Cultura
Festival Timbre 2025 reforça protagonismo do Rap nacional com BK’, FBC e Duquesa no line-up

Os três artistas reforçam o line-up que conta também com Samuel Rosa, IZA, Duda Beat, CPM 22, Di Ferrero, Lenine, Os Garotin e Reggae Brazuca
Três das vozes mais potentes do rap brasileiro atual subirão ao palco do Festival Timbre 2025, em Uberlândia, nos dias 9 e 10 de agosto. BK’, FBC e Duquesa — artistas de trajetórias singulares e discursos marcantes — foram confirmados na programação do evento, que se consolida como uma das maiores vitrines da música urbana no país. Ao reunir nomes de peso da cena hip hop ao lado de artistas consagrados da MPB, do pop e do rock, o festival reafirma seu papel como espaço de diversidade, resistência e transformação cultural.
Um dos nomes mais inventivos da música brasileira atual, FBC chega ao Festival Timbre 2025 com um dos primeiros shows de lançamento de seu novo disco, Assaltos e Batidas. O álbum, lançado pela ONErpm, é um manifesto sonoro que mistura rap, crítica social e cinema em uma experiência visceral — direta das quebradas de Belo Horizonte para o palco do festival. Com 11 faixas inéditas e produção de nomes como Coyote Beatz, DJ Cost e Nathan Morais, o trabalho costura beats pulsantes, samples de Racionais MC’s e referências cinematográficas em um retrato potente das contradições do Brasil.
Gravado na capital mineira e acompanhado de um curta-metragem, o novo projeto reforça o compromisso artístico de FBC com a provocação, a denúncia e a arte que pulsa da periferia para o mundo. No Timbre, ele apresenta esse novo capítulo de sua trajetória, sem deixar de lado sucessos anteriores como O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar Para Outro Planeta, que cravou seu nome entre os mais respeitados do rap nacional. Com banda ao vivo e performance enérgica, o show é uma jornada que combina peso, inteligência e identidade — do baile à reflexão.
Direto da Cidade de Deus para o topo do rap nacional, BK’ desembarca no Festival Timbre 2025 em seu melhor momento artístico. Reconhecido por sua lírica afiada e um discurso social contundente, o rapper carioca apresenta o show de Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer — seu álbum mais introspectivo e ambicioso até aqui. Lançado em 2025, o disco mistura beats pulsantes com samples de Milton Nascimento, Pretinho da Serrinha e outros ícones afro-brasileiros, criando uma ponte entre a ancestralidade e a contemporaneidade.
Mais do que música, o novo trabalho é um mergulho na alma do artista e um retorno simbólico às raízes, inclusive geográficas: o projeto é acompanhado por um curta-metragem filmado na Etiópia, terra do maratonista Abebe Bikila — inspiração para o nome BK’. No palco, suas rimas atravessam afetos, dores e lutas coletivas com potência cinematográfica, em um espetáculo que promete ser um dos pontos altos e mais emocionantes do festival.
Completa o trio a baiana Duquesa, uma das vozes femininas mais promissoras do rap nacional. Natural de Feira de Santana (BA) e integrante da Boogie Naipe — produtora fundada por Mano Brown —, a rapper chega ao festival com o show do aclamado álbum Taurus Vol. 2 e prepara o terreno para o lançamento de seu próximo disco, previsto ainda para 2025. O novo projeto já teve seu primeiro single, “Fuso”, lançado no fim de 2024, abrindo caminho para uma fase mais madura, pessoal e musicalmente ambiciosa.
Com uma sonoridade que transita entre o trap, R&B e hip hop, Duquesa também é autora do EP Sinto Muito (2022), onde iniciou uma jornada de cura e autoconhecimento através da música. Suas letras afiadas, seu flow versátil e uma performance que combina força e vulnerabilidade a colocam como uma das vozes mais importantes do rap contemporâneo — símbolo de empoderamento, identidade e liberdade. No Timbre, ela entrega mais que um show: oferece um testemunho artístico visceral e necessário.
