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Hoje é Dia: terremoto no Haiti e morte de Zilda Arns completam 15 anos

A semana entre os dias 12 e 18 de janeiro tem uma data que rememora um acontecimento triste e relativamente recente. Em 12 de janeiro de 2010, o Haiti foi devastado por um terremoto de magnitude 7,0, com epicentro a cerca de 25 km de Porto Príncipe.
O número de mortes foi tamanho que não há uma estatística exata. Há estimativas de 220 mil mortes, de e até . Em 2014, quando a tragédia completou 5 anos, o
Uma das vítimas do terremoto que atingiu o Haiti em 2010 foi a pediatra e sanitarista brasileira Zilda Arns Neumann. Fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa (organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), ela estava em missão no país quando foi vitimada pela tragédia. Em 2023, o nome dela foi, inclusive, . Já a sua biografia foi contada no :
Aniversário de Belém, eleições e Bezerra
Ainda no dia 12 de janeiro (hoje), há o aniversário da cidade de Belém. A capital do Pará, famosa por pontos turísticos como o Mercado Ver-o-Peso e referência econômica na Região Norte, completa nada menos do que 409 anos.
No dia 15 de janeiro, completam-se 40 anos da primeira eleição presidencial após o fim da Ditadura Militar. Ainda de forma indireta, o pleito elegeu Tancredo Neves (que faleceu antes de assumir o posto e deu lugar a José Sarney). . Em 2023, foi o Na Trilha da História que falou sobre o assunto:
Para fechar a semana, no dia 17 de janeiro temos os 20 anos da morte do célebre sambista Bezerra da Silva. Autor de sucessos conhecidos pela crítica social, ele já foi homenageado em alguns programa da EBC como o Roda de Samba (em 2015) e o Acervo Musical em 2020.
Confira a relação completa de datas do Hoje é Dia da semana entre 12 e 18 de janeiro de 2025
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Janeiro de 2025
12
Morte da pediatra e sanitarista catarinense Zilda Arns (15 anos) – irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, foi também fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Publicação dos primeiros textos de Machado de Assis: as poesias “Ela” e “A Palmeira” (170 anos)
Aniversário de Belém (PA) (409 anos)
13
Morte do compositor, maestro e arranjador paulista Gabriel Migliori (50 anos)
14
Morte do radialista, ator de cinema e apresentador de televisão cearense César de Alencar (35 anos) – a partir de 1945, fez grande sucesso na rádio Nacional do Rio de Janeiro, lançando artistas como Emilinha Borba e Marlene. Comandou um programa que recebeu seu nome
Estreia da Ópera “Tosca”, no Teatro Constazi, em Roma (125 anos)
Composição do dobrado “Dois Corações” do maestro fluminense Pedro da Cruz Salgado (105 anos) – considerado o hino das bandas musicais do Brasil
Corinthians é Campeão Mundial (25 anos)
15
Ocorre a eleição presidencial brasileira de 1985 (40 anos) – última ocorrida de forma indireta que, por meio de um colégio eleitoral, elegeu o Presidente Tancredo Neves
Início do funcionamento da Hidrelétrica de Paulo Afonso (70 anos)
16
Louis Compte, o abade e capelão francês, fez uma demonstração a Dom Pedro II da daguerrotipia (185 anos)
Dia da Lavagem das escadarias do Bonfim (data móvel) – acontece na quinta-feira que antecede o segundo domingo após o Dia de Reis, no mês de janeiro.
