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Hoje é Dia: Feriado, Dia da Gentileza e da Tolerância são Destaques

Depois de diversas semanas com feriados que caíram em um sábado (como o Dia de Finados, Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia da Independência do Brasil), nesta semana teremos um feriado nacional em uma sexta-feira.
No dia 15 de novembro, é celebrado o Dia da Proclamação da República. Foi nesta data, em 1889, que o Marechal Deodoro da Fonseca promulgou o Decreto 1 do Brasil, pôs fim à monarquia e instaurou um novo sistema político. A data já foi destaque na Agência Brasil em 2020 e no Revista Brasília (da Rádio Nacional de Brasília) no ano passado.
Para além da Proclamação da República, a semana é marcada por datas que nos levam à reflexão. No dia 13 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Gentileza em diversos países, incluindo o Brasil. A data surgiu para marcar eventos da década de 1990 que valorizavam a bondade e a gentileza. O Viva Maria (da Rádio Nacional da Amazônia) abordou o tema no ano passado, assim como o Repórter Brasil em 2014.
A “tolerância” também é lembrada nesta semana. No dia 16 de novembro, celebra-se o Dia Internacional para a Tolerância. A data foi criada para comemorar a fundação da UNESCO, em 1945, e já foi tema de uma edição do Revista Brasil em 2015 e de uma reportagem do Repórter Brasil em 2018.
Regiões, cultura e saúde
Duas regiões do Brasil também são celebradas nesta semana. No dia 12 de novembro, é comemorado o Dia do Pantanal. Em 2017, a Radioagência Nacional fez uma matéria especial sobre a efeméride:
No dia 16 de novembro, celebra-se o Dia Nacional da Amazônia Azul. A data foi instituída em 2015 para lembrar a “Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar” e tem como objetivo valorizar a área de 4,5 milhões de km² que a Marinha convencionou chamar de Amazônia Azul. O Brasil em Pauta (da TV Brasil) de 2022 explica em detalhes o que é essa área:
Manifestações culturais também têm espaço na semana. No dia 12 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Hip Hop. A Agência Brasil e o Caminhos da Reportagem (da TV Brasil) abordaram a data em matérias recentes:
No dia 15 de novembro, é celebrado o Dia Nacional da Umbanda, uma data que visa combater o preconceito e celebrar a religião de matriz afro-brasileira. A data foi destaque em matérias da Agência Brasil e da Radioagência Nacional no ano passado.
Duas datas ligadas à saúde são celebradas nesta semana. No dia 14 de novembro, temos o Dia Mundial do Diabetes, uma homenagem a um dos descobridores da insulina. A data serve para conscientizar sobre a prevenção e os riscos da doença e já foi tema de reportagens da Agência Brasil no ano passado que podem ser lidas abaixo:
- Mais de 10% dos brasileiros vivem com diabetes – Agência Brasil
- Diabetes e amputações no Brasil – Agência Brasil
Conscientização é o que faltou em um episódio que completa 120 anos neste dia 10 de novembro: a Revolta da Vacina. Em 1904, parte da população do Rio de Janeiro se revoltou contra a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola e realizou protestos violentos. O episódio foi retratado no podcast Sala de Vacina, da Radioagência Nacional, em 2023 e por uma edição do Na Trilha da História (da Rádio Nacional de Brasília) em 2016:
Confira as principais datas da semana entre 10 e 16 de novembro na seção Hoje é Dia:
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Nascimento do apresentador, ator e diretor Marcelo Tas (65 anos)
Apagão ocasionado pela falha de três linhas de transmissão provenientes da Usina Hidrelétrica de Itaipu deixa quase 90 milhões de pessoas sem energia elétrica e afeta diversas cidades em 18 estados brasileiros, mais cidades no Paraguai (15 anos)
Início dos conflitos da Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro (120 anos) – associados à obrigatoriedade da vacinação contra varíola por toda a população, e, em um contexto mais amplo, às reformas urbanas que estavam sendo realizadas pelo prefeito Pereira Passos e as campanhas de saneamento lideradas pelo médico Oswaldo Cruz
Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento – comemoração instituída em 2001 pela UNESCO, que é celebrada no Brasil, com a realização anual de um Concurso de Trabalhos Escritos e de Desenhos, para estudantes, além de atividades voltadas para autoridades, pesquisadores, cientistas, professores e demais interessados
Catetinho, residência presidencial oficial em Brasília arquitetada por Oscar Niemeyer, é tombado pelo IPHAN a pedido de Juscelino Kubitschek (65 anos)
Morte do líder da Autoridade Palestiniana e presidente desde 1969 da Organização para a Libertação da Palestina Yasser Arafat (20 anos)
Nascimento do escritor e folclorista maranhense Celso de Magalhães (175 anos) – pioneiro no estudo do folclore no Brasil
O jornalista Mário Eugênio Rafael de Oliveira, o Gogó das Sete, é assassinado quando saía da Rádio Planalto no SRTVS (40 anos) – Mário Eugênio era uma celebridade no DF. Sua coluna no Correio Braziliense e o programa policial de rádio que apresentava eram campeões de audiência. Foi morto por ter feito denúncias que evolviam o alto escalão da Secretaria de Segurança Pública do DF
Morte do poeta paraibano Augusto dos Anjos (110 anos)
Nascimento da atriz estadunidense Grace Kelly (95 anos) – tornou-se Princesa de Mônaco ao casar-se com o Príncipe Rainier III em 1956
Morte da política e revolucionária espanhola Dolores Ibárruri, La Pasionaria (35 anos)
Nascimento do jogador de futebol pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá (90 anos) – bicampeão mundial de futebol, é, ao lado do também pernambucano Ademir de Menezes e de Jairzinho, o terceiro maior artilheiro da Seleção Brasileira na história das Copas do Mundo
Dia do Pantanal
Dia Mundial do Hip Hop – comemorado para marcar a data da criação da Nação Zulu ocorrida em 12 de novembro de 1973, no bairro novaiorquino do Bronx (Estados Unidos da América), que é tida como a 1ª Organização a oficialmente incluir o Hip Hop em seus interesses, ao trabalhar para converter a violência dos subúrbios em jogos artísticos
Assassinato da jovem alemã Maria Francelina Trenes, a Maria Degolada, em Porto Alegre/RS (125 anos) – ganhava a vida como prostituta e, após ser brutalmente morta pelo namorado, ganhou o apelido de Maria Degolada tornando-se parte do folclore de Porto Alegre e centro de um culto popular. O assassinato ganhou grande destaque na imprensa, circularam várias versões sobre o caso e logo os locais passaram a venerá-la. No local onde foi morta ergueu-se uma pequena capela em sua homenagem
Morte do poeta matogrossense Manoel de Barros (10 anos) – é o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários
Morte da atriz paulistana Mara Manzan (15 anos)
Dia Mundial da Gentileza – celebrado na Austrália, Brasil, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Itália, Índia, Japão, Nigéria e Reino Unido, entre outros, para marcar a data da abertura da “1ª Conferência Mundial do Movimento da Bondade” ocorrida na cidade japonesa de Tóquio em 1998, e do aniversário do Movimento Mundial da Gentileza , que surgiu em 1996 num pequeno encontro no Japão
Morte do cantor e compositor fluminense José Flores de Jesus, o Zé Keti (25 anos) – oriundo da Portela, participou do espetáculo “Opinião”, ao lado de João do Vale e Nara Leão em 1964 e em 1998 recebeu o prêmio Shell pelo conjunto de sua obra
Dia do Bandeirante
Dia Mundial do Diabetes – o dia foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921
Dia Nacional da Alfabetização
Morte da cantora gospel carioca Denise Cerqueira (25 anos)
Primeira eleição direta para Presidente da República do Brasil, após o termino da regime militar (35 anos)
Proclamação da República (135 anos)
Dia do Esporte Amador
Dia da Proclamação da República – comemorado por brasileiros, conforme Lei Nº 662 de 6 de abril de 1949, ratificada pela Lei Nº 10.607 de 19 de dezembro de 2002, para marcar a data da promulgação do Decreto 1 de 15 de novembro de 1889, que foi assinado pelo então Marechal Deodoro da Fonseca
Dia Nacional da Umbanda – comemoração instituída pela Lei Nº 12.644 de 16 de maio de 2012, e que inicialmente foi instituída pelo Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda; tem por fim marcar a data da 1ª manifestação do “Caboclo das Sete Encruzilhadas”, que se incorporou em 15 de novembro de 1908 no então jovem médium brasileiro, Zélio Fernandino de Moraes
Nascimento da cantora e pianista estadunidense Diana Krall (60 anos)
