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Saúde

Hospital Nossa Senhora da Conceição tem papel importante na captação de órgãos de SC

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Hospital Nossa Senhora da Conceição tem papel importante na captação de órgãos de SC
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Até julho de 2024, foram realizadas na Instituição 25 notificações de potenciais doadores de órgãos, destas 13 doações foram efetivadas, um total de 52%. Em 2023, o HNSC ficou com a terceira posição entre as instituições do Estado, sendo responsável por 35 notificações, o que resultou em 22 doações efetivadas. Rins e córneas são os órgãos com maior demanda. 

O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), de Tubarão, é um hospital referência no estado no processo de Doação de Órgãos, trabalho que realiza diligentemente desde 2003 e é liderado pela Comissão Hospitalar de Transplantes (CHT), que tem a finalidade de organizar rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes. Composta por uma equipe multidisciplinar de enfermeiros, médicos e psicóloga, a CHT realiza todo o processo conjuntamente com a Central Estadual de Transplantes de Santa Catarina (CET), centralizando e coordenando todas as ações que envolvam a captação, o transplante e o gerenciamento das listas únicas de receptores de órgãos e tecidos, tanto nos processos de captação, quanto na distribuição.  

Até o último mês de julho, o HNSC apresentou 25 notificações de potenciais doadores de órgãos, sendo efetivadas 13 doações, um total de 52% de efetivação. No ano passado, a Instituição foi a terceira maior do Estado, sendo responsável por 35 notificações, o que resultou em 22 doações efetivadas, e 79 órgãos captados. Nos últimos cinco anos, foram 113 doações efetivadas e 396 órgãos captados. 

“Hoje temos milhares de pessoas na lista de espera por um órgão em nosso país. Quando uma pessoa recebe um órgão, representa para ela uma nova oportunidade, quase um novo nascimento”, ressalta o diretor-geral do HNSC, Hebert Moreschi. “Por isso, é nosso papel, enquanto Hospital de referência e captação de órgãos, promover esclarecimentos sobre o tema e incentivar a doação. Sabemos que, geralmente, isso ocorre num momento difícil da família, com a perda de uma pessoa amada. Mas, também é o momento de se decidir pela vida, e a doação representa isso, um ato de amor e uma escolha pela vida!”.

 

O processo de doação de órgãos está entre as mais desafiadoras atividades da gestão dos cuidados críticos. Ainda que ele seja multicêntrico, grande parte desse processo se dá no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HNSC, local em que ocorre o atendimento e o tratamento dos pacientes neurológicos mais críticos. É no CTI que são gerenciados processos como o acolhimento familiar, a permanente busca ativa de potenciais doadores, a documentação da morte por critérios neurológicos, a manutenção e validação do potencial doador, até o explante. Dentre as atividades realizadas, o acolhimento familiar humanizado, segundo o médico intensivista Samuel De Brida Andrade, membro da CHT, é um dos aspectos de maior dedicação da equipe e de fundamental relevância, uma vez que determina o sucesso da Comissão e o benefício à sociedade. “O processo como todo é um dos mais exigentes e técnicos da medicina, em particular a própria determinação da ‘morte encefálica’, que envolve inúmeras resoluções éticas, técnicas e legais. E isso tudo é certamente ainda mais difícil para a família que, além de lidar com todos esses aspectos, está emocionalmente envolvida”, explica. “Para tanto, entre todas as atividades que devemos executar, penso que nosso papel mais importante, nesse momento, é estar ao lado da família. Apoiá-la, aproximá-la da equipe, ouvir ativamente suas demandas e nos disponibilizando ao que for possível. Precisamos garantir que a família tenha o melhor acolhimento que possamos dedicar e encontre um cenário favorável para ser capaz de tomar decisões, frequentemente difíceis, de maneira plenamente autônoma. É só a partir desse ponto, de um sim da família, que o processo de doação pode continuar. A CHT, então, notifica a CET que, por sua vez, passa a rodar o ranking da fila de espera, ofertando a doação aos potenciais receptores compatíveis, dentre esses, o que mais tem urgência técnica”, completa o médico intensivista. 

 

Hoje, a maior dificuldade se encontra na própria fila de espera, que cresceu de 400, em 2019, para aproximadamente 1,5 mil pacientes/mês no Estado. Rins e córneas são os órgãos com maior demanda. Em julho, eram 1.498 pessoas aguardando por um transplante, destas, 884 precisavam de um rim e 405 de córneas. 

De acordo com Dr. Samuel, existe uma demanda muito maior do que a capacidade de suprir esta necessidade, e apesar de grandes esforços das CHTs do Estado, para algumas circunstâncias, a espera de um órgão pode levar anos. “Um fator que frequentemente é negligenciado pela população leiga é a compatibilidade entre doador e receptor. Ela é muito mais complexa que a tipagem sanguínea e fator RH, por exemplo. Não basta ter o órgão disponível e um paciente que necessite dele, é preciso que ambos sejam compatíveis, e esta é uma grande dificuldade”, explica o médico. “Caso não haja paciente compatível no estado, parte-se para a busca em outras unidades da federação, lembrando que a identidade do doador é protegida por lei e seu anonimato não é apenas obrigatório como garantido. Nem mesmo entre as equipes que fazem o explante com as que fazem o implante há o cruzamento de informações”. 

 

A decisão final sobre doar o órgão ou não é da família. Isso é absolutamente respeitado. No estado, 70% das famílias estão dizendo sim, conforme a SC Transplantes. Mas o órgão trabalha para aumentar o percentual. Para se ter ideia, um doador pode salvar até oito vidas, pois podem ser doados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e intestino.  

 

Por que a Doação de Órgãos é importante? 

O transplante de órgãos é, em muitos casos, a única alternativa terapêutica para pacientes portadores de insuficiência funcional terminal que acomete órgãos essenciais. Mas, como foi abordado, há uma grande desproporção entre o ritmo de crescimento da fila de candidatos a transplantes e o número de transplantes efetivamente realizados, que acontece por diferentes aspectos do processo de doação e transplante como: dificuldades técnicas e estruturais para realização do diagnóstico de morte encefálica (ME); baixas taxas de notificação das MEs pelas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs); não concordância dos familiares do potencial doador em efetivar a doação; contraindicações mal atribuídas pela equipe médica; problemas logísticos; e as perdas de potenciais doadores por falhas durante o processo de manutenção. “Então, o que se pode observar é que a doação e o transplante de órgãos são iniciativas para os quais os seus respectivos desfechos bem-sucedidos dependem de várias etapas, desde o monitoramento das condições dos pacientes críticos, da constatação da morte encefálica, da comunicação com as famílias até a entrevista com elas”, relata Dr. Samuel. 

 

Ele enfatiza, ainda, que a entrevista com o familiar é um dos processos mais importantes: “O que buscamos enquanto Comissão é acolher as famílias, auxiliar o processo de luto no momento da dor e esclarecer sobre a importância e a nobreza deste ato que, apesar do momento difícil da perda do ente querido, pode ajudar a salvar outras vidas”. 

 

Notas Sobre a Legislação 

·         Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, determina em seu artigo 3º que compete ao Conselho Federal de Medicina definir os critérios para diagnóstico de Morte Encefálica (ME); 

·         Artigo 13º da Lei nº 9.434/1997 determina ser obrigatório para todos os estabelecimentos de saúde informar as centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos das unidades federadas (CET) onde ocorrer diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos “… a perda completa e irreversível das funções encefálicas, definida pela cessação das atividades corticais e de tronco encefálico, caracteriza a morte encefálica e, portanto, a morte da pessoa.” 

CFM n 2.173/2017: 

·         Art. 9º – Os médicos que determinaram o diagnóstico de ME ou médicos assistentes ou seus substitutos deverão preencher a DECLARAÇÃO DE ÓBITO definindo como data e hora da morte aquela que corresponde ao momento da conclusão do último procedimento para determinação da ME; 

  

  1. § 1º Nenhum desses médicos poderá participar de equipe de remoção e transplante, conforme estabelecido no art. 3º da Lei nº 9.434/1997 e no Código de Ética Médica. 
  2. A morte encefálica (ME) é estabelecida pela perda definitiva e irreversível das funções do encéfalo por causa conhecida, comprovada e capaz de provocar o quadro clínico. O diagnóstico de ME é de certeza.  
  3. A determinação da ME deverá ser realizada de forma padronizada, com especificidade de 100% (nenhum falso diagnóstico de ME).  
  4. Qualquer dúvida na determinação de ME impossibilita esse diagnóstico.  

Os procedimentos para determinação da ME deverão ser realizados em todos os pacientes em coma não perceptivo e apneia, independentemente da condição de doador ou não de órgãos e tecidos.  

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Saúde

Low-Tech Wellness: Conheça o estilo de vida que te ajuda a desacelerar

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Foto: PNW Productions/Pexels/Divulgação: Canva
Foto: PNW Productions/Pexels/Divulgação: Canva

Low-Tech Wellness: Entenda o movimento que promove o retorno aos rituais ancestrais simples em prol do bem-estar sustentável e de uma vida mais significativa.

Low-Tech Wellness:  a etimologia desse termo se apoia em um movimento que, desde os anos 70, questiona a tecnologia cara, descartável e de alto impacto ambiental.

Enquanto a tecnologia de bem-estar de ponta domina as prateleiras, uma tendência fundamental ganha força na contramão: o retorno a práticas acessíveis, ancestrais e atemporais, desvinculadas de telas e algoritmos.

Para entender o conceito, o Low-Tech Wellness surge da união de duas ideias: o mercado de “Wellness” (bem-estar) e qualidade de vida e a filosofia “Low-Tech” (baixa tecnologia).

Portanto, a filosofia Low-Tech se traduz, no contexto do bem-estar, em práticas que são inerentemente sustentáveis e acessíveis, pois valorizam a durabilidade, a simplicidade e a utilização de poucos recursos. É uma escolha de autocuidado que promove a saúde mental e emocional com responsabilidade socioambiental.

Esse movimento transforma o cotidiano em um poderoso laboratório de saúde mental e presença plena. Dessa forma, é uma estratégia consciente para cultivar a serenidade e a despreocupação em meio às pressões da vida moderna.

Atualmente, as pessoas vêm buscando uma vida mais tranquila, com menos tarefas e mais laços significativos. Nesse contexto, práticas simples e acessíveis se tornam ferramentas de foco e bem-estar extremamente eficazes e genuínas.

Intenção: Rituais como âncora da presença

A eficácia do Low-Tech Wellness reside na capacidade de ancorar a mente no presente por meio dos sentidos. Acima de tudo, a preparação desse momento é um ato de intenção que força a desaceleração.

Por isso, existem ferramentas low-tech que potencializam a presença plena. O ritual de acender um incenso natural, observar sua queima e concentrar-se no aroma, por exemplo, faz parte dessa tendência.

Ademais, o movimento também engloba outras práticas, a título de exemplo, a jardinagem de miniaturas ou terrário, como meditação tátil de foco; a terapia do Shinrin-Yoku ou banho de floresta, que é uma imersão sensorial na natureza sem dispositivos; a cozinha consciente focada em sentir os ingredientes; o tricô ou crochê como uma meditação de movimento repetitivo; a pintura intuitiva com materiais básicos para expressão emocional; e o retorno à escrita à mão em um diário para processamento de pensamentos, desvinculando a mente da velocidade digital.

Nesse contexto, por conseguinte, o afastamento das telas e o “minimalismo de notificações” são cada vez mais comuns, emergindo como uma forma de autocuidado que cultiva a tranquilidade e o amor-próprio.

Dessa forma, conforme as pessoas investem sua energia de forma mais eficaz, valorizam-se práticas que convidam à introspecção positiva e ao descanso cognitivo.

Low-Tech Wellness: Foco, relaxamento e otimização do estado mental

O segredo de um ritual de presença está na facilidade e na autenticidade. E mais, sobretudo, essa experiência pode ser acentuada ao criar um ambiente multissensorial.

“Numa prática com a utilização de incensos, apenas observar sua fumaça pode ser um gatilho meditativo e de relaxamento muito eficiente! Isso pode ser acentuado com a escolha de aromas criteriosamente selecionados para potencializar a intenção do praticante. A baunilha, por exemplo, base aromática do incenso “Poesia” promove uma experiência sensorial relaxante e acolhedora, além de reduzir a ansiedade e o estresse.” informa Roger Consoli, psicoaromaterapeuta, perfumista botânico e fundador da Shakti Alquimia do Bem-estar.

“Em adição, realizar práticas ouvindo músicas suaves para relaxamento ou meditação, favorece uma experiência mais contemplativa. No entanto, é importante ressaltar que as músicas também devem ser selecionadas, visto que são recomendadas canções clássicas para relaxamento ou meditação, porém, diferentes das tradicionais utilizadas em yoga ou ruídos brancos”, destaca Consoli. O profissional recomenda uma playlist pública que pode ser utilizada em práticas: bit.ly/playlistshakti

Em última análise, o movimento Low-Tech Wellness é um reflexo do desejo de alcançar a sabedoria e o equilíbrio, permitindo que as pessoas se conectem com seus pensamentos, sentimentos e comportamentos de forma mais significativa.