A presença desses três artistas no line-up — ao lado de nomes como IZA, Duda Beat, Samuel Rosa e CPM 22 — demonstra o compromisso do Festival Timbre com uma curadoria plural, que conecta estilos, regiões e gerações. Ao apostar na força do rap brasileiro, o festival reafirma sua vocação de impulsionar vozes que transformam não apenas a música, mas também o imaginário social e político do país.
Mais do que uma celebração da arte, o Timbre se firma como uma plataforma para novas narrativas — um palco onde a batida do rap ecoa com potência e legitimidade. E em 2025, essa batida terá o peso e a poesia de BK’, FBC e Duquesa.
Ingressos
Os ingressos para o Festival Timbre 2025, que acontece nos dias 9 e 10 de agosto, em Uberlândia-MG, estão disponíveis pela plataforma Ingressolive, com pagamento via PIX ou cartão de crédito, e parcelamento em até 3x sem juros. Além da venda online, o público também pode adquirir os ingressos presencialmente na Loja da Cultura FM, localizada no Terminal Central. No ponto físico, além do parcelamento facilitado, os compradores ainda podem adquirir o ingresso sem a taxa de conveniência.
Patrocínio, apoio e realização
O Festival Timbre 2025 é apresentado pela Vivo e patrocinado pela Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Budweiser é a cerveja oficial do evento. Patrocínio Uniube Uberlândia, Colégio Gabarito e Citrino. O projeto conta com o apoio da Livraria Leitura, Sicoob Aracoop, Açaí Tribomix, Café Cajubá e TopWay. Gin Origin e Xeque Mate são as bebidas oficiais do evento. Band Triângulo, Band FM e Rádio Mix FM são parceiros de mídia. Tem ainda parceria cultural com o Sistema Comércio MG, formado por Fecomércio MG, SESC, SENAC, Sindicomércio Uberlândia e Programa Mesa Brasil. Uma realização da Eventaria, Timbre Cultural e Governo de Minas Gerais – Governo Diferente, Estado Eficiente, através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
Cultura
Improvisação em dança e estéticas periféricas são tema de oficina no Dia da Mulher Negra Latino-Americana

No mês em que se comemora o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro convida para a Oficina de Improvisação em Dança, com a bailarina Lais Castro, que acontece neste sábado (26/7), às 13h. Com inscrições abertas e gratuitas, a atividade faz parte da residência “Fabulações, Corpo e Cidade”, promovida pela Associação Cultural Peneira, liderada por mulheres artistas.
Inscreva-se gratuitamente: https://forms.gle/YRR8Cv86aUYqQpgf9
A Oficina de Improvisação em Dança conecta a reflexão sobre corpo, memória e oralidade com a linguagem da improvisação em dança. Voltada para artistas e não-artistas da região metropolitana do Rio interessados na improvisação em dança, a atividade busca levar aos participantes uma experiência prática de criação coletiva.
“A oficina propõe a criação de partituras corporais tendo como base a articulação entre memória, corpo e cidade como dispositivos de criação. A oficina busca estimular reflexões sobre corpo, memória, oralidade, questões de gênero, territorialidade e estéticas negras periféricas, valorizando saberes populares e manifestações tradicionais que dialogam com a improvisação”, explica Lais Castro, responsável pela oficina.
A atividade gratuita faz parte de uma série de experimentações artísticas criadas a partir da residência artística “Fabulações, Corpo e Cidade”, promovida pela Associação Cultural Peneira. Apresentar e aprofundar pesquisas em dança contemporânea – e demais linguagens artísticas – faz parte da Associação que entende o território como ponto de partida para a criação, valorizando experiências, memórias e saberes que emergem das periferias e dos sujeitos que constroem a cidade.
