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Hackers declaram apoio à Palestina em sites de prefeituras de Minas

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Um grupo de hacktivistas alterou, na madrugada de quinta-feira(16), o conteúdo das páginas oficiais de pelo menos 31 prefeituras de Minas Gerais, em um protesto, na forma de ocupação, que se estende até este sábado (17). 

A ação foi coordenada para reclamar uma posição mais firme do governo brasileiro em relação ao genocídio de palestinos, pelo Estado de Israel, e fazer alusão à Nakba, processo de limpeza étnica lembrado ao longo desta semana.

Em um manifesto divulgado nas páginas virtuais, o grupo, chamado Batalhão Cibernético do Mártir Walid Ahmed, relaciona a violência sistemática contra palestinos a outros eventos. Os ativistas fazem uma ligação da morte do adolescente brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos de idade, na prisão israelense de Megido, com as desumanidades cometidas durante a ditadura civil-militar instaurada com o golpe de 1964, no Brasil.

“Walid Ahmed não foi o primeiro brasileiro a ser sequestrado no meio da noite por agentes não identificados. Não é o primeiro brasileiro a desaparecer nos porões dos militares e ser torturado a ponto de morrer de fome”, escrevem os ativistas na mensagem que sobrepuseram aos conteúdos originais dos sites. 

“E também não é o primeiro brasileiro cuja família não poderá honrar com um enterro digno e receber algum tipo de fechamento em seu luto, já que ao devolver o corpo de um mártir, os militares criminosos também entregariam uma prova objetiva de crime contra a humanidade. Rubens Paiva e os demais mártires da ditadura brasileira que nunca tiveram seus corpos devolvidos às famílias receberão com toda a certeza o jovem Walid de braços abertos no Céu de Deus Todo-Poderoso, assim como vocês o fizeram por nossos sobrinhos na Terra”..

Os hackers afirmam, ainda, que a ocupação militar sionista tem “outros 250 menores de 18 anos em seus porões”. 

“O Brasil venceu seus opressores há 40 anos. A Palestina vem vencendo há 77 anos, que se completam no dia de hoje. E um dia vencerá. Ela será livre de Rio a Mar”.

Na tarde deste sábado, alguns sites já haviam sido normalizados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro mandatário a classificar a ofensiva contra a Palestina como genocídio. O posicionamento ocorreu em fevereiro de 2024, quando Israel já havia assassinado 30 mil civis, com maioria de mulheres e crianças. 

Lula também criticou, na mesma época, o corte de recursos humanitários que diversos países, como Suíça, Reino Unido e Itália, fizeram. O presidente reiterou sua opinião sobre o massacre ao defender que os palestinos estejam à frente da reconstrução de Gaza.

A Agência Brasil procurou a Polícia Civil do estado, mas não obteve retorno, e está aberta à manifestação.

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Comitês de participação na EBC escolhem seus presidentes

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© Agência Brasil/Arquivo

Os dois comitês que compõem o Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (Sinpas) escolheram seus presidentes esta semana. Tanto o Comitê Editorial e de Programação (Comep) quanto o Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão (Cpadi) realizaram reuniões virtuais em que foram escolhidos os membros que assumirão a presidência durante o período de 1 ano.

No Cpadi, foi escolhida Ana Fleck, do Instituto Imersão Latina. No Comep, a presidência será de Pedro Rafael Vilela, que representa o Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC). 

Além da definição das presidências, as duas reuniões extraordinárias dos dias 8 e 9 de julho também resultaram na aprovação do regimento interno e na posse dos membros titulares e suplentes.

“Chegamos até aqui como resultado de um movimento de resistência que sempre acreditou no papel da comunicação pública para a democracia e na importância da participação social para sua viabilização. Agora, precisamos construir os alicerces do comitê e consolidar o Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (Sinpas)”, disse Ana Fleck, que anteriormente presidiu o então Conselho Curador da Empresa Brasil Comunicação (EBC).

