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Impactos da violência atingem mais da metade dos alunos no Grande Rio

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

Mais da metade dos estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas sofrem impactos da violência armada na região metropolitana do Rio, mostra o relatório Educação Sob Cerco: as escolas do Grande Rio impactadas pela violência armada, divulgado nesta quinta-feira (29). Mais de 800 mil crianças e adolescentes, de 1,8 mil escolas públicas da capital e de mais 19 municípios da região, estudam em áreas dominadas por grupos armados.

A pesquisa foi feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Instituto Fogo Cruzado (IFC), o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF), e o Centro para o Estudo da Riqueza e da Estratificação Social (CERES-IESP), utilizando informações de 2022.

O estudo cruza dados sobre o mapa de áreas dominadas por grupos armados, principalmente facções e milícias e a localização das escolas públicas. A partir dessas informações, a conclusão é de que grande parte dos estudantes estava inserida, em maior ou menor grau, em contextos de violência armada – 51% dos estudantes de 19 municípios do Grande Rio e 55% dos estudantes da capital são afetados.

De acordo com a pesquisa, na capital, mais da metade das escolas estão em áreas dominadas, sendo 28,4% em regiões de milícia e 30% de tráfico. Nas demais cidades da região, a proporção de escolas em áreas de tráfico é similar (29,2%), mas a influência das milícias é significativamente menor (9,6%).

O relatório ressalta que a cidade do Rio de Janeiro tem apenas 41,6% de suas escolas localizadas em áreas não dominadas por grupos armados. Há diferenças entre as regiões da cidade. Enquanto 29 escolas da zona sul da capital, ou 30% do total, registraram ao menos um episódio de violência armada aguda na sua vizinhança, na zona norte esse número chega a 510, o equivalente a 65% das escolas.

Tiroteios

Em 2022, ano considerado na pesquisa, foram contabilizados mais de 4,4 mil tiroteios em situações ou não de operações/ações policiais nas imediações de escolas. A zona norte do Rio concentra o maior número de ocorrências entre os locais analisados: em um ano, escolas da região foram afetadas 1.714 vezes por tiroteios.

Na Baixada Fluminense foram contabilizados 1.110. A zona sul do Rio, área nobre da capital, é a região que possui menos escolas em áreas dominadas por grupos armados e é também a que teve menos escolas afetadas. Foram 29 escolas atingidas por 86 tiroteios.

O estudo cita como preocupante a frequência com que algumas escolas estão expostas a episódios de violência armada. Em 2022, uma mesma escola de São Gonçalo registrou 18 episódios de violência armada aguda, o que significa, na média, um tiroteio a cada duas semanas. A escola lidera o ranking de unidades mais afetadas.

O relatório mostra ainda a alta incidência de tiroteios em áreas com mais operações policiais. O número de tiroteios em ações policiais foi três vezes maior em áreas controladas do que em locais não controlados.

Os municípios analisados foram: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Rio Bonito, Seropédica, São Gonçalo, São João de Meriti e Tanguá.

Ações recomendadas

A publicação traz uma série de recomendações aos atores públicos para a prevenção da violência armada contra crianças e adolescentes, entre elas:

– implementar e ampliar protocolos de resiliência em serviços e comunidades;

– desenhar e implementar um modelo de reparação de serviços e da comunidade;

– integrar políticas de segurança e educação e erradicar os impactos negativos de operações policiais no entorno de escolas;

– implementar a Lei Ágatha Felix, que estabelece que todos os crimes contra crianças e adolescentes no estado do Rio de Janeiro terão prioridade nas investigações;

– desenhar e implementar um modelo protetivo de segurança pública para a infância e adolescência, e enfrentar com inteligência e investigação os grupos armados no Rio de Janeiro;

– fortalecer uma educação que proteja contra a violência.

O relatório divulgado é o primeiro de uma série de dois estudos. No segundo, serão avaliados os efeitos da influência da violência armada sobre aprendizado e taxa de abandono escolar.

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Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio principal acumula em R$ 31 milhões

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© Marcello Casal jr/Agência Brasil

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.869 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (29). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 31 milhões para o próximo sorteio.

Os números sorteados foram:  02 – 10 – 13 – 40 – 41 – 53

  • 41 apostas acertaram cinco dezenas e irão receber R$ 49.689,38 cada
  • 2.612 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 1.114,23 cada

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Apostas

Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de sábado (31), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.