Durante a residência, é articulado o método Fabulações do Território, desenvolvido pelo grupo com a improvisação em dança, ainda pouco explorada no Rio de Janeiro sob uma perspectiva periférica. Assim, a Peneira reforça seu compromisso de tecer redes, compartilhar saberes e fomentar processos artísticos colaborativos.
A residência “Fabulações, Corpo e Cidade” acontece desde maio, em encontros semanais, com um grupo que foi selecionado através de uma convocatória. Além da atividade deste sábado, no próximo mês, em 30 de agosto (sábado) acontecerá a Mostra de Processos; em seguida, durante o mês de setembro, será realizada a última oficina aberta ao público.
Sobre a Associação Cultural Peneira
Instituição sem fins lucrativos, criada na cidade do Rio de Janeiro. Atua na área da cultura, entendendo-a de forma ampla e de suma importância para o desenvolvimento social e econômico. Reconhecida pelo Ministério da Cultura (MinC) como Ponto de Cultura, a Peneira desenvolve formas inovadoras de compartilhar conhecimento e potencializar criações artísticas e culturais, valorizando a memória e saberes daqueles que constroem a cidade cotidianamente, fabulando outras territorialidades. Mais informações sobre o projeto e demais ações da instituição no www.peneira.org ou @peneira_org
Serviço
Oficina de improvisação em dança com Laís Castro
Data: 26 de julho de 2025 (sábado)
Horário: 13h
Entrada: Grátis
Inscrições: https://forms.gle/YRR8Cv86aUYqQpgf9
Local: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro
Endereço: R. José Higino, nº 115 – Tijuca (Anexo ao Assaí Atacadista da Av. Maracanã) – Rio de Janeiro/RJ
Classificação etária: 14 anos
Duração: 3h
Exposição
Ava Galleria Rio promove exposição comemorativa dos 150 anos do Jockey Club de São Paulo

A Ava Galleria Rio promove uma exposição especial, em homenagem aos 150 anos do Jockey Club de São Paulo, com curadoria de Edson Cardoso, destacando a importância histórica desse patrimônio cultural, não só para a identidade de São Paulo, mas de todo o Brasil.
Cultura
Canvas Galeria de Arte reabre no Rio com exposição de Mazeredo e Alceu Lisboa

Mostra Diálogos reúne esculturas e pinturas, a partir de 31 de julho, no Shopping da Gávea
Com mais de quatro décadas, a Canvas Galeria de Arte está de volta ao Rio de Janeiro. Depois de sete anos de atuação apenas em São Paulo, onde mantém a sede no Jardins, o espaço inaugura seu novo endereço carioca, em ampla área no Shopping da Gávea. Para comemorar a novidade, o público pode conferir a exposição Diálogos, com obras inéditas dos artistas Mazeredo e Alceu Lisboa, de 31 de julho a 16 de agosto.
Alceu Lisboa – Acrílica sobre tela
Artista carioca com obras que integram o cenário urbano de cidades como Rio de Janeiro, Recife, São Paulo, Cairo, Nova York, Lisboa, Miami, Paris e Madri, Mazeredo, nome artístico de Marli Crespo Azeredo, apresenta mais de 40 esculturas inéditas de médio e pequeno porte. Da série Diálogo, iniciada em 2012, os trabalhos são feitos em ferro, alumínio, resimármore, bronze e técnica mista. Sua produção transita entre o abstrato e o figurativo como um jogo construtivo, serial e modular, com temas ligados à natureza, movimento, espiritualidade e comunicação.
Alceu Lisboa – Acrílica sobre tela
Os módulos tridimensionais representam a boca humana, que quando interconectadas no espaço fazem surgir outras imagens como borboletas ou pombas e, se encadeadas, podem ser vistas como as curvas ondulantes da paisagem carioca. “O que mais precisamos hoje no mundo é de diálogo. Esse tema é mais atual do que nunca”, explica a artista. “Com base na emoção, na criatividade lúdica e na pesquisa formal, passei a vivenciar um desdobramento das formas no espaço que percebo como infinito, com a sensação maravilhosa de estar estilizando a própria vida”, completa.