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“A instalação efetiva dos comitês abre um novo capítulo histórico na comunicação pública brasileira. Esses fóruns de participação social serão ponte fundamental do acompanhamento, pela sociedade, da programação das emissoras públicas, para que elas cumpram a missão de oferecer informação gratuita, confiável e de qualidade à população. Na era da desinformação, o direito à comunicação nunca foi tão essencial”, avalia Pedro Rafael.

“Já são quase 9 anos do rompimento da participação social aqui na EBC. Agora, após grande mobilização da sociedade civil, retomamos esses fóruns de discussão que são uma premissa da comunicação pública”, disse o diretor-presidente da EBC, Jean Lima. 

“Temos uma grande diversidade de pessoas e representações, inclusive territorial. Acho que esse foi um grande avanço que fizemos no processo de participação social aqui na EBC”, acrescentou.

Participação Social na EBC

A EBC estava há 9 anos sem instâncias de participação social. No dia 11 de junho, os comitês foram instaurados representando um marco histórico para a EBC. O antigo Conselho Curador que contava com representantes do governo e da sociedade civil foi extinto em 2016.  

A instalação dos comitês do Sinpas ocorreu após o presidente em exercício Geraldo Alckmin publicar, no dia 5 de junho, o decreto designando membros para o Comep. Os representantes do Cpadi foram nomeados em 2024, com a  Portaria-Presidente nº 634/2024.

Os membros dos dois comitês foram eleitos em processo eleitoral ocorrido no ano passado e aberto para toda a sociedade civil. Agora, a previsão é que as reuniões aconteçam mensalmente, no caso do Comep, e trimestralmente no caso da Cpadi.

O Comep tem como objetivo promover a participação da sociedade civil no acompanhamento da aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, observando a pluralidade da sociedade brasileira.

Já o Cpadi é responsável por acompanhar as diretrizes da programação veiculada pelas emissoras de comunicação pública operadas pela EBC, com foco na promoção da participação social, diversidade social, cultural, regional e étnica. Além disso, o comitê visa assegurar a pluralidade de ideias na abordagem dos fatos, estimulando a produção regional e independente, e promovendo conteúdos educativos, artísticos, culturais, científicos e informativos.

Os comitês contam com representantes de emissoras públicas de rádio e televisão; do setor audiovisual independente; dos veículos legislativos de comunicação; da comunidade científica e tecnológica; de entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes; de entidades da sociedade civil de defesa do direito à comunicação; dos cursos superiores de educação; de organizações gerais da sociedade civil; de emissoras públicas integrantes da RNCP; e dos empregados da EBC

Saiba quem são os membros do Comep e do Cpadi.

Além do Comep e Cpadi, integram o Sinpas a Ouvidoria e a Assessoria Especial de Participação Social da EBC.

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Justiça exige cronograma para titulação de território quilombola no AP

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Depois de esperar por 14 anos o andamento do processo de titulação do território quilombola, a comunidade Kulumbú do Patuazinho, no Oiapoque, Amapá, conseguiu na Justiça Federal uma liminar que estabelece o prazo de 30 dias para a União apresentar um cronograma de cumprimento das etapas.

A decisão é resultado de uma ação civil pública movida após ameaças ao território com o andamento do processo de exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas.

De acordo com a liminar emitida pelo juiz Pedro Brindeiro do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, foram apresentadas como provas imagens, vídeos e notícias divulgadas na página do Ministério Público que comprovam ataques ao território quilombola. A decisão também destaca o relato dos autores da ação civil: “nota-se que indivíduos não quilombolas destroem hortas, plantações de subsistência, desmatam a vegetação local, realizam queimadas para ali construírem moradias e assim, muitos fixaram-se no local por meio de ameaças à integridade física das famílias tradicionais e ameaças às suas tradições culturais e religiosas.”

Ao reconhecer o direito da comunidade Kulumbú do Patuazinho à propriedade definitiva e o dever do Estado de emitir o título, o magistrado decidiu que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Fundação Cultural Palmares e a própria União Fedreal deverão apresentar “cada qual no limite e no âmbito de suas atribuições”, os prazos definidos para a realização de todas as etapas pendentes até a regularização fundiária, “inclusive comprovando a previsão orçamentária e aporte de recursos para o efetivo cumprimento no tempo”, destaca a decisão.

