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Feriado do Dia da Consciência Negra leva arte e história às ruas de SP

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© Centro Cultural de São Paulo

O feriado do Dia da Consciência Negra, nesta quinta-feira (20), é inspiração para diversas atividades culturais e educativas em São Paulo. Exposições, feiras, peças de teatro e muita história se espalham por vários bairros parte da cidade. Veja:

Expo Internacional da Consciência Negra

A Expo Internacional da Consciência Negra ocorre nesta quarta-feira (19) e quinta-feira no Centro Cultural São Paulo, no bairro Vergueiro.

Com o tema Afrofuturismo, a feira gratuita promove educação antirracista e afroempreendedorismo.

O conceito do termo afrofuturismo propõe o planejamento de projetos futuros que contam com o protagonismo negro, e que reinterprete o passado sobre uma perspectiva afrocentrada.

Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30 

O evento também celebra as transformações sociais conquistadas pela sociedade brasileira, principalmente aquelas vindas das comunidades negras, indígenas e de imigrantes.

O CCSP fica na rua Vergueiro, número 1.000, na Liberdade.

Samba, Censura e Resistência durante a Ditadura Militar

O Memorial da Resistência de São Paulo, na Santa Ifigênia, recebe na quinta-feira, às 14h, uma roda de conversa que debate e aponta a censura de letras de samba-enredo durante a ditadura civil-militar.

O encontro aborda o papel histórico do samba como expressão de resistência negra e popular, além do diálogo sobre memória, cultura e liberdade.

O evento Samba, Censura e Resistência durante a Ditadura Militar é uma iniciativa conjunta com a escola de samba Casa Verde, que participou do primeiro desfile organizado em São Paulo, em 1968, durante o período da ditadura.

A Casa Verde encontrou nos próprios arquivos, documentos originais que comprovam a censura nas letras de samba-enredo.

O Memorial da Resistência fica no Largo General Osório, número 66, em Santa Ifigênia.

Menino Mandela

Na Caixa Cultural São Paulo, localizada na Praça da Sé, a programação especial do feriado recebe o musical Menino Mandela e uma oficina de músicas tradicionais africanas.

O musical apresenta uma visão da infância do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. O líder político é símbolo de luta dos negros pelo fim do apartheid e vencedor do Prêmio Nobel da Paz.

A peça estará em cartaz de 20 a 23 e de 27 a 30 de novembro.

A oficina de músicas tradicionais africanas propõe uma imersão no universo de sons, ritmos, danças e brincadeiras típicas do continente africano.

Os participantes terão contato com instrumentos tradicionais, como o djembe (tambor da África Ocidental). A vivência ocorre nos dias 22 e 23 de novembro, sendo necessário realizar a inscrição gratuita no site da Caixa Cultural.

Casa Sítio da Ressaca

Localizado no bairro Jabaquara, a Casa Sítio da Ressaca é um dos mais antigos exemplares de arquitetura bandeirista da cidade. A partir desta terça-feira (18) e até 23 de novembro, o espaço fará uma visita temática sobre a presença negra na história da região.

A atividade Memórias de Ressaca: Presença Negra e Patrimônio Vivo mostra as transformações urbanas que moldaram a região desde as construções em taipa de pilão do século 18.

A atividade faz parte de um percurso com o Centro de Culturas Negras Mãe Sylvia de Oxalá e a Biblioteca Paulo Duarte que, juntos, formam um complexo cultural dedicado à valorização da identidade afro-brasileira.

O espaço fica na rua Nadra Raffoul Mokodsi, número 3, Jabaquara.

Beco do Pinto

No Centro Histórico, o Beco do Pinto sediará uma visita temática entre de hoje a domingo (23) com a atividade Passagens Negras: Rastros e Resistências no Beco do Pinto.

O espaço se transforma em um corredor de memória negra, onde vestígios arqueológicos e marcas do chão contam histórias de trabalho, deslocamento e resistência das populações afrodescendentes na São Paulo colonial e pós-colonial.

Literatura nas bibliotecas

As bibliotecas municipais terão contação de histórias Pequenas Notáveis: Caroline de Jesus, da Companhia Núcleo, até dia 28 de novembro.

A atividade procura relembrar a infância de umas das vozes mais importantes da literatura negra brasileira.

As apresentações ocorrem nas seguintes bibliotecas:

  • José Paulo Paes, na Penha, no dia 18;
  • Prestes Maia, em Santo Amaro, no dia 19;
  • Raul Bopp, na Aclimação, no dia 25;
  • Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros, no dia 27; e
  • Álvaro Guerra, em Pinheiros, no dia 28.

 

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Lula assina 28 decretos para regularizar territórios de quilombolas

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© Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou 28 decretos para regularização de territórios quilombolas localizados em 14 estados. O ato de assinatura foi realizado no Palácio da Alvorada, em Brasília, e marca o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira (20).