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Justiça mantém a prisão do MC Poze do Rodo por 30 dias

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© MC Poze do Rodo/Instagram

O juízo da Central de Audiência de Custódia confirmou nesta quinta-feira (29), a prisão de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, o MC Poze do Rodo, mantendo a prisão temporária do cantor de funk por 30 dias.

MC Poze do Rodo foi preso na manhã de hoje em casa, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. De acordo com a Polícia Civil, ele é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho. 

As investigações apontaram que o cantor realizava shows exclusivamente em áreas dominadas pela facção com a presença de traficantes armados com fuzis, garantindo a segurança do artista e do evento. Os agentes identificaram que “o repertório das músicas entoadas por ele faz clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.

“Esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar os lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”, aponta a investigação. 

A ação de hoje teve como base o cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, após evidências de que os shows realizados pelo artista são financiados pela organização criminosa, contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio de aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados.

As investigações prosseguem, coordenadas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes, para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos.

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Nordeste terá sistema para emitir alertas em situações de emergência

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© Defesa Civil PE/Divulgação

O sistema Defesa Civil Alerta começará a ser utilizado na região Nordeste a partir de 14 de junho. O sistema utiliza a rede de telecomunicações para emitir alertas gratuitos, com mensagens de texto e alertas sonoros de situações de emergência, como chuvas intensas, alagamentos, deslizamentos de terras, entre outros.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Durante coletiva, o ministro informou que será feito um teste do sistema, no dia 14, em todas as capitais nordestinas, além de três outras cidades em cada um dos estados.

“É um prazo suficiente para que esse serviço seja entregue à sociedade nordestina com muita eficiência. Tenho certeza que mais vidas serão salvas. É mais inovação tecnológica em defesa da vida das pessoas”, afirmou o ministro.

Sistema

Os alertas são disparados para a população em área de risco e com cobertura de rede 4G ou 5G, independente do sistema operacional e sem necessidade de cadastro prévio do usuário. Além disso, o sistema de alerta, ao encaminhar mensagem de texto e aviso sonoro, suspende qualquer conteúdo em uso na tela do aparelho, inclusive no modo silencioso.

O aviso é feito pelo poder público, com base em informações levantadas por órgãos de monitoramento.

“É uma informação, com base em um monitoramento de como estão os problemas nas áreas que as pessoas vivem: se vai chover muito, se vai ter alagamento, um deslizamento. Essas informações são recolhidas e transformadas em uma comunicação para as pessoas que moram na área afetada”, esclareceu Góes.

O ministro explicou que o alerta, que é gratuito, será recebido por qualquer pessoa que esteja na área afetada, independente de ser moradora ou não.

“Quem está recebendo a informação tem que se preparar. Se a informação for para sair imediatamente, é para sair imediatamente, se for para ficar, é para ficar”, disse o ministro que ressaltou que as informações encaminhadas à população dialogam com os planos de defesa civil locais.

Outras regiões

A superintendente de Controle de Obrigações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Suzana Silva Rodrigues, destacou que a medida já teve um impacto nas regiões Sul e Sudeste.

“Já tivemos alguns alertas nas regiões Sul e Sudeste e já existe um reconhecimento por parte da população da importância dessa ferramenta tanto para salvar vidas, quanto para reduzir danos em matéria de patrimônio”, argumentou. É uma ferramenta que tem como função principal, salvar vidas, daí sua relevância máxima”, acrescentou Suzana.

O representante das operadoras de telefonia móvel e presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, disse que a iniciativa mostra o compromisso social das operadoras.

“Estamos bem dedicados com essa expansão, para que funcione de maneira perfeita, para que de fato a população possa receber a comunicação, entender o que é a ferramenta e que tenha uma repercussão muito positiva”, disse Ferrari.

O sistema Defesa Civil Alerta foi testado em agosto do ano passado em 11 municípios brasileiros das regiões Sul e Sudeste, durante 30 dias. A primeira etapa do projeto ocorreu, considerando o início do período chuvoso em novembro, quando os sistemas de alerta são amplamente exigidos.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, desde 4 de dezembro de 2024, todos os estados das regiões Sul e Sudeste estão aptos a utilizar a tecnologia. A partir de então, foram enviados 373 alertas, sendo 316 alertas severos e 57 alertas extremos.

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