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Saúde

Hidratação deve ser prioridade para pacientes com dengue

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Hidratação deve ser prioridade para pacientes com dengue
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O Brasil já registrou, ao longo do ano de 2024, aproximadamente de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, além de mais de 5.000 mortes confirmadas pela doença e cerca de 2.000 em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia do tamanho da epidemia, de 2017 a 2023, foram registrados 4.331 óbitos

Diante dos números alarmantes, especialistas reforçam a importância da hidratação no processo de recuperação das pessoas acometidas pela infecção provocada pelo mosquito aedes aegypti. “A principal causa de morte na dengue é por extravasamento plasmático. Isso acontece por meio de uma alteração na parede dos vasos sanguíneos, que faz com que o líquido saia de dentro desses vasos, causando os derrames cavitários”, destaca Melissa Falcão, infectologista.

Segundo a médica, que é membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), tal condição contribui para um estado de desidratação, que pode levar a um choque manifestado pela baixa acentuada da pressão arterial sanguínea. “A melhor maneira de evitar o choque é por meio da hidratação”, complementa. 

Fabrício dos Santos Cirino, vice-coordenador do GTT de Farmácia Hospitalar do Conselho Regional de Farmácia do estado de São Paulo (CRF-SP), explica que devem ser ingeridos algo em torno de 60 gramas de líquido para cada quilo do indivíduo.

“Para um paciente de aproximadamente 75 quilos, esse número chega a quatro litros de líquidos por dia. Existe a premissa de 2 litros, mas no caso de aparecimento de sintomas da dengue, é preciso fazer essa adição”.

Evidentemente, a prioridade é água potável, mas podem (e devem) ser consumidos outros líquidos, como água de coco, sucos, bebidas hidratantes de eletrólitos (ou bebidas hidrotônicas) e soro caseiro. “Para ajudar o paciente em modulações de respostas biológicas e bioquímicas, é importante que ele faça uso de minerais”, acrescenta Cirino.

Também é recomendado repouso e o uso de medicações para tratar da dor ou da febre. “No caso de enjoo, é recomendado o uso de medicamentos antieméticos. Já os anti-histamínicos são indicados para o sintoma da coceira. Além disso, é contraindicado o uso de qualquer um dos anti-inflamatórios não hormonais, pois aumentam o risco de sangramento”, discorre Melissa, da SBI.

Uso de repelente

Além dos cuidados citados para tratamento da dengue, é preciso olhar com carinho para o uso de repelentes. “A utilização do repelente deve ser estimulada mesmo nos pacientes que estão com dengue, pois é durante o período de viremia que os mosquitos vão se contaminar com o vírus ao picar a pessoa infectada e, assim, transmitir a doença para todos que picar enquanto estiver vivo, colocando em risco inclusive os familiares que moram no mesmo domicílio”, orienta a infectologista.

Sorox

Conforme já pontuado, o consumo de bebidas hidratantes de eletrólitos (ou bebidas hidrotônicas) é imprescindível no processo de recuperação da dengue. Lançado no Brasil em fevereiro de 2023, Sorox se insere nessa categoria.

Com uma fórmula exclusiva, sem açúcares e com baixa caloria, o produto possui oito íons (zinco, potássio, magnésio, cálcio, lactato, sódio, citrato e cloreto), responsáveis pelo transporte de água para dentro das nossas células, ajudando a manter o corpo hidratado. Está disponível em cinco sabores, são eles: abacaxi com hortelã, frutas vermelhas, limão, tangerina e uva.

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Saúde

Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta

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© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas diferentes, por apresentarem resultados insatisfatórios em laudos emitidos por laboratórios públicos.

Além disso, foi identificada a comercialização de um azeite de origem desconhecida e fora dos padrões estabelecidos, com ordem pela apreensão e suspensão total da vendas.

As medidas sanitárias constam em uma resolução publicada nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU).

A polpa de fruta de morango da marca De Marchi teve o lote 09437-181 (com validade até 01/11/2026) recolhido, após o resultado inconsistente no ensaio pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo de análise emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).

Também por resultado insatisfatório sobre quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, a Anvisa pediu o recolhimento de um lote do Champignon inteiro em conserva, da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote em questão é o 241023CHI, com data de validade de 10/2026. O laudo foi emitido pelo Lacen-DF.

O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve um lote recolhido, por resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre, que se encontra acima do limite permitido, conforme laudo também emitido pelo Lacen-DF. A medida abrange o lote 29, com data de validade de 01/2026.

