Economia
Imposto de Renda 2025: Perdeu o prazo? Veja o que fazer agora para evitar problemas com a Receita

Atrasou, errou ou esqueceu de declarar? Entenda as consequências, saiba como regularizar sua situação e quais são os próximos passos após o fim do prazo oficial
O prazo final para envio da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2025 terminou em 31 de maio, mas para quem não conseguiu enviar a tempo — ou percebeu erros após o envio — o assunto ainda está longe de ser encerrado. A Receita Federal permite a entrega em atraso e a retificação de informações, mas é preciso agir rapidamente para evitar multas, juros e até restrições no CPF.
Segundo a Receita, mais de 43 milhões de brasileiros declararam seus rendimentos neste ano, número recorde. Ainda assim, centenas de milhares de contribuintes podem ter deixado a entrega para depois — seja por esquecimento, desorganização ou por não saberem que estavam obrigados a declarar.
“Acabou o prazo, mas não acabou a responsabilidade do contribuinte. Quem perdeu o prazo deve regularizar o quanto antes para evitar penalidades maiores. E quem declarou, mas com erro, também precisa ficar atento à retificação para não cair na malha fina”, alerta Patrícia Bastazini, contadora e especialista em planejamento tributário.
Perdi o prazo: e agora?
A declaração entregue fora do prazo está sujeita a multa mínima de R$ 165,74, que pode chegar a até 20% do imposto devido, acrescida de juros. O contribuinte deve fazer a entrega normalmente, utilizando o programa da Receita Federal. Após o envio, será emitido um DARF com a multa para pagamento.
“É importante entender que a multa começa a contar já a partir do primeiro dia útil após o fim do prazo, com acréscimo mensal. Quanto mais demorar, mais caro pode sair”, explica Patrícia.
Errei na declaração. Posso corrigir?
Sim. A Receita permite a retificação da declaração quantas vezes forem necessárias, desde que a original não tenha sido objeto de fiscalização. A correção deve ser feita no mesmo sistema usado para enviar a primeira versão, selecionando a opção de declaração retificadora e informando o número do recibo anterior.
“Vale lembrar que, na retificação, é possível inclusive trocar o modelo da declaração — de simplificada para completa ou vice-versa —, o que pode impactar no valor a restituir ou a pagar”, orienta a contadora.
Como saber se caí na malha fina?
O contribuinte pode acompanhar o status da sua declaração pelo portal e-CAC, da Receita Federal (https://www.gov.br/receitafederal), utilizando uma conta gov.br. Lá, é possível consultar o extrato da declaração, identificar eventuais pendências e acompanhar o cronograma da restituição.
“Acompanhar o e-CAC é essencial, especialmente para quem tem imposto a restituir. Qualquer inconsistência pode segurar a restituição por tempo indeterminado. Muitas vezes é só um erro de digitação ou falta de um comprovante”, explica Patrícia.
Quem precisa declarar, mesmo depois do prazo?
Além dos assalariados com rendimentos tributáveis superiores a R$ 30.639,90 em 2024, precisam declarar os investidores em Bolsa, proprietários de imóveis ou veículos de alto valor, estrangeiros residentes no Brasil e pessoas com rendimentos isentos acima de R$ 200 mil, entre outros.
No caso dos microempreendedores individuais (MEI), há confusão comum: a declaração do CNPJ (DASN-SIMEI) não substitui a declaração de pessoa física. “Se o MEI ultrapassou o limite de isenção como pessoa física, precisa sim entregar a declaração. E muitos esquecem disso”, alerta a especialista.
CPF irregular: os riscos de ignorar a obrigação
Deixar de declarar pode resultar em pendência no CPF, o que pode impedir o cidadão de abrir contas bancárias, contratar crédito, tirar passaporte, prestar concursos públicos ou mesmo movimentar o FGTS.
“A Receita cruza dados de empresas, bancos, cartórios e operadoras de cartão. Sonegar ou omitir informações pode gerar autuações, multas mais severas e até investigação por crime tributário”, reforça Patrícia Bastazini.
O que fazer agora?
- Se você não declarou: baixe o programa da Receita Federal e envie o quanto antes. Pague a multa gerada.
- Se declarou com erro: entre no programa e retifique as informações.
- Se tem dúvida sobre a declaração: acesse o e-CAC e confira o status.
- Se está irregular: regularize a situação para evitar restrições no CPF.
“O mais importante é não adiar. O Imposto de Renda não termina quando o prazo acaba — ele continua impactando sua vida financeira, seu CPF e até seu planejamento futuro”, finaliza Patrícia.
Economia
Amigo de Valor realiza, em Gravatá, encontro nacional para projetos sociais e Conselhos de Direitos da Criança e Adolescentes