Desde 2009, os moradores de Kulumbú do Patuazinho são certificados pela Fundação Palmares como comunidade quilombola, processo necessário para o início da tramitação da titulação do território. Em 2011, a comunidade deu entrada no processo junto a superintendência regional do Incra no Amapá, mas o pedido não avançou.”É inaceitável que órgãos públicos continuem retardando um direito garantido pela Constituição. A morosidade administrativa e o racismo institucional continuam sendo obstáculos diários para milhares de comunidades quilombolas em todo o país”, declarou por meio de nota a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Constituída na década de 1990, a comunidade quilombola Kulumbú do Patuazinho se estabeleceu no território do município de Oiapoque, nas fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa. Liderado por Benedito Furtado, o pai Bené, um pequeno grupo familiar migrou de outra comunidade quilombola localizada em Pindaré-Mirim, no Maranhão, em busca de melhores condições de vida.

Após peregrinação em outros estados da Região Norte, pai Bené orientado por guias espirituais de matriz africana localizou o lugar aos pés de uma Sumaúma onde deveriam ser estabelecidos o Santuário de São Benedito de Aruanda, e o assentamento de uma nova comunidade.

Com o passar dos anos, a proximidade com o perímetro urbano do município e o avanço da possível exploração de petróleo na costa da região, os moradores relatam um crescimento de conflitos territoriais “a ponto de adentrarem em área considerada sagrada e destruírem a escultura denominada ‘Pedreira de Xangô’, construída pelo patriarca da comunidade, Sr. Benedito, que a deixou como legado, reservada para a realização do culto à espiritualidade, localizada na parte conhecida por ‘Caminho dos Orixás’, descreve outro trecho do relato destacado na decisão.

De acordo com o Incra, atualmente o processo de titulação na fase de elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), que é a primeira etapa realizada para regularização fundiária. Nesse estágio são produzidos estudos técnicos e científicos de caracterização espacial, econômica ambiental e sociocultural do território quilombola, “devidamente fundamentado em elementos objetivos, contendo informações cartográficas, fundiárias, agronômicas, ecológicas, geográficas, socioeconômicas, históricas, etnográficas e antropológicas da comunidade quilombola e do território reivindicado”, informa a instituição por meio de nota.

Segundo o comunicado, na próxima semana, dois servidores estarão na área para uma visita técnica. “Em relação à determinação Judicial, a Superintendência do Incra no Amapá atua para apresentar resposta à demanda dentro do prazo estabelecido”, conclui a nota.

 

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Operação em Paraisópolis acaba com dois mortos e dois policiais presos

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© Rovena Rosa/Agência Brasil

Dois policiais militares foram presos em flagrante pela morte do jovem Igor Oliveira de Moraes Santos, 24 anos, ocorrida na noite desta quinta-feira (11) na comunidade de Paraisópolis, na capital paulista. Segundo o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, eles foram presos por homicídio doloso (intencional) após as câmeras corporais terem apontado que os disparos foram feitos enquanto Igor Oliveira já estava rendido, com as mãos na cabeça.

“A análise dessas câmeras nos indicou que a morte do Igor Oliveira não foi dentro de padrões que nós esperávamos, dentro das excludentes de licitude”, disse Massera, em entrevista coletiva concedida no final da manhã de hoje. “Da mesma forma que somos implacáveis contra o crime, também não compactuamos com erros de policiais ou com crimes praticados por policiais”. concluiu.

Segundo o porta-voz da PM, as imagens demonstraram que os policiais agiram com ilegalidade e que nada justificava o disparo.

“Visualizamos, pelas câmeras, que os dois policiais que atiraram no Igor o fizeram já com o homem rendido. Por conta disso, a providência tomada foi a prisão em flagrante”.

Essas imagens foram produzidas pelas novas câmeras corporais que estão sendo utilizadas pela PM de São Paulo. Com elas, basta um policial acionar o sistema para que todas as câmeras dos policiais ao redor também sejam acionadas. “Todos os policiais que participaram dessa ação ou estiveram no local trabalharam com as câmeras acionadas automaticamente. Só houve o primeiro acionamento manual e, depois, todas as outras câmeras foram acionadas automaticamente”, detalhou Massera.

A morte de Igor Oliveira ocorreu durante uma operação policial realizada ontem em Paraisópolis, uma das maiores comunidades da capital paulista. Igor, informou a PM, não tinha passagem policial e tinha respondido por ato infracional enquanto era adolescente por roubo e tráfico. Além dele, uma outra pessoa foi morta ontem em Paraisópolis como consequência dessa operação policial e um policial ficou ferido, com um tiro no ombro.

Ação

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a morte de Igor ocorreu após policiais terem recebido uma denúncia sobre a presença de homens armados em um ponto de venda de drogas em Paraisópolis.

“Ontem, por volta das 16h, nós tínhamos duas equipes – duas patrulhas com motocicletas – para verificar denúncias que recebemos via Disque Denúncia. As denúncias eram sobre tráfico de drogas em uma rua. E quando os policiais entraram nessa rua, quatro pessoas com mochilas nas costas começaram a correr e entraram numa casa. Os policiais foram atrás e conseguiram localizar a casa em que eles estavam. Ali foram presas três pessoas e uma foi morta pelos policiais”, explicou Massera.

Nas mochilas de Igor e dos outros três presos que estavam nessa residência foram encontradas 595 porções de maconha preparadas para venda no varejo, 49 porções de maconha sintética, 521 porções de cocaína, 208 porções de crack, 22 frascos de lança-perfume, 4 comprimidos de LSD, 32 comprimidos de ecstase, além de um caderno de anotações, uma balança e R$ 1,3 mil em dinheiro.

Revolta

Essa ação policial causou revolta nos moradores de Paraisópolis, que responderam com protestos. Houve fechamento de vias, fogo em objetos, barricadas e até arrastão.

“Nós tivemos vários episódios ali de agressões a tiros e de uso de fogos de artifícios contra os policiais. Foi uma situação bastante tensa”, contou o coronel da PM.

Foi durante estes protestos, que houve “uma intensa troca de tiros”, informou Massera. O saldo disso foi uma morte, um policial ferido e uma pessoa presa em flagrante por ter incendiado um carro.

“Nós tivemos um sargento da Rota [tropa de elite da PM] que foi baleado no ombro e a munição acabou se alojando na clavícula. Ele está internado. Ele foi socorrido imediatamente ali ao Hospital Albert Einstein e agora foi removido para o Hospital das Clínicas. Ele está bem e está fora de perigo, mas a equipe médica está avaliando a necessidade de uma cirurgia nas próximas horas”, disse Massera.

“Nesse confronto nós tivemos uma pessoa atingida também, que foi o Bruno Leite, e que tinha passagens por tráfico de drogas, furto e roubo e era egresso do sistema prisional. Esse homem morreu em confronto com policiais da Rota”, acrescentou.

De acordo com o porta-voz da PM, no momento dos protestos foi necessária a atuação de 300 agentes policiais para conter a situação. E hoje a comunidade de Paraisópolis continua cercada por forte aparato policial. “Nós temos lá a Rota, o terceiro Batalhão de Polícia de Choque, o COE (Comando de Operações Especiais) e também o comando de aviação quando houver necessidade de apoio. Então temos uma estrutura significativamente maior lá hoje do que nos dias normais e rotineiros”.

Um inquérito policial militar foi instaurado para investigar todos os fatos que ocorreram ontem em Paraisópolis. Mas Massera destaca que a polícia continuará atuando naquela região. “Nós não podemos retroceder nesse trabalho que já vem sendo feito há vários meses de resgatar a dignidade e o direito à cidadania da comunidade que mora em Paraisópolis. As pessoas que estejam nos ouvindo agora fiquem tranquilas porque a Polícia Militar não vai retroceder no combate à criminalidade mesmo diante de tantas adversidades”, pontuou Massera.

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