Saúde
Hospital federal no Rio reabre 100 leitos após mudança de gestão

O Hospital Federal de Bonsucesso, um dos seis que pertencem ao Ministério da Saúde na cidade do Rio de Janeiro, reabriu 100 leitos nesta sexta-feira (17). A unidade é um dos quatro hospitais em que a pasta trocou a gestão ao longo de 2024, com o objetivo de melhorar o atendimento à população.
Referência em especialidades como transplantes e nefrologia, o hospital, que fica no bairro de Bonsucesso, na zona norte da cidade, sofreu mudança de gestão em outubro. A administração era feita diretamente pelo Ministério da Saúde e passou a ser controlada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC).
Unidade é controlada pelo Grupo Conceição – Tomaz Silva/Agência Brasil
Na ocasião, dos 412 leitos existentes, mais da metade – 218 – estavam fechados por motivos que iam de falta de funcionários e equipamentos a questões de infraestrutura predial. O funcionamento da unidade era aquém da capacidade, com o atendimento de emergência suspenso há seis anos.
Desde então, o GHC passou a receber verbas do ministério e tinha o objetivo de reabrir leitos e a emergência dentro de 90 dias, prazo que se esgotaria no domingo. Foram feitos investimentos como cabeamento de energia, instalação de seis grandes geradores, contratação de funcionários, compra de equipamentos e obras no prédio de 42 mil metros quadrados de área construída.
“Vou dar um exemplo: telhados onde chovia dentro”, citou o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello. Em 2020, um forçou a retirada de quase 200 pacientes que estavam internados no hospital.
Ao todo, o ministério vai investir R$ 263,7 milhões no Hospital Federal de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e R$ 218,29 milhões em 2025.
Dos 100 leitos reabertos, 88 são de enfermaria, que atinge 80% de sua capacidade, sendo 58 no bloco cirúrgico, 20 clínicos e dez de pediatria. Doze são de unidades de terapia intensiva (UTI).
A emergência ainda não foi reaberta. A expectativa da direção é restabelecer o atendimento emergencial e entregar mais 118 leitos até o fim deste mês de janeiro.
O GHC é uma empresa pública vinculada ao ministério e tem histórico de atuação em Porto Alegre, onde está à frente de quatro hospitais, além de postos de atendimentos.
Referência
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, visitou as instalações remodeladas nesta sexta-feira, entre elas a UTI e a sala de exames de imagens, fechadas desde 2020, onde foram instalados aparelhos de raio-x e tomografia, que estavam sem utilização em corredores do hospital.
Para a ministra, hospitais federais não são um problema. “São uma solução para vários problemas de saúde especializada, quando se precisa do hospital, do ambulatório e das consultas”, disse Nísia.
“Será uma das principais referências no Rio”, afirmou a ministra. Ela acrescentou que o hospital reúne condições para “mais acesso a especialistas e para reduzir o tempo de espera para exames e para consultas”. Além disso, continuou, “quando é necessária a cirurgia, poder fazê-la”.
A superintendente do hospital, Elaine Lopez, afirmou que, além da entrega de mais 118 leitos até o fim do mês, foi possível remanejar estruturas, de forma que a capacidade do hospital comporte 423 leitos. Além disso, a gestora prometeu expansão.
“Ao longo do ano, a gente ainda vai abrir mais leitos”, afirmou a jornalistas ao visitar uma UTI. Ao comentar sobre a recuperação da capacidade instalada, Elaine informou que, na quinta-feira (16), já foi possível a unidade realizar uma cirurgia cardíaca de complexidade.
“Já fizemos cirurgia cardíaca, fizemos o transplante de córnea em uma criança essa semana, o transplante renal está andando muito bem, o que é simbólico, é um dos poucos lugares no Rio de Janeiro que faz transplante em criança e adulto”, descreveu Elaine Lopez.
Resistência inicial
A decisão do governo de passar a administração do Hospital Federal de Bonsucesso para o GHC foi criticada à época pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ), que reclamou de falta de diálogo do governo com os servidores.
A categoria chegou a fazer um no hospital. Por causa da resistência, o novo comando demorou uma semana para conseguir assumir a unidade.
Na entrega dos 100 leitos, o diretor-presidente do GHC afirmou que retomou o diálogo com categorias, destacando o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem. “É o maior sindicato aqui. Temos quase 1 mil trabalhadores auxiliares técnicos de enfermagem”, disse.
