Siga-nos nas Redes Sociais

Finanças

Fiquei desempregado, e agora? Especialista em carreira lista ações que podem te ajudar a voltar para o mercado de trabalho

Publicado

em

Fiquei desempregado, e agora? Especialista em carreira lista ações que podem te ajudar a voltar para o mercado de trabalho
Envato

Para especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza, Renata Fonseca, o primeiro passo é o balanço do próprio desenvolvimento nas últimas experiências profissionais

O desemprego pode gerar muitas frustrações e ansiedade. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o número de pessoas desempregadas em 2024 é de 7,3 milhões. Pensar no caminho a seguir e recalcular a rota é um momento decisivo para partir em busca da nova oportunidade e se preparar para os processos seletivos que virão.

“Como em toda transição, esse momento pós desligamento é bastante propício para que o profissional faça um balanço do seu desenvolvimento profissional durante o tempo em que esteve na empresa”, pontua a psicóloga, especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza, Renata Fonseca. Para ela, se perguntar qual foi o crescimento profissional e os aprendizados obtidos até àquele momento, e o modo como foram alcançados, são formas positivas de autoavaliação.

No entanto, a recolocação pode ser um desafio, especialmente para aqueles profissionais que atuaram por muito tempo em uma mesma empresa. Assim, é essencial que haja um foco em se manter atualizado para atrair a atenção dos recrutadores. A especialista elenca algumas ações que podem ser tomadas na busca de um novo emprego.

1. Atualizar o currículo e o LinkedIn

O documento é a porta de entrada para os processos seletivos. Por isso, é essencial atualizá-lo, com informações relevantes e objetivas, deixando claro as suas soft e hard skills.

Além disso, a rede social pode render frutos e oportunidades. Dentre muitas funcionalidades, seus usuários podem pesquisar sobre as principais empresas do setor em que atua. “Muitas pessoas lembram do currículo, mas esquecem da importância do LinkedIn. Por se tratar de uma rede social, toda atualização que você faz fica imediatamente disponível para ser acessada por colegas e empresas. Então, é uma ferramenta rápida de divulgação do seu próprio trabalho”, sinaliza Renata.

Ela ainda sinaliza que a rede social é uma forte ferramenta para prospecção, mas também incorpora outras funções relevantes. “O LinkedIn tem uma funcionalidade muito bacana que é a indicação. Você pode pedir aos seus antigos colegas e líderes que escrevam uma recomendação, ressaltando seus pontos fortes. Isso é algo que agrega credibilidade e pode ser muito importante para entrar novamente no mercado de trabalho”, explica.

2. Aprimoramento das habilidades

As habilidades compreendem um pilar fundamental durante a recolocação no mercado de trabalho, pois determinam as competências para executar uma atividade, seja em grupo ou individual. “Cada vez mais, as empresas estão buscando profissionais que tenham em seu repertório as chamadas soft skills, que são as habilidades comportamentais. Em tempos de avanço da Inteligência Artificial, são elas que nos diferenciam das ‘máquinas’, porque são próprias do ser humano”, evidencia a especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza. 

Ao passo que as habilidades se tornam gradualmente mais atrativas para os recrutadores, também é necessária uma autoavaliação constante por parte de quem está buscando a recolocação profissional. Isso permite a identificação de pontos fortes e pontos a melhorar, indica Renata. “Verifique quais cursos ou treinamentos podem ampliar seu acervo de hard e soft skills e faça um planejamento para alcançar essas metas”, frisa.

Segundo ela, inteligência emocional e comunicação não violenta são habilidades valiosas, pois influenciam as relações entre colegas e líderes. “Mas é importante que o profissional busque quais skills são mais relevantes ao seu cargo e à organização em que ele deseja trabalhar”, pontua.

3. Construir uma rede de contatos

Outro aspecto que otimiza a busca pela vaga ideal é a rede de contatos. De acordo com Renata, essa rede é construída ao longo das experiências profissionais. “Desenvolver uma boa rede de contatos, o chamado network, é fundamental para que o profissional construa boas oportunidades. O mercado de trabalho é feito de relações e são elas que costumam abrir portas para uma contratação”, expõe.

Ela salienta o quanto líderes e colegas são essenciais nesse processo, pois são pessoas que podem viabilizar uma indicação. Manter uma boa relação com esses sujeitos é uma forma de manter portas abertas mesmo após o desligamento. “Isso significa encarar o desligamento de uma forma madura, conservando o respeito pelas pessoas com as quais você trabalhou”, mostra.

4. Postura e erros durante a entrevista

O momento da entrevista é decisivo e pode gerar enganos quanto à forma de se portar. A psicóloga e sócia da Refuturiza enfatiza que um deles é criticar a experiência anterior. Esse tipo de postura pode causar dúvidas aos recrutadores e diminuir as chances de contratação.