17
Morte do político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista pernambucano Joaquim Nabuco (115 anos)
Morte do cantor, compositor, violonista, percussionista e intérprete pernambucano Bezerra da Silva (20 anos)
Entra em vigor a lei que proíbe a produção e venda de bebidas alcóolicas nos Estados Unidos (Lei Seca) (105 anos)
O então secretário especial da Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, fez um discurso semelhante ao do ministro de Adolf Hitler da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels (05 anos) – após a repercussão, Roberto Alvim foi exonerado
18
Nascimento do compositor e crítico musical russo de ascendência francesa e lituana César Antonovitch Cui (190 anos) – foi um compositor extremamente prolífico, escrevendo muitas peças para piano, música de câmara, centenas de canções, peças para orquestra e várias óperas
Dia Estadual da Baía de Guanabara – foi determinado pela Lei 3616/2001, certamente para lembrar a data do vazamento de um tubo submarino que resultou em uma enorme mancha de óleo
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
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“Lamentável e dilacerante”, diz ministra sobre morte jovem por polícia

O caso do assassinato do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, um jovem negro de 26 anos, que levou um tiro na cabeça do policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, na última sexta-feira (4), vai ser acompanhado pelo Ministério da Igualdade Racial. A titular da pasta, Anielle Franco, publicou um nota nas redes sociais para repudiar o episódio.
“É lamentável e dilacerante chorarmos a morte de mais um jovem inocente. Guilherme Dias dos Santos Ferreira saiu do trabalho, corria para pegar o ônibus, carregava sua marmita, talheres e a bíblia, e recebeu um tiro na cabeça! O racismo institucional persiste em ‘confundir’ corpos negros. É urgente que essa realidade mude!”, escreveu a ministra.
O marceneiro foi morto pelo agente após ser confundido com assaltantes que tentavam roubar sua moto. O crime aconteceu na Estrada Ecoturística de Parelheiros, na zona Sul de São Paulo. O PM lotado no 12º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo, mas foi liberado após pagamento de fiança.
Conforme o boletim de ocorrência, o policial disse que estava em sua moto tendo sido abordado por suspeitos armados. Ao reagir aos tiros contra o assalto, Guilherme acabou baleado e morreu no local. A vítima estava indo pegar um ônibus após o dia de trabalho.
“Como ministra da Igualdade Racial, mas também como Anielle, humana, que sabe a dor de perder um ente querido para uma violência injustificável e covarde, me solidarizo com a família e amigos de Guilherme. E reafirmo nosso compromisso com a promoção de práticas antirracistas nas políticas de segurança pública. O Ministério da Igualdade Racial já oficiou as autoridades responsáveis, está acompanhando o caso e segue à disposição para oferecer os apoios necessários. Por isso não descansaremos. Lutamos e trabalhamos para proteger nossos jovens e todas as vidas negras deste país”, acrescentou a ministra.
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PM que matou marceneiro em Parelheiros é afastado

O policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida que matou com um tiro na cabeça o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi afastado do serviço operacional.
O marceneiro foi morto na sexta-feira à noite (4) pelo agente após ser confundido com assaltantes que tentavam roubar sua moto. O crime aconteceu na Estrada Ecoturística de Parelheiros, na zona Sul de São Paulo.
O PM lotado no 12º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo, mas foi liberado após pagamento de fiança.
Conforme o boletim de ocorrência, o policial disse que estava em sua moto tendo sido abordado por suspeitos armados. Ao reagir aos tiros contra o assalto, Guilherme acabou baleado e morreu no local. A vítima estava indo pegar um ônibus após o dia de trabalho.
“O caso foi registrado como homicídio e é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) de Guarulhos, que realiza diligências visando identificar e localizar os autores, bem como esclarecer os fatos. Demais detalhes serão preservados devido ao sigilo imposto”, diz nota da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Também em nota, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo Mauro Caseri disse que foi aberto um procedimento encaminhado para a Corregedoria da Polícia Militar, solicitando informações sobre os procedimentos instaurados pelo órgão.
A ouvidoria também afirmou que pediu ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo (DHPP) “a portaria e relatório de conclusão do inquérito policial; laudo necroscópico e respectivas representações gráficas da vítima fatal; laudos periciais do local do crime, exame balístico e exames residuográficos; imagens arrecadadas de câmeras de monitoramento da região, bem como informações sobre a distribuição judicial do feito”.
Além disso, o órgão também encaminhou ofício para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), para que a Polícia Civil investigue eventuais implicâncias raciais na ocorrência, já que a vítima Guilherme era negro.