Barichello informou que, em 60 dias, foram contratados 1,8 mil dos cerca de 2,5 mil funcionários que vão compor a força de trabalho do hospital. Segundo ele, em 30 dias, o GHC comprou R$ 30 milhões em equipamentos, o que inclui mobiliário, mesas cirúrgicas, monitores, ventiladores mecânicos, carrinhos e eletrocardiógrafo. Os recursos foram destinados pelo Ministério da Saúde.
O Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais foi uma decisão acertada, afirma a ministra da Saúde, Nísia Trindade – Tomaz Silva/Agência Brasil
A ministra Nísia Trindade afirma que foi acertada a decisão do governo de criar o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais e retirar da pasta a administração direta de algumas unidades, passando para uma empresa especializada. “Não dá para fazer gestão de hospitais de gabinete de Brasília, isso é um erro.”
Nísia Trindade ressaltou que o Hospital Federal de Bonsucesso é primordial para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro, inclusive atendendo pacientes de municípios da região metropolitana, notadamente da Baixada Fluminense.
À Agência Brasil, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, estimou que a reabertura do hospital em Bonsucesso deve reduzir em cerca de 20% a fila de espera por leitos da capital, que beira 495 pessoas.
Mudança na rede federal
Além do hospital administrado pelo GHC, a rede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro conta com mais cinco unidades: Hospital Federal do Andaraí, Hospital Federal Cardoso Fontes, Hospital Federal de Ipanema, Hospital Federal da Lagoa e Hospital Federal dos Servidores do Estado.
O plano de reestruturação da pasta decidiu pela do Hospital dos Servidores com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. A intenção é criar um hospital universitário em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Os hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes foram . As duas unidades devem reabrir 214 leitos, chegando ao total de 700 em funcionamento em ambas. O ministério repassa recursos para que a prefeitura faça a administração, por meio de empresas especializadas na área. Foram repassados R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.
O secretário Daniel Soranz informou que espera reabrir as emergências de ambos no início de fevereiro. “A ministra e o prefeito [Eduardo Paes] estão na minha cola”, afirmou ao lado de Nísia.
Segundo o secretário, 42 leitos já foram reabertos no Andaraí, que também terá de volta o setor de radioterapia. E, de acordo com a ministra, a fila de espera no Cardoso Fontes foi reduzida em 92%.
Perguntada pela Agência Brasil sobre a administração dos hospitais federais da Lagoa e de Ipanema, Nísia afirmou que apresentam uma situação “muito mais positiva” e que estuda como dar melhores condições, “sempre em uma visão de parceria”.
“Muitas vezes, passa a ideia de que é uma distribuição dos hospitais, mas não, é um trabalho sólido, consistente, para atender mais. Não faz sentido mexer em nenhum hospital se não for para dar o mesmo padrão ou melhor atendimento. Tudo está sendo feito para ser melhor”, declarou.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
Escape de urina não deve ser normalizado e tem tratamento, alerta SBU

Muitas pessoas associam a perda involuntária de urina a algo normal dentro do processo de envelhecimento. O quadro, entretanto, pode impactar negativamente a qualidade de vida, sobretudo de mulheres e idosos, e tem tratamento. O alerta é da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em razão do Dia Mundial da Incontinência Urinária, lembrado nesta sexta-feira (14).
Um levantamento realizado pela entidade com base em dados do Ministério da Saúde informa que, de 2020 a 2024, foram realizados mais de 29,3 mil procedimentos cirúrgicos para tratar escapes de urina. O número é considerado baixo por especialistas, já que a estimativa é que cerca de 45% das mulheres e 15% dos homens com mais de 40 anos tenham incontinência urinária.
De acordo com a SBU, os escapes de urina podem ocorrer, ainda que em pequenas quantidades, após a pessoa espirrar, rir, tossir, exercitar-se, fazer esforços e até mesmo pela vontade súbita de urinar – algumas vezes, a pessoa sequer consegue chegar ao banheiro a tempo. Diante de quadros como esses, muitos acabam recorrendo ao uso de fraldas e absorventes ou até recusam o convívio social.
Campanha
Ao longo de todo o mês de março, a entidade promove uma nova edição da campanha Saia do Molhado, alertando sobre a necessidade de deixar a vergonha de lado e procurar tratamento para a incontinência urinária. Nas redes sociais, por meio de posts, lives e vídeos com especialistas, a campanha da SBU visa a esclarecer as principais dúvidas sobre o tema.
Há previsão ainda de que diversos urologistas participem de mutirões de cirurgias e de exames de urodinâmicas, indicados para quadros de escapes de urina, em diversos estados brasileiros. O objetivo da campanha é encorajar as pessoas a procurar um especialista para avaliação e tratamento adequado.
