Saúde
Fernanda Napoleão: A especialista em relacionamentos que transforma dores em recomeços emocionais
Como uma abordagem terapêutica diferenciada tem ajudado mulheres a reencontrarem a própria força após o fim de um relacionamento.
O término de um relacionamento, para muitas mulheres, ainda significa noites mal dormidas, crises de identidade e a dolorosa sensação de fracasso. Foi nesse ponto sensível que Fernanda Napoleão decidiu concentrar sua atuação: criar pontes entre a dor do adeus e o início de um novo ciclo com autoestima fortalecida e autonomia.
“Quando a mulher percebe que o outro não é responsável pela sua felicidade, ela desbloqueia um poder interno que sempre esteve ali”, afirma Fernanda.
Nos últimos anos, os dados confirmam essa realidade: o número de divórcios no Brasil segue em crescimento e, segundo o IBGE, só em 2022 foram mais de 420 mil registros. Por outro lado, cresce também a busca por ajuda terapêutica. Hoje, sete em cada dez pacientes em psicoterapia no país são mulheres, e a maioria procura justamente por questões relacionadas a vínculos afetivos.

Diferente da escuta passiva tradicional, Fernanda propõe uma atuação mais ativa e prática. Criadora do método Amado Eu, ela combina acolhimento emocional com estratégias eficazes que impulsionam as mudanças, ajudando a mulher a se reencontrar, a ter uma melhora significativa no estado de ânimo logo nas primeiras sessões.
“Escutar é importante, mas só escutar não resolve. Quem está sofrendo precisa de direção, de clareza, de ação.”
Nas consultas, Fernanda utiliza um método próprio que une a Psicanálise , recursos da psicologia positiva e técnicas de reprogramação emocional. Trata-se de uma abordagem terapêutica diferenciada, que promove recuperação rápida, profunda e efetiva, sempre com foco na história, no momento e nas necessidades reais de cada mulher.
Essa abordagem mais intervencionista , tem feito a diferença para mulheres que chegam emocionalmente esgotadas após o fim de um relacionamento. Muitas, segundo a especialista, nunca aprenderam a cuidar de si mesmas emocionalmente, e o rompimento apenas revela uma dependência emocional muitas vezes silenciosa.

“Não é só o fim da relação que dói. É perceber que, em algum momento, ela deixou de ser prioridade para si mesma.”
Diante da crescente demanda por profissionais que saibam lidar com esse tema, Fernanda também passou a atuar na formação de terapeutas. Com o método TRI – Terapia de Relacionamentos de Impacto, ela capacita psicólogos, psicanalistas e profissionais da saúde mental em geral, a atuarem com mais clareza, segurança, alcançando uma carreira mais próspera, eliminando a crença que terapeutas não conseguem ter uma vida confortável e serem bem remunerados.
“Relacionamentos ainda são o principal motivo de busca por terapia no Brasil, e isso exige preparo técnico e estratégico.
Em junho de 2025, Fernanda celebrou mais um marco em sua trajetória com o lançamento oficial do livro “O Fim do Ciclo”, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro. O evento, realizado no dia 22, foi um sucesso: reuniu leitoras, profissionais da área e mulheres que se identificam com sua missão. A obra traz reflexões, orientações práticas e experiências de consultório (resguardando identidades), ajudando mulheres a transformar o luto amoroso em um ponto de virada pessoal.
“Escrevi para aquela mulher que termina uma sessão e se pergunta: ‘E agora?’. O livro é essa companhia entre o fim e o recomeço, além de servir como ferramenta poderosa para quem não tem acesso a terapia”
Além dos atendimentos clínicos e formações, Fernanda compartilha conteúdo diário nas redes sociais e se tornou referência nacional quando o assunto é reconstrução emocional após rompimentos.
Para conhecer mais sobre o trabalho da especialista, acesse:
https://www.instagram.com/psifernandanapoleao?igsh=Z3VkOGs3ZjNrNm8=
Saúde
Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.
As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.
Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.
Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.
Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2), em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).
Saúde
Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP
O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.
Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.
A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.
“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..
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Modernização
Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.
“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.
O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.
Saúde
OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência
Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.
Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.
“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.
“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.
Riscos
A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.
O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.
“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.
A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.
Apelo à ação
Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:
- Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
- Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
- Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
- Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.



