm mais chances de se destacar e aumentar suas vendas. Ao seguir essas dicas e estar atento aos desafios do mercado, você estará preparado para fazer da Black Friday 2024 um evento de grande sucesso para o seu negócio.
Economia
Entenda a ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida
Originalmente voltado às famílias mais pobres, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) consolidou mais um passo para beneficiar a classe média. A partir do início de maio, os bancos começarão a oferecer a Faixa 4, nova categoria que abrangerá famílias com renda mensal de R$ 8 mil a R$ 12 mil.
Na última terça-feira (15), o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a criação da Faixa 4 do programa habitacional. A nova categoria financiará imóveis novos e usados de até R$ 500 mil, com juros de 10,5% ao ano e 420 parcelas mensais. Atualmente, as taxas de mercado para este tipo de imóveis estão entre 11,5% e 12% ao ano.
Segundo os inistérios das Cidades e do Trabalho e Emprego, a nova categoria deve beneficiar até 120 mil famílias apenas este ano, ampliando para 3 milhões as unidades habitacionais financiadas até 2026, ao somar todas as faixas. Entenda as principais mudanças no programa habitacional:
Como ficaram as faixas do Minha Casa, Minha Vida?
- Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.850,00, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;
- Faixa 2: renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos;
- Faixa 3: renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas;
- Faixa 4: renda familiar de R$ 8 mil a R$ 12 mil, com juros de 10,5% ao ano, 420 parcelas e limite de financiamento de até R$ 500 mil, de imóveis novos e usados.
Como eram os limites de renda anteriores?
- Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.640;
- Faixa 2: renda familiar de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;
- Faixa 3: renda familiar de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil.
Qual o volume de recursos para a nova Faixa 4?
R$ 30 bilhões distribuídos da seguinte forma:
- R$ 15 bilhões dos lucros anuais do FGTS, obtidos com o rendimento do fundo em aplicações financeiras e do retorno de financiamentos;
- R$ 15 bilhões da caderneta de poupança, via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), título emitido por instituições financeiras para captar recursos para o crédito habitacional privado.
Quem não tem cotas no FGTS poderá financiar pela Faixa 4?
Sim. Como os recursos virão dos lucros anuais, não dos depósitos no FGTS, trabalhadores sem cotas no fundo poderão financiar imóveis na Faixa 4.
Quais são as restrições para a Faixa 4
Por se tratar de recursos do FGTS, os financiamentos terão de obedecer às seguintes regras:
- Financiar apenas a compra do primeiro imóvel;
- Financiar até 80% do valor do imóvel, com o mutuário pagando a diferença.
Imóveis usados podem ser financiados pela Faixa 4
Sim. Desde que seja o primeiro imóvel do mutuário.
Há mudanças para as Faixas 1 e 2 do MCMV?
As famílias das Faixas 1 e 2 (renda mensal de até R$ 4,7 mil) poderão financiar imóveis com o teto de financiamento da Faixa 3, de R$ 350 mil.
O financiamento, no entanto, terá os mesmos juros e prazos que na Faixa 3:
- juros de 7,66% a 8,16% ao ano;
- sem os subsídios das Faixas 1 e 2.
Economia
Vendas de Páscoa devem beneficiar 61 mil pequenos negócios em SP

Os consumidores de São Paulo pretendem gastar R$ 250, em média, com as compras no feriado da Páscoa. Segundo pesquisa do Sebrae-SP, as vendas devem beneficiar 61 mil pequenos negócios no estado.
A pesquisa Indicadores Sebrae-SP, feita com a colaboração da Fundação Seade, aponta que 41 mil comércios são microempreendedores individuais (MEIs) e outros 20 mil são micro e pequenas empresas.
Os ovos de Páscoa lideram as vendas dos pequenos negócios, citado por 74% dos entrevistados. Na sequência estão os chocolates em geral (59%) e os ingredientes e bebidas para as confraternizações do almoço e do jantar, como pescado e azeite.
A opção pelos pequenos empreendimentos deve-se pelos preços praticados por este segmento do mercado, conforme 37% dos entrevistados. Qualidade do produto e as ofertas vêm depois, respectivamente, com 33% e 27% das menções.
Valores gastos
A pesquisa do Sebrae-SP revela também que o valor gasto nesta Páscoa nos pequenos negócios deve ser 42% maior na comparação com o feriado do ano passado. Já 32% disseram que vão gastar valores semelhantes a 2024, sendo que 16% devem ter uma Páscoa mais barata do que a passada.
De acordo com o consultor do Sebrae-SP Pedro João Gonçalves, a pesquisa mostra que, dos que pretendem gastar mais com a Páscoa este ano, 48% acreditam que esse aumento ficará em torno de 5% e 10%.
Os pequenos negócios são fortemente dependentes do consumo interno. Assim, seu faturamento é impactado pelas vendas em datas comemorativas, como a Páscoa, relevante para diversos segmentos do varejo de alimentos”, explica
Economia
Ministério do Turismo cancela cadastro da empresa Hurb

O Ministério do Turismo cancelou o cadastro da empresa Hurb – Hotel Urbano Viagens e Turismo S.A., o que a impede de atuar no setor turístico. A agência digital de viagens enfrenta denúncias por descumprimento contratual, além de reclamações de consumidores na esfera administrativa e judicial.
A empresa tem 10 dias para apresentar recurso, contados a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União no último dia 14.
Por determinação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Hurb também terá que apresentar informações detalhadas sobre sua situação financeira. Foram exigidos o número de contratos ainda pendentes, o valor total devido aos consumidores e a relação dos clientes afetados. Em caso de descumprimento, está prevista multa diária de R$ 80 mil.
A Senacon considerou a atuação da empresa inviável dos pontos de vista operacional, técnico e financeiro. O órgão diz que foram 12 meses de tentativa de acordo para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse que a Hurb teve todas as oportunidades para apresentar garantias mínimas de cumprimento das obrigações.
“A Senacon não negocia com má-fé, omissão e desrespeito ao consumidor brasileiro, e a medida do Ministério do Turismo é necessária e coerente com os fatos”, disse Damous, em nota.
“O cancelamento do cadastro no Cadastur reforça que não é admissível operar no mercado de turismo sem cumprir requisitos legais e respeito ao consumidor. A proteção ao cidadão está no centro das políticas públicas”, complementou o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Vitor Hugo do Amaral.
Em uma nota pública, chamada de “carta aberta ao mercado”, a Hurb disse que iniciou um diálogo com a Senacon há mais de 15 meses, com o objetivo de chegar a um acordo, que atendesse viajantes impactados pela pandemia da covid-19. Mas diz ter sido surpreendida por um movimento que “pareceu mais político do que técnico”, e que a Senacon “abandonou a mesa de negociação e partiu para o ataque”.