Saúde
Halitose: causas, tratamento e prevenção
Comumente chamado de mau-hálito esse é um problema que ninguém quer ter
Com a chegada do final do ano, os eventos sociais se multiplicam. Seja em festas de empresas, encontros familiares ou grandes celebrações, a socialização se torna uma constante. Nesse cenário, um problema silencioso, mas bastante constrangedor, pode ganhar destaque: a halitose, ou mau hálito. Celebridades como Paula Fernandes, Adriana Bombom e até estrelas internacionais como Beyoncé já enfrentaram boatos e situações envolvendo o tema, o que reforça que ninguém está imune ao problema.
De acordo com o Dr. Cesar Rodrigues, especialista em implantodontia e odontologia estética, a halitose não é uma condição rara. Ele explica que até 40% da população já passou por episódios de mau hálito em algum momento da vida, e isso pode ser ocasionado por diferentes fatores, desde problemas bucais até condições sistêmicas, como refluxo gástrico. A halitose é causada, na maioria das vezes, pelo acúmulo de resíduos alimentares na boca, que alimentam bactérias e liberam gases com odor desagradável. Entre os motivos mais comuns estão má higiene bucal, com acúmulo de placa bacteriana e restos alimentares, cáries, gengivite ou periodontite, saburra lingual (aquela camada esbranquiçada na língua), boca seca, que é comum em períodos de estresse ou devido ao consumo excessivo de álcool e café, além de condições sistêmicas como diabetes ou refluxo gastroesofágico.
Dr. Cesar alerta que o final do ano é um período particularmente delicado para o aumento dos casos de halitose. Com o aumento no consumo de alimentos ricos em açúcar, álcool e condimentos, além da correria que pode levar à negligência na higiene bucal, a halitose se torna um problema mais frequente nessa época do ano. A boa notícia é que a halitose tem solução, e na maioria dos casos, a prevenção é simples. Segundo o especialista, o primeiro passo é identificar a causa.
“Um exame clínico detalhado pode detectar problemas bucais ou indicar a necessidade de encaminhamento para outros especialistas, caso a origem do mau hálito seja sistêmica”, explica o dentista.
Ele reforça a importância da escovação correta dos dentes, gengivas e língua após cada refeição, do uso diário de fio dental e enxaguantes bucais recomendados pelo dentista, da hidratação adequada, especialmente em eventos que envolvem consumo de álcool, e das visitas regulares ao dentista para limpezas e check-ups. Além disso, problemas específicos como cáries ou inflamações gengivais devem ser tratados prontamente. Nos casos mais graves ou persistentes, a tecnologia pode ser uma aliada, já que a odontologia digital oferece soluções rápidas e eficientes. Seja na substituição de dentes perdidos ou na reabilitação da saúde bucal como um todo, problemas podem ser resolvidos em uma única sessão.
Saúde
Municípios e estados têm até esta sexta para retomar obras de saúde
Gestores estaduais e municipais têm até esta sexta-feira (17) para regularizar e assinar o Termo de Repactuação para Retomada de Obras na Saúde (TRR). O objetivo, de acordo com o Ministério da Saúde, é garantir a retomada das obras no setor em todo o país. A previsão inicial era que o prazo fosse encerrado no último dia 3.
O último balanço da pasta indica que 178 das 203 obras em adesão já possuem o TRR assinado, estando aptas para licitação e recebimento de recursos federais. Outras 25 ainda aguardam a assinatura. Dois sistemas estão disponíveis para regularizar o cadastro e aderir à retomada: o Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob) e o InvestSUS.
“Embora o material seja de fácil acesso, o Ministério da Saúde informa que há obras que estão aptas para serem reiniciadas, mas ainda estão paralisadas devido a pendências dos entes federados”, destacou o comunicado. Além da possibilidade de concluir projetos interrompidos ou paralisados, é possível regularizar a situação de obras concluídas.
A iniciativa – regulamentada pela Portaria GM/MS nº 5.426/2024 – conta com investimento superior a R$ 353 milhões.
Entre as obras previstas figuram 137 academias de saúde, 10 centros de atenção psicossocial (Caps), três centros de parto normal, cinco centros especializados em reabilitação, três oficinas ortopédicas, 808 unidades básicas de saúde (UBSs), quatro unidades de acolhimento, 28 unidades de pronto atendimento (UPAs) e duas unidades neonatais.