Em suma, portanto, ele demonstra que as ferramentas mais poderosas para buscar a serenidade, relaxar, acalmar e reequilibrar a mente, podem ser as mais acessíveis, dependendo apenas da intenção da pessoa e do resgate de rituais ancestrais.

Siga no Instagram: @shakti.alquimia

Shakti Alquimia do Bem-estar: Para informações sobre o uso de incensos 100% naturais, rituais de bem-estar e meditação, acesse shaktialquimia.com.br/

Assessoria: Soul ESGS
contato@soulesgs.com

 

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Saúde

Seletividade alimentar: quando comer deixa de ser prazer e vira um desafio no dia a dia

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(Foto: Istock)
(Foto: Istock)

Enquanto para muitas pessoas a alimentação é um ato natural e até prazeroso, para outras pode representar uma verdadeira barreira no dia a dia. Comer, que deveria ser sinônimo de nutrição, saúde e sociabilidade, torna-se um desafio para quem enfrenta a seletividade alimentar, condição que limita a variedade de alimentos aceitos e pode impactar a saúde física, emocional e o convívio social.

O contraste é evidente: de um lado, pessoas que transitam com facilidade entre diferentes sabores, texturas e cores; de outro, indivíduos que restringem severamente seu cardápio a determinados alimentos, muitas vezes em função de aspectos sensoriais como textura, cheiro, sabor ou aparência. Esse comportamento pode comprometer a qualidade nutricional da dieta e gerar dificuldades em situações coletivas, como almoços em família, festas, encontros profissionais ou viagens.

A seletividade alimentar vai além de uma simples “frescura” ou preferência pessoal. Trata-se de uma condição reconhecida que pode estar associada a fatores sensoriais, comportamentais ou mesmo a questões de desenvolvimento. Crianças costumam ser mais impactadas, mas o quadro também pode persistir na vida adulta. As consequências variam: desde deficiências nutricionais até dificuldades emocionais, pois muitas vezes a pessoa se sente incompreendida ou julgada.

O tratamento adequado exige acompanhamento especializado, envolvendo profissionais como fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos. A abordagem multidisciplinar é essencial para que o indivíduo consiga, aos poucos, ampliar seu repertório alimentar, respeitando seus limites e avançando de forma gradual. O objetivo não é impor alimentos, mas promover um processo de adaptação que leve ao equilíbrio.

Segundo a fonoaudióloga Joseane Bouzon, especialista em seletividade alimentar da Clínica Day Fono, “cada paciente apresenta um perfil único. O tratamento deve ser personalizado, considerando as características sensoriais e emocionais da pessoa. Com paciência e técnicas adequadas, é possível conquistar avanços significativos, garantindo mais saúde e qualidade de vida”.

O Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, é um convite para refletir sobre a importância de garantir comida na mesa e o direito de cada pessoa a uma alimentação saudável e acessível. A médica reforça que “discutir a seletividade alimentar é ampliar o olhar para os diferentes desafios ligados ao ato de comer, valorizando a empatia”.

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Saúde

“De Paula’s Massoterapia: 12 anos transformando o cuidado em arte e propósito”

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Foto Reprodução.
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Com mais de 12 anos de experiência e mais de 18 mil atendimentos realizados, a massoterapeuta responsável pelo perfil @de_paulasmassoterapia é referência em bem-estar, estética e terapias integrativas em Goiânia (GO). À frente do espaço De Paula’s Massoterapia e Estética, ela construiu uma trajetória marcada por técnica, dedicação e propósito.

A profissional acumula mais de 16 especializações, o que reforça seu compromisso com a qualificação constante e o atendimento personalizado. Seu trabalho vai muito além de aliviar tensões físicas é uma proposta de autocuidado e reconexão, tanto para o público masculino quanto feminino.

“Excelência, técnica, cuidado, respeito e propósito.”

Esse é o lema que guia cada atendimento.

O espaço oferece uma experiência completa, unindo massagens terapêuticas e estéticas, com foco em resultados visíveis e relaxamento profundo. Além do atendimento humanizado, o ambiente acolhedor e a atenção aos detalhes tornam cada sessão um convite para desacelerar da rotina e cuidar de si.

O atendimento é realizado de segunda a quinta, das 10h às 20h, e às sextas e sábados, das 10h às 18h horários pensados para se adaptar à rotina de quem busca equilíbrio e bem-estar.

Localização: Goiânia – GO

Instagram: @de_paulasmassoterapia

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