Dia Internacional para a Tolerância – comemoração internacional que foi instituída pela ONU na sua resolução A RES / 51/95 de 12 de dezembro de 1996; tem por fim marcar a data da constituição da UNESCO , que se deu em 16 de novembro de 1945, e a data da proclamação da “Declaração de Princípios Sobre a Tolerância”; assinada por 185 países na cidade de Paris, com a intenção de poupar sucessivas gerações das guerras por questões culturais, a partir da prática da tolerância e da convivência pacífica entre os povos vizinhos
Dia Internacional do Patrimônio Mundial – comemoração internacional, que tem sido promovida pela UNESCO; tem por fim marcar a data da adoção da Convenção de Paris, a partir da qual foram assentadas as bases da proteção do patrimônio cultural e natural da humanidade
Dia Nacional da Amazônia Azul – comemoração no Brasil, que foi instituída pela Lei Nº 13.187 de 11 de novembro de 2015.; tem por fim marcar a data da entrada em vigor da “Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”, que consagra os conceitos de Mar Territorial, Zona Econômica Exclusiva e Plataforma Continental, viabilizando a delimitação dos espaços marítimos sob a jurisdição brasileira, os quais totalizarão aproximadamente 4,5 milhões de km² – área que a Marinha do Brasil convencionou chamar de Amazônia Azul
Lançamento do programa “Estúdio F”, veiculado na Rádio Nacional AM RJ (18 anos)
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Outras
Perito estima que Juliana Marins morreu 32 horas após primeira queda

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu 32 horas depois de cair do vulcão Rinjani, na Indonésia. A estimativa é dos peritos brasileiros que fizeram uma segunda autópsia no corpo da jovem. O resultado foi divulgado oficialmente nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro.
A cronologia estimada é de que a primeira queda ocorreu no dia 20 de junho, por volta das 17h, no horário da Indonésia. Juliana caiu cerca de 220 metros até um paredão rochoso. Em outro momento, escorregou de costas por mais 60 metros e sofreu uma segunda queda.
Com o impacto, ela sofreu lesões poliviscerais e politraumatismo, que provocaram uma hemorragia interna. Entre 10 e 15 minutos depois, por volta das 12h do dia 22, ela morreu. O corpo ainda deslizaria mais até o ponto onde foi encontrado, a 650 metros de profundidade.
A primeira equipe de resgate saiu da base do parque quatro horas depois do acidente. Segundo Mariana Marins, irmã de Juliana, a equipe do Basarnas, como é conhecida a instituição nacional de resgate da Indonésia, desceu 150 metros de rapel, mas Juliana já estava em um ponto mais abaixo.
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Dois dias depois, ela foi localizada por meio de um drone térmico, mostrando que ainda estava viva naquele momento. As equipes só conseguiram chegar até a jovem no dia 24 e o resgate do corpo ocorreu no dia 25.
Perícia no Brasil
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, foram relatadas dificuldades para fazer a autópsia, como o fato de o corpo já estar embalsamado, o que comprometia parte das análises, como verificação de sinais clínicos e horário mais preciso da morte.
Por meio de vestígios presentes no couro cabeludo, foi possível estimar a hora da morte de Juliana. Em um aparelho de radiologia, verificaram-se as fraturas nas costelas, no fêmur, na pelve, com sangramento intenso.
“Foi uma autópsia totalmente contaminada no sentido técnico. Os órgãos já estão praticamente sem sangue, pálidos, e naturalmente se fez necessário um processo de embalsamamento com formol. Tem um prejuízo, mas o formol possibilitou conservar as lesões externas e os órgãos internos”, disse o perito Reginaldo Franklin.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, reforçou as críticas sobre como as equipes de resgate agiram durante todo o processo. Ela acredita que se tivessem agido de maneira mais rápida, a irmã poderia ter sido salva.
“Estávamos esperando esse momento do laudo. Agora, vamos ver o que fazer. Só do Basarnas ter sido chamado um período longo depois do acidente já é algo a ser considerado. Já sabiam que era um acidente grave. E estavam sem o equipamento correto para chegar até o local. São vários pontos a ser considerados”, disse Mariana.