Suporte
O ministério disponibilizou os seguintes canais de apoio para orientar gestores:
* WhatsApp: (61) 3315-2223
* E-mail: investsus@saude.gov.br
* Site: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/retomada-de-obras
InvestsusI: https://investsus.saude.gov.br/
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
Entenda o que é o vírus respiratório responsável por surto na China
Detectado pela primeira vez na Holanda, em 2001, o metapneumovírus humano (hMPV, na sigla em inglês) é o responsável por um surto recente de infecções respiratórias registrado na China ao longo das últimas semanas. Trata-se de um dos diversos vírus que causam infecção do trato respiratório superior, conhecida popularmente como resfriado comum. Na maioria das vezes, o hMPV deixa os pacientes levemente doentes, mas, em alguns casos, sobretudo entre crianças e idosos, o quadro pode ser bastante severo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o metapneumovírus humano pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais infecções associadas à bronquiolite, sobretudo entre recém-nascidos e crianças pequenas. Ambos se espalham por meio de partículas respiratórias infectadas que se espalham pelo ar, passando de uma pessoa doente para outras. Isso significa que é possível pegar o vírus quando se está perto de um paciente ou compartilhando um espaço fechado com ele.
Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que acompanha “atentamente” o surto de metapneumovírus humano na China. Segundo a pasta, o vírus responde por uma série de infecções respiratórias identificadas no país, sobretudo entre crianças.
“Até o momento, não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde, mas a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes”,informou o ministério.
Confiras as principais perguntas e respostas sobre o metapneumovírus humano, conforme informações divulgadas pela OMS.
O que é o hMPV?
O metapneumovírus humano é um dos vírus que causa o resfriado comum (infecção do trato respiratório superior). Geralmente, deixa as pessoas apenas levemente doentes, mas também pode deixar algumas pessoas muito doentes. O vírus pertence à família de vírus Pneumoviridae, juntamente com o vírus sincicial respiratório (VSR). Foi identificado pela primeira vez em 2001 e vem se espalhando entre as pessoas há muitas décadas. Atualmente, pode ser encontrado em todo o mundo.
Como o vírus se espalha?
Apenas alguns países monitoram e comunicam dados sobre o hMPV. Portanto, não há uma compreensão completa sobre como ele se espalha em todas as regiões e em todos os climas. Estudos mostram que, em regiões temperadas, o hMPV se espalha principalmente no final do inverno e na primavera, junto a outros vírus respiratórios comuns, como a gripe sazonal e o VSR. No entanto, o hMPV continua a se espalhar em outros períodos, adoecendo pessoas ao longo de todo o ano.
Quais os sinais e sintomas comuns?
Geralmente, pessoas infectadas pelo hMPV apresentam sintomas semelhantes aos do resfriado ou da gripe, incluindo tosse, febre, dor de garganta, nariz escorrendo ou entupido, dores no corpo e dor de cabeça. O vírus pode deixar algumas pessoas bastante doentes, causando infecção pulmonar (pneumonia) ou inflamação das vias respiratórias (bronquiolite e bronquite). Os sintomas mais graves incluem respiração ofegante, dificuldade em respirar, dor no peito, tontura, fadiga intensa, desidratação ou febre persistente que não melhora mesmo com o uso de medicação. A orientação da OMS é que, caso o paciente apresente algum dos sintomas listados como graves, procure orientação médica.
Quem está sob maior risco?
O metapneumovírus humano é uma causa comum de infecções respiratórias superiores entre bebês e crianças menores de 5 anos. Embora qualquer pessoa possa contrair hMPV, bebês, adultos mais velhos e pessoas com problemas de saúde como imunossupressão, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e asma correm maior risco de desenvolver quadros graves. Segundo a OMS, devem ser tomados cuidados adicionais para proteger os chamados grupos de risco e também profissionais de saúde contra qualquer tipo de infecção respiratória.
Como se prevenir contra o vírus? Há vacina disponível?
A prevenção contra a infecção pelo hMPV é feita de forma semelhante à prevenção de outras doenças respiratórias, por meio de com ações como:
– usar máscara em espaços lotados ou mal ventilados;
– melhorar a ventilação sempre que possível (por exemplo, abrindo janelas para ampliar o fluxo de ar);
– lavar as mãos regularmente, com água e sabão ou com um produto para esfregar as mãos à base de álcool;
– evitar tocar olhos, nariz ou boca sem antes limpar as mãos.
Manter o sistema imunológico forte, segundo a OMS, também pode contribuir para evitar infecções. Isso é possível por meio de uma dieta balanceada, da prática de exercícios físicos de forma regular e de uma boa qualidade de sono.
Além disso, quando alguém está doente, pode evitar que outras pessoas adoeçam adotando os seguintes cuidados:
– manter-se em casa enquanto estiver se sentindo mal;
– cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o cotovelo ao tossir ou espirrar;
– usar máscara facial quando estiver perto de outras pessoas;
– melhorar a ventilação do ambiente, sobretudo em espaços compartilhados;
– lavar regularmente as mãos e desinfectar superfícies tocadas com frequência.
Atualmente, não existe nenhuma vacina licenciada para utilização contra o hMPV.
Como funciona o tratamento contra o hMPV?
