Cultura
Grupo Nós do Morro promove Mostra de Leitura Dramatizada com entrada gratuita

Evento recebe “O Pequeno Príncipe Preto”, “A Revolução na América do Sul”, “Hoje é Dia de Rock” e “Ópera do Malandro”
A Mostra de Leitura Dramatizada do Grupo Nós do Morro vai até o dia 10 de agosto com a apresentação gratuita da “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Hollanda. O clássico será encenado no sábado, 09, e domingo, 10, às 19h.
As turmas do aclamado grupo já levaram ao palco da mostra as obras “O Pequeno Príncipe Preto”, de Rodrigo França, “A Revolução na América do Sul”, de Augusto Boal, e “Hoje é Dia de Rock”, de João Vicente, dirigidas, respectivamente, por Paula Almeida, Fernando Melvin e Fátima Domingues. A turma de “Ópera do Malandro” é dirigida por Paulo Guidelly.
A Mostra de Leitura Dramatizada integra o Projeto “ARTE QUE EDUCA E TRANSFORMA, no âmbito do Termo de Fomento n° 964868/2024 decorrente da emenda parlamentar Nº 2024 14680014, proposta nº 5773/2024, celebrado por intermédio entre este e a FUNDAÇÃO NACIONAL DAS ARTES – FUNARTE.


Serviço:
Local: Casarão do Nós do Morro — Rua Doutor Olinto de Magalhães, 54, Vidigal, Rio de Janeiro – RJ
Entrada: GRATUITA (Retire o ingresso 1 hora antes)
Dia e hora: 09 e 10/08, sábado e domingo, 19h — Ópera do Malandro
Classificação: Livre
Rede social: https://www.instagram.com/gruponosdomorrooficial/
Cultura
Aclamado por público e crítica, espetáculo “Solo da Cana” volta ao Rio de Janeiro em curtíssima temporada

Apresentações acontecem no Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, de 14 a 24 de agosto, de quinta a domingo, às 19h
Após rodar o Brasil, a peça “Solo da Cana”, estrelada por Izabel de Barros Stewart e dirigida por João Saldanha, retorna ao Rio de Janeiro em curtíssima temporada no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, de 14 a 24 de agosto, de quinta a domingo, sempre às 19h.
A montagem provocadora apresenta ao público o depoimento ficcional de uma cana-de-açúcar – símbolo máximo da monocultura no Brasil – que ganha voz e protagonismo para refletir sobre os vínculos coloniais e o racismo ambiental que moldaram nossa relação com a terra e os corpos que nela vivem. A peça se configura como uma marcante alegoria sobre os modos de habitar o mundo e os efeitos dessa herança histórica nas práticas contemporâneas.
Izabel de Barros Stewart, com trajetória reconhecida na dança, assume neste trabalho também os papéis de atriz e dramaturga. Em cena, seu corpo dá forma e voz a esse vegetal-símbolo, propondo um deslocamento sensível e político: não se trata de humanizar a cana-de-açúcar, mas de criar condições para que ela seja percebida como sujeito ativo nas relações, com agência própria.
“É um convite para a gente se escutar e compostar afetos juntos”, afirma Izabel.
A montagem, com produção de Ana Paula Abreu e Renata Blasi, propõe um manifesto poético e contramonocultural. Trata-se de uma luta simbólica entre o avanço da fronteira agrícola e o colapso das sensibilidades, entre o lucro e a escassez, em busca de um terreno – literal e simbólico – onde seja possível reconstruir um cosmo de coexistência interespécies.