A defensora pública federal Taísa Bittencourt disse que existem três possíveis desdobramentos a partir da divulgação da autópsia brasileira.
“Sobre a investigação criminal, a Defensoria requereu que a Polícia Federal instaure inquérito policial para investigação. É um fato ocorrido no exterior e incide o princípio da extraterritorialidade. Essa investigação depende de uma requisição do ministro da justiça. Na esfera cível, a família tem possibilidades efetivas de procuração na própria Indonésia em relação a indenização por dano moral. E a questão internacional que envolve questões diplomáticas é de levar o caso para uma comissão de direitos humanos da ONU”, disse a defensora.
Outras
Comitês de participação na EBC escolhem seus presidentes

Os dois comitês que compõem o Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (Sinpas) escolheram seus presidentes esta semana. Tanto o Comitê Editorial e de Programação (Comep) quanto o Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão (Cpadi) realizaram reuniões virtuais em que foram escolhidos os membros que assumirão a presidência durante o período de 1 ano.
No Cpadi, foi escolhida Ana Fleck, do Instituto Imersão Latina. No Comep, a presidência será de Pedro Rafael Vilela, que representa o Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC).
Além da definição das presidências, as duas reuniões extraordinárias dos dias 8 e 9 de julho também resultaram na aprovação do regimento interno e na posse dos membros titulares e suplentes.
“Chegamos até aqui como resultado de um movimento de resistência que sempre acreditou no papel da comunicação pública para a democracia e na importância da participação social para sua viabilização. Agora, precisamos construir os alicerces do comitê e consolidar o Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (Sinpas)”, disse Ana Fleck, que anteriormente presidiu o então Conselho Curador da Empresa Brasil Comunicação (EBC).
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“A instalação efetiva dos comitês abre um novo capítulo histórico na comunicação pública brasileira. Esses fóruns de participação social serão ponte fundamental do acompanhamento, pela sociedade, da programação das emissoras públicas, para que elas cumpram a missão de oferecer informação gratuita, confiável e de qualidade à população. Na era da desinformação, o direito à comunicação nunca foi tão essencial”, avalia Pedro Rafael.
“Já são quase 9 anos do rompimento da participação social aqui na EBC. Agora, após grande mobilização da sociedade civil, retomamos esses fóruns de discussão que são uma premissa da comunicação pública”, disse o diretor-presidente da EBC, Jean Lima.
“Temos uma grande diversidade de pessoas e representações, inclusive territorial. Acho que esse foi um grande avanço que fizemos no processo de participação social aqui na EBC”, acrescentou.
Participação Social na EBC
A EBC estava há 9 anos sem instâncias de participação social. No dia 11 de junho, os comitês foram instaurados representando um marco histórico para a EBC. O antigo Conselho Curador que contava com representantes do governo e da sociedade civil foi extinto em 2016.
A instalação dos comitês do Sinpas ocorreu após o presidente em exercício Geraldo Alckmin publicar, no dia 5 de junho, o decreto designando membros para o Comep. Os representantes do Cpadi foram nomeados em 2024, com a Portaria-Presidente nº 634/2024.
Os membros dos dois comitês foram eleitos em processo eleitoral ocorrido no ano passado e aberto para toda a sociedade civil. Agora, a previsão é que as reuniões aconteçam mensalmente, no caso do Comep, e trimestralmente no caso da Cpadi.
O Comep tem como objetivo promover a participação da sociedade civil no acompanhamento da aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, observando a pluralidade da sociedade brasileira.
Já o Cpadi é responsável por acompanhar as diretrizes da programação veiculada pelas emissoras de comunicação pública operadas pela EBC, com foco na promoção da participação social, diversidade social, cultural, regional e étnica. Além disso, o comitê visa assegurar a pluralidade de ideias na abordagem dos fatos, estimulando a produção regional e independente, e promovendo conteúdos educativos, artísticos, culturais, científicos e informativos.
Os comitês contam com representantes de emissoras públicas de rádio e televisão; do setor audiovisual independente; dos veículos legislativos de comunicação; da comunidade científica e tecnológica; de entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes; de entidades da sociedade civil de defesa do direito à comunicação; dos cursos superiores de educação; de organizações gerais da sociedade civil; de emissoras públicas integrantes da RNCP; e dos empregados da EBC.
