Saúde
Governo abre 3,4 mil novas vagas para Mais Médicos

Os médicos interessados em aderir ao programa Mais Médicos podem se inscrever a partir desta segunda-feira (5). O novo edital do programa foi lançado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (2), com 3.174 vagas.
A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a atenção primária à saúde levando médicos até as regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.
Os trabalhadores do Mais Médicos integram as equipes de Saúde da Família e oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população.
A meta do Ministério da Saúde é chegar a 28 mil profissionais até o fim de 2025.
Distribuição
No edital deste 41º ciclo do programa, a oferta das vagas do programa considerou o cenário atual de distribuição de profissionais no país, conforme dados do estudo Demografia Médica 2025, que aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país.
Do total de vagas (3.174), 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
As vagas do novo edital contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%). As vagas disponibilizadas está publicada na página eletrônica, no link Quadro de Vagas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também publicou em sua rede social as localidades nas cinco regiões do país que terão vagas do programa federal.
Perfil do profissional
As oportunidades no 41º ciclo do Mais Médicos estão distribuídas entre três perfis profissionais:
1. médicos formados no Brasil com registro no registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou com diploma revalidado no Brasil;
2. médicos brasileiros formados no exterior (intercambista brasileiro);
3. médicos estrangeiros com habilitação para o exercício da medicina no exterior (intercambista estrangeiro).
O Ministério da Saúde esclarece que para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.
A documentação e as demais condições exigidas para os médicos brasileiros com registro no Brasil e para os intercambistas (brasileiros e estrangeiros) estão descritas no site. Entre elas: estar em situação regular na esfera criminal perante a justiça estadual e federal no Brasil, do local em que reside ou residiu nos últimos 6 (seis) meses; estar em situação regular com as obrigações militares, se o médico for sexo masculino; estar em situação regular na justiça eleitoral, se for brasileiro.
Inscrição
Os profissionais médicos devem realizar as adesões ao programa, por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP) entre 5 e 8 de maio.
No ato da inscrição no SGP, o médico candidato deverá anexar declaração de próprio punho, datada e assinada, atestando que, se estrangeiro, possui conhecimento da língua portuguesa e, independentemente da nacionalidade, tem ciência das regras de organização do SUS, bem como dos protocolos e diretrizes clínicas no âmbito da atenção primária à saúde.
No exercício das atividades pelo Mais Médicos, os profissionais médicos brasileiros e estrangeiros terão direito a benefícios descritos no site do programa, como de bolsa formação, ajuda de custo, auxílios. Eles poderão permanecer no programa por até 48 meses, sem vínculo empregatício de qualquer natureza.
Cadastro reserva
Neste novo chamamento público para adesão e renovação de vagas do Mais Médicos, o Ministério da Saúde criou a possibilidade de cadastro reserva do programa.
Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais pelos municípios e DSEIs, logo que a necessidade for identificada.
Com isso, 2.450 municípios brasileiros e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas em editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva do da política pública.
Mais Médicos
O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Atualmente, são 24,9 mil médicos, atuando em 4,2 mil municípios, o equivalente a 77% do território nacional. Os profissionais trabalham identificados com coletes verdes.
Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social. Do total de médicos em atividade pelo programa federal, 601 deles atuam em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
O Ministério da Saúde espera que a política pública, lançada em julho de 2013, gere impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena.
Saúde
Saúde emocional e metas físicas: como o cuidado terapêutico pode transformar o corpo e a mente

Conversamos com a personal trainer e terapeuta alquímica Ariana Araújo, que defende uma abordagem integrativa para quem busca resultados físicos sustentáveis e verdadeiros.
Alcançar um corpo saudável vai muito além da balança ou dos espelhos da academia. No Brasil, cada vez mais pessoas ganham ou perdem peso de forma extrema não apenas por fatores físicos, mas principalmente por questões emocionais. Segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), 64% dos brasileiros admitem comer em excesso como resposta à ansiedade e ao estresse — um indicativo claro da chamada “fome emocional”. A OMS também alerta: o Brasil tem quase o dobro da média global de casos de compulsão alimentar, atingindo 4,7% da população.

Diante desse cenário, a importância de um acompanhamento que leve em conta o emocional cresce — e muito. Para entender melhor essa relação entre saúde mental e resultados físicos, conversamos com a profissional Ariana Araújo, personal trainer com pós-graduação em Fisiologia e Saúde, e também terapeuta alquímica floral formada pela Escola Joel Aleixo. Ariana desenvolve um trabalho integrativo que une o olhar do corpo ao cuidado da alma.
“O corpo reflete o que a mente sente. Quando não olhamos para nossos padrões emocionais, acabamos sabotando nossos próprios objetivos. Muitas das vezes as dores musculares e articulares como ex: Dor na Lombar, Trapézio , Nervo Ciático, Tensos Generalizadas, Fibromialgia e outras, quanto são tratadas as causas – que também podem ser emocionais -, de certa forma ‘atrapalham’ desempenho físico dificultando chegar nos objetivos desejados.”, afirma Ariana. Segundo ela, o primeiro passo para conquistar uma transformação física duradoura é trabalhar o emocional. Isso inclui lidar com traumas, ansiedade, depressão e crenças limitantes — que, muitas vezes, são as verdadeiras barreiras entre uma pessoa e sua melhor versão.
“As crenças limitantes são como filtros que distorcem a nossa percepção de nós mesmos. Elas nos fazem acreditar que não somos capazes, que nunca vamos conseguir. E isso paralisa. Com o uso dos florais alquímicos, conseguimos acessar essas camadas mais profundas e iniciar um processo de liberação e fortalecimento interno.” Ariana relata que muitos de seus alunos e pacientes chegam até ela com metas físicas claras, como emagrecer ou ganhar massa magra, mas enfrentam bloqueios emocionais que dificultam o processo. É aí que a terapia floral entra como aliada.
“Cada pessoa é única, com uma história e uma dor específica. Não dá para tratar todos da mesma forma. O floral, quando bem aplicado, é um instrumento poderoso de autoconhecimento e desbloqueio emocional. Junto com o exercício físico, ele potencializa os resultados e os torna mais sustentáveis.”
A pandemia de COVID-19 também expôs com mais força essa relação: de acordo com uma pesquisa da USP, 19,7% dos brasileiros ganharam peso durante o isolamento social, reflexo direto das alterações emocionais e da ansiedade. Para Ariana, esses dados não surpreendem.

Ela acredita que o futuro da saúde está na integração: mente e corpo andando juntos. “Não adianta fazer a melhor dieta do mundo se a mente ainda está presa a padrões autodestrutivos”, diz. Seu trabalho com clientes é construído em torno da escuta, do acolhimento e do equilíbrio entre esforço físico e alinhamento emocional.
A mensagem é clara: para conquistar o físico, é preciso cuidar da mente. E Ariana Araújo é uma das profissionais que estão na linha de frente dessa mudança de paradigma, provando que saúde de verdade é aquela que começa de dentro para fora.

Saúde
Florianópolis decreta situação de emergência pública por casos de SRAG

O prefeito de Florianópolis, Topázio Silveira Neto, decretou situação de emergência em saúde pública, devido ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no município.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (1º) e tem prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado.
Segundo a prefeitura da capital catarinense, indicadores epidemiológicos revelam aumento expressivo nos índices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e de adultos.
Ainda de acordo com o município, há uma ocupação de 100% dos leitos de retaguarda hospitalares na capital e nos municípios do entorno.
Isso levou, segundo a prefeitura, à superlotação dos centros de atendimentos, o que representa um “elevado risco sanitário para a população”.
O decreto autoriza a contratação temporária de profissionais para a rede municipal de saúde, a ampliação da carga horária dos contratos administrativos já existentes e a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços voltados para o enfrentamento da emergência sanitária.
Saúde
Saúde amplia vacinação contra hepatite A para usuários de PrEP

A partir de agora, a vacinação contra hepatite A no Brasil passa a ser indicada também para usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP) – tratamento preventivo ao HIV. O anúncio da ampliação do esquema vacinal foi feito nesta sexta-feira (2) pelo Ministério da Saúde.
Em nota, a pasta informou que a medida tem como objetivo conter surtos de hepatite A na população adulta, além de atender a uma mudança no perfil epidemiológico da doença. De acordo com o ministério, com a ampla vacinação de crianças, iniciada em 2014, a doença passou a se concentrar no público adulto.
A expectativa é que a ampliação da vacinação tenha impacto também nas internações e nos óbitos por hepatite A, já que os casos graves, geralmente, são registrados entre adultos. A meta é imunizar 80% de todas as pessoas que utilizam PrEP – atualmente, mais de 120,7 mil cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS).
A imunização será realizada por meio de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Para receber o imunizante, é preciso apresentar a receita médica que indica o uso da PrEP. O local para vacinação será informado pelos serviços de referência onde os medicamentos são retirados.
Doença
A hepatite A é uma inflamação no fígado causada por uma infecção viral, que pode resultar em complicações. A doença, segundo o ministério, tende a ter mais gravidade em adultos do que em crianças.
Embora a principal transmissão do vírus seja fecal-oral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou, em 2016, um aumento no número de casos relacionados a práticas sexuais. A entidade indica a vacinação como estratégia de prevenção contra a doença.
No Brasil, o aumento de casos de hepatite A por potencial transmissão por sexo, de acordo com dados do governo federal, foi identificado, pela primeira vez, em 2017, no município de São Paulo. Na época, foram 786 diagnósticos com dois óbitos confirmados.
“Outros surtos foram registrados posteriormente, com predominância na população de homens que fazem sexo com homens. Atualmente, cerca de 80% dos usuários da PrEP têm esse perfil. Os surtos foram controlados com ajuda de ações específicas de vacinação”, destacou a pasta.