Retorno ao Rio
O espetáculo volta ao Rio de Janeiro após apresentações em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco. Izabel Stewart destaca a importância da interação com novos públicos, em especial nas cidades de interior por onde passou.
“Foram como pequenas navegações de amplo alcance. A gente percorreu interiores, nos aproximamos e nos relacionamos com plateias que têm mais intimidade com a terra do que com teatros, e a gente se alimentou desses encontros. Volto pro Rio, mais uma vez, transformada”, revela Izabel.
O diretor João Saldanha também enaltece as novas conexões e perspectivas criadas nas viagens da peça: “Circular é arejar, enxergar outros olhares, surpreender e ser surpreendido, ver e rever, sentir o efeito do tempo e ter a chance de um novo encontro.”
“O Futuros – Arte e Tecnologia é um palco para as grandes reflexões sobre a história de nosso país. Um espetáculo provocante como ‘Solo da Cana’, que aborda questões como o colonialismo, racismo ambiental e as consequências das escolhas do homem para as próximas gerações, está em total convergência com a proposta do centro cultural. O público vai sair da peça tendo muito para refletir”, aponta Victor D’Almeida, gerente de cultura do instituto Oi Futuro.
De peça a livro
A reestreia também contará com o lançamento do livro “Solo da Cana”, de autoria da própria Izabel de Barros Stewart. O texto dança pelas páginas insinuando as nuances e os estados de humor experimentados em cena junto com o público. O livro traz ainda um prefácio de João Saldanha, que além de dirigir a encenação, acompanha de perto a trajetória da autora. Aza Njeri, professora do Departamento de Letras da PUC-Rio e crítica teatral e literária, assina a apresentação situando o trabalho como uma “ecodramaturgia”, “reivindicando e construindo novas propostas de relações ecossistêmicas”, declara. Um posfácio escrito pela própria Izabel, oferece a dimensão do processo de criação e, por fim, tem o testemunho de Kelli Mafort, que coloca em perspectiva a peça em relação à sua experiência pessoal como assentada da reforma agrária.
Ficha técnica (cenacultores):
Texto e atuação: Izabel de Barros Stewart
Direção: João Saldanha
Direção de produção: Ana Paula Abreu e Renata Blasi
Assistente de produção: Flavio Moraes
Trilha sonora: Antonio Saraiva
Preparação vocal: Pedro Lima
Figurinos e adereços: Mauro Leite
Costureira: Maria de Jesus
Iluminação: João Saldanha
Design Gráfico: Roberto Unterladstaetter
Gestão de Mídias Sociais: Top na Mídia Comunicação
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Fotos: Carol Pires
Fomento e coordenação administrativo-financeira: Associação de Fomento Saúva
Produção: Diálogo da Arte Produções Culturais
Perfil Instagram: @solodacana
Serviço:
Solo da Cana
Temporada: de 14 a 24 de agosto, de quinta a domingo, às 19h
Local: Teatro Futuros | Futuros – Arte e Tecnologia
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo, Rio de Janeiro – RJ
Ingressos: R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia) e R$ 39 (desconto GIRO CARD), vendas no local ou no site Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/109117/d/331711/s/2259909
Lotação: 63 lugares
Duração: 60 minutos
Classificação etária: 12 anos
Rede social: https://www.instagram.com/solodacana
Sobre o Futuros – Arte e Tecnologia
Inaugurado há 20 anos, o centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia é um espaço de exibição, criação e inovação artística. Com uma programação gratuita voltada a todos os públicos, o espaço promove e recebe exposições, apresentações artísticas, espetáculos teatrais, entre outros eventos que convidam o público a refletir sobre temas que norteiam sua linha curatorial, como meio ambiente, ancestralidade, diversidade, educação e tecnologia. O Futuros abriga galerias de arte, um teatro multiuso e o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, que mantém um acervo de mais de 130 mil peças históricas sobre as comunicações no Brasil e atividades interativas sobre o impacto das tecnologias nas relações humanas.
O centro cultural foi fundado pela Oi e tem gestão do instituto Oi Futuro. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro – Lei do ISS, o projeto Vem, Futuro! Ano 2 é realizado pela Zucca Produções, em parceria com o Oi Futuro, no centro cultural, com patrocínio da Serede, Oi, Tahto e Prefeitura do Rio de Janeiro/SMC, oferecendo programação cultural, ações educativas e abrangendo infraestrutura de apoio nas galerias, no teatro e no Musehum.
Sobre o instituto Oi Futuro
Fundado em 2001, o instituto Oi Futuro desenvolve e cocria projetos de Cultura e Educação pelo Brasil, impulsionando a construção de futuros mais inclusivos e sustentáveis. Além da gestão de Futuros – Arte e Tecnologia, o instituto Oi Futuro também atua no fomento e desenvolvimento do ecossistema da Economia Criativa, promovendo ciclos de aceleração de iniciativas que têm a transformação social como propósito principal. Na área de educação, é responsável pelo NAVE (Núcleo Avançado em Educação), parceria público-privada com as Secretarias de Estado de Educação do Rio de Janeiro e Pernambuco, que há 19 anos promove formação profissional e tecnológica de qualidade como resposta aos desafios da atualidade.
Cultura
Projeto Cria lança Oficinas Artísticas para impactar mais de 1.200 crianças e jovens no Complexo do Caju (RJ)