No caso do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos, a determinação da Anvisa é pela apreensão total e proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.

Além do produto ter origem desconhecida, segundo a agência, o laudo de análise apresentou resultado insatisfatório, estando em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente nos ensaios de rotulagem e físico-químico.

A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pelo produto, consta com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistência nos registros da Receita Federal.

A reportagem busca contato com as marcas citadas para obter um posicionamento e incluir na matéria.

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Saúde

Anvisa alerta sobre uso do formol como alisante de cabelos

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (7), um informe de segurança alertando sobre os riscos à saúde e aos cabelos relacionados ao uso de alisantes capilares, especialmente os que contêm substâncias proibidas, como o formol, ou formaldeído, e o ácido glioxílico. Os produtos irregulares podem causar desde irritações na pele até problemas respiratórios e danos irreversíveis à estrutura capilar. 

O documento destaca que, atualmente, o formol é permitido em produtos cosméticos no Brasil apenas como conservante, em concentrações de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, até 5%. Seu uso como agente alisante é proibido e representa sérios riscos à saúde. 

A Anvisa chama a atenção que “o ácido glioxílico, também proibido para essa finalidade, pode causar severos danos quando aquecido, sendo especialmente perigoso quando combinado com outros procedimentos, como a descoloração dos fios capilares”. 

O informe traz orientações detalhadas para consumidores e profissionais de salões de beleza:

  • consumidores devem verificar se o produto é regularizado junto à Anvisa; 
  • evitar produtos sem rótulo ou com promessas enganosas; 
  • seguir corretamente as instruções de uso; 
  • ficar atento a sinais como coceira, ardência ou dificuldades respiratórias. 

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Os profissionais devem utilizar apenas produtos regularizados e devem recusar o uso de substâncias proibidas, mesmo que a pedido do cliente. A Anvisa alerta ainda que os profissionais adotem medidas de proteção individual e mantenham os ambientes ventilados. 

A Anvisa esclarece também que “a adição de formol a cosméticos é considerada infração sanitária grave e pode configurar crime hediondo, conforme o artigo 273 do Código Penal”. 

A agência reforça a importância do monitoramento e da avaliação de produtos cosméticos após a sua comercialização para prevenir riscos e proteger a saúde pública.

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Saúde

O bem e o mal de estalar a coluna: você costuma fazer isso? – Por Dra. Dejayne Avelino

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Foto: divulgação
Foto: divulgação

Para alguns, estalar a coluna é sinônimo de alívio e relaxamento; para outros, gera sensação de medo e agonia. O que vemos é o quanto essa prática pode ser comum, realizada sozinho, por um profissional da saúde ou mesmo por aquele colega que acha bacana gerar o barulho do estalo no outro.

Você já passou por essa experiência? Se a resposta foi sim, fica o questionamento: houve uma avaliação do seu caso antes?
Essa é a pergunta-chave para entender o bem e o mal de estalar a coluna — prática que pode ser extremamente benéfica no alívio das tensões na região, mas que também pode causar danos, por vezes, irreversíveis.

A coluna é uma região forte, com muitas estruturas musculares, articulações móveis e grande área de inervação, que sai da coluna e é distribuída para as demais áreas do corpo, como pernas e braços. Ela é a grande responsável pela sustentação do corpo, assim como atua diretamente nos movimentos de flexão, extensão, inclinação e rotação do tronco. Entre as articulações da coluna, também encontramos importantes vasos sanguíneos ligados ao cérebro.

Antes de realizar a manobra de estalar a coluna — que se chama manipulação vertebral e, inclusive, nem sempre gera o famoso barulho —, é de suma relevância entender a técnica correta a ser utilizada, a área a ser manipulada e, principalmente, se há indicação ou contraindicação para que a pessoa se submeta à técnica. É aqui que mora o perigo!

A técnica mal executada ou aplicada em uma pessoa com situação de saúde incompatível com sua realização pode acarretar lesões graves, como o rompimento da artéria vertebral, piora do quadro de dor prévio e fraturas.

Evidências científicas apontam que, quando aplicada corretamente, com indicação plausível e por profissionais capacitados, a manipulação vertebral pode, sim, ter efeito positivo para a coluna. Sendo assim, se você está sentindo dores e incômodos nas costas, busque por ajuda especializada para que passe por uma avaliação detalhada e possa receber o melhor tratamento para o seu caso. Afinal, com saúde não se brinca.

Dra. Dejayne Avelino

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