Saiba quem são os membros do Comep e do Cpadi.
Além do Comep e Cpadi, integram o Sinpas a Ouvidoria e a Assessoria Especial de Participação Social da EBC.
Outras
Justiça exige cronograma para titulação de território quilombola no AP
Depois de esperar por 14 anos o andamento do processo de titulação do território quilombola, a comunidade Kulumbú do Patuazinho, no Oiapoque, Amapá, conseguiu na Justiça Federal uma liminar que estabelece o prazo de 30 dias para a União apresentar um cronograma de cumprimento das etapas.
A decisão é resultado de uma ação civil pública movida após ameaças ao território com o andamento do processo de exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas.
De acordo com a liminar emitida pelo juiz Pedro Brindeiro do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, foram apresentadas como provas imagens, vídeos e notícias divulgadas na página do Ministério Público que comprovam ataques ao território quilombola. A decisão também destaca o relato dos autores da ação civil: “nota-se que indivíduos não quilombolas destroem hortas, plantações de subsistência, desmatam a vegetação local, realizam queimadas para ali construírem moradias e assim, muitos fixaram-se no local por meio de ameaças à integridade física das famílias tradicionais e ameaças às suas tradições culturais e religiosas.”
Ao reconhecer o direito da comunidade Kulumbú do Patuazinho à propriedade definitiva e o dever do Estado de emitir o título, o magistrado decidiu que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Fundação Cultural Palmares e a própria União Fedreal deverão apresentar “cada qual no limite e no âmbito de suas atribuições”, os prazos definidos para a realização de todas as etapas pendentes até a regularização fundiária, “inclusive comprovando a previsão orçamentária e aporte de recursos para o efetivo cumprimento no tempo”, destaca a decisão.
Desde 2009, os moradores de Kulumbú do Patuazinho são certificados pela Fundação Palmares como comunidade quilombola, processo necessário para o início da tramitação da titulação do território. Em 2011, a comunidade deu entrada no processo junto a superintendência regional do Incra no Amapá, mas o pedido não avançou.”É inaceitável que órgãos públicos continuem retardando um direito garantido pela Constituição. A morosidade administrativa e o racismo institucional continuam sendo obstáculos diários para milhares de comunidades quilombolas em todo o país”, declarou por meio de nota a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
Constituída na década de 1990, a comunidade quilombola Kulumbú do Patuazinho se estabeleceu no território do município de Oiapoque, nas fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa. Liderado por Benedito Furtado, o pai Bené, um pequeno grupo familiar migrou de outra comunidade quilombola localizada em Pindaré-Mirim, no Maranhão, em busca de melhores condições de vida.
Após peregrinação em outros estados da Região Norte, pai Bené orientado por guias espirituais de matriz africana localizou o lugar aos pés de uma Sumaúma onde deveriam ser estabelecidos o Santuário de São Benedito de Aruanda, e o assentamento de uma nova comunidade.
Com o passar dos anos, a proximidade com o perímetro urbano do município e o avanço da possível exploração de petróleo na costa da região, os moradores relatam um crescimento de conflitos territoriais “a ponto de adentrarem em área considerada sagrada e destruírem a escultura denominada ‘Pedreira de Xangô’, construída pelo patriarca da comunidade, Sr. Benedito, que a deixou como legado, reservada para a realização do culto à espiritualidade, localizada na parte conhecida por ‘Caminho dos Orixás’, descreve outro trecho do relato destacado na decisão.
De acordo com o Incra, atualmente o processo de titulação na fase de elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), que é a primeira etapa realizada para regularização fundiária. Nesse estágio são produzidos estudos técnicos e científicos de caracterização espacial, econômica ambiental e sociocultural do território quilombola, “devidamente fundamentado em elementos objetivos, contendo informações cartográficas, fundiárias, agronômicas, ecológicas, geográficas, socioeconômicas, históricas, etnográficas e antropológicas da comunidade quilombola e do território reivindicado”, informa a instituição por meio de nota.
Segundo o comunicado, na próxima semana, dois servidores estarão na área para uma visita técnica. “Em relação à determinação Judicial, a Superintendência do Incra no Amapá atua para apresentar resposta à demanda dentro do prazo estabelecido”, conclui a nota.