Música
Grande voz da nova geração, o pernambucano Ayrton Montarroyos apresenta seu novo trabalho, A Lira do Povo

Espetáculo é concebido a partir dos arquétipos da cultura do homem brasileiro, ora sertanejo, ora urbano, praiano
Grande voz da nova geração, o pernambucano Ayrton Montarroyos estreia seu novo show, A Lira do Povo, nos dias 04 e 05 de novembro, no Sesc Santana. Ayrton, entrará em estúdio ainda este ano para registrar o repertório em disco do espetáculo que não é um retrato do Brasil. Também não é um recorte da memória afetiva do povo brasileiro ou a projeção de um país ideal ou não. “A Lira do Povo” nasce da vontade de fazer sentir o personagem que somos nós, utilizando dos recursos estéticos que dispomos: som, luz, o teatro, cheiros e sentidos.
Esse espetáculo é concebido a partir dos arquétipos da cultura do homem brasileiro, ora sertanejo, ora urbano, praiano. Como diria João Cabral de Melo Neto sobre os recifenses: “ambidestros do seco e do úmido”, o homem que se retira do sertão para tentar uma vida, alguma que valha à pena viver, nos ambientes urbanos litorâneos, tais como o Rio de Janeiro e Recife. Talvez esse homem seja nordestino, mas por certo é brasileiro. O folclore, a oralidade, as histórias de pescador, tudo se cria ao redor desse homem por ele mesmo, tudo nasce de sua imaginação: sua música e também sua própria existência, forjada nos cadinhos do trabalho, do amor vivido ou amargurado em seu peito. No palco essa existência, esse homem, não é ali o objeto, mas o sujeito dessa história. Os acontecimentos que gestaram o cerne da questão desse homem tomam proporções hiperbólicas, tudo é demais até seu fim. E são esses acontecimentos que interessam ao espetáculo; fazê-los acontecer através das canções para que então as coisas aconteçam de modo espontâneo, através da consciência da plateia, que sempre será capaz de produzir seus próprios mitos. Como numa receita alquímica, tudo está no palco; cada ingrediente necessário para evocar, presentificar ali os alicerces que sustentam a vida inventada pelos homens. Como se o folclore fosse a maior coisa entre nós, o mito sobressai tornando-se a essência de tudo ao redor, levando o público a ser esse alguém, embora outro. É preciso despertar para a realidade de que a cultura dos homens provém o mundo que existimos e acreditamos existir.
No mito grego, a lira foi criada pelo deus Hermes no seu primeiro dia de vida. Olhou para uma tartaruga, achou-a engraçada e matou-a. Do seu casco criou-se estrutura para carregar o par de chifres de um boi que havia roubado da criação do seu meio-irmão, o deus Apolo, O Olho Que Tudo Vê. Com as tripas do boi afinadas e sustentadas pelos chifres e casco dos animais, Hermes criou “a primeira lira que animou todos os sons”. A partir da lira uma existência nova era fundada e tudo havia mudado desde então. Jamais o mundo seria o mesmo.
Assim como na história de Hermes, em “A Lira do Povo” há também um animal, um ser, um observador ativo que sobrevoa por entre as três suítes do espetáculo, entre os três universos que criamos: o sertão, o mar e a cidade. Um pássaro. Um pássaro que espreita as passagens dos textos musicais, mas mais que isso: acompanha o desenvolvimento desse personagem que nada mais é que o próprio sentimento brasileiro, o nosso folclore, a nossa cultura que nos inventa. Ao longo do espetáculo esse pássaro é amado (“cantando para a majestade: o sabiá”), preso numa gaiola, observado, ele foge (“guriatã de coqueiro, fugiu da sua gaiola”), traz mágoas e lembranças à tona e por fim, no último movimento, é enxotado pelo trabalho do homem urbano (“horas atrás, sem atentar, assustei os pássaros daqui”). É expulso pela falta de tempo, que impede a todos de olhar para cima e ao redor na cadeia de produção da vida que se criou. Expulso talvez o único Ser em todo o roteiro: o pássaro.
Hermes, criador da primeira Lira, é, como os pássaros, alado. O deus dos mercados, mas também dos significados que as coisas possuem em si, significados que foram imantados nas coisas pelo tempo e pela convenção humana, como a moeda ou as palavras. Hermes é a prova de que uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade, ou melhor, não há mentiras, tudo é verdade inventada. “A Lira do Povo” é mais uma dessas verdades.
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Roteiro
Suíte I – Mítica
Nesse primeiro bloco, encontra-se o personagem em si. Talvez no seu sertão interior, movido pelas dúvidas, graças e habilidades que sua vida lhe reserva. Há um sentimento aqui: talvez o de mudar de vida, de criar novas histórias e de viver sob outras histórias criadas por outrem. Nota-se que a vida já está em movimento, as coisas antecedem os homens, como as palavras que ele gasta diariamente ou o sabor da vida. Os músicos estão na plateia antes mesmo da plateia chegar ao teatro. Sentados, esperam como todos a hora do espetáculo começar, de frente para o palco, onde há um imenso espelho redondo, suspenso ao centro.
- O Trenzinho do Caipira (Villa Lobos/Ferreira Gullar)
- Viola Fora de Moda (Edu Lobo/Capinan)
- Antônio das Mortes (Sérgio Ricardo/Glauber Rocha)
- Guriatã de Coqueiro (Severino Rangel)
- Pé do Lajeiro (João do Valle/José Cândido/Paulo Bangu)
- Tô (Tom Zé/Elton Medeiros)
- Línguas de Fogo (Sidney Miller)
- Arrebentação (Sérgio Ricardo)
- A Mãe D’Água e a Menina (Dorival Caymmi)
- Canção Passarinho (Luis Violão)
Suíte II – Lírica
Dos amores que estão no mundo para as pessoas, da frustração, do encantamento, da confusão. Objetos elaborados ao revés da vontade, mas também pela vontade. Gesta-se saudade e vontade de fuga, negação de um amor, de um universo…
- Passarinho (João do Vale/José Lunguinho)
- Se Tu Quiser (Xico Bizerra)
- Majestade O Sabiá (Roberta Miranda)
- A Estrada do Sertão (João Pernambuco/Hermínio Bello de Carvalho)
- Pauapixuna (Paulo André/Ruy Barata)
Suíte III – Épica
Têm-se que viver a vida que se criou, mas até quando? Descobre-se que assim como para as fábricas, o ente humano pouco importa. O produto é a própria Vida. Vida essa provinda da ideia dos homens, maior que eles. A mítica que paira no ar e o choque da sua colisão com a vida que leva os homens. A descoberta de si, através da imensidão do que foi criado, do mundo. A vida continua, as coisas passam, os músicos saem caminhando pelo público, cantando a canção que nunca será a última.
- Gás Neon (Gonzaguinha)
- Última Mentira (Fagner/Capinan)
- O Ferroviário (César/Círus)
- Macauã (Sérgio Ricardo)
- Plataforma (Yuri Queiroga)
- Febre do Rato (Kiko Dinucci)
- Temporal (Paulo Ruschell)
- As Ilhas (Astor Piazzolla/Geraldo Carneiro)
- Maré (domínio público)
Serviço:
Ayrton Montarroyos – A Lira do Povo
04/11 – Sábado – 20h
05/11 – Domingo – 18h
Ingressos: https://www.sescsp.org.br/programacao/ayrton-montarroyos-5/
Música
Semana Santa em Goiânia: Música, Gastronomia e Conexões no Alabama Chopperia e Restaurante

Se você está em busca de eventos imperdíveis para aproveitar a Semana Santa em Goiânia, o Alabama Chopperia e Restaurante promete ser o ponto de encontro ideal. Entre os dias 16 e 20 de abril, o local se transforma em um palco vibrante, reunindo grandes nomes da música sertaneja e do pagode para agitar a cidade.
Lineup de Artistas
O evento contará com apresentações de artistas consagrados e talentos emergentes, incluindo Vinícius, o grupo Chama Q Noix, Diego e Leonardo, além da talentosa Clara Garcia. Com uma programação diversificada, os shows vão desde clássicos nostálgicos até os hits mais recentes, garantindo momentos de pura diversão e conexão com a música.
Gastronomia de Destaque
Além das atrações musicais, o Alabama Chopperia é conhecido por seu cardápio irresistível. Petiscos deliciosos e drinks criativos complementam a experiência, tornando cada momento ainda mais especial. É o lugar perfeito para saborear boa comida enquanto curte os shows.
Um Ambiente para Criar Memórias
Com uma decoração charmosa e acolhedora, o Alabama oferece um espaço ideal para reunir amigos e familiares. Mais do que um restaurante, é um local onde as pessoas podem celebrar, criar memórias inesquecíveis e aproveitar a energia única dos grandes eventos.
Não Perca!
Se você busca música de qualidade, gastronomia de primeira e um ambiente animado, o Alabama Chopperia e Restaurante é o destino certo nesta Semana Santa. Garanta sua presença e prepare-se para celebrar em grande estilo.
Música
Projeto “Som na Lagoa” abre feriadão com shows de peso

Com programação de peso e semanal, curadoria de Thaís Fraga e produção de Luciana Moisakis, novo espaço musical acontece sempre às quartas, quintas e sextas, às 19h30, no Mandarim
O Rio de Janeiro ganha uma nova opção para apreciar boa música em um ambiente icônico da cidade. Trata-se do projeto “Som na Lagoa”, que apresenta, de quarta a sexta-feira, às 19h30, no Mandarim, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, nomes consagrados e jovens talentos. Com curadoria da cantora Thaís Fraga e com produção de Luciana Moisakis, a programação abre o feriadão com atrações imperdíveis.
– O espaço é lindo! A atmosfera do Mandarim remonta Bali, Ibiza, Saint Tropez, Búzios ou Key West, mas é aqui pertinho, ao nosso lado, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, quase em frente ao Parque da Catacumba. E além da boa gastronomia, oriental e contemporânea, de agora em diante, terá também música da melhor qualidade, em formações ‘light’ e intimistas, de diferentes matizes musicais, com o verde, a brisa e o espelho d’água coroando a experiência do público. É para desfrutar com sabor, som, visual e contemplação – exalta Thaís Fraga.
Programação:

JOÃO CARLOS COCHLAR QUARTETO
– Dia 17 de abril, quinta-feira – JOÃO CARLOS COCHLAR QUARTETO, composto por ele, ao teclado, Raphael Grumser, na guitarra, Arthur Trucco, no baixo, e Pedro Faissal, na bateria, explora novas sonoridades seja reinterpretando clássicos brasileiros e standards ou composições autorais que dialogam com o inesperado. A regra é o acaso. No jazz, ao vivo e sem amarras, cada apresentação é uma nova oportunidade, onde a improvisação e a autenticidade se encontram.

SOL PELLEGRINI
– Dia 18 de abril, sexta-feira – SOL PELLEGRINI é uma cantora que passeia com desenvoltura pela MPB, ou, como ela mesma prefere dizer, “MBB” (Música Boa Brasileira”. Para este show, “Bossa Nova e Outras Bossas”, selecionou composições de alguns de seus autores prediletos, como Tom Jobim, Marcos Valle e Carlos Lyra. Em formato de quarteto, contará com a companhia dos renomados Gustavo Schroeter (produtor de seu CD e baterista do grupo A Cor do Som), na bateria, João Bosco, no teclado, e Léo Neiva, no baixo.
– Dia 23 de abril, quarta-feira – THAIS DURAN TRIO COM O SHOW “NOSSOS SAMBAS & BOSSAS
– Dia 24 de abril, quinta-feira – SARAU DAS QUATRO CONVIDA THAÍS FRAGA
– Dia 25 de abril, sexta-feira – BARLAVENTO
Serviço:
Projeto “Mandarim – Som na Lagoa”
Local: Mandarim Lagoa – Avenida Epitácio Pessoa, 3.111 (Quiosque 2), Lagoa, Rio de Janeiro – RJ
Dias e horários: quartas, quintas e sextas, às 19h30
Entrada: R$ 40
Classificação: Livre (menores devem estar acompanhados dos responsáveis)
Para mais informações e conferir a programação completa, acesse https://www.instagram.com/mandarim.rio/
Música
Guilherme Calaça: O Protagonista que Revoluciona o Pagode e Samba em Goiânia com a Have Fun Eventos

Goiânia, famosa por sua rica cultura musical, está vivendo uma transformação no cenário do pagode e samba, e Guilherme Calaça é um dos grandes responsáveis por essa revolução. Empreendedor visionário e apaixonado pela música, ele tem elevado esses gêneros a novos patamares, consolidando a cidade como um polo cultural vibrante.
A Visão de Guilherme Calaça
Com uma abordagem inovadora e um compromisso com a excelência, Guilherme Calaça tem se destacado como um dos principais nomes do entretenimento em Goiânia. Ele entende que o pagode e o samba não são apenas estilos musicais, mas sim expressões culturais que conectam pessoas e contam histórias. Sua dedicação tem ajudado a expandir o alcance desses gêneros, atraindo públicos diversos e criando experiências memoráveis.
Have Fun Eventos: Muito Mais que Entretenimento
À frente da Have Fun Eventos, Guilherme Calaça transformou a empresa em uma referência no mercado de eventos. Com o lema “Have Fun é festa, é vibe, é música e alegria”, a marca tem se destacado pela organização de shows e festas que celebram o melhor do pagode e samba. A curadoria impecável e a atenção aos detalhes garantem que cada evento seja único, proporcionando momentos inesquecíveis para o público.
Impacto no Cenário Musical de Goiânia
Sob a liderança de Guilherme, a Have Fun Eventos tem desempenhado um papel crucial na valorização do pagode e samba em Goiânia. Seus eventos não apenas movimentam a economia local, mas também colocam a cidade no mapa como um destino obrigatório para os fãs desses gêneros musicais. Artistas locais e nacionais encontram na Have Fun uma plataforma para brilhar e se conectar com o público.
O Futuro Promissor
Com uma agenda repleta de projetos ambiciosos, Guilherme Calaça continua a inovar e a inspirar. Sua paixão pela música e seu compromisso com a qualidade garantem que ele continuará a ser uma força motriz na evolução do pagode e samba em Goiânia.
Guilherme Calaça e a Have Fun Eventos são mais do que nomes no mercado de entretenimento—they são sinônimos de transformação, celebração e conexão. Goiânia agradece por essa revolução musical! 🎶✨
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