Entenda
A incontinência urinária pode ser dividida em três principais categorias:
– incontinência urinária por esforço – tipo mais comum, caracterizado pela perda urinária ao fazer esforços como tossir, rir, espirrar, exercitar-se ou carregar peso. Corresponde a cerca de 40 a 70% dos casos de incontinência urinária em mulheres.
– incontinência urinária de urgência – identificada pela vontade súbita e incontrolável de urinar. É também chamada de bexiga hiperativa.
– incontinência mista – associa os dois tipos de incontinência urinária.
Entre os fatores de risco, que podem influenciar no surgimento da incontinência urinária, destacam-se: envelhecimento; sexo feminino; histórico familiar; gestação; tabagismo; diabetes; sobrepeso e obesidade; exercícios de alto impacto (quando não há avaliação e acompanhamento adequados); doenças neurológicas como Parkinson e esclerose múltipla; cirurgias pélvicas e na próstata (principalmente para tratamento de câncer).
De acordo com a SBU, na terceira idade, a perda de urina está associada ao enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, à diminuição da capacidade de armazenamento da bexiga, ao aumento da próstata (no caso dos homens) e a problemas neurológicos, ao diabetes e à ingestão de determinados medicamentos, dentre outras razões.
Segundo a entidade, a incontinência urinária pode ser prevenida ou minimizada por meio de medidas simples. Para idosos, a prática regular de atividades físicas no intuito de fortalecera autonomia física e cognitiva e a musculatura pélvica e hábitos saudáveis, incluindo controle do peso, alimentação equilibrada e consumo adequado de líquidos, são considerados fundamentais.
Além disso, evitar o tabagismo e tratar condições como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças neurológicas ajudam a reduzir os riscos.
Entre homens, a saúde da próstata deve ser acompanhada de perto, não somente como prevenção ao câncer, mas também em razão do crescimento benigno da glândula (hiperplasia prostática benigna), que costuma causar sintomas urinários, podendo levar à incontinência.
Já durante a gravidez, a disfunção está relacionada a questões como alterações hormonais, relaxamento dos músculos do assoalho pélvico, crescimento do útero e compressão da bexiga. Nesse caso, a prevenção passa por um bom acompanhamento médico, pelo fortalecimento do assoalho pélvico com exercícios específicos e pelo controle do ganho de peso.
O preparo do corpo para o parto, com orientações sobre a melhor forma de proteger a musculatura perineal, também contribui para reduzir o risco de incontinência no pós-parto.
Ainda segundo a SBU, atualmente, há diversas opções de tratamento recomendadas para incontinência urinária, de acordo com cada caso. Entre as opções, estão:
– mudanças comportamentais, como controle da ingestão de líquido, urinar periodicamente, não fumar, evitar produtos à base de cafeína, tratar a constipação, exercitar-se;
– medicamentos;
– exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico (fisioterapia pélvica);
– estimulação elétrica dos músculos do assoalho pélvico;
– toxina botulínica na bexiga (em casos de bexiga hiperativa);
– cirurgia para implantação de sling ou esfíncter artificial.
“Uma nova tecnologia para o tratamento da bexiga hiperativa já vem sendo utilizada com sucesso em outros países e tem previsão de chegar ao Brasil em 2026. Trata-se de um dispositivo implantado no nervo tibial (próximo ao tornozelo) para estímulo crônico da bexiga e controle da incontinência urinária de urgência”, destacou a Sociedade Brasileira de Urologia.
Saúde
Conselho Federal de Medicina inicia intervenção no Cremerj

O Conselho Federal de Medicina (CFM) iniciou, nesta sexta-feira (14), intervenção emergencial e por tempo ilimitado no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). A justificativa foi a constatação de uma série de condutas que, de acordo com o CFM, desrespeitam normas da gestão pública.
A resolução que decreta a intervenção foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Segundo o CFM, uma vistoria realizada pela autarquia federal na regional fluminense, em janeiro deste ano, identificou situações como despesas elevadas e desnecessárias com aluguéis e condomínios; desrespeito às normas legais de compra e pagamento de fornecedores; falta de transparência e controle em informações sobre concessões e pagamentos; conflito de interesse e uso indevido de recursos públicos.
Também teriam sido constatados, na vistoria de janeiro, aumento de despesa com pessoal sem observar exigências legais; ineficiência na gestão financeira; ausência de responsabilização para decisões e ações tomadas; falta de controle e monitoramento em processos de dívida ativa e no pagamento de verbas a empregados e conselheiros.