Teatro e Pedagogia se unem em iniciativa premiada que promove cultura, educação e transformação social em uma das regiões mais vulneráveis do Rio de Janeiro
Em meio a um dos cenários mais desafiadores da cidade, o Projeto Cria anuncia a realização do CRIA – Oficinas Artísticas, uma potente ação cultural e educacional que impactará 1.200 crianças e adolescentes em situação de risco social no Complexo de Favelas do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
Atuando desde 2018 no território, o Projeto Cria tem como missão desenvolver o pensamento autônomo e crítico por meio do teatro, combinando uma metodologia inovadora que une a arte cênica a elementos inspirados na Pedagogia Waldorf. Reconhecido com o 1º lugar na categoria Arte Educação no Estado do Rio de Janeiro em 2024, o projeto já alcançou mais de 3 mil estudantes da rede pública.
Agora, com o lançamento das Oficinas Artísticas, o Cria amplia sua atuação em 6 escolas públicas parceiras da região, promovendo 30 oficinas entre os meses de agosto e dezembro de 2025. Serão oferecidas mais de 120 horas de atividades culturais, incluindo Jogos Teatrais, Improvisação, Interpretação, Musicalização, Contação de Histórias, Escrita e Leitura Dramatúrgica, sempre respeitando as fases de desenvolvimento de cada faixa etária.
Educação e cultura como instrumentos de resistência e transformação
Localizado em uma área com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano do Estado do Rio, o Caju enfrenta desafios profundos como a violência armada, o abandono escolar, a pobreza extrema e a falta de infraestrutura básica. Neste contexto, o Projeto Cria atua como uma intervenção cultural urgente, principalmente na favela Parque Conquista, considerada a mais vulnerável do Complexo.
Segundo dados do IBGE, o índice de alfabetização no Caju é de apenas 79% e apenas 3% da população possui escolaridade superior. A precariedade educacional é agravada pela falta de atividades extracurriculares e de espaços culturais acessíveis, o que torna os jovens ainda mais suscetíveis à evasão escolar e à violência.
– Muitos alunos vivem em barracos de madeira, sem saneamento básico. A realidade social de inúmeras famílias é de extrema gravidade, com pobreza e miséria sendo uma preocupação constante. Desprovidas de políticas públicas eficazes, essas famílias buscam se sustentar em trabalhos informais, como a reciclagem de lixo, que é a principal fonte de renda para a maioria delas – conta Laura Campos Braz, fundadora e diretora do projeto.
Uma nova perspectiva para o território
As Oficinas Artísticas visam fortalecer os laços entre arte e educação, atuando diretamente na formação de jovens sujeitos críticos e criativos. Por meio do Método Cria, os participantes desenvolvem raciocínio, equilíbrio emocional, empatia e iniciativa, abrindo novas possibilidades de futuro para si mesmos e para a comunidade.
De acordo com Laura, o objetivo da iniciativa é romper as barreiras impostas pela desigualdade social, conectando crianças e adolescentes com a cultura como forma de resistência e construção de identidade. O CRIA – Oficinas Artísticas também marca o início de uma nova fase do projeto, com a ampliação do seu método educacional e o fortalecimento da cultura periférica como eixo de transformação social.
















