Economia
Home equity cresce 25% no estado de Alagoas

O Santander Brasil registrou um aumento de 25% de carteira do Use Casa, linha de crédito com garantia de imóvel, em Alagoas. Nos primeiros seis meses do ano, o Banco totalizou R$ 17,1 milhões na região, resultando em um crescimento de 47% no total da produção de crédito, que agora soma R$ 87,3 milhões na região. O ticket médio das operações no estado é de R$ 206,9 mil, refletindo a popularidade da modalidade para quem busca recursos para empreender, reformar ou quitar dívidas.
O crédito com garantia de imóvel vem ganhando força em todo o Brasil, graças às taxas de juros mais baixas e prazos de quitação estendidos. No Santander, por exemplo, é possível solicitar até 60% do valor do imóvel ou terreno, com taxas a partir de 1,05% ao mês e parcelamento em até 240 meses.
“O home equity, como também é conhecido o empréstimo com garantia de imóvel, é uma excelente alternativa para quem deseja empreender. No entanto, é essencial que o crédito seja tomado de forma consciente, com planejamento financeiro e uma avaliação criteriosa dos custos mensais e da real necessidade do recurso”, afirma Sandro Gamba, diretor de Negócios Imobiliários do Santander.
No primeiro semestre de 2024, essa modalidade disparou em todo o País, com crescimento de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 4,6 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Economia
Copom decide nesta quarta-feira se pausa ciclo de alta na Taxa Selic

Com a inflação desacelerando, mas alguns preços, como a energia, pressionados, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (30) se pausa o ciclo de alta na Taxa Selic, juros básicos da economia. Os analistas de mercado acreditam na manutenção da taxa no maior nível em quase 20 anos.
Atualmente em 15% ao ano, a Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Desde setembro do ano passado, a taxa foi elevada sete vezes seguidas.
Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve ser mantida em 15% ao ano até o fim de 2025, iniciando uma redução em 2026. A divergência agora está no momento do próximo ano em que os juros começarão a cair.
Na ata da última reunião, em junho, o Copom informou que a Selic será mantida em 15% ao ano por tempo prolongado. Segundo o comitê, os núcleos de inflação – medida que exclui preços administrados e de alimentos in natura – têm se mantido pressionados há meses. Isso, na avaliação do BC, corrobora com a interpretação de que a inflação segue pressionada por demanda que requer “uma política monetária contracionista por um período bastante prolongado”.
Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual, uma de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto.
Inflação
O comportamento da inflação continua uma incógnita. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,24% em junho e para 5,35% em 12 meses. No entanto, o IPCA-15 de julho, que funciona como uma prévia da inflação oficial, veio acima das expectativas e acelerou por causa de preços de energia e de passagens aéreas.
Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2025 caiu para 5,09%, contra 5,2% há quatro semanas. Isso representa inflação acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.
Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
Meta contínua
Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em maio de 2025, a inflação desde junho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em junho, o procedimento se repete, com apuração a partir de julho de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.
No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,9%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. A próxima edição do documento, que substituiu o Relatório de Inflação, será divulgada no fim de setembro.
Economia
Alckmin volta a se reunir com big techs e recebe pauta do setor

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, recebeu nesta terça-feira (29) representantes das empresas norte-americanas Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia. O encontro ocorre a poucos dias do início previsto do tarifaço de 50% das exportações brasileiras aos Estados Unidos e em meio à tentativa do governo brasileiro de negociar e evitar a imposição das sanções.
“Nós queremos avançar em todas as convergências. Temos muito mais convergência do que divergência”, destacou o vice-presidente, ao comentar sobre a reunião em entrevista a jornalistas em seu gabinete. Essa é a segunda reunião com representantes das chamadas big techs desde o anúncio das taxações contra o Brasil, há quase três semanas. Desta vez, segundo Alckmin, as empresas apresentaram uma pauta de que inclui assuntos relacionados a “ambiente de regulatório, oportunidade econômica, inovação tecnológica e segurança jurídica”.
“Nós estamos propondo uma mesa de trabalho”, citou o vice-presidente. “Falando em oportunidade econômica, o Brasil vai ser o campeão de data center”, exemplificou. Questionado sobre como a discussão da regulação das big techs no Brasil pode evoluir nesse cenário, Alckmin adotou um tom cauteloso e disse que o governo não teria pressa em acelerar essa discussão.
“Essa questão de regulamentação de big techs, de redes sociais, é uma questão que tá em discussão no mundo. Então, vamos aprender. Onde é que já foi implementado na Europa? O que que deu certo? O que que levou a crítica? Nós não devemos ter muita pressa nisso. Eu acho que a gente deve verificar a legislação comparada e ouvir, ouvir e dialogar”, ressaltou.
Os interesses das empresas de tecnologia dos EUA no Brasil é um dos temas centrais expostos por Donald Trump na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início do mês, quando anunciou o tarifaço. No documento, Trump determinou a abertura de investigação sobre o que chamou de “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas”.
Além dos representantes das gigantes da tecnologia, o vice-presidente afirmou que a reunião foi acompanhada, por meio de videoconferência, por um representante da Secretaria de Comércio dos EUA, que não teve o nome revelado. Essa participação foi uma solicitação do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em uma nova conversa com Alckmin ocorrida na segunda-feira, contou o vice.
“E sobre a questão tarifária, estamos empenhados em evitar que tenhamos uma tarifa totalmente injustificável, de 50%, sendo que dos grandes países do mundo, tem três que os Estados Unidos têm superávit: Reino Unido, Austrália e Brasil. E sendo que, dos 10 produtos que eles mais exportam, em oito a alíquota é zero, não paga imposto de importação para entrar no Brasil”, insistiu Alckmin.
Além de se reunir com representantes das big techs, o vice-presidente recebeu nesta terça representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O estado é um grande exportador de petróleo e aço para o mercado norte-americano. Quem também se reuniu com Alckmin foi o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e representantes empresariais do estado, que é o que mais exporta, em termos proporcionais, para os Estados Unidos. Mais de 40% das vendas externas cearenses têm como destino o país mais rico do mundo, incluído itens como aço, ferro, pescado, crustáceos, máquinas, calçados, entre outros.
Economia
Dólar cai para R$ 5,56 com possível recuo em tarifaço nos EUA

Em dia de ajustes no mercado internacional e de um possível recuo no tarifaço sobre alimentos não cultivados nos Estados Unidos, o dólar caiu, mas continua acima de R$ 5,55. A bolsa de valores interrompeu uma sequência de três quedas e subiu.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (29) vendido a R$ 5,569, com recuo de R$ 0,021 (-0,38%). A cotação operou próxima da estabilidade nas primeiras horas de negociação, mas passou a recuar com força no início da tarde. Na mínima do dia, por volta das 13h, encostou em R$ 5,55.
A divisa acumula alta de 2,48% em julho. Em 2025, recua 9,88%. Ainda sob reflexo do acordo comercial com os Estados Unidos, o euro comercial caiu 0,73% e fechou a R$ 6,43.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 132.726 pontos, com alta de 0,45%. Apesar da alta desta terça, o indicador recua 4,41% em julho.
Na véspera das reuniões do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, o mercado financeiro teve um dia de ajustes. Investidores aproveitaram as altas recentes do dólar para vender moeda e aproveitaram a queda no preço das ações para comprar.
O principal motivo, no entanto, que diminuiu as tensões no mercado financeiro foi uma declaração do secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, de que produtos não cultivados no território estadunidense, como café e cacau, podem ficar fora do tarifaço. O Brasil é um dos maiores exportadores de café para os Estados Unidos.
*com informações da Reuters