O Programa Amigo de Valor, do Santander, promove de 9 a 11 de junho, em Gravatá, um encontro nacional que reunirá cerca de 300 representantes dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, além de gestores dos 65 projetos sociais apoiados em 2025. O evento marca um importante momento de mobilização e aprendizado coletivo entre profissionais que estão na linha de frente do atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade em todo o país.
Durante os três dias de atividades, os participantes trocarão experiências, aprenderão com especialistas, refletirão sobre os principais desafios enfrentados nos territórios e construirão, em conjunto, soluções viáveis para o fortalecimento dos Conselhos e das políticas públicas voltadas à infância e adolescência. A programação inclui oficinas práticas, rodas de conversa e estudos de caso, priorizando metodologias participativas e focadas na realidade dos municípios.
Criado em 2002, o Amigo de Valor é o maior programa de mobilização de recursos incentivados do Brasil. A iniciativa já destinou mais de R$ 225 milhões, beneficiando diretamente quase 1,7 milhão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no país.
Baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), o programa funciona como uma ponte: mobiliza recursos financeiros oriundos de doações e do Imposto de Renda devido por funcionários, estagiários e clientes, direcionando-os para os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente de municípios parceiros.
Esses recursos viabilizam o desenvolvimento de projetos voltados ao atendimento de crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados ou ameaçados por situações como abandono, negligência, maus-tratos, trabalho infantil, violência e exploração sexual.
Economia
Financiamento solar dispara na Bahia, e Santander registra alta de 62% nos pedidos

A Bahia registrou um crescimento de 62% nos pedidos de financiamento de placas fotovoltaicas em 2024, segundo dados da Financeira do Santander, referência nacional em crédito para projetos de energia solar.
No Nordeste, região estratégica para o segmento, a expansão foi ainda mais expressiva: alta de 150% no volume de financiamentos. Já as simulações realizadas por parceiros e clientes no primeiro trimestre de 2025 cresceram 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A região concentra 7,23 GW de geração solar distribuída — 19,7% do total nacional — e 9,17 GW de geração centralizada, mais da metade da produção do país. A expectativa é que a capacidade de exportação de energia do Nordeste aumente 30% até 2029, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. “O aumento na busca por financiamento mostra que o brasileiro está atento às vantagens da energia limpa. Nosso papel é facilitar esse acesso com agilidade e segurança.”, afirma Cezar Janikian, diretor da Financeira do Santander.
A Financeira do Santander financia toda a estrutura necessária para projetos solares, incluindo placas, baterias de armazenamento, sistemas de monitoramento e estruturas de montagem. A contratação é simples, digital e pode ser feita pelo site https://www.santander.com.br/hotsite/santanderfinanciamentos/.
Por meio de milhares de parceiros comerciais, o Santander oferece crédito facilitado para residências e empresas que querem investir em energia limpa e economia na conta de luz.
Economia
Dólar atinge menor valor em oito meses com conversa de Trump e Jinping

Em um dia de alívio no mercado global, o dólar fechou abaixo de R$ 5,60 e atingiu o menor valor em oito meses após os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, conversarem por telefone. A bolsa de valores caiu, pressionada por ações de bancos e pelo mercado internacional.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5) vendido a R$ 5,586, com recuo de R$ 0,059 (-1,05%). A cotação operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 14h15, encostou em R$ 5,57.
A moeda norte-americana está no menor nível desde 8 de outubro, quando estava em R$ 5,53. A divisa cai 2,36% em junho e acumula queda de 9,64% em 2025.
O alívio no mercado de câmbio não se repetiu na bolsa de valores. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 136.226 pontos, com recuo de 0,57%. Em baixa pela segunda vez seguida, o indicador está no menor nível desde 8 de maio.
Ações de bancos despencaram durante a tarde, com o aumento da expectativa de que o Banco Central (BC) eleve a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 0,25 ponto percentual neste mês. As apostas de uma última alta antes de uma pausa subiram após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu mais que o previsto no primeiro trimestre.
Além disso, a bolsa brasileira refletiu a queda das bolsas norte-americanas, afetadas principalmente pelas empresas de tecnologia. Os desentendimentos entre Donald Trump e o bilionário Elon Musk agravaram-se nesta quinta-feira, fazendo as ações da Tesla, companhia do empresário, caírem 16,42% apenas hoje, afetando o mercado de ações dos Estados Unidos.
Quanto ao dólar, a conversa entre Trump e Xi Jinping provocou uma valorização de moedas de países emergentes, que exportam commodities (bens primários com cotação internacional) à China. Além disso, a divulgação de que o número de pedidos de auxílio-desemprego aumentou nos Estados Unidos, o que indica desaceleração da atividade, aumentou as chances de corte de juros na maior economia do planeta.
*Com informações da Reuters