– O Porto do Rio de Janeiro, um local com um passado histórico rico, está cheio de crianças e jovens cheios de potencial que precisam ser desenvolvidos para quebrar o ciclo vicioso de pobreza e violência. O Cria acredita na potência do território e quer colocar o a região novamente no mapa como um lugar de esperança e oportunidade – reforça.
Sobre o Projeto Cria
Fundado em 2018, o Projeto Cria é uma iniciativa independente sediada no Complexo do Caju, Rio de Janeiro. Utiliza o teatro como ferramenta pedagógica e social, unindo-o a elementos inspirados na Pedagogia Waldorf para impactar positivamente comunidades em vulnerabilidade. Em seis anos de atuação, já formou centenas de jovens e tornou-se referência em arte-educação no estado do Rio de Janeiro.
Instagram: @projetocria
Cultura
Exposição fotográfica ‘Até Quando?’ denuncia crimes contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil

“Até Quando?” é o nome da exposição do fotógrafo baiano Genilson Coutinho, questionamento de pessoas LGBTQIA+ aos diversos casos de violência contra a comunidade. A exposição, que retrata a importância do combate a LGBTfobia no país, será aberta ao público em 15 de agosto, às 19h, no Museu Histórico de Jequié. A mostra continua em cartaz até 28 de setembro.
Cada imagem traz a história de uma vida perdida para LGBTfobia, apresentando a história familiar e o impacto das dores causadas pelas perdas. Na exposição, o público vai poder conhecer o primeiro caso de homofobia documentado no Brasil, em 1614, com a execução do indígena Tibira do Maranhão, tema de livro lançado em 2014 pelo antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luíz Mott. Tibira do Maranhão foi executado com um tiro de canhão em 1614, por ser homossexual. O indígena da etnia tupinambá teve seu destino definido por lideranças religiosas católicas em missão no Brasil.
“‘Até Quando?’ é um grito de alerta para a LGBTfobia. Levar essa exposição a Jequié é fundamental para fortalecer a luta em prol da comunidade LGBTQIAPN+ no combate às violências contra a comunidade por meio da minha arte. A arte aqui não é só estética — é denúncia, é resistência e é sonho de um futuro mais justo para todos”, afirma Genilson Coutinho, idealizador da mostra.
Na exposição, também há referências à morte do estudante Itamar Ferreira, na fonte da Praça do Campo Grande; ao assassinato da artista transformista Andressa Larmac, nas proximidades da Estação da Lapa; e à morte de Teu Nascimento na sua residência, em Cajazeiras. Além desses crimes ocorridos na capital baiana, a mostra retrata o assassinato do jovem ativista Alex Fraga, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
“A exposição ‘Até Quando?’, em Jequié, é um marco relevante para a cultura e para os direitos humanos em nosso município. A mostra reforça a promoção do respeito, da diversidade e da inclusão. A arte tem o poder de transformar realidades e provocar reflexões profundas, e o evento alerta contra a violência e o preconceito que ainda persistem no Brasil. Para nós, é uma honra recebermos essa exposição na nossa cidade e uma oportunidade única de oferecer à população um conteúdo artístico de forte relevância social. Que essa exposição seja uma semente para um diálogo mais empático, mais justo e mais humano”, declara o secretário de Cultura e Turismo de Jequié, Domingos Ailton.
A curadoria da exposição é do professor Leandro Colling, que faz parte do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades (NuCus) do Instituto de Humanidades da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A exposição foi contemplada nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.
Serviço
Exposição “Até Quando?” – Reflexão e grito de alerta sobre a LGBTfobia no Brasil
Data: 15 de agosto
Horário: 19h
Local: Museu Histórico de Jequié (Av. Rio Branco – Centro, Jequié)
Gratuito