“Além disso, falar mal do emprego anterior também imprime a sensação de imaturidade por parte do profissional, que não assume a sua parcela de responsabilidade nos problemas dessa relação de trabalho. Será que todo o problema recai sobre a empresa? O que será que de fato aconteceu para que a relação desandasse? São esses os questionamentos que podem surgir quando o profissional adota essa postura em uma entrevista”, acentua Renata.

Como manter a motivação e o bem-estar mental

Perder um emprego é um fator delicado e que pode fragilizar muitas pessoas, não só no aspecto material, como também mental, afetando a autoestima profissional. “O desligamento não significa que você é um profissional ruim. Significa que seu perfil profissional não é aquele que a empresa está buscando, mas certamente há uma organização que busca um colaborador com o seu perfil”, observa.

Renata frisa que a inteligência emocional nessas horas é fundamental, de modo que a pessoa esteja atenta à saúde mental. “É nessas horas que se deve construir o conhecimento de que vínculos profissionais são, antes de tudo, relações. E tal como na nossa vida pessoal, existem tentativas de relacionamento que, por incompatibilidade, não vão adiante. E isso não é um problema nem de uma parte, nem de outra. Simplesmente não houve o match, a conexão necessária para que o relacionamento funcionasse”, finaliza.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

De namoro recente à sociedade duradoura: casal cria rede de cafeterias a partir de um sonho compartilhado

Publicado

em

Divulgação
Divulgação

Brunna Farizel e Lucas Moreira se conheceram em Vitória, no Espírito Santo, e não demoraram a compartilhar mais do que afinidades pessoais. Com apenas seis meses de namoro, decidiram abrir juntos o primeiro negócio. Sem experiência, o empreendimento não prosperou e acabou acumulando dívidas, o que para muitos seria motivo de desistência, para eles se transformou em aprendizado.

Alguns anos depois, já morando em São Paulo e com trajetórias profissionais mais sólidas no mundo corporativo, o casal voltou a pensar em empreender. A virada veio em 2017, com a chegada da primeira filha. Brunna, que trabalhava como executiva em grandes empresas, decidiu deixar o emprego para buscar mais autonomia e qualidade de vida, conciliando maternidade e carreira.

A decisão impulsionou a criação da Splash Bebidas Urbanas, uma rede de cafeterias especializada em bebidas e produtos prontos para o consumo. O modelo de negócio foi desenhado para ser simples de operar, com alimentos e bebidas que exigem poucas etapas de preparo. A proposta alia agilidade à brasilidade do cardápio, que traz sabores como paçoca, brigadeiro e cafés com grãos nacionais. A ideia era atender tanto o ritmo acelerado das grandes cidades quanto levar essa experiência a regiões do interior, onde produtos com esse perfil eram menos acessíveis.

Hoje são 65 unidades no Brasil, e a empresa acaba de dar um passo internacional com a abertura de sua primeira loja em Portugal, na cidade de Matosinhos. O casal também atraiu, durante essa trajetória, uma sócia de peso: a apresentadora Sabrina Sato, que se juntou ao time em 2023 para impulsionar ainda mais a expansão da marca.

Mais do que sócios ou namorados, Brunna e Lucas se tornaram exemplo de parceria afetiva e profissional. Durante a pandemia, escreveram juntos o livro Pra Cima! em que contam os erros, acertos e recomeços da trajetória empreendedora em casal. A história dos dois mostra que, apesar das dificuldades, empreender em casal pode ser um caminho para crescer junto, nos negócios e na vida.

Continue Lendo

Finanças

Perdeu o prazo da declaração? Veja o que acontece agora

Publicado

em

Adobe Stock
Adobe Stock
Especialista em direito tributário explica o que fazer para regularizar a situação com a Receita Federal após o fim do prazo de entrega
 