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Avós da Praça de Maio encontram 140° neto sequestrado pela ditadura

A organização Avós da Praça de Maio anunciou nesta segunda-feira (7), em Buenos Aires, que encontrou o neto número 140 sequestrado pela ditadura argentina, que governou o país de 1976 a 1983.
Trata-se de um homem nascido em 17 de abril de 1977, no centro clandestino La Escuelita, na cidade de Bahía Blanca, a 630 quilômetros da capital. Ele é filho de Graciela Alicia Romero e Raúl Eugenio Metz, dois militantes contra o período autoritário que até hoje constam como desaparecidos. O filho de ambos, agora descoberto, nasceu em cativeiro na província de Neuquén.
“Com a restituição do neto 140 confirmamos, mais uma vez, que nossos netos e netas estão entre nós e que, graças à perseverança e ao trabalho constante desses 47 anos de luta, continuarão aparecendo. O apoio da sociedade, que segue fornecendo informações sobre possíveis filhos e filhas de pessoas desaparecidas e acolhendo quem tem dúvidas sobre sua origem, demonstra que essa busca não pode ser solitária”, informou a Avós da Praça de Maio, em comunicado oficial.
Os detalhes do caso também foram informados durante uma coletiva de imprensa, com participação da presidente da entidade, Estela de Carlotto, que tem 94 anos.
A saga pela restituição desse neto começou desde o primeiro momento do desaparecimento, quando as famílias Metz e Romero buscaram por Graciela, Raúl e o bebê. Liderados inicialmente pelos pais de Graciela e Raúl, a luta seguiu graças à filha do casal e irmã mais velha do homem reencontrado, Adriana.
A partir de uma informação recebida anonimamente pelas Avós, iniciou-se uma investigação que passou a ser realizada em conjunto com a Comissão Nacional pelo Direito à Identidade (CoNaDI) e a Unidade Especializada para Casos de Apropriação de Crianças durante o Terrorismo de Estado (UFICANTE).
Esse trabalho conjunto permitiu reforçar a hipótese de uma possível apropriação, reunir a documentação necessária e aprofundar o caso. Em abril deste ano, com a finalização dessa etapa, a CoNaDI entrou em contato com o possível neto para lhe apresentar todas as informações reunidas. Ele então aceitou ir ao Banco Nacional de Dados Genéticos (BNDG) e fornecer sua amostra de DNA, que foi comparada com as famílias que buscam seus netos.
Finalmente, na última sexta-feira (4), o BNDG comunicou à CoNaDI o resultado do teste de DNA, e a Comissão informou ao homem que, de fato, tratava-se de um caso de apropriação e que seu perfil genético correspondia ao da família Metz Romero.
“Durante o final de semana, ambas as famílias foram notificadas, o que hoje nos permite comunicar ao público que encontramos o neto 140. Cada restituição revela de forma irrefutável que a ditadura executou um plano de extermínio, que cometeu um genocídio. Cada neto confirma que o Estado terrorista sequestrou pessoas, as manteve ocultas em Centros Clandestinos de Detenção sob tortura, as assassinou e fez desaparecer seus corpos. Que nesses campos de concentração existiam maternidades clandestinas, onde mulheres como Graciela Romero deram à luz em condições desumanas. Que houve um plano sistemático de apropriação de menores, condenando essas crianças a viverem na mentira e suas famílias biológicas a buscá-las indefinidamente“, destacou a entidade, em nota.
Tida como uma das mais autoritárias das Américas, a ditadura da Argentina foi responsável por perseguições, sequestros, torturas e assassinatos que vitimaram mais de 30 mil pessoas.
Uma das políticas sistemáticas desse período foi justamente o sequestro e roubo de bebês de mães militantes políticas que estavam presas em centros clandestinos de tortura.
Essas crianças eram então repassadas para adoção por outras famílias, muitas das quais ligadas a militares. A Avós da Praça de Maio estima que ainda existam pelo menos 300 casos de sequestro de crianças jamais elucidados, e os movimentos de mães e avós emergiram dessa busca por verdade e justiça, tornando-se referência na luta por direitos humanos no país.