Os decretos declaram que são de interesse social os imóveis rurais localizados em territórios quilombolas. 

A medida vai permitir desapropriação das propriedades pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o pagamento de indenizações aos proprietários. Após essas etapas, os quilombolas vão receber a titulação de posse definitiva das áreas.

Em uma publicação nas redes sociais, o presidente disse que o país está ampliando as políticas públicas que chegam aos territórios e às comunidades quilombolas. 

“Hoje, dia 20 de novembro, o Brasil reafirma que a igualdade racial é memória, reparação e um projeto de futuro. Essa data, marcada pela luta de Zumbi dos Palmares e pela resistência do povo negro, lembra que democracia forte se constrói com direitos garantidos e oportunidades reais para todas e todos”, escreveu. 

A ministra Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que os decretos vão beneficiar 5,2 mil famílias e 31 comunidades. Segundo a ministra, Lula já assinou 60 decretos no atual mandato.

“Esses decretos são o passo anterior à titulação. Hoje, a gente tem um recorde de decretos assinados. O último número que nós tínhamos, de 50, foi no mandato da presidenta Dilma. E hoje, o presidente Lula se torna o presidente que mais assinou decretos na história do país”, afirmou a ministra.

Decretos

Os decretos serão aplicados em propriedades rurais de 14 estados: Bahia (6); Ceará (3); Sergipe (3); Goiás (2); Rio Grande do Sul (2); Maranhão (1); Paraíba (1); Rio de Janeiro (1); Santa Catarina (1); São Paulo (1); Mato Grosso do Sul (1) e Alagoas (1).

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Mulheres negras LBTI se mobilizam por direitos no 20 de novembro

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© Valter Campanato/Agência Brasil.

Mulheres Negras Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexo (LBTI) reunidas em Brasília aproveitaram o feriado da Consciência Negra para finalizar um diagnóstico para apontar as necessidades, problemas e falhas das políticas públicas brasileiras voltadas a estes grupos.

Coordenadora do Comitê Nacional LBTI, a psicóloga Amanda Santos é uma das organizadoras do encontro que culminará, dia 25, na Marcha de Mulheres Negras. Segundo ela, a ideia do documento é viabilizar “uma série de ações visando o bem estar das mulheres negras”.

Amanda Santos explica que, a exemplo do grupo do Centro-Oeste, reunido nesta quinta-feira (20) em Brasília, há várias outras rodas de conversas sendo estabelecidas com o mesmo objetivo em outras cidades.

Diagnóstico

“Trata-se de um relatório nacional com eixos básicos de sobrevivência em áreas como saúde, segurança, comunicação, direito familiar, arte, cultura, moradia”, justifica a coordenadora.

Ela explica que conceitos distorcidos que desconsideram a diversidade da sociedade acabaram por estabelecer regras e até mesmo legislações que dificultam a esse grupo o acesso a direitos historicamente reconhecidos e concedidos a outros grupos.

Esse processo excludente que retira acesso a direitos básicos nada mais é, segundo ela, do que LGBTfobia.

Os exemplos são muitos, segundo a ativista. “Há situações de casais homoafetivos em que uma das parceiras não poderá tomar decisões sobre procedimentos, caso a outra fique doente e perca a consciência. Nesses casos, caberá à família tomar a decisão”, disse ela ao lembrar que, em muitos casos, a conexão com a família não é tão próxima quanto a da cônjuge.

Diversidade

Ela cita também alguns programas de habitação do governo que não consideram os mesmos direitos dos casais héteros para os homoafetivos.

“Na área da saúde, muitos órgãos públicos e privados colocam dificuldades para reconhecer nome social adotado pela pessoa. É preciso criminalizar essa recusa”, defendeu a coordenadora.

Segundo ela, o governo precisa reparar essas situações e enxergar a diversidade do próprio país. “E a sociedade precisa enxergar os direitos que nos foram excluídos”, complementou.

Reparação

Brasília - 20/11/2025 - Pesquisadora aposentada do IBGE e referência do movimento lésbico e LGBT, Heliana Hemetério.  Foto Valter Campanato/Agência Brasil.
Brasília - 20/11/2025 - Pesquisadora aposentada do IBGE e referência do movimento lésbico e LGBT, Heliana Hemetério.  Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

Pesquisadora aposentada do IBGE e referência do movimento lésbico e LGBT, Heliana Hemetério. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

A reunião de hoje contou com a participação de uma referência do movimento lésbico e LGBT: a fundadora da Rede Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais Negras, Heliana Hemetério.

Pesquisadora aposentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), Heliana diz que tornar o 20 de Novembro um feriado nacional foi importante por reconhecer aqueles que representam a maior parte da população brasileira.