Mazeredo Babel – técnica mista
Artista conhecida internacionalmente, com participação na Bienal de Veneza de 2019, Mazeredo estará em Paris para três eventos no mês de outubro, pelo Ano do Brasil na França. Sua escultura Diálogo, de mais de dois metros em técnica mista, estará na Praça Mahsa Amini, que será inaugurada em homenagem à jovem morta pela polícia do Irã em 2022 por não usar corretamente o hijab (véu islâmico). Ela ainda participará do Salão Internacional de Arte Contemporânea, no Carrossel do Louvre, e terá exposição individual na Marci Gaymu Gallery.
Mazeredo Paz – Resimármore
Com 12 pinturas em acrílico sobre tela, Alceu Lisboa faz sua estreia no Rio de Janeiro. O artista baiano, com formação em Física e Matemática, apresenta obras inéditas produzidas desde o início pandemia, em 2020. Seus trabalhos tem a geometria como ponto de partida e as linhas curvas evocam fenômenos físicos como ondas e campos de energia. As peças equilibram rigor estrutural e sensibilidade cromática numa paleta vibrante e texturas suaves que dão profundidade aos desenhos.
“Comecei com o geométrico por conta da minha formação, mas depois fui encolhendo as formas e inseri as linhas. A linha curva me dá mais liberdade”, explica o artista, que tem trajetória marcada por uma transição notável. Depois de mais de 30 anos dedicados à educação, desde 2007 se dedica exclusivamente à pintura e vem se destacando no cenário da arte contemporânea brasileira.
Alceu é disciplinado. Trabalha diariamente por horas em seu ateliê, montado no próprio apartamento, em Salvador. Lê, estuda e faz cursos com frequência. “Sempre fui um colecionador, comprava muitas obras, por isso fiz amizade com muitos artistas. Hoje busco aprender tudo o que posso. É a minha religião”, conta.
Sobre os artistas
Mazeredo – Artista conhecida internacionalmente, participa desde os anos 1990 de exposições em cidades como Cairo, Atenas, Paris, Nova York e Miami. Foi destaque na Bienal de Veneza, em 2019. No Brasil, expôs em instituições como Museu Nacional de Belas Artes e Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, e no Fórum Global da Rio 92.
Com três livros publicados sobre sua trajetória, a artista tem esculturas no mundo e no Brasil. No Rio de Janeiro, cidade em que vive e trabalha, são destaques Nijinsky, com 4 metros, localizada no Museu Parque da Catacumba; Vitória, com a mesma dimensão, exposta na Praça do Lido; Harmonia, de 7 metros, no Aterro do Flamengo; Monumento a Zuzu Angel, de 5 metros, em São Contado; Solidária, com 3M, na Lagoa; e Ícaro, 2 metros, no Museu Histórico e Cultural.
Alceu Lisboa – Nascido na Bahia, em 1947, ocupou importantes cargos na educação de Salvador. Foi professor no Colégio Antônio Vieira e diretor fundador do Curso Nobel e do Colégio Alfred Nobel, além da Escola de Administração, Marketing e Comunicação (ESAMC). Estudou com Waldo Robatto, na capital baiana, e Sérgio Fingeram, em São Paulo, e fez os cursos de técnicas em pintura na Casa do Restaurador, também em São Paulo. Em 2014 fez sua primeira exposição individual na Galeria ACBEU, no Corredor da Vitória, em Salvador.
Serviço – Diálogos
Abertura: 31 de julho, às 18h
Visitação: até 16 de agosto, diariamente, das 14h às 20h
Canvas Galeria de Arte – Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52, Lj: 322.
contato@canvasgaleriadearte.com.br
Entrada gratuita