Estilo de Vida
Guia completo dos países que pagam para morar e casar
O interesse em descobrir países que pagam para morar e casar cresceu muito nos últimos anos.
Essa busca está relacionada a dois fenômenos globais: de um lado, o sonho de viver fora e iniciar uma nova etapa de vida; de outro, a realidade de várias nações que enfrentam queda populacional, envelhecimento da sociedade e despovoamento de áreas rurais.
Como resposta, governos e prefeituras criaram programas de incentivo destinados a atrair casais.
O objetivo não é apenas fortalecer os laços matrimoniais, mas também revitalizar economias locais e equilibrar a pirâmide demográfica.
Este guia reúne os principais exemplos e explica como esses incentivos funcionam na prática. Afinal, qual país paga para casar?
Países que pagam para morar e casar: contexto geral
A ideia pode parecer inusitada, mas programas desse tipo existem em várias partes do mundo.
Em vez de simplesmente “pagar pelo casamento”, as iniciativas oferecem subsídios financeiros, terrenos, descontos em impostos e apoios habitacionais.
A lógica é clara: ao trazer casais jovens, essas regiões ganham moradores estáveis, consumo local e, muitas vezes, aumento da taxa de natalidade.
Exemplos de países que oferecem incentivos
1. Itália
A Itália é frequentemente mencionada quando se fala em países que pagam para morar e casar.
Regiões rurais e vilarejos italianos sofrem com a saída da população jovem e oferecem benefícios a quem decide fixar residência.
- Subsídios de até €20 mil para casais que se mudam para áreas menos povoadas.
- Casas vendidas por valores simbólicos, desde que sejam reformadas e habitadas.
2. Japão
No Japão, a crise populacional é crítica. A taxa de natalidade caiu para níveis históricos e o envelhecimento da população desafia a economia.
- Prefeituras oferecem até ¥600.000 (cerca de R$ 20 mil) para casais recém-casados.
- Incentivos extras são concedidos caso o casal tenha filhos.
Essa é uma das políticas mais diretas de apoio a casais e famílias jovens.
3. Portugal
Em Portugal, vilarejos do interior também criaram medidas para atrair famílias. A diferença é que o país associa o incentivo não só ao casamento, mas também à fixação em áreas pouco povoadas.
- Benefícios fiscais municipais.
- Subsídios de habitação e apoio financeiro para jovens casais.
4. Espanha
Diversos municípios espanhóis sofrem com o despovoamento. Para revertê-lo, algumas regiões oferecem:
- Terrenos gratuitos para quem aceita viver e construir família no local.
- Auxílios financeiros para casais que se casam e permanecem na comunidade.
5. França
A França não paga diretamente pelo casamento, mas concede benefícios fiscais significativos para casais que registram a união.
Além disso, pequenas comunidades criam programas locais para atrair novos moradores, principalmente famílias jovens.
6. Rússia
Na Rússia, o incentivo está fortemente ligado à natalidade.
- Mulheres que têm filhos após o casamento recebem bônus financeiros.
- Famílias jovens podem acessar programas de moradia subsidiada.
É um modelo de incentivo indireto, mas altamente voltado para casais.
7. Coreia do Sul
Com uma das menores taxas de natalidade do planeta, a Coreia do Sul implementou medidas para incentivar casamentos e a formação de famílias.
- Subsídios habitacionais para recém-casados.
- Programas de apoio financeiro vinculados ao nascimento de filhos.
8. Canadá
O Canadá não tem programas que paguem diretamente para casar, mas algumas províncias oferecem vantagens de imigração para casais.
- Casais podem somar pontos extras em processos migratórios.
- O casamento fortalece candidaturas para residência permanente.
Assim, o benefício está mais ligado ao futuro no país do que ao matrimônio em si.
Benefícios mais comuns oferecidos
Ao analisar os casos, percebe-se que os países que pagam para morar e casar seguem padrões semelhantes de incentivos:
- Ajuda financeira inicial (subsídios em dinheiro).
- Moradia acessível (casas de baixo custo ou terrenos gratuitos).
- Benefícios fiscais (redução de impostos para famílias jovens).
- Apoio à natalidade (bônus por filhos nascidos após o casamento).
Essas medidas formam um pacote atrativo para quem deseja começar uma nova vida fora do país de origem.
Mitos e verdades sobre o tema
Mitos
- “Qualquer estrangeiro pode casar e receber dinheiro.” → Na realidade, a maioria dos programas exige residência e integração à comunidade.
- “O governo paga imediatamente após o casamento.” → Os incentivos geralmente estão atrelados a prazos, filhos ou permanência.
Verdades
- Existem sim programas reais de incentivo vinculados ao casamento.
- A maior parte está relacionada a regiões despovoadas.
- Os benefícios podem transformar a vida de casais dispostos a migrar.
Casar e morar fora: vale a pena considerar?
Para casais jovens, os países que pagam para morar e casar representam oportunidades únicas. No entanto, é essencial avaliar alguns pontos:
- Adaptação cultural e linguística.
- Exigências legais (tempo mínimo de permanência, registro oficial, comprovação de residência).
- Estabilidade financeira para se manter após o incentivo inicial.
Esses programas podem ser vantajosos, mas exigem planejamento e pesquisa detalhada sobre as condições impostas.
O conceito de países que pagam para morar e casar vai além de uma simples curiosidade.
Ele reflete políticas públicas reais voltadas para solucionar problemas demográficos e revitalizar regiões em crise. Itália, Japão, Portugal e outros países mostram que casar pode, sim, abrir portas para benefícios financeiros e sociais.
No entanto, é importante compreender que os incentivos não são pagamentos automáticos, mas oportunidades condicionadas à formação de família, permanência e integração local.
Para quem sonha em casar fora e construir uma nova vida, esse guia completo é o ponto de partida para entender as opções e se preparar adequadamente.
Saúde
Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.
As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.
Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.
Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.
Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2), em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).
Saúde
Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP
O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.
Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.
A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.
“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..
Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30
Modernização
Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.
“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.
O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.
Saúde
OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência
Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.
Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.
“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.
“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.
Riscos
A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.
O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.
“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.
A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.
Apelo à ação
Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:
- Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
- Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
- Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
- Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.