“[O feriado nacional] reconhece a existência de 54% da população brasileira que se declara negra. Estas são pessoas que se declaram como tal, o que nos leva a crer que o percentual real é ainda maior”, argumentou.

Heliana explica que a data ajudará na reparação de injustiças que são históricas. “O que é reparação? É reconhecimento do negro como cidadão, com moradia, educação, estudo, lazer, direitos, saúde”, disse. Para ela, a data ajuda a “recontar a História, mas sob um outro olhar”. 

Para ela, que é também historiadora, o que levou o Brasil a abolir a escravidão não foi o desejo de melhorar a vida de sua população negra.

“A verdadeira motivação foi econômica”, afirmou ao explicar que, na época, havia muita pressão externa e mudanças das estruturas sociais motivadas pela Revolução Industrial.

 

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Consciência Negra: ato na Avenida Paulista reúne militância e cultura

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© Rovena Rosa/Agência Brasil

Centenas de pessoas participaram, na manhã desta quinta-feira (20), na região central de São Paulo, da 22ª edição da Marcha da Consciência Negra – Zumbi e Dandara 300+ 30. 

O ato organizado pelo Movimento Negro Unificado (MNU) e pela União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) reuniu centenas de pessoas na Avenida Paulista para lembrar a importância de Palmares e seus líderes e a “representação dos negros nas instituições com poder de decisão na sociedade”.

A manifestação teve de dança e música de religiosidade afro-brasileira, com shows curtos de estilos musicais diversos, incluindo ritmos como reggae, MPB e Black Music. Entre as apresentações, ocorreram discursos curtos e objetivos, focados na importância da mobilização em torno de pautas comuns. 

O professor Ailton Santos, um dos organizadores do evento, afirmou à Agência Brasil, que o momento é “justamente de fazer com que a sociedade brasileira, que se diz democrática, de fato faça incluir aqueles que, há muitos anos, historicamente continuam à margem da sociedade.

São Paulo (SP), 20/11/2025 - XXII Marcha da Consciência Negra na avenida Paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo (SP), 20/11/2025 - XXII Marcha da Consciência Negra na avenida Paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 XXII Marcha da Consciência Negra na avenida Paulista. Foto – Rovena Rosa/Agência Brasil

“Diariamente, o povo negro sofre em função de várias violências. Normalmente falamos da morte matada, mas esse é o último estágio, porque até ela chegar, passamos diariamente por outras, que envolvem mobilidade, segurança, saúde e educação.”

 

Para o professor, é necessário que o governo reconheça que uma população, historicamente, está sendo colocada de lado.

“Então, a nossa bandeira é não morremos, e fazer com que o projeto que envolve a reparação, que hoje está na casa dos 20 milhões, seja aprovado para todos os negros e negras do Brasil”, concluiu.

Cuidado, não corre na rua

Ana Paula Félix, 56 anos, é copeira e acompanhou a marcha na tarde desta quinta-feira. Ela considera que é importante apoiar as manifestações, apoiar aqueles que sofrem preconceito e  desvalorização por causa da cor. Com três filhos criados, de idades entre 34 e 30 anos, ela se diz orgulhosa por todos terem cursado universidades públicas, o que foi possível por meio de  políticas de apoio. Mas ela ainda reclama que outras situações, “que ainda não melhoraram”.

“Você sabe que periferia ainda é o pior lugar para os negros morarem, porque é o lugar que a polícia não respeita. E nossos filhos é que pagam esse preço. Então a gente tem que estar sempre falando aos nossos filhos: – Cuidado, não corre na rua, anda sempre com documento, põe sempre a camisa, esteja sempre com o cabelo cortado, barba feita. Porque são os negros que mais morrem.”

Pautas e reivindicações

São Paulo (SP), 20/11/2025 - XXII Marcha da Consciência Negra na avenida Paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo (SP), 20/11/2025 - XXII Marcha da Consciência Negra na avenida Paulista. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O grupo seguiu em caminhada até o Masp –  Museu de Arte de São Paulo – onde foram sugeridas pautas, reivindicações e a possibilidade de participação em movimentos. Giovana Santos, 31 anos, que estava passando pela via, parou para escutar e acompanhar os temas. “É importante acompanhar as políticas públicas que estão realmente ativas, sabe? Eu acho interessante, eu gosto de me informar”, disse a jovem, que trabalha como atendente de telemarketing. Para ela, a violência, inclusive policial, é um dos pontos para o qual tem mais atenção.

“Temos visto a polícia, que deveria sempre nos proteger, nos atacar. É muito importante a população saber disso, e é muito bom saber que os movimentos tem se organizado para reivindicar,  embora aninda pareça um sonho, a gente sentar e conversar e tentar se entender”, afirmou.

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