Além disso, o Cremerj não teria cumprido a maioria das recomendações feitas na auditoria anterior, em junho de 2024. De 12 recomendações, de acordo com o CFM, apenas uma foi efetivamente implementada. O Conselho Federal destaca ainda que o Ministério Público Federal (MPF) já tinha feito vários pedidos de informação que não foram respondidos pelo Cremerj.
A resolução do CFM afasta a diretoria atual do Cremerj, que tomou posse em 1º de outubro de 2023 e que encerraria o mandato em 31 de maio deste ano. Apenas o corregedor, o vice-corregedor e diretor de sede e representações estão mantidos nos cargos, mas não terão direito a voz e voto nas reuniões de diretoria.
Em nota, a diretoria do Cremerj informou que não teve, até o momento, ciência oficial do conteúdo da auditoria do CFM, “o que reforça a irresignação diante de uma medida extrema e arbitrária que viola o devido processo legal”.
“O Cremerj tem se dedicado a oferecer cada vez mais benefícios aos médicos do estado do Rio de Janeiro, lutando por melhores condições de trabalho e remuneração justa para a classe. Nosso compromisso sempre foi com a valorização da medicina e a transparência na administração dos recursos”, acrescentou a nota.
O texto diz ainda que o Cremerj conta com R$ 20 milhões em caixa e repassou, no último ano, R$ 30 milhões ao CFM. Além disso, destaca que os médicos aprovaram as contas de 2024 do conselho regional, em assembleia na última terça-feira (11).
“Reafirmamos que as contas do Cremerj são públicas e acessíveis no Portal da Transparência. Não há qualquer fato que justifique a intervenção, senão interesses políticos que tentam desestabilizar um grupo legitimamente eleito. Essa ação nos parece uma clara represália contra a postura independente e combativa do Cremerj na defesa dos interesses da categoria médica”, diz a nota.
“Somos um dos poucos conselhos regionais que têm resistido à crescente partidarização dos conselhos de Medicina no Brasil. Essa tentativa de intervenção política tem como objetivo fragilizar uma gestão que sempre se pautou pela ética, transparência e autonomia em relação a interesses externos. Lamentamos profundamente que questões políticas estejam sendo utilizadas para enfraquecer a representação médica, desviando o foco dos verdadeiros desafios da classe. Seguiremos firmes na defesa dos médicos e da autonomia do Cremerj, sempre pautados na ética, na transparência e no respeito à categoria”, conclui a nota.
Os conselhos federal e regionais de Medicina foram criados em 1945 para zelar pelos princípios de ética profissional no exercício da medicina. Uma lei de 1957 deu aos conselhos o caráter de autarquias federais, com cada um tendo personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira.
Segundo a lei, suas funções são julgar e disciplinar a classe médica. Os conselhos regionais são subordinados ao federal e têm como funções específicas fiscalizar o exercício da profissão do médico, expedir carteira profissional e manter o registro dos profissionais que trabalham em determinada região, entre outros.
A lei também prevê que cabe ao CFM promover diligências e verificações nos conselhos regionais e, quando for necessário, adotar providências para sua eficiência e regularidade, o que inclui a designação de diretoria provisória.
Saúde
Seis estados e DF têm alta de síndrome respiratória grave em crianças

O boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (13), alerta para o aumento da incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em níveis de moderado a alto, entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Pará, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe foram os locais onde a alta mais teve impacto.
Em crianças de até dois anos, a síndrome está mais associada ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já na faixa etária de 2 a 14 anos, geralmente está associado ao rinovírus.
Covid-19
Os casos de SRAG em idosos associados à covid-19 mantém uma incidência moderada no Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento em Tocantins. Nos outros estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, embora também haja aumento de ocorrências, a incidência permanece em níveis baixos.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, destaca que em locais com alta de casos, a orientação é usar máscara em ambientes fechados, com muita aglomeração de pessoas e em postos de saúde. Ela ainda enfatiza que a melhor forma de evitar hospitalizações e óbitos por covid-19 é a vacinação.
“Todas as pessoas dos grupos de risco devem estar em dia com a vacina. Idosos e pessoas imunocomprometidas precisam se vacinar a cada seis meses para não perderem a proteção. Já os demais grupos prioritários devem tomar a vacina uma vez por ano”, afirma.
O estudo mostra que 10 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em longo prazo em dez unidades da Federação: Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Entre as capitais, nove também apresentam sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Macapá, Palmas, Porto Velho e Rio Branco.