O prazo para declarar o Imposto de Renda 2025 terminou em 30 de maio, e quem não enviou a documentação ao fisco agora precisa correr contra o tempo para evitar complicações. A não entrega da declaração pode trazer uma série de consequências sérias, que vão desde multas automáticas até restrições no CPF, com impacto direto na vida financeira do contribuinte.
Segundo a advogada Roberta de Amorim Dutra, especialista em Direito Tributário, a primeira dica é manter a calma e agir o quanto antes. “A Receita Federal permite a entrega da declaração mesmo fora do prazo, mas o contribuinte estará sujeito a uma multa por atraso”, explica.
O que acontece se não declarar o IR?
Deixar de declarar o Imposto de Renda pode resultar em uma série de penalidades. “A principal delas é a multa por atraso na entrega, que varia entre R$ 165,74 e 20% do imposto devido”, detalha Roberta. Além disso, a Receita pode colocar o CPF do contribuinte em situação “pendente de regularização”, o que gera vários entraves.
Confira os principais problemas causados pela omissão:
•CPF bloqueado, impedindo acesso a serviços bancários;
•Impossibilidade de tirar ou renovar passaporte;
•Dificuldade para fazer financiamentos, empréstimos e compras a prazo;
•Problemas para participar de concursos públicos ou programas sociais que exigem CPF regular;
•Risco de autuação fiscal e cobrança judicial em casos de omissão de renda.
Como declarar o imposto após o prazo?
Ainda dá tempo de regularizar a situação — e quanto antes, melhor. “O contribuinte deve acessar o site da Receita Federal e fazer a entrega normalmente pelo programa gerador da declaração, já considerando que haverá multa”, orienta a advogada.
Passo a passo para declarar em atraso:
1.Baixe o programa do IR 2025 no computador ou aplicativo oficial da Receita;
2.Preencha as informações normalmente, como se estivesse dentro do prazo;
3.Envie a declaração;
4.O sistema vai gerar automaticamente a notificação de multa por atraso, com prazo para pagamento.
A advogada reforça que é melhor entregar mesmo que haja dúvidas. “O ideal é declarar e, se necessário, retificar depois. Isso ajuda a evitar problemas maiores com o fisco.”
Dica extra: e se eu não era obrigado a declarar?
Se você não se enquadrava nos critérios de obrigatoriedade, como renda anual abaixo do limite ou isenção por doença grave, não precisa se preocupar. “Mas se a Receita entender que você deveria ter declarado, poderá enviar uma notificação — e aí, será preciso se justificar ou corrigir”, alerta Roberta.
Regularizar evita dores de cabeça
A orientação é clara: se perdeu o prazo, não ignore o problema. Declarar o quanto antes e pagar a multa pode evitar complicações sérias no futuro. “A Receita tem cruzamento de dados com bancos, empresas e cartórios. Quem tenta fugir da obrigação, na maioria das vezes, acaba sendo descoberto e pagando mais caro por isso”, finaliza Roberta Amorim.
 
Serviço:
👉 Site da Receita Federal: www.gov.br/receitafederal
📱 Atendimento virtual e orientações: disponível via e-CAC ou aplicativo Meu Imposto de Renda.

Continue Lendo

Finanças

Finance Controller, Heloísa Cristina Lima consolida liderança feminina nas finanças no Brasil

Publicado

em

Wesley Andrade
Wesley Andrade

Com uma carreira marcada pela excelência e por desafios transformadores, Heloísa Cristina Lima é hoje uma das principais referências femininas na área financeira. Atual Finance Controller da BIC para Brasil e Argentina, a executiva amazonense tem mais de duas décadas de atuação em grandes multinacionais, acumulando conquistas e reconhecimento dentro e fora do país.

Formada em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA) e com três pós-graduações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Heloísa iniciou sua trajetória em empresas do setor de bens de consumo, com passagens de destaque pela Gillette do Brasil. Na companhia, foi transferida para Boston (EUA), onde atuou nas áreas de Impostos Internacionais, Comercial e Manufatura na The Gillette Co., aprofundando sua experiência em operações globais.

Desde 2021, lidera a área de controladoria da BIC, empresa reconhecida mundialmente por seus produtos de papelaria, isqueiros e barbeadores. Em sua função, é responsável pelas operações financeiras no Brasil e Argentina, atuando com foco em gestão eficiente de recursos, transparência e resultados. Seu desempenho já lhe rendeu prêmios como o Valores BIC e o BIC Star, concedidos a profissionais de alta performance dentro da organização.

Educação e liderança

Além da atuação corporativa, Heloísa também se destacou como professora universitária entre 2008 e 2013, lecionando disciplinas como Contabilidade Internacional e Contabilidade Avançada. Seu compromisso com a formação de novos profissionais reflete sua paixão por compartilhar conhecimento e contribuir para o desenvolvimento técnico e ético das futuras gerações.

Ao longo da carreira, Heloísa enfrentou desafios significativos, como liderar processos de reestruturação financeira em períodos de instabilidade econômica e afirmar-se como mulher em um ambiente historicamente masculino. “Em muitas situações, precisei provar minha competência. Isso me fortaleceu como líder e me fez valorizar ainda mais a diversidade dentro das empresas”, afirma.

Olhar para o futuro

Com perfil resiliente, estratégico e colaborativo, Heloísa Lima tem como objetivo continuar expandindo sua atuação na BIC e explorando novas frentes dentro da área financeira. No campo pessoal, busca equilibrar carreira e vida familiar, com tempo dedicado a viagens, hobbies como fotografia e projetos sociais voltados à educação financeira de mulheres.

Para quem está começando na área financeira, ela compartilha um conselho direto: “Estude sempre, busque bons mentores e desenvolva suas habilidades interpessoais. A carreira em finanças é técnica, mas exige comunicação, ética e liderança.”

Com sólida base acadêmica, experiência internacional e uma trajetória inspiradora, Heloísa segue como uma liderança estratégica e humana no mundo corporativo — e um exemplo de que competência e propósito caminham lado a lado.

Continue Lendo