Por se tratar de um dos muitos vírus que causam o resfriado comum, as pessoas podem tratar os sintomas por meio do uso de medicamentos vendidos sem receita médica, incluindo remédios para dor, febre, nariz entupido e tosse. Além disso, é recomendado descansar bastante e manter-se hidratado. Atualmente, não existe nenhum medicamento antiviral aprovado para combater especificamente a infecção pelo hMPV. O quadro da maioria dos pacientes melhora em poucos dias. Se os sintomas piorarem, a orientação é entrar em contato com o médico, sendo que pessoas que correm maior risco devem consultar o médico mesmo que os sintomas não sejam muito graves. Em um pequeno número de casos, quando as pessoas precisam ser hospitalizadas, os médicos podem precisar fazer uso de oxigênio para ajudar na recuperação.
Existe algum teste capaz de identificar a presença do hMPV?
O exame do tipo PCR é classificado pela OMS como a maneira mais confiável de diagnosticar o hMPV, fornecendo resultados precisos em poucas horas. No entanto, os médicos podem não sugerir a testagem para pessoas com sintomas de resfriado ou gripe, já que não existe tratamento específico para a infecção por hMPV e já que, na maioria dos casos, a doença se manifesta de forma leve.
Como diferenciar os diversos tipos de infecção respiratória, incluindo covid-19, gripe, VSR e hMPV?
A OMS avalia como difícil a tarefa de distinguir as diferentes doenças respiratórias existentes atualmente, já que a maioria apresenta sintomas semelhantes, como febre, tosse, coriza e congestão. No entanto, o tratamento para cada uma delas pode ser diferente, sobretudo quando a infecção envolve pessoas que estão muito doentes ou que podem ter seu quadro agravado. Covid-19 e influenza, por exemplo, têm opções de tratamento antiviral específicas. Os médicos podem utilizar testes de diagnóstico para identificar a causa da infecção antes de decidir sobre o tratamento a ser recomendado.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
País tem 4 mortes confirmadas por dengue em 2025 e investiga mais 62
A rede de monitoramento para arboviroses do Ministério da Saúde investiga 62 mortes com a dengue como causa possível em 2025, ante quatro que já foram confirmados, com registro de sintomas iniciais neste ano, no qual já há mais de 55 mil casos possíveis da doença. O estado de São Paulo tem o maior número de casos, 29.447, segundo a plataforma Painel de Monitoramento, da pasta.
Entre os pacientes paulistas, foi confirmada uma morte no município de Guaíra, e 51 óbitos ainda estão em investigação.
O óbito em Guaíra ocorreu na última terça-feira (14) e foi confirmado ontem pela prefeitura, que divulgou nota informando que intensificará as medidas de prevenção no município, que reforçou a importância da participação da população para frear a doença. “De acordo com a Prefeitura, diretorias e departamentos foram mobilizados para ampliar as ações de prevenção. “Estamos realizando visitas domiciliares, inspeções casa a casa e [passando] orientações diretas aos moradores”, informou o diretor de Saúde, Cervantes da Silva Garcia.
Ele também destacou a importância da vacina contra a dengue, disponível em todos os postos de saúde para jovens entre 10 e 14 anos, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. “Vale lembrar que a vacina não substitui as medidas de prevenção, pois o mosquito também é vetor de outras doenças, como zika e chikungunya”, afirmou.
O município de Guaíra tem cerca de 40 mil habitantes e está localizado no norte do estado, próximo da divisa com Minas Gerais e de cidades grandes da região, como Ribeirão Preto e Barretos. A prefeitura informou que há registro de 494 casos notificados, dos quais 183 negativos, 104 positivos e 207 suspeitos. Há duas pessoas internadas na UTI (unidade de terapia intensiva) da Santa Casa de Misericórdia local.
A informação sobre a morte confirmada em Guaíra ainda não aparece na ferramenta estadual de monitoramento, que indica 56 óbitos em investigação e nenhum confirmado, apesar de haver 39 mil casos prováveis da doença este ano.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que “monitora, de forma contínua, o cenário da dengue e outras arboviroses no estado, considerando indicadores importantes para a avaliação do comportamento da epidemia”. Os dados de casos e óbitos pela doença são extraídos do Sistema de Informação de Notificação de Agravos do Ministério da Saúde, no qual os municípios são responsáveis pelas notificações e investigações. Os resultados são atualizados diariamente e disponibilizados em boletins e painéis informativos no portal dengue.saude.sp.gov.br. Divergências de dados podem ocorrer por causa da periodicidade da atualização e de possíveis alterações nas fichas de notificação de casos preenchidas pelos municípios.
A pasta estadual anunciou seu Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas para o biênio 2025/2026 na última quarta-feira (15), quando reafirmou que o estado tem circulação confirmada dos sorotipos 1, 2 e 3 da doença, com maior prevalência do último. O estado também mantém atenção para surto de gastroenterite no litoral e para o avanço de casos de febre amarela em ambientes rurais nas regiões de Campinas e Ribeirão Preto.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc