Notícias
Grupos terapêuticos ajudam mães a lidar com “dor inominável” do luto

Em 2011, Márcia Noleto perdeu a filha Mariana em um acidente de helicóptero. Desde então, o luto passou a fazer parte da sua vida não apenas como experiência pessoal, mas como objeto de estudo e foco de trabalho.
A fundadora do grupo Mães sem Nome estudou psicologia para compreender melhor as múltiplas experiências de luto e como é possível continuar vivendo e reencontrar a alegria, mesmo que a ausência nunca possa ser preenchida. Em 14 anos, o grupo já ajudou milhares de mães em luto e alguns desses relatos se juntam à pesquisa de mestrado de Márcia, em seu recém-lançado livro Luto Materno.
Atualmente, mais de 20 psicólogas atendem voluntariamente mães de todo o Brasil que se reúnem em grupos virtuais e presenciais, para compartilhar suas experiências e se apoiar durante esse processo tão unicamente doloroso. No Dia das Mães, elas se revezam em esquema de plantão para dar auxílio individual àquelas que mais precisam.
Em entrevista à Agência Brasil, Márcia explica que esta é uma data de grande vulnerabilidade para essas mulheres, que não deixaram de ser mães, mas infelizmente não podem mais celebrar a data ao lado dos filhos que partiram. Mas ela também deixa uma mensagem de esperança: “a mãe que perde um filho jamais vai conseguir superar isso. Mas ela pode fazer um movimento de realinhamento com a vida”.
Agência Brasil: Como o grupo começou?
Márcia Noleto: Eu tinha uma outra vida. Eu fui secretária do Consulado Geral da França durante 20 anos, até que aconteceu o acidente, em 2011. Um pouco antes, a Mariana tinha me ensinado a usar o Facebook, então eu pedi orações por ela no meu perfil e foi uma coisa surpreendente porque muitas mulheres do Brasil, e até de fora do Brasil, começaram a me mandar mensagens de esperança e de fé. E aí eu comecei a me comunicar com essas mulheres e muitas delas já tinham perdido filhos também. E naturalmente foi se formando um grupo de mulheres no Facebook que perderam filhos. Então, eu pensei assim: ‘Meu Deus, que universo é esse, que sofrimento é esse? É uma dor que não tem fundo, né? Ela é imensurável.’
E aí eu decidi estudar psicologia e eu já entrei com isso na cabeça: Eu quero fazer um trabalho nesse sentido. Porque é uma população que não tem amparo no poder público, e é também uma questão social enorme. Quantas mulheres ficam desempregadas depois que perdem seus filhos? Quantas mulheres precisam de auxílio saúde pela Previdência Social? Porque você tem direito a no máximo uma semana de luto. Isso se você tiver uma proteção trabalhista. E aí eu tive a ideia de fazer esses grupos terapêuticos, com a ajuda de duas psicólogas.
Agência Brasil: E por que o grupo se chama Mães sem Nome?
Márcia: Esse nome faz referência a esse fato da gente não ter uma denominação, né? Porque existe a viúva, o órfão… mas no dicionário não tem nome para essa dor, é uma falta de lugar. Fica uma sensação de estar entre dois mundos. E essa mulher fica mesmo com uma sensação de estar entre dois mundos, presa entre a vida e a morte. O tempo não faz mais sentido: nem o passado, nem o presente, nem o futuro.
Quem passa por uma circunstância como essa, fica com o sentido da vida completamente esvaziado, então, o presente não faz mais sentido. Mas também não faz sentido você fazer planos para o futuro, porque você já perdeu tudo que você não podia perder. E a gente vai para o passado para rememorar, para sentir saudade, mas o passado já passou. Então, você fica em lugar nenhum. E realmente não tem nome para essa dor. Ela fica realmente no lugar do inominável.
Agência Brasil: Considerando o tamanho dessa dor, as mães em luto sentem que as outras pessoas não compreendem ou que, às vezes, não estão dispostas a ouvir sobre o que elas estão passando?
Márcia: Totalmente. É uma dor que as pessoas não estão preparadas para enfrentar na família, no meio social, no trabalho… não estão. As pessoas não sabem o que vão te dizer. Porque sentem medo também. Todo mundo que tem um filho, quando vê uma mãe perder seu filho diz assim: ‘Deus me livre’. Então, as pessoas se afastam de você, porque elas ficam desconfortáveis do seu lado. E às vezes as pessoas que chegam junto ficam durante um certo tempo, mas depois elas vão embora. E a dor é sua e você tem que continuar lidando com ela, sabe?
E quando eu escrevi esse livro (Luto Materno), a minha intenção também é que os psicólogos leiam. Porque eu recebo muitas mães que disseram para mim que foram em psicólogos, mas eles disseram: ‘Isso vai passar, você vai se cuidar e ficar melhor’. E não era isso que elas queriam ouvir, entende? A palavra “superação”, por exemplo, é uma palavra condenada. Horrível! A mãe que perde um filho jamais vai conseguir superar isso. Mas ela pode fazer um movimento de realinhamento com a vid, de rearticulação com a vida.
Agência Brasil: Mesmo que seja um sofrimento muito grande, você defende muito enfaticamente que o luto não seja tratado como doença?
Márcia: Sim! Hoje em dia você tem no DSM, que é um manual onde os médicos listam todas as doenças, o luto é considerado como um transtorno. E isso é uma coisa muito complicada, porque muitos psiquiatras, quando vão atender essas mulheres, entendem que elas precisam sempre ser medicadas. E eu afirmo com todas as letras que não. A dor do luto é uma dor existencial. A mulher está profundamente triste, mas ela não está deprimida clinicamente.
Se essa mulher já sofria de depressão antes da morte do filho, ela pode sim ter essa depressão potencializada, mas isso não quer dizer que toda mãe que perde o filho vai desencadear uma depressão. Eu não considero transtorno, e também não considero nenhum desvio, nenhuma inadequação. Pelo contrário. Então a gente tem que escutar essa mulher, porque também é uma coisa muito singular. Se você colocar duas mães na minha frente que tenham perdido os filhos de formas similares, mesmo assim, o luto não vai ser idêntico. Eu destaco bastante isso no meu livro.
Agência Brasil: Além de reunir esses relatos, você também traz uma abordagem filosófica e histórica do luto?
Márcia: Isso! Esse livro, na verdade, é uma tese de mestrado. Depois da psicologia, eu fiz uma formação em fenomenologia, e essa abordagem traz justamente esse conceito, de que a gente não vê o transtorno, a gente vê o sofrimento. Então, eu fui lá atrás no Freud, que é uma das primeiras pessoas que vai falar de luto, e aí eu vou no Heidegger, que é um filósofo que está na base da abordagem fenomenológica, e ele diz que a gente é um ser jogado nesse mundo aqui e que a gente tem que lidar com a nossa finitude.
Mas como a gente lida? Se esquivando da morte. Então, qual é a saída? Eu trago como uma das possibilidades de tratamento a clínica compartilhada em grupo.
Agência Brasil: Que se relaciona com o trabalho que vocês fazem no Mães sem Nome, né? Como o grupo funciona?
Márcia: A gente tem uma página no Instagram (@maessemnome2023), e a mulher que precisa de ajuda, entra na página e deixa um recado lá. Aí a coordenadora da rede de psicólogas pega o nome dessa mãe e distribui para alguma psicóloga voluntária. Elas fazem uma entrevista de triagem, que é uma entrevista preliminar para entender como é que essa mãe está se sentindo, e se for uma história muito difícil, a gente propõe uma terapia em algumas sessões, para dar acolhida e perceber se ela vai estar apta para escutar outras histórias. Quando a gente percebe que sim, ela começa a participar. Nós temos dois encontros online nas quartas e nas sextas, e aos sábados aqui no consultório presencial.
O grupo é aberto, isso quer dizer que qualquer mulher pode entrar e sair a hora que quiser. Você pode entrar e ficar com a sua câmera fechada. Se você não está a fim de falar nesse dia, você pode só ouvir. E ela participa pelo tempo que quiser. O importante é elas saberem que sempre que quiserem e precisarem, a gente está ali. Para o livro, eu transcrevi alguns encontros e fui pensando algumas palavras que se repetiram. Mas com muito cuidado, porque eu não queria que essas palavras fossem entendidas como características do luto materno. Não tem como padronizar.
Agência Brasil: Datas comemorativas de maneira geral costumam ser complicadas para as pessoas em luto, mas o Dia das Mães é um desafio maior para essas mulheres?
Márcia: Tem um complicador a mais, sim. A gente não deixa de ser mãe, mesmo que perca o único filho que tem. E essa data lembra que a gente é mãe. E lembra que a gente perdeu esse filho. E para algumas mães que ainda têm filhos vivos, essa mulher fica dividida: eu tenho aqui uma vida para viver, eu tenho um filho para cuidar, mas eu perdi um outro filhinho.
Então assim, eu sei que é uma data comercial, mas ela toca numa ferida muito exposta. Por isso que a gente faz plantão psicológico para ouvi-las. Para que elas possam falar sobre isso e voltar para as suas casas e passar o dia bem com o filho que ela tem aqui nesse mundo, e para que ela possa em algum momento também fazer uma prece, se reconectar, mandar boas energias universo, enfim, pra que ela possa encontrar um lugar que seja confortável para ela nesse dia.
Agência Brasil: E quem está ao redor dessas mulheres, como pode ajudar?
Márcia: Estar presente, mas verdadeiramente presente. Eu acho que a gente precisa se conectar verdadeiramente com as pessoas, olhar no olho, abraçar, aquele abraço duradouro, aquele amor sincero, aquela energia boa. Você não precisa estar falando sobre o assunto, mas você pode estar presente e mostrar para essa pessoa que a vida tem outros prazeres, como sentar numa mesa, almoçar junto com a família. E se algo for dito, ou for transmitido no olhar… deixa dizer, se a vontade de chorar vier, deixa chorar e acolher essa dor. Entender que ela existe, mas a gente pode viver com essa dor guardadinha em algum lugar do coração, uma um lugar que seja respeitoso, cuidadoso, como um relicário, sabe? E, ao mesmo tempo, que tem alegria também.
A gente pode ter as duas coisas ao mesmo tempo, sim. Tem como acomodar as duas coisas dentro de si em lugares diferentes, mas num universo só, que somos nós mesmos. Essa é a arte de viver. E as mulheres que precisarem de ajuda podem procurar o nosso Instagram, que a gente entra em contato, a gente acolhe e cuida.
Notícias
Mato Grosso tem duas das cidades mais quentes do Brasil e lidera buscas por ar-condicionado

Levantamento com dados do Google e do INMET revela como as altas temperaturas impulsionam o interesse por climatização no Brasil

As altas temperaturas registradas em todo o território nacional estão mudando o comportamento de consumo do brasileiro e intensificando a procura por soluções de climatização. Dados compilados pela Frigelar a partir do Google mostram que o Mato Grosso é o estado com maior volume de buscas relacionadas a sistemas de refrigeração, evidenciando o impacto direto do calor sobre a demanda.
O resultado se soma às informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que apontam o Centro-Oeste entre as regiões mais quentes do país. Cuiabá, por exemplo, aparece entre as cidades com temperaturas médias anuais mais elevadas, superando 29 °C. No ranking nacional, que considera as 20 cidades mais quentes do Brasil, nove delas estão nas regiões Norte e Centro-Oeste, confirmando a tendência de calor persistente e prolongado.

Cidades que lideram o calor no Brasil
De acordo com o INMET, Jaguaribe (CE) ocupa o primeiro lugar entre as cidades mais quentes, com temperatura média máxima de 31,9 °C e mínima de 29,9 °C. Na sequência aparecem Santa Rita de Cássia (BA), Campo Maior (PI), Boa Vista (RR) e Porto Seguro (BA). O levantamento mostra que as médias mais altas se concentram nas regiões Norte e Nordeste, mas o Centro-Oeste também se destaca com municípios como Cuiabá e Apiacás, ambos no Mato Grosso.
O estado, além de registrar picos de temperatura que ultrapassam 40 °C durante o verão, tem enfrentado períodos de seca e baixa umidade que agravam a sensação térmica. Esses fatores contribuem para o crescimento contínuo das buscas por equipamentos de refrigeração, tanto para residências quanto para estabelecimentos comerciais e industriais.
Onde o calor se transforma em comportamento de consumo
O cruzamento dos dados de temperatura com o volume de pesquisas no Google revela que o calor é um dos principais gatilhos de interesse por produtos de climatização no Brasil. A tendência se repete em estados como Tocantins, Maranhão e Piauí, que também figuram entre os líderes em volume de buscas.
Essas regiões enfrentam longos períodos de estiagem e aumento gradual das médias térmicas anuais. Com isso, cresce a necessidade de soluções que melhorem o conforto térmico e ajudem a equilibrar o ambiente em casas, escritórios e estabelecimentos comerciais. Para muitos consumidores, o investimento em sistemas de climatização deixou de ser um luxo e passou a ser uma necessidade básica de bem-estar e produtividade.
Calor, economia e eficiência energética
À medida que o uso de sistemas de refrigeração se intensifica, o consumo de energia elétrica também aumenta. O setor de climatização responde por uma parcela significativa da demanda de eletricidade nas regiões mais quentes, o que reforça a importância da escolha de equipamentos eficientes e do uso consciente.
De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), mais de 20% das vendas do setor em 2024 foram de modelos com selo de eficiência energética Procel A. A busca por economia e sustentabilidade está em alta, principalmente entre consumidores que desejam reduzir o impacto na conta de luz sem abrir mão do conforto térmico.
Impacto econômico e oportunidade de mercado
A intensificação do calor e o crescimento urbano estão transformando o mercado de climatização no Brasil. Além do aumento das vendas diretas, há um movimento expressivo de capacitação técnica e de modernização das cadeias de distribuição. O comércio eletrônico também se consolida como um dos principais canais de compra, especialmente em datas sazonais de alta temperatura ou promoções específicas.
No Mato Grosso e em estados vizinhos, o varejo observa elevação de demanda tanto no varejo físico quanto online durante os meses de calor extremo. A tendência é que esse comportamento se repita de forma cada vez mais intensa, acompanhando o avanço das ondas de calor e a previsão de aumento médio da temperatura global.
O clima como termômetro de consumo
Os dados do INMET e do Google mostram que o calor é hoje um indicador direto de consumo. As regiões mais afetadas pelas altas temperaturas são também as que mais pesquisam sobre formas de resfriamento e conforto térmico. Essa correlação reforça o papel da informação climática como ferramenta estratégica para negócios e planejamento de mercado.
O ar-condicionado, antes restrito a ambientes corporativos ou residências de alto padrão, tornou-se parte da rotina de milhões de brasileiros. Em estados como Mato Grosso, onde o calor é intenso durante boa parte do ano, o aparelho é cada vez mais visto como essencial. A expectativa é que a tendência continue em expansão, impulsionada por fatores climáticos, econômicos e tecnológicos, consolidando o setor de climatização como um dos mais estratégicos para o futuro do país.
Notícias
Crianças participam do 2º Circuito de Educação Ambiental com oficinas e atividades interativas

Evento reuniu mais de 300 crianças em um circuito interativo com foco em fauna, flora e sustentabilidade
A maior cachoeira da América Latina, construída com materiais recicláveis, foi palco, na manhã desta sexta-feira (17/10), da segunda edição do Circuito de Educação Ambiental, uma ação que combinou aprendizado, diversão e conscientização ecológica. Com 25 metros de altura, a cachoeira do Eco Resort Castelinho, em Santo Aleixo (Magé/RJ), foi erguida a partir de 40 toneladas de resíduos recicláveis coletados na Baía de Guanabara por pescadores do Projeto Águas da Guanabara, incluindo cerca de 3 mil pneus de caminhão, garrafas PET, isopor e outros materiais. Os próprios pescadores estiveram presentes no evento, reforçando o vínculo entre comunidade, sustentabilidade e educação ambiental. A água que abastece a cachoeira vem de um sistema próprio de captação de chuva, garantindo um espetáculo sustentável e educativo para crianças e visitantes.
A atividade, realizada das 8h às 11h30, reuniu mais de 300 alunos das redes municipal e estadual de Magé e Petrópolis, que participaram de um circuito composto por 11 estações educativas voltadas para temas como fauna, flora, conservação e sustentabilidade.
O evento começou com um café da manhã coletivo oferecido pelo Eco Resort Castelinho, seguido de uma sequência de vivências práticas e interativas, conduzidas por instituições ambientais parceiras. Cada estande ofereceu uma experiência diferente, despertando nas crianças o senso de curiosidade e cuidado com a natureza.

A ação reforçou o compromisso do Eco Resort Castelinho com a educação ambiental contínua e o engajamento social. Famoso por abrigar a maior cachoeira artificial do Brasil construída com materiais recicláveis, o resort reafirma seu papel como um espaço de aprendizado, sustentabilidade e transformação comunitária.
“Nosso objetivo é plantar sementes de consciência nas crianças, que são os verdadeiros guardiões do futuro. Queremos que elas sintam na prática o valor de cuidar da natureza e descubram que sustentabilidade é uma escolha possível e inspiradora”, afirmou André Marinho de Moraes, idealizador do Eco Resort Castelinho.
“Quando aproximamos a conservação da natureza das crianças, estamos garantindo o futuro da nossa biodiversidade. Este circuito é um exemplo de como o turismo ecológico e a educação ambiental podem caminhar lado a lado em prol de um mesmo propósito”, ressaltou Victor Valente da Silva, chefe da APA Petrópolis/ICMBio.
