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Economia

Haddad: medidas alternativas ao IOF terão impacto estrutural

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

A proposta do governo federal com alternativas para o cumprimento das metas fiscais para os próximos anos será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta terça-feira (3), até as 15h, antes do embarque à França.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a alternativa prevê, uma emenda constitucional (PEC) e um projeto de lei (PL) “relativamente amplo”.

“Serão dois diplomas legais, mas eu posso precisar, para questões tópicas, de uma medida provisória que entre em vigor imediatamente, para determinadas correções que eu possa ter que fazer. Mas isso ainda não está decidido. Será decidido depois da reunião [com Lula]”, disse Haddad ao chegar no ministério.

A nova proposta substituirá a anterior, que prevê a elevação de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada.

Reuniões produtivas

O ministro voltou a dizer que as reuniões que teve com os presidentes da Câmara, Hugo Motta; e do Senado, Davi Alcolumbre foram bastante produtivas.

“Nós conseguimos apresentar, ponto por ponto, aquilo que já tinha sido sugerido por alguns parlamentares, dentre os quais os próprios presidentes das duas casas, já com uma estimativa de impacto benéfico e estrutural sobre as contas públicas. Será uma coisa que tem impacto duradouro ao longo do tempo”, disse o ministro.

Haddad disse estar otimista também para a reunião de hoje com Lula. “Há ainda pequenos detalhes – de fato pequenos – para serem arbitrados, mas penso que o plano de voo está bem montado”, acrescentou.

Agenda de Estado

O ministro afirmou que sua equipe econômica está em posição confortável e otimista em relação ao respaldo político a ser obtido após a apresentação do novo plano. “Tecnicamente, ele é robusto. Politicamente, está amparado. Teremos oportunidade muito interessante de avançar naquilo que todo mundo está pedindo”, disse.

“Isso nos dá conforto, inclusive porque os governos duram quatro anos. Nós temos que fazer coisas para o país. Tem que ter uma agenda de Estado no Brasil. Tem uma agenda de governo, que cada um tem uma opinião, mas tem uma agenda que é de Estado, para colocar as coisas em ordem”, complementou.

Aval de Motta e Alcolumbre

Na avaliação do ministro, o aval dado pelos presidentes da Câmara e do Senado ajudará no apoio e na tramitação da proposta. “Obviamente, isso vai depender agora de uma avaliação dos partidos políticos”, ponderou, ao considerar como “muito significativo” o apoio de Motta e Alcolumbre antes mesmo de a proposta ser oficialmente apresentada.

“Agora nós vamos, evidentemente, negociar com as bancadas. Mas é um gesto que não pode deixar de ser considerado por parte dos dois presidentes”, acrescentou.

Protocolo

Perguntado sobre a possibilidade de a proposta incluir desvinculação do salário mínimo, Haddad disse que não poderia entrar em mais detalhes, em respeito ao protocolo que deve manter, tanto com Lula, quanto com os presidentes das duas casas legislativas.

“Vou primeiro fechar primeiro com o presidente das duas casas sobre o que é essa estruturação, respeitando o presidente da República, porque temos que primeiro apresentar a ele [antes de tornar as medidas públicas]. Vocês saberão da decisão em algumas horas, assim que ele validar as medidas”, disse.

Haddad criticou a circulação de muitas notícias que não têm correspondência com o que está sendo discutido. “Tem muita gente no mercado que fica especulando, e não é bom especular sobre temas sérios”, complementou ao garantir que o governo vai manter e cumprir as metas fiscais.

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Economia

Amigo de Valor realiza, em Gravatá, encontro nacional para projetos sociais e Conselhos de Direitos da Criança e Adolescentes

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O Programa Amigo de Valor, do Santander, promove de 9 a 11 de junho, em Gravatá, um encontro nacional que reunirá cerca de 300 representantes dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, além de gestores dos 65 projetos sociais apoiados em 2025. O evento marca um importante momento de mobilização e aprendizado coletivo entre profissionais que estão na linha de frente do atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade em todo o país.

Durante os três dias de atividades, os participantes trocarão experiências, aprenderão com especialistas, refletirão sobre os principais desafios enfrentados nos territórios e construirão, em conjunto, soluções viáveis para o fortalecimento dos Conselhos e das políticas públicas voltadas à infância e adolescência. A programação inclui oficinas práticas, rodas de conversa e estudos de caso, priorizando metodologias participativas e focadas na realidade dos municípios.

Criado em 2002, o Amigo de Valor é o maior programa de mobilização de recursos incentivados do Brasil. A iniciativa já destinou mais de R$ 225 milhões, beneficiando diretamente quase 1,7 milhão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no país.

Baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), o programa funciona como uma ponte: mobiliza recursos financeiros oriundos de doações e do Imposto de Renda devido por funcionários, estagiários e clientes, direcionando-os para os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente de municípios parceiros.

Esses recursos viabilizam o desenvolvimento de projetos voltados ao atendimento de crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados ou ameaçados por situações como abandono, negligência, maus-tratos, trabalho infantil, violência e exploração sexual.

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Economia

Financiamento solar dispara na Bahia, e Santander registra alta de 62% nos pedidos

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A Bahia registrou um crescimento de 62% nos pedidos de financiamento de placas fotovoltaicas em 2024, segundo dados da Financeira do Santander, referência nacional em crédito para projetos de energia solar. 

No Nordeste, região estratégica para o segmento, a expansão foi ainda mais expressiva: alta de 150% no volume de financiamentos. Já as simulações realizadas por parceiros e clientes no primeiro trimestre de 2025 cresceram 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A região concentra 7,23 GW de geração solar distribuída — 19,7% do total nacional — e 9,17 GW de geração centralizada, mais da metade da produção do país. A expectativa é que a capacidade de exportação de energia do Nordeste aumente 30% até 2029, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. “O aumento na busca por financiamento mostra que o brasileiro está atento às vantagens da energia limpa. Nosso papel é facilitar esse acesso com agilidade e segurança.”, afirma Cezar Janikian, diretor da Financeira do Santander.

A Financeira do Santander financia toda a estrutura necessária para projetos solares, incluindo placas, baterias de armazenamento, sistemas de monitoramento e estruturas de montagem. A contratação é simples, digital e pode ser feita pelo site https://www.santander.com.br/hotsite/santanderfinanciamentos/

Por meio de milhares de parceiros comerciais, o Santander oferece crédito facilitado para residências e empresas que querem investir em energia limpa e economia na conta de luz.

 
 

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Economia

Dólar atinge menor valor em oito meses com conversa de Trump e Jinping

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© Valter Campanato/Agência Brasil

Em um dia de alívio no mercado global, o dólar fechou abaixo de R$ 5,60 e atingiu o menor valor em oito meses após os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, conversarem por telefone. A bolsa de valores caiu, pressionada por ações de bancos e pelo mercado internacional.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5) vendido a R$ 5,586, com recuo de R$ 0,059 (-1,05%). A cotação operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 14h15, encostou em R$ 5,57.

A moeda norte-americana está no menor nível desde 8 de outubro, quando estava em R$ 5,53. A divisa cai 2,36% em junho e acumula queda de 9,64% em 2025.

O alívio no mercado de câmbio não se repetiu na bolsa de valores. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 136.226 pontos, com recuo de 0,57%. Em baixa pela segunda vez seguida, o indicador está no menor nível desde 8 de maio.

Ações de bancos despencaram durante a tarde, com o aumento da expectativa de que o Banco Central (BC) eleve a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 0,25 ponto percentual neste mês. As apostas de uma última alta antes de uma pausa subiram após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu mais que o previsto no primeiro trimestre.

Além disso, a bolsa brasileira refletiu a queda das bolsas norte-americanas, afetadas principalmente pelas empresas de tecnologia. Os desentendimentos entre Donald Trump e o bilionário Elon Musk agravaram-se nesta quinta-feira, fazendo as ações da Tesla, companhia do empresário, caírem 16,42% apenas hoje, afetando o mercado de ações dos Estados Unidos.

Quanto ao dólar, a conversa entre Trump e Xi Jinping provocou uma valorização de moedas de países emergentes, que exportam commodities (bens primários com cotação internacional) à China. Além disso, a divulgação de que o número de pedidos de auxílio-desemprego aumentou nos Estados Unidos, o que indica desaceleração da atividade, aumentou as chances de corte de juros na maior economia do planeta.

*Com informações da Reuters

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