Pescadores do Projeto Águas da Guanabara participam do evento e reforçam a sustentabilidade da cachoeira
Os próprios pescadores, que coletaram cerca de 40 toneladas de resíduos da Baía de Guanabara — incluindo pneus de caminhão, garrafas PET, isopor e outros materiais — para a construção da cachoeira, estiveram presentes no evento. “A participação dos pescadores no Projeto Águas da Guanabara reflete nosso compromisso com a preservação ambiental e a conscientização das futuras gerações. Este evento é um exemplo claro de como a união entre comunidade e natureza pode gerar resultados positivos para todos”, afirmou Luiz Claudio Stabille Firtado, presidente da Federação de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (FEPERJ).
O Circuito de Educação Ambiental é uma realização conjunta do Eco Resort Castelinho, APA Petrópolis e ICMBio, com participação de importantes parceiros ambientais e apoio da empresa Sequóia de Santo Aleixo, demonstrando a força das parcerias público-privadas para gerar impacto positivo.
Notícias
A complexidade e a liderança por trás dos grandes projetos submarinos

O setor de óleo e gás permanece como um dos pilares estratégicos da economia mundial, responsável por movimentar trilhões de dólares e impulsionar a inovação tecnológica em escala global.Nesse cenário, a exploração offshore, especialmente em águas profundas e ultraprofundas, tornou-se fundamental, exigindo o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais complexas e seguras.
Empresas que atuam com tecnologia submarina têm papel decisivo nesse ecossistema. Elas desenvolvem sistemas integrados de produção submarina, válvulas, bombas, compressores, árvores de natal molhadas e equipamentos de controle de fluxo capazes de operar sob condições extremas de pressão e temperatura. O objetivo é aumentar a eficiência da produção, reduzir custos operacionais e garantir a segurança ambiental das operações.
Nos últimos anos, a digitalização e a automação transformaram profundamente o setor. Sensores inteligentes, sistemas de monitoramento remoto e análise de dados em tempo real permitem prever falhas, otimizar a produção e aumentar a vida útil dos equipamentos. Essa integração entre engenharia, automação e inteligência artificial redefiniu o conceito de eficiência operacional no fundo do mar.
Liderança e Estratégia em Projetos Submarinos
Nesse ambiente altamente técnico e competitivo, profissionais de liderança exercem papel essencial para o sucesso de cada operação. À frente de projetos complexos está Bruno Rompkovski, executivo com sólida trajetória internacional no setor, que atua como responsável pelas áreas de Licitações, Propostas, Operações Comerciais e Projetos em uma das maiores empresas globais de tecnologia submarina.
Rompkovski liderou projetos submarinos de grande porte em diversas regiões do mundo, unindo conhecimento técnico e visão estratégica. Em sua função como Western Hemisphere Tender Manager, ele supervisiona o portfólio de propostas para produtos, sistemas e serviços submarinos no Hemisfério Ocidental, assegurando consistência global, conformidade e alinhamento com os objetivos corporativos.
Sua atuação envolve definir e implementar estratégias de licitação, gerenciar propostas complexas e desenvolver soluções competitivas que impulsionam receitas e destravam casos de negócios desafiadores junto a grandes operadores do setor. O papel que desempenha exemplifica a importância de uma liderança técnica e comercial integrada, capaz de conectar engenharia de ponta, inovação e resultados financeiros sustentáveis.
Os desafios enfrentados por gerentes comerciais e diretores de projetos nesse setor são notáveis. “O ciclo de vendas de soluções submarinas é longo, técnico e envolve contratos de alto valor, frequentemente em múltiplas jurisdições, exigindo uma combinação rara de visão estratégica, domínio técnico e capacidade de negociação”, afirma Bruno.
Atuando em posições que exigem tanto visão comercial quanto conhecimento técnico aprofundado, Bruno gerencia negociações complexas e coordena equipes multidisciplinares. A experiência de Rompkovski ilustra como o sucesso no setor depende de uma atuação integrada, em que gestão, engenharia e estratégia comercial caminham lado a lado para garantir resultados sustentáveis e inovadores.
O futuro do mercado de óleo e gás, em especial no segmento de tecnologia submarina, aponta para uma integração cada vez maior entre inovação, sustentabilidade e automação. A busca por operações mais seguras, eficientes e com menor impacto ambiental orienta novos investimentos em inteligência artificial, robótica submarina e soluções energéticas híbridas.
Assim, o setor continua sendo um dos mais desafiadores e fascinantes do mundo industrial. Profissionais como Bruno Rompkovski exemplificam o perfil de liderança que impulsiona essa transformação — combinando excelência técnica, gestão estratégica e visão global em um ambiente onde inovação e resiliência